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Modelos de Redação Enem Nota 1000

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As competências da Redação Enem Nota 1000
1. Demonstrar domínio da norma culta da língua escrita;
2. Compreender a proposta da redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo;
3. Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista;
4. Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação;
5. Elaborar uma proposta de intervenção para o problema abordado, mostrando respeito aos valores humanos e considerando a diversidade sociocultural.
A equipe do Curso Enem Gratuito selecionou para você 10 textos aprovados pelos professores que corrigem as provas. Cada Redação Enem nota 1000 está reproduzida a seguir para você ler com calma e comparar com seus rascunhos.
Confira os textos dissertativos-argumentativos aprovados com a nota máxima no Enem das edições de 2015, 2016, 2017 e 2018.
Veja o time de campeões da Redação Enem
1. Lucas Felpi – 2018
2. Maria Juliana Bezerra da Costa – 2017
3. Ana Beatriz Vasconcelos Coelho – 2017
4. Ester Godinho Sousa – 2017
5. Marcus Vinícius M. de Oliveira – 2017
6. João Vitor Vasconcelos Ponte – 2016
7. Giovanna Tami Soares Takahashi – 2016
8. Gabriela Almeida Costa – 2014
9. Júlia Curi Augusto Pereira – 2015
10. Alícia Cristine Salomé Rozza – 2015
11. Lucas Domingos Ribeiro – 2015
Modelos de Redação Enem Nota 1000
Leia os textos e perceba como cada um dos autores e autoras abordou o tema, criou a tese (ou ponto de vista), desenvolveu os argumentos e apresentou a proposta de intervenção na conclusão. Quando você for treinar a sua redação, tente se espelhar nos exemplos abaixo!
1 – Candidato Lucas Felpi – Enem 2018
Tema: “Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet”
No livro 1984 de George Orwell, é retratado um futuro distópico em que um Estado totalitário controla e manipula toda forma de registro histórico e contemporâneo, a fim de moldar a opinião pública a favor dos governantes. Nesse sentido, a narrativa foca na trajetória de Winston, um funcionário do contraditório Ministério da Verdade que diariamente analisa e altera notícias e conteúdos midiáticos para favorecer a imagem do Partido e formar a população através de tal ótica.
Fora da ficção, é fato que a realidade apresentada por Orwell pode ser relacionada ao mundo cibernético do século XXI: gradativamente, os algoritmos e sistemas de inteligência artificial corroboram para a restrição de informações disponíveis e para a influência comportamental do público, preso em uma grande bolha sociocultural.
Em primeiro lugar, é importante destacar que, em função das novas tecnologias, internautas são cada vez mais expostos à uma gama limitada de dados e conteúdos na internet, consequência do desenvolvimento de mecanismos filtradores de informações a partir do uso diário individual.
De acordo com o filósofo Zygmund Bauman, vive-se atualmente um período de liberdade ilusória, já que o mundo globalizado não só possibilitou novas formas de interação com o conhecimento, mas também abriu portas para a manipulação e alienação semelhantes vistas em “1984”. Assim, os usuários são inconscientemente analisados pelos sistemas e lhes é apresentado apenas o mais atrativo para o consumo pessoal.
Por conseguinte, presencia-se um forte poder de influência desses algoritmos no comportamento da coletividade cibernética: ao observar somente o que lhe interessa e o que foi escolhido para ele, o indivíduo tende a continuar consumindo as mesmas coisas e fechar os olhos para a diversidade de opções disponíveis.
Em um episódio da série televisiva Black Mirror, por exemplo, um aplicativo pareava pessoas para relacionamentos com base em estatísticas e restringia as possibilidades para apenas as que a máquina indicava – tornando o usuário passivo na escolha. Paralelamente, esse é o objetivo da indústria cultural para os pensadores da Escola de Frankfurt: produzir conteúdos a partir do padrão de gosto do público, para direcioná-lo, torná-lo homogêneo e, logo, facilmente atingível.
Portanto, é mister que o Estado tome providências para amenizar o quadro atual. Para a conscientização da população brasileira a respeito do problema, urge que o Ministério de Educação e Cultura (MEC) crie, por meio de verbas governamentais, campanhas publicitárias nas redes sociais que detalhem o funcionamento dos algoritmos inteligentes nessas ferramentas e advirtam os internautas do perigo da alienação, sugerindo ao interlocutor criar o hábito de buscar informações de fontes variadas e manter em mente o filtro a que ele é submetido.
Somente assim, será possível combater a passividade de muitos dos que utilizam a internet no país e, ademais, estourar a bolha que, da mesma forma que o Ministério da Verdade construiu em Winston de “1984”, as novas tecnologias estão construindo nos cidadãos do século XXI.
Fonte: Blog do Enem
2 – Candidata Maria Juliana Bezerra da Costa – Enem 2017
Tema: “Desafios para Formação Educacional de Surdos”
Em razão de seu caráter excessivamente militarizado, a sociedade que constituía a cidade de Esparta, na Grécia Antiga, mostrou-se extremamente intolerante com deficiências corpóreas ao longo da história, tornando constante inclusive o assassinato de bebês que as apresentassem, por exemplo.
Passados mais de dois mil anos desta prática tenebrosa, ainda é deploravelmente perceptível, sobretudo em países subdesenvolvidos como o Brasil, a existência de atos preconceituosos perpetrados contra essa parcela da sociedade, que são o motivo primordial para que se perpetue como difícil a escolarização plena de deficientes auditivos.
Esse panorama nefasto suscita ações mais efetivas tanto do Poder Público quanto de instituições formadoras de opinião, com o escopo de mitigar os diversos empecilhos postos frente à educação desta parcela social.
É indubitável, de fato, que muitos avanços já foram conquistados no que tange à efetivação dos direitos constitucionais garantidos aos surdos brasileiros.
 Pode- se mencionar, por exemplo, a classificação da Libras – Língua Brasileira de Sinais como segundo idioma oficial da nação em 2002, a existência de escolas especiais para surdos no território no Brasil e as iniciativas privadas que incluem esses cidadãos como partícipes de eventos – como no caso da plataforma do Youtube Educação, cujas aulas sempre apresentam um profissional que traduz a fala de um professor para a língua de sinais.
Apenas medidas flagrantemente pontuais como essas, contudo, são incapazes de tornar a educação de surdos efetiva e acessível a todos que necessitam dela, visto que não só a maioria dos centros educacionais está mal distribuída no país, mas também a disponibilidades de professores específicos ainda é escassa, além de a linguagem de sinais ainda ser desconhecida por grande parte dos brasileiros.
No que tange à sociedade civil, nota-se a existência de comportamentos e de ideologias altamente preconceituosos contra os surdos brasileiros.
A título de ilustração, é comum que pais de estudantes ditos “normais” dificultem o ingresso de alunos portadores de deficiência auditiva em classes não específicas a eles, alegando que tal parcela tornará o “ritmo” da aula mais lento; que colegas de sala difundam piadas e atitudes maldosas e que empresas os considerem inaptos à comunicação com outros funcionários.
Essas atitudes deploravelmente constantes no Brasil ratificam a máxima atribuída ao filósofo Voltaire: “Os preconceitos são a razão dos imbecis”.
Urge, pois, a fim de tornar atitudes intolerantes restritas à história de Esparta, que o Estado construa mais escolas para deficientes auditivos em municípios mais afastados de grandes centros e promova cursos de Libras a professores da rede pública – por meio da ampliação de verbas destinadas ao Ministério da Educação e da realização de palestras com especialistas na educação de surdos –, em prol de tornar a formação educacional deles mais fácil e mais inclusiva.Outrossim, é mister que instituições formadoras de opinião – como escolas, universidades e famílias socialmente engajadas – promovam debates amplos e constantes acerca da importância de garantir o respeito e a igualdade de oportunidades a essa parcela social, a partir de diálogo nos lares, de seminários e de feiras culturais em ambientes educacionais.
Assim, reduzir-se-ão os empecilhos existentes hoje em relação à educação de surdos na Nação, e formar-se-ão cidadãos mais aptos a compreender a necessidade de respeito a eles, afinal, segundo o filósofo Immanuel Kant: “O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele”.
Fonte: Colégio Ari de Sá e Blog do Enem
3 – Candidata Ana Beatriz Vasconcelos Coelho – Enem 2017
Tema: “Desafios para Formação Educacional de Surdos”
No atual contexto social brasileiro, a inclusão de surdos nas instituições de ensino é um verdadeiro desafio que, muitas vezes, não é realizado de forma efetiva, gerando implicações negativas para toda a população. Essa situação fomenta uma atuação mais empenhada por parte do Poder Público e da sociedade em geral no sentido de evidenciar causas e de buscar soluções conjuntas para mudar a referida realidade.
Acerca dessa discussão, é válido ressaltar que, apesar da criação do Estatuto da Pessoa com deficiência, no ano de 2016, o qual garante um sistema inclusivo em todos os níveis de ensino para os indivíduos portadores de deficiência, o país ainda carece de escolas preparadas para acolher esses estudantes.
A referida precariedade tem como uma de suas causas a falta de preocupação das autoridades públicas em formar professores capacitados a oferecer aulas em libras, pois, apesar dessa forma de comunicação já ser reconhecida como a segunda língua oficial do país, ela ainda é pouco difundida.
Com isso, é possível inferir que, ao negligenciar o aprimoramento da formação educacional de surdos, o Estado não está agindo de acordo com o pensamento do economista Arthur Leuris, o qual afirma que, gastos com educação são investimentos com retorno garantido.
Ademais, outra grande dificuldade ao oferecer uma educação de qualidade para os surdos é o preconceito que eles podem sofrer. Segundo dados publicados no jornal Estadão, cerca de 77% dos deficientes já foram vítimas de alguma forma de agressão, como o preconceito.
Tal circunstância pode ser extremamente prejudicial para esses alunos, já que, o sentimento de inferioridade causado pode ser determinante para que haja a evasão escolar.
Portanto, cabe ao Estado voltar mais recursos para a criação de cursos que ofereçam aulas de libras para professores que desejam atuar no ensino de alunos surdos, isso pode ser alcançado por meio de uma administração de gastos mais responsável, visando a capacitação de mais profissionais aptos para exercer essa profissão.
Além disso, é dever da comunidade escolar realizar campanhas educativas sobre o respeito que todos devem ter pelos portadores de necessidades especiais, tais ações devem ser feitas por meio de “banners” e palestras com profissionais especializados no assunto, com o fito de diminuir a evasão escolar desses indivíduos e os casos de preconceito que eles sofrem.
Fonte: Plataforma SAS e Blog do Enem
4 – Candidata Ester Godinho Sousa – Enem 2017
Tema: “Desafios para Formação Educacional de Surdos”
A plenitude do processo educacional das populações é uma questão essencial para o desenvolvimento psicossocial nas nações, visto que práticas basilares, como a manutenção de vínculos empregatícios e o exercício da cidadania, são bastante facilitados.
No Brasil, entretanto, esse setor vem sendo prejudicado por problemas estruturais e sociais históricos, a exemplo da insuficiência de projetos voltados à educação inclusiva, que são evidenciados nos prejuízos durante a formação intelectual da expressiva parcela populacional de surdos, como a dificuldade de ingresso no mercado de trabalho, fatos que contrariam os preceitos dos Direitos Humanos e reduzem o desempenho socioeconômico da nação.
Diante disso, os desafios para a formação educacional dos surdos no Brasil representam uma questão de urgente resolução.
Decerto, um dos principais desafios referentes à problemática é a inserção efetiva dos deficientes auditivos no sistema de educação fundamental devido, principalmente, à insuficiência de práticas inclusivas, como cursos sistemáticos de capacitação dos docentes para a utilização da Língua Brasileira de Sinais, aliada à ocorrência expressiva de casos de violência e de discriminação, como o “bullying”, que difundem a sensação de vulnerabilidade social e prejudicam a permanência desses alunos no ambiente escolar.
Tendo em vista esses aspectos, mudanças jurídicas, como a implementação da lei que obriga as instituições de ensino a matricularem alunos portadores de deficiência sem a cobrança de pagamentos adicionais, vêm auxiliando no combate à discriminação dos surdos e no acesso regular a todas as etapas de ensino.
Entretanto, a fiscalização insuficiente da aplicabilidade dessa medida ainda limita o registro de melhorias mais efetivas.
Além do desafio supracitado, a difusão histórica de estereótipos inferiorizantes relacionados aos surdos prejudica o ingresso efetivo de muitos jovens com formações educacionais exemplares no mercado de trabalho, mesmo diante do progresso representado pela efetivação da Lei de Cotas, que determina a ocupação de um número significativo de cargos nas empresas por portadores de deficiência; fato que reduz a população economicamente ativa do país e dificulta a garantia de outros direitos fundamentais dos surdos, como o acesso a atividades de lazer, que dependem diretamente da conquista de independência financeira, por exemplo, desestimulando, assim, a continuidade das atividades educacionais por esses indivíduos.
Logo, é necessário que ONGs em defesa da causa enviem petições para o governo cobrando maiores investimentos em práticas inclusivas no setor educacional, como o oferecimento de cursos gratuitos de capacitação dos docentes para a democratização do ensino e a integração efetiva dos surdos, aliados à intensificação da fiscalização da aplicação das leis relacionadas já existentes, por meio de campanhas que estimulem as denúncias populacionais sobre escolas que rejeitam o ingresso de alunos surdos, por exemplo, para que a identificação e o combate de situações discriminantes e violentas sejam facilitadas, estimulando, assim, a valorização desses indivíduos e o desempenho adequado de suas capacidades psíquicas nesse nível educacional.
Ademais, profissionais conscientes, como médicos, podem ministrar palestras, para serem divulgadas no meio virtual, que esclareçam sobre o fato das capacidades psicológicas não serem afetadas por problemas auditivos, para que estereótipos preconceituosos sejam “descontruídos”, facilitando, assim, o desempenho psicossocial desses indivíduos surdos e o progresso da nação.
5 – Candidato Marcus Vinícius M. de Oliveira – Enem 2017
Tema: “Desafios para Formação Educacional de Surdos”
No Brasil, o início do processo de educação de surdos remonta ao Segundo Reinado. No entanto, esse ato não se configurou como inclusivo, já que se caracterizou pelo estabelecimento de um “apartheid” educacional, ou seja, uma escola exclusiva para tal público, segregando-o dos que seriam considerados “normais” pela população.
Assim, notam-se desafios ligados à formação educacional das pessoas com dificuldade auditiva, seja por estereotipação da sociedade civil, seja por passividade governamental.
Portanto, haja vista que a educação é fundamental para o desenvolvimento socioeconômico do referido público e, logo, da nação, ela deve ser efetivada aos surdos pelos agentes adequados, a partir da resolução dos entraves vinculados a ela.
Sob esse viés, pode-se apontar como um empecilho à implementação desse direito, reconhecido por mecanismos legais, a discriminação enraizada em parte da sociedade, inclusive dos próprios responsáveis por essas pessoas com limitação.
Isso pode ser explicado segundo o sociólogo Talcot Parsons, o qualdiz que a família é uma máquina que produz personalidades humanas, o que legitima a ideia de que o preconceito por parte de muitos pais dificulta o acesso à educação pelos surdos.
Tal estereótipo está associado a uma possível invalidez da pessoa com deficiência e é procrastinado, infelizmente, desde o Período Clássico grego, em que deficientes eram deixados para morrer por serem tratados como insignificantes, o que dificulta, ainda hoje, seu pleno desenvolvimento e sua autonomia.
Além do mais, ressalte-se que o Poder Público incrementou o acesso do público abordado ao sistema educacional brasileiro ao tornar a Libras uma língua secundária oficial e ao incluí-la, no mínimo, à grade curricular pública. Contudo, devido à falta de fiscalização e de políticas públicas ostensivas por parte de algumas gestões, isso não é bem efetivado.
Afinal, dados estatísticos mostram que o número de brasileiros com deficiência auditiva vem diminuindo tanto em escolas inclusivas – ou bilíngues – como em exclusivas, a exemplo daquela criada no Segundo Reinado. Essa situação abjeta está relacionada à inexistência ou à incipiência de professores que dominem a Libras e à carência de aulas proficientes, inclusivas e proativas, o que deveria ser atenuado por meio de uma maior gerência do Estado nesse âmbito escolar.
Diante do exposto, cabe às instituições de ensino com proatividade o papel de deliberar acerca dessa limitação em palestras elucidativas por meio de exemplos em obras literárias, dados estatísticos e depoimentos de pessoas envolvidas com o tema, para que a sociedade civil, em especial os pais de surdos, não seja complacente com a cultura de estereótipos e preconceitos difundida socialmente.
Outrossim, o próprio público deficiente deve alertar a outra parte da população sobre seus direitos e suas possibilidades no Estado civil a partir da realização de dias de conscientização na urbe e da divulgação de textos proativos em páginas virtuais, como “Quebrando Tabu”.
Por fim, ativistas políticos devem realizar mutirões no Ministério ou na Secretaria de Educação, pressionando os demiurgos indiferentes à problemática abordada, com o fito de incentivá-los a profissionalizarem adequadamente os professores – para que todos saibam, no mínimo, o básico em Libras – e a efetivarem o estudo da Língua Brasileira de Sinais, por meio da disponibilização de verbas e da criação de políticas públicas convenientes, contrariando a teórica inclusão da primeira escola de surdos brasileira.
6 – Candidato João Vitor Vasconcelos Ponte – Enem 2016
Tema: “Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil”
 O Brasil foi formado pela união de diversas bases étnicas e culturais e, consequentemente, estão presentes em seu território várias religiões. Entretanto, nem essa diversidade nem a liberdade religiosa garantida pela Constituição Cidadã faz com que o país seja respeitoso com as diferentes crenças.
Fazendo uma analogia com a filosofia kantiana, a intolerância existente pode ser vista como o resultado de fatores inatos ao indivíduo com o que foi incorporado a partir das experiências vividas. Em primeiro lugar, é notória a dificuldade que há no homem em aceitar o diferente, principalmente ao se tratar de algo tão pessoal como a religião.
Prova disso é a presença da não aceitação das crenças alheias em diferentes regiões e momentos históricos, como no Império Romano antigo, com as perseguições aos cristãos, na Europa Medieval, com as Cruzadas e no atual Oriente Médio, com os conflitos envolvendo o Estado Islâmico.
Também pode-se comprovar a existência da intolerância religiosa pela frase popular “religião não se discute”, que propõe ignorar a temática para evitar os conflitos evidentes ao se tratar do assunto.
Desse modo, nota-se que a intolerância não se restringe a um grupo específico e é, de certa forma, natural ao ser humano, o que, porém, não significa que não pode o deve ser combatida. Além da intolerância inata ao homem, há fatores externos que intensificam o problema.
No cenário brasileiro, o processo colonizador e seus legados, que perduram até hoje, são os principais agravantes desse preconceito. Desde a chegada dos europeus no país, as religiões diferentes da oficial são discriminadas.
Logo no início da colonização, o processo de catequização dos nativos foi incentivado, o que demonstra o desrespeito com as religiões indígenas, e, décadas depois, com o início do tráfico negreiro, houve também perseguição às religiões afrobrasileiras e a construção de uma imagem negativa acerca delas.
Toda essa mentalidade perpetuou-se no ideário coletivo brasileiro e, apesar dos avanços legais, faz com que essas religiões sejam as mais afetadas pela intolerância atualmente.
É necessário, pois, que se reverta a mentalidade retrógrada e preconceituosa predominante no Brasil. Para tal, o Estado deve veicular campanhas de conscientização, na TV e na internet, que informem a população sobre a diversidade religiosa do país e a necessidade de respeitá-las. Essas campanhas também podem, para facilitar a detecção e o combate ao problema, divulgar contatos para denúncia de casos de intolerância religiosa.
Concomitantemente, é fundamental o papel da escola de pregar a tolerância já que, segundo Immanuel Kant, “o homem é aquilo que a educação faz dele”. Portanto, a escola deve promover palestras sobre as diferenças crenças do país, ministradas por especialistas na área ou por membros dessas religiões, a fim de quebrar estereótipos preconceituosos e tornar os jovens mais tolerantes. 
Fonte: Manual do Participante da Redação INEP/MEC
Comentário oficial do Inep/MEC sobre a redação do candidato João Vitor:
Nota-se pleno domínio do texto dissertativo-argumentativo, uma vez que o participante estrutura adequadamente sua redação, apresentando tese, argumentos que a corroboram e conclusão.
Além disso, o participante demonstra uma leitura atenta da proposta ao abordar o tema de forma completa em seu texto: logo no início, é apresentado o problema que será discutido, intolerância religiosa; no decorrer do texto, são explicitadas suas causas; e, ao final, são expostas as formas de combate a esse problema.
7 – Candidata Giovanna Tami Soares Takahashi – Enem 2016
Tema: “Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil”
Segundo a atual Constituição Federal, o Brasil é um país de Estado laico, ou seja, a sociedade possui o direito de exercer qualquer religião, crença ou culto. Entretanto, essa liberdade religiosa encontra-se afetada, uma vez que é notório o crescimento da taxa de violência com relação à falta de tolerância às diferentes crenças.
Assim, diversas medidas precisam ser tomadas para tentar combater esse problema, incitando uma maior atenção do Poder Público, juntamente com os setores socialmente engajados, e das instituições formadoras de opinião.
Nesse contexto, vale ressaltar que a intolerância religiosa é um problema existente no Brasil desde séculos passados. Com a chegada das caravelas portuguesas, as quais trouxeram os padres jesuítas, os índios perderam a sua liberdade de crença e foram obrigados, de maneira violenta, a se converter ao catolicismo, religião a qual era predominante na Europa.
Além disso, os africanos escravizados que aqui se encontravam também foram impedidos de praticar seus cultos religiosos, sendo punidos de forma desumana caso desrespeitassem essa imposição.
Atualmente, constata-se que grande parcela da população brasileira herdou essa forma de pensar e de agir, tratando pessoas que acreditam em outras religiões de maneira desrespeitosa e, muitas vezes, violenta, levando instituições públicas e privadas à busca de soluções para reverter isso.
Sob esse viés, ressalta-se que algumas ações já foram realizadas, como a criação da lei de proteção ao sentimento religioso e à prática de diferentes cultos.
Entretanto, as medidas tomadas até então não são suficientes para inibir essa problemática, uma vez que a fraca punição aos criminosos e a falta de conscientização da sociedade são alguns dos principais motivos que ocasionam apersistência de atos violentos em decorrência da intolerância religiosa.
Outrossim, a falta de comunicação dos pais e das escolas com os jovens sobre esse assunto é um agravante do problema, aumentando as possibilidades destes agirem de maneira desrespeitosa.
Diante disso, para combater a intolerância religiosa, cabe ao Governo intensificar esforços, criando leis específicas e aumentando o tempo de punição para quem comete qualquer tipo de violência devido à religião.
Ademais, é necessária a criação de campanhas midiáticas governamentais de conscientização, com o apoio da imprensa socialmente engajada, e a divulgação destas através dos diversos meios de comunicação e das redes sociais, que mostrem a importância do respeito à liberdade de escolha e às diferentes crenças, uma vez que o Brasil é um país com inúmeros grupos e povos, cada um com seus costumes.
Além disso, a participação das instituições formadoras de opinião é de grande importância para a educação dos jovens com relação ao respeito às diferentes religiões, com as escolas  realizando palestras e seminários sobre o assunto e as famílias intensificando os diálogos em casa.
Fonte: Manual do Participante da Redação do Enem – INEP/MEC
Comentário oficial do Inep/MEC sobre a redação da candidata Giovanna
Em relação aos princípios da estruturação do texto dissertativo-argumentativo, percebe-se que a participante apresenta tese, desenvolvimento de justificativas que comprovem essa tese e conclusão. Ou seja, a participante apresenta excelente domínio do texto dissertativo-argumentativo.
Além disso, o tema é abordado de forma completa: já no primeiro parágrafo, trata-se tanto da intolerância religiosa quanto dos caminhos para combatê-la, os quais serão desenvolvidos ao longo do texto.
Observa-se no texto a presença de repertório sociocultural no 2º parágrafo, em que a participante faz referência ao contexto histórico de conversão ao catolicismo dos índios e dos africanos escravizados no Brasil. Percebe-se, ao longo da redação, a presença de projeto de texto estratégico, que se configura na organização e no desenvolvimento do texto.
A participante apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema proposto, de forma consistente e organizada para defender seu ponto de vista de que a liberdade religiosa está afetada e são necessárias medidas do poder público e das instituições formadoras de opinião.
8 – Candidata Júlia Curi Augusto Pereira – Enem 2015
Tema: A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira
Permeada pela desigualdade de gênero, a história brasileira deixa clara a posição inferior imposta a todas as mulheres. Essas, mesmo após a conquista do acesso ao voto, ensino e trabalho – negado por séculos – permanecem vítimas da violência, uma realidade que ceifa vidas e as priva do direito a terem sua integridade física e moral protegida.
O machismo e a misoginia são promovidos pela própria sociedade. Meninas são ensinadas a aceitar a submissão ao posicionamento masculino, ainda que estejam inclusas agressões e violência, do abuso psicológico ao sexual .
Os meninos, por sua vez, têm seu caráter construído à medida que absorvem valores patriarcais e abusivos, os quais serão refletidos em suas condutas ulteriores.
Um dos conceitos filosóficos de Francis Bacon , que declara o comportamento humano como contagioso, se aplica perfeitamente à situação. A violência de gênero, conforme permanece a ser reproduzida, torna-se enraizada e frequente.
Concomitantemente, a voz das mulheres é silenciada e suas manifestações são reprimidas, o que favorece o mantimento das atitudes misóginas. O ensino veta todo e qualquer tipo de instrução a respeito do feminismo e da igualdade de gênero e contribui com a perpetuação da ignorância e do consequente preconceito.
Ademais, os veículos de comunicação pouco abordam a temática, enquanto o Estado colabora com a Lei Maria da Penha, nem sempre eficaz, e com unidades da Delegacia da Mulher, em número insuficiente.
Entende-se, diante do exposto, a real necessidade de ações governamentais que garantam que a lei puna todos os tipos de violência, além da instalação de delegacias específicas em áreas necessitadas.
Cabe à sociedade, em parceria com a mídia e com as escolas, instruções sobre igualdade de gênero e campanhas de oposição à violência contra as mulheres. Essas, por fim, devem permanecer unidas, através do feminismo, em busca da garantia de seus direitos básicos e seu bem-estar social.
Fonte: Manual do Participante da Redação do Enem – INEP/MEC
Comentário oficial do Inep/MEC sobre a redação da candidata Júlia
O tema proposto no enunciado da prova é bem desenvolvido pela participante, por meio de argumentação consistente, fundamentada em repertório sociocultural produtivo, uma vez que cita Francis Bacon, extrapola as ideias apresentadas nos textos motivadores e focaliza a natureza machista e patriarcal da sociedade brasileira.
Apresenta também excelente domínio do texto dissertativo-argumentativo, com introdução, desenvolvimento e conclusão. O tema  se desenvolve de modo fluente e articulado ao ponto de vista defendido, configurando autoria. Em defesa de seu ponto de vista, a texto apresenta informações relacionadas ao papel da educação e dos veículos de comunicação na construção da desigualdade entre os gêneros e do preconceito contra a mulher.
Ao elaborar sua excelente proposta de intervenção, que respeita os direitos humanos, a participante considera que são necessárias ações governamentais, como a multiplicação de delegacias especiais de atendimento à mulher, e ações da sociedade, dos meios midiáticos e do sistema educacional em campanhas de oposição à violência contra as mulheres.
A proposta de intervenção relaciona-se ao tema e resulta da discussão desenvolvida no texto, além de ser abrangente, bem elaborada e bem detalhada.
9 – Candidata Alícia Cristine Salomé Rozza – Enem 2015
Tema: A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira
Na revolução de 1930, paulistas insatisfeitos com a falta do poder político que detinham na República do café com leite usaram a falta de uma constituição para se rebelar contra o governo Vargas. O presidente, cedendo às pressões, garantiu na nova Constituição um direito nunca antes conquistado pela mulher: o direito ao voto.
A inclusão da mulher na sociedade como cidadã, porém, não foi o suficiente para deter o pensamento machista que acompanhou o Brasil por tantos séculos – fato evidenciado nos índices atuais altíssimos de violência contra a mulher.
De acordo com o Mapa da Violência de 2012, entre 1980 e 2010 houve um aumento de 230% na quantidade de mulheres vítimas de assassinato no país; além disso, 7 de cada 10 mulheres que telefonaram para o Ligue 180 afirmaram ter sido violentadas pelos companheiros.
Em países como o Afeganistão, a mulher que trai o marido é enterrada até que somente a cabeça fique à mostra e, então, é apedrejada; apesar de reagirmos com horror perante tal atrocidade, um país que triplica a quantidade de mulheres mortas em 30 anos deve ser tratado com igual despeito quando se trata do assunto.
Apesar de acharmos que a mentalidade do povo melhora com o passar do tempo, a mentalidade brasileira mostra crescente atraso quanto à igualdade de direitos entre os gêneros, e tal mentalidade leva a fatalidades que deveriam ser raras em pleno século XXI.
Uma pesquisa feita pela Rede Globo mostrou que, entre homens e mulheres entrevistados, mais da metade afirmou que mulheres que vestem roupas curtas merecem ser abusadas sexualmente. A violência contra a mulher começa exatamente com as regras implícitas que a sociedade impõe: se a mulher não seguir tal regra, merece ser violentada.
Portanto, apesar de todos os direitos conquistados constitucionalmente pelo sexo feminino, normas culturais que passam entre gerações fazem o pensamento conservador e machista se perpetuar e ser a justificativa para as atrocidades físicas e psicológicas cometidas contra a mulher.
Muitas vezes presa a um relacionamento de muito tempo, a mulher aceitaa condição à qual é submetida e se nega a procurar algum tipo de ajuda.
A mudança deve acontecer de três formas: primeiramente, a mulher não pode deixar-se levar pelo pensamento machista da sociedade e deve entender que não há justificativa para a agressão; pessoas que têm conhecimento de mulheres que aceitam a violência, por sua vez, devem telefonar para o Ligue 180 com ou sem o consentimento da vítima; e, por fim, a geração atual deve preocupar-se em deixar de transmitir culturalmente a ideia de que o gênero feminino é inferior. Para que as gerações seguintes vivam em um país igualitário, a mudança começa agora.
 Comentário oficial do Inep/MEC sobre a redação da candidata Alícia
 Apresenta excelente domínio do texto dissertativo-argumentativo, com introdução, desenvolvimento e conclusão. A redação organiza-se em quatro parágrafos bem construídos e bem articulados entre si.
Em seu texto, o tema é desenvolvido de modo consistente e autoral em defesa de seu ponto de vista, por meio do acesso a outras áreas do conhecimento, com progressão fluente e articulada ao ponto de vista defendido.
O ponto de vista defendido é o de que é necessário combater efetivamente o pensamento machista e conservador “que acompanhou o Brasil por tantos séculos” e que promove a perpetuação da violência contra a mulher.
10 – Candidato Lucas Domingos Ribeiro – Enem 2015
Tema: A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira
“A história da humanidade é a história da luta…” das mulheres. Karl Marx, filósofo e sociólogo alemão, baseou seu pensamento na extinção gradual das classes sociais e das diferenças presentes na sociedade moderna. Analogamente, percebe-se, no âmbito das relações sociais humanas, a presença de um grupo que não foge à luta por seus direitos: a população feminina.
Por viverem em um país patriarcal — herança herdada dos tempos do Império — as mulheres brasileiras permanecem à deriva da sociedade. Levando isso em consideração, recebem maus tratos e são menosprezadas por homens e chefes de famílias. Na ótica aristotélica, a mulher é concebida como a encarnação de um homem ruim.
Este fato talvez justifique o alto índice de violência contra o espírito feminino em voga no Brasil, subjugado por homens e até mesmo mulheres que desrespeitam a igualdade do gênero.
Segundo o Mapa da Violência de 2012, milhares de mulheres foram assassinadas, como também muitas delas sofreram com os mais diversos tipos de agressão, incluindo agressões de caráter físico, com predomínio de 51,68% dos casos.
Entretanto, existem movimentos e organizações que têm como compromisso a redução dos descasos com a figura da mulher, como a campanha contra o feminicídio, que une cidadãs em prol do combate ao patriarcalismo que impera na sociedade brasileira.
Infelizmente, nem toda comunidade feminina se junta e segue esses princípios. Geralmente, as mulheres aceitam a dominação e, no viés de Max Weber, só há dominação se houver aceitação.
Não se deve esquecer que as atitudes femininas são sutis, levando-as a questionarem o poderio de uma denúncia a uma delegacia de polícia mais próxima.
Portanto, com o intuito de atenuar os maus tratos e a submissão da mulher na  contemporaneidade, cabe ao Estado a fiscalização da Lei Maria da Penha e também a aplicação da mesma com maior rigor.
Além disso, é papel da sociedade a criação de fóruns de discussão sobre os direitos da mulher, inspirados em grandes figuras adeptas à valorização feminina, como Frida Kahlo e Simone de Beavouir.
Cabe à mídia a divulgação de casos de violência doméstica, via televisão e internet, que promoverão a conscientização da sociedade a respeito do quanto a mulher tem valor.
Fonte: Manual do Participante do Enem INEP/MEC
Comentário oficial do Inep/MEC sobre a redação do candidato Lucas
Pelas estruturas linguísticas, pela seleção lexical e pela escolha de registro, o participante demonstra que tem  excelente domínio da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa.
O participante desenvolve o tema proposto no enunciado da prova mediante argumentação consistente, baseada em repertório sociocultural produtivo, apresentando ideias e informações para além das compiladas pelos textos motivadores, haja vista a referência a Karl Marx, Aristóteles, Max Weber, Frida Kahlo e Simone de Beauvoir.
Nesse post falaremos sobre um problema comum: a fuga do tema da redação. Baseado numa proposta recente, comentaremos a importância de delimitar a proposta, o assunto e o tema da redação do Enem. 
Um dos problemas mais comuns apresentado pelos estudantes é a fuga do tema da redação do Enem. Para auxiliá-lo a ficar dentro dos limites da proposta e não incorrer na fuga total ou parcial do tema, vejamos aqui algumas boas sugestões e exemplos.
Antes de qualquer coisa, é importante ter em vista três pontos principais e norteadores: imagine uma pirâmide que inicia da base para o topo na seguinte sequência: assunto, tema e proposta. Para entender melhor, vamos analisar o exemplo a seguir.
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Veja a proposta da redação do Enem 2015
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Para melhor interpretar essa proposição, vamos passar por esses três níveis fundamentais de nossa pirâmide: partindo do mais geral – o assunto – para então, após a leitura dos textos de apoio, você poder identificar o tema da redação.
Nesse exemplo, o assunto é “o contexto da mulher brasileira” e o tema é “a violência contra a mulher brasileira”. Perceba o título: “A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira”. Contudo, se você parar por aí, pode acabar chegando à uma fuga parcial do tema, o que é tão ruim quanto a fuga do tema, pois também zera a questão.
É o caso de querer explorar essa proposta com uma tese que julgue positiva ou negativamente esse tema – a violência contra a mulher, simplificando a sua abordagem e tratando parcialmente da proposta. Precisamos de uma análise mais atenta da proposta, ok?
Para poder ir além do tema, o candidato deve procurar em todos os textos, e também no enunciado da proposta, qual é a situação problema que deve ser questionada. Nesse caso, o tema é não só a violência contra a mulher, mas a sua “persistência”. Vejamos novamente o título: “A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira”.
Note, portanto, que a violência em si já é um fato, bem nítido em nossa sociedade – conforme os dados apresentados, inclusive – e que é a sua manutenção o foco principal.
Escolha uma tese bem delimitada
Outro meio de evitar essa situação é você ter uma tese bem delimitada.
Isso significa que assim que você identifica a situação problema da proposta, você deve assumir um posicionamento crítico em relação a ela para que possa selecionar os argumentos de forma mais eficiente em vez de começar pela seleção de argumentos para só então chegar a uma tese.
Se você só seleciona esses argumentos sem ter um posicionamento claro, você pode acabar correndo o risco de abordar somente o tema da proposta e não a situação problema, já que você simplesmente selecionou fatos e não os organizou em torno de uma tese que lhes dê objetivo.
Dessa forma, definir a tese é primordial para que você perceba se está abordando realmente a situação problema, no caso, “a manutenção da violência contra mulher”, e não apenas “violência contra mulher” ou “a mulher brasileira”. Tenha em mente exatamente a ideia que você vai defender!
Vamos ver agora o exemplo de uma redação onde a autora captou bem o tema dessa proposta, e isso fica claro logo na introdução, como deve ser:
De acordo com o sociólogo Émile Durkheim,a sociedade pode ser comparada a um “corpo biológico” por ser, assim como esse, composta por partes que interagem entre si. Desse modo, para que esse organismo seja igualitário e coeso, é necessário que todos os direitos dos cidadãos sejam garantidos.
Contudo, no Brasil, isso não ocorre, pois em pleno século XXI as mulheres ainda são alvos de violência. Esse quadro de persistência de maus tratos com esse setor é fruto, principalmente, de uma cultura de valorização do sexo masculino e de punições lentas e pouco eficientes por parte do Governo.
Essa redação, intitulada “Parte Desfavorecida”, foi escrita pela estudante do Ensino Médio Anna Beatriz Wreden. Confira clicando neste link.
Perceba que na última frase desse parágrafo, a autora define a situação problema ”Esse quadro de persistência” e em seguida expõe a sua tese, que deve ser defendida e comprovada no decorrer no texto: “Esse quadro de persistência de maus tratos com esse setor é fruto, principalmente, de uma cultura de valorização do sexo masculino e de punições lentas e pouco eficientes por parte do Governo.”
Espera-se, então, que a autora do texto desenvolva essa sua tese, busque ilustrar e comprovar, com fatos, os motivos pelos quais a persistência da violência contra a mulher no Brasil esteja ligada ao machismo e à política judicial.
Exemplo de redações com boa pontuação, como a de Anna Beatriz, podem servir de bom parâmetro para quem quer se dar bem no Enem.
Três técnicas de argumentação para a redação
Estude as técnicas de argumentação que podem melhorar a sua relação com as informações no texto e tecer comparações que fortaleçam a sua tese.
Existem técnicas de argumentação que valorizam a estrutura de uma dissertação e que podem tornar seu texto mais coeso e competitivo. Vamos analisar delas, para você experimentar nos seus parágrafos de desenvolvimento da redação.
Comparação histórica
Ao escrever os argumentos com a técnica da comparação histórica o candidato demonstra a capacidade de utilizar o conhecimento depreendido nas aulas, além de bagagem cultural.
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Observe no exemplo como é possível utilizá-la:
“Essa estrutura se mantém pouco alterada desde os primórdios do país. Por ser uma colônia de exploração, o objetivo dos governantes, no Brasil, sempre foi buscar o lucro em detrimento do bem estar das classes populares. Assim, é possível traçar um paralelo através dos séculos entre os antigos nobres portugueses e os atuais políticos cujo poder é passado quase como uma herança e há pouca importância com as questões sociais básicas.
O mesmo ocorre com o povo que, com a sua centenária falta de informação, não sabe como melhorar as questões sanitárias no Brasil da mesma forma que não soube lidar com a questão da vacinação obrigatória no século XX, gerando a conhecida Revolta da Vacina.”
No segundo parágrafo do desenvolvimento, a autora do texto acima comenta a estrutura do saneamento básico brasileiro por meio de uma comparação histórica entre o Brasil Colônia (1) e a atualidade (2):
(1) Essa estrutura se mantém pouco alterada desde os primórdios do país. Por ser uma colônia de exploração, o objetivo dos governantes, no Brasil, sempre foi buscar o lucro em detrimento do bem estar das classes populares.  
(2) Assim, é possível traçar um paralelo através dos séculos entre os antigos nobres portugueses e os atuais políticos cujo poder é passado quase como uma herança e há pouca importância com as questões sociais básicas.” .
Posteriormente, em vez de finalizar o parágrafo, a vestibulanda realiza outra comparação de teor histórico, sendo que ainda seria necessário o fechamento do parágrafo por meio de uma crítica final:
“O mesmo ocorre com o povo que, com a sua centenária falta de informação, não sabe como melhorar as questões sanitárias no Brasil da mesma forma que não soube lidar com a questão da vacinação obrigatória no século XX, gerando a conhecida Revolta da Vacina.”
Uma possível conclusão para esse parágrafo seria: “Desse modo, é necessária estrutura política e social para que haja mais investimento e consciência, culminando em saneamento básico e outros serviços de qualidade.”.
Comparação Filosófica
Além da comparação histórica, também é possível utilizar a filosofia como referente, fora outras áreas acadêmicas, como a literatura, biologia etc.
Vejamos um exemplo:
“Em uma de suas mais famosas falas, Aristóteles credita o termo cidadão àquele que participa da política da pólis. Contudo, na sociedade capitalista em que vivemos hoje, ser cidadão é convir com o atual sistema vigente, ou seja, consumir. Tal mudança criou um perigoso traço de personalidade: a compulsão pelo consumo, em que cada vez mais pessoas estão consumindo sem necessidade, gerando, assim, graves problemas sociais.”
Nesse parágrafo da introdução, o autor compara o conceito de cidadão de Aristóteles (1) com a noção de cidadania moderna (2), contextualizando-a por meio do capitalismo:
“(1) Em uma de suas mais famosas falas, Aristóteles credita o termo cidadão àquele que participa da política da pólis.
(2) Contudo, a sociedade capitalista em que vivemos hoje, ser cidadão é convir com o atual sistema vigente, ou seja, consumir.”
Assim, após a contextualização já argumentativa, o candidato apresenta a sua tese:
“Tal mudança criou um perigoso traço de personalidade: a compulsão pelo consumo, em que cada vez mais pessoas estão consumindo sem necessidade, gerando, assim, graves problemas sociais.”.
Comparação entre nações
A terceira técnica de argumentação que você pode usar na redação do Enem é a comparação entre nações, ou seja, entre países. Você pode utilizar dados demográficos, históricos e noções culturais para traçar paralelos e provar um ponto de vista.
Vamos ver como essa técnica funciona:
“Além da disciplina, outro fator contribuinte para o sucesso do desportista olímpico é o auxílio do Estado, novamente não encontrado no Brasil. Esse apoio financeiro e educacional é fundamental para a formação do atleta, uma vez que tal incentivo valoriza os guerreiros e contribui para um melhor treinamento.
Um fato que corrobora esse pensamento é o excelente preparo que a seleção dinamarquesa de remo possui: embora, geograficamente, levem desvantagem perante os brasileiros pelo congelamento de lagos no inverno, os nórdicos conseguem, em muitos campeonatos mundiais, atingir posições mais altas que as brasileiras. A grande conquista acontece graças ao incentivo governamental que lhes garantem máquinas simuladoras de remo extremamente modernas e uma academia completa, a fim de que não faltem recursos para distanciar os remadores do prestígio internacional.”
Nesse parágrafo do desenvolvimento, a autora utiliza uma comparação (1) entre Brasil e Dinamarca para comprovar a crítica do tópico frasal:
“Além da disciplina, outro fator contribuinte para o sucesso do desportista olímpico é o auxílio do Estado, novamente não encontrado no Brasil. Esse apoio financeiro e educacional é fundamental para a formação do atleta, uma vez que tal incentivo valoriza os guerreiros e contribui para um melhor treinamento.
(1) Um fato que corrobora esse pensamento é o excelente preparo que a seleção dinamarquesa de remo possui: embora, geograficamente, levem desvantagem perante os brasileiros pelo congelamento de lagos no inverno, os nórdicos conseguem, em muitos campeonatos mundiais, atingir posições mais altas que as brasileiras.
A grande conquista acontece graças ao incentivo governamental que lhes garantem máquinas simuladoras de remo extremamente modernas e uma academia completa, a fim de que não faltem recursos para distanciar os remadores do prestígio internacional.”
Assim, ao final da comprovação, ela finaliza o parágrafo relacionando os fatos apresentados à crítica do tópico frasal.
Desta forma as comparações são úteis para tornar a dissertação mais atraente ao leitor e competitiva para o vestibular e o Enem.
Para treinar suas técnicas de argumentação, pense nas seguintes questões:
· Em relação ao tema proposto, como é a nossa realidade?
· Por que ela é assim?Quais as causas disso?
· Quais as possíveis conseqüências disso?
· Sempre foi assim ou em outras épocas era diferente?
· Como é em outras culturas?
· Trata-se de algo benéfico/maléfico para qual aspecto?
· É possível mudar?  É necessário mudar?
· Como esse tema é abordado pelas artes (literatura, artes plásticas, cinema etc.)?
· Existem exemplos concretos (atuais, históricos, fictícios)?
Respondendo a estes questionamentos, você terá mais clareza sobre quais argumentos podem ser usados e quais técnicas podem ser empregadas para fortalecer sua tese.
Bons estudos!
Norma culta e língua falada
Neste post você vai aprender a diferenciar dois tipos de linguagem: a norma culta e a língua falada.
Já parou para pensar que, apesar de todos falarmos a língua portuguesa, falamos de jeitos diferentes? Isso acontece porque existem dois tipos de linguagens, uma que está nos manuais gramaticais e segue várias regras, a norma culta, e outra que aprendemos no cotidiano, com nosso amigos e familiares, a essa língua damos o nome de língua falada ou também coloquial.
A norma culta
Trata-se de uma descrição do português atual na sua forma culta. É chamada também de língua padrão, registro culto, ou ainda registro formal. A linguagem culta nada mais é que a linguagem dos manuais gramaticais e seu conjunto de regras para escrever e falar corretamente uma língua, de acordo com o molde de uso dessa língua por pessoas cultas.
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A língua padrão (culta) idealiza o “bem falar e escrever” e é uma dos requisitos mais cobrados em exames vestibulares. Ela é normalmente ensinada pelas gramáticas escolares, baseadas em  registros escritos de pessoas consagradas na sociedade (os gramáticos, professores, linguistas) e, normalmente, é usada em situações formais.
A linguagem culta é muito presente também na forma escrita. Segundo o professor Fernando Pestana, a escrita é usada em um contexto formal, refletindo com maior regularidade a norma culta. Podemos perceber isso quando produzimos um texto e escrevemo-nos a partir do bom o uso da língua padrão: com um bom conhecimento de acentuação, ortografia, emprego de classes gramaticais (pronomes e verbos principalmente), pontuação, concordância, regência e crase.
Características da língua culta
· Maior preocupação com a pronúncia das palavras;
· Possui ausência do uso de gírias;
· É uma variante prestigiada.
A língua culta está presente:
· Em livros didáticos, científicos e jurídicos, nos documentos formais, nos (tele)jornais consagrados, nas grandes mídias etc;
· Nas provas de concursos públicos. Por exemplo, o Enem é um dos exames que faz uso da língua culta, principalmente na pontuação da redação;
· Como instrumento em situações formais. Por exemplo, ao nos dirigirmos a um juiz em um tribunal, a um presidente de uma empresa ou uma pessoa que ocupa um cargo social mais elevado que o nosso;
· Usada em situações formais e em documentos oficiais;
Saiba mais sobre as diferenças entre a língua culta e a língua falada no vídeo da professora Jéssica:
A linguagem falada
Contrária à linguagem culta, a língua falada é aquela que usamos de forma coloquial, ou seja, é aquela que possui os diversos estilos que um falante pode usar de acordo com a situação comunicativa em que participa.
Numa conversa informal num café com os amigos, por exemplo, utilizará um registro de fala diferente do que utiliza em família, com a avó, ou também com seu patrão no trabalho.
Para o gramático Fernando Pestana, a língua falada não é sinônimo sempre de conversação, pois nem sempre a fala é usada nas práticas diárias informais de um cidadão com outro. Às vezes, usa-se a fala em um seminário, por exemplo, no qual não há conversação e o ambiente é formal. O fato é que algumas características da conversação ainda assim aparecem na oralidade, como desvios da norma culta, pausas de pensamento, ênfases etc.
Principais marcas da língua falada:
· Variante espontânea;
· Utilizada em relações informais;
· Sem preocupações com as regras da gramática normativa;
· Presença de coloquialismos (expressões próprias da fala), tais como: pega leve, se toca, tá rolando etc.
· Uso de gírias;
· Uso de formas reduzidas ou contraídas (pra, cê, peraí, etc.)
· Uso de “a gente” no lugar de nós;
· Uso frequente de palavras para articular ideias (tipo assim, aí, então, etc.).
Aproveite para ver esta aula sobre linguagem e vocabulário na redação do Enem!
Como fazer a proposta de intervenção na conclusão da redação do Enem
Você não precisa salvar o mundo e nem pensar em uma super solução! Para garantir uma boa pontuação, basta fazer uma intervenção completa e bem estruturada. Vem ver como arrebentar na sua Redação Enem!
A grande diferença entre a dissertação do Enem para os textos dissertativos que são cobrados pelos outros vestibulares é a proposta de intervenção na conclusão da redação. No Enem, ela é tão importante que possui uma competência só para ela, garantindo 20% da tua nota final. Quer saber como garantir estes 200 pontos? Vamos aprender isso nesta aula!
Para começar, é importante entender que, diferente do que muita gente fala, você não precisa solucionar nenhum problema. A competência 5 avalia uma proposta de intervenção. Ou seja, você precisa intervir para buscar diminuir o problema, mas dificilmente conseguiríamos resolver questões tão complexas em tão poucas linhas, certo? Então, em primeiro lugar, pode se desfazer da “neura” de querer resolver tudo… Você só precisa tentar amenizar o problema, ok?
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Como escrever uma proposta de intervenção? Fonte: https://bit.ly/2DCkyKx
Dito isso, para uma boa avaliação na competência 5, é preciso que você apresente uma proposta completa, com os elementos que iremos apresentar no decorrer da aula, e não várias intervenções superficiais. Lembre-se que a sua nota da competência não tem relação com a quantidade de propostas apresentadas nem com a ordem em que os elementos aparecem no texto, mas com a qualidade e completude do que você propõe.
O que deve conter a proposta de intervenção?
Para que uma proposta de intervenção seja considerada completa e, portanto, receber nota máxima, ela precisa conter quatro elementos constitutivos e mais um detalhamento. Veja no diagrama os elementos necessários:
Elementos essenciais da proposta de intervenção
Agora, vamos ver qual a função de cada um desses elementos e como elaborá-los, além de reconhecê-los em uma proposta de intervenção completa:
1. AÇÃO
É o elemento que diz respeito à ação prática/executável necessária para intervir no problema apresentado no decorrer do texto.
DICA: deixe claro que o que você está apresentando é uma proposta, uma intervenção. Para isso, utilize expressões com caráter propositivo, como “é preciso”, “é necessário”, “tal agente deve/precisa”.
2. AGENTE
É o elemento que diz respeito a quem deve executar a ação interventiva que se propõe. Normalmente trata-se de órgãos do governo, como ministérios ou secretarias, ou agentes que atuam diretamente nas comunidades (igrejas, escolas, associações de bairro, conselhos comunitários…)
3. MODO/MEIO
É o elemento que diz respeito à maneira e/ou aos recursos pelos quais a ação interventiva é realizada. Este elemento é um dos mais importantes da proposta, pois mostra como ela é pode ser efetivada, ou seja, mostra que ela é possível.
Dica: para marcar bem que o elemento apresentado é um meio, utilize expressões que demonstrem modo, como “por meio de” ou mediante a”.
4. EFEITO
É o elemento que corresponde aos resultados pretendidos com ação interventiva proposta.
Dica: para marcar linguisticamente o seu efeito, utilize expressões que indiquem finalidade, como “para” e “a fim de”.
5. DETALHAMENTO
É o item que não pertence ao grupo dos elementos, mas acrescenta informações à ação interventiva, ao agente, ao modo/meio ou ao efeito. Para que a sua proposta esteja completa, é necessário apenas um detalhamento. Todavia, como este aspecto é que mais gera dúvidas nos candidatos, sugerimos que você opte por detalhar pelomenos dois itens da sua proposta de intervenção.
Dica: de maneira geral, o detalhamento trata-se de uma explicação ou exemplificação. Por isso, coloque-o entre vírgulas e crie apostos ou orações explicativas.
Para finalizar, vamos conferir três exemplos de propostas completas para que você revise todos os elementos vistos nesta aula.
Viu como não tem mistério? Você não precisa de várias, propostas, vários agentes ou várias ações. Para conseguir os 200 pontos e dar mais um passo rumo à nota 1000, basta estruturar uma proposta que contenha todos os elementos citados acima de forma bem apresentada e o mais detalhada possível.
Para continuar vendo como fazer sua conclusão da redação, veja as aulas da prof. Dani:

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