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Geografia do Rio de Janeiro

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GEOGRAFIA DO RIO DE JANEIRO 
 
Conteúdo 
Programático 
Apresentar 
noções 
básicas sobre 
a geografia do 
município do 
Rio de Janeiro 
Reconhecer 
aspectos 
gerais do 
processo de 
favelização e 
suas 
características 
atuais 
GEOGRAFIA DO RIO DE JANEIRO 
 
AULA 17 - A CIDADE DO RIO 
SEU ZONEAMENTO 
Sua área é de 
1.255,3 Km² 
incluindo as ilhas e 
as águas 
continentais 
160 bairros, 33 
regiões 
administrativas e 7 
subprefeituras 
Rio de Janeiro 
Enorme território 
Diferentes ocupações 
e características 
A cidade foi dividida 
em áreas 
administrativas 
Zona Sul 
Zona Norte 
Zona Oeste 
Zona Central 
SUBDIVISÕES DOS BAIRROS 
Zona Sul 
Cartão-postal do Rio de 
Janeiro 
5% do território do 
Rio de Janeiro 
Aproximadamente 12% 
da população total do 
Rio 
Cristo Redentor, Pão 
de Açúcar, Jardim 
Botânico, Copacabana 
estão nesta área 
Possui elevados 
índices de 
desigualdade 
social e sérios 
problemas de 
violência e 
poluição 
Nesta área que está 
uma das maiores 
favelas do país, a 
Rocinha 
Quatro favelas da Zona Sul do Rio de Janeiro 
cresceram 81% em quatro décadas 
Argumentos que explicam a expansão dessas 
quatro favelas na área mais valorizada da cidade 
Proximidade de bairros com grande oferta de 
emprego no setor de comércio e serviços que 
exigem baixa qualificação 
Localização entre o mar e o Maciço da Tijuca, em 
área cuja topografia acidentada dificulta a 
incorporação ao mercado imobiliário formal 
Precariedade dos meios de transporte de massa 
na cidade, desestimulando longos movimentos 
pendulares 
Condescendência das autoridades públicas com 
a expansão das favelas em virtude do manancial 
de votos que esses espaços populares 
representam 
Zona Norte 
Tem sua origem 
uma ocupação 
basicamente 
rural 
A região foi 
lentamente se 
desenvolvendo 
ao redor de 
igrejas e 
engenhos 
Zona Norte 
A chegada da 
família real 
trouxe 
crescimento à 
região. São 
Cristóvão foi 
um típico bairro 
imperial, 
guardando até 
hoje 
importantes 
marcos da 
história 
Estrada de 
Ferro Pedro II 
foi inaugurada, 
gerando um 
rápido 
povoamento e 
grande 
processo de 
industrialização 
Zona Norte 
Ao longo do 
século XX a 
atividade fabril 
norteou o perfil 
da região 
Houve um 
processo de 
ocupação 
desordenada e 
a formação de 
favelas 
Zona Norte 
A mais populosa do 
Rio. Quase 50% dos 
cariocas 
Seu território 
compreende 25% do 
total da cidade 
É dividida em 17 áreas 
administrativas 
Zona desigual e 
heterogênea 
 Trechos bem 
valorizados, 
como a Tijuca, o 
Alto da Boa 
Vista, o Méier e a 
Vila Isabel 
Trechos pobres e 
carentes de recursos 
públicos como 
Complexo do Alemão, 
Maré, Jacarezinho e 
Pavuna 
Zona Norte 
Localiza-se o Maracanã 
e o Estádio João 
Havelange 
Aqui que está a Ilha do 
Governador e o 
Aeroporto Internacional 
Antonio Carlos Jobim, o 
Galeão 
O Mercadão de 
Madureira, maior 
mercado popular do 
Brasil está nesta zona 
 Feira de São 
Cristóvão 
Festa na Igreja Matriz 
de São Jorge 
 Festa de Santo 
Antônio em Água 
Santa 
 Igreja da Penha e a 
Fundação Oswaldo 
Cruz, em Manguinhos 
Zona Norte 
Também está cercada 
de dificuldades e 
problemas como a 
crescente favelização 
que assola a região 
Pobreza, a violência, o 
tráfico de drogas, o 
confronto armado entre 
policiais e traficantes, a 
disputa de poder entre 
grupos criminosos e as 
milícias fazem da vida 
dos moradores 
 Falta de recursos 
públicos e a falta de 
infraestrutura 
Enchentes e 
problemas de 
saneamento 
Em diversos 
bairros há uma 
estagnação 
econômica que 
força a migração da 
população 
Zona oeste 
Ocupa mais da 
metade do 
território do Rio 
de Janeiro 
Composta por 
mais de 40 
bairros 
divididos em 
oito áreas 
administrativas 
Zona oeste 
Menor 
densidade 
demográfica e 
maior área 
verde da 
cidade, 
caracterizada 
por algumas 
regiões 
bastante 
povoadas e 
outras que 
preservam 
florestas e 
parques 
Na zona oeste 
também há uma 
grande 
desigualdade 
social 
A Barra da 
Tijuca 
moderna, de 
classe média 
alta, com uma 
das maiores 
rendas per 
capitas da 
cidade 
Bairros como 
Santa Cruz, 
Bangu e 
Realengo 
apresentam uma 
renda per capita 
muito baixa e 
baixíssimos 
índices de 
desenvolvimento 
humano 
São vários os 
problemas 
enfrentados na 
zona oeste 
enchentes, 
construção 
desordenada de 
favelas, tráfico 
de drogas e 
criminalidade 
(Cidade de Deus) 
Esta foi a zona 
carioca que 
mais cresceu 
nas últimas 
décadas 
 
Cerca de 50% 
das novas 
comunidades 
do Rio 
localizam-se 
nesta zona 
Principais 
atrativos 
- Parque 
Estadual da 
Pedra Branca 
- Parque 
Ecológico 
Chico Mendes 
- Baía de 
Sepetiba 
Principais 
atrativos 
- Riocentro 
- Autódromo 
Internacional 
Nelson Piquet 
- Memórias 
imperiais do 
bairro Santa 
- Museu 
Aeroespacial 
TESTE 
A cidade do Rio de Janeiro é marcada por 
paisagens muito belas, porém também apresenta 
paisagens das quais a sua 
população se envergonha. Algumas áreas 
residenciais não apresentam infraestrutura 
sanitária e outras acabam sendo alvo da 
ação constante de marginais. 
 
TESTE 
Em relação a esses problemas sociais que 
caracterizam a capital carioca, podemos afirmar 
que eles são agravados 
(A) pela desigualdade social e pela falta de 
políticas habitacionais eficientes para os mais 
pobres. 
(B) pelo excelente sistema educacional e pela 
construção de conjuntos habitacionais. 
(C) pelo eficiente sistema de transporte e pelo 
financiamento habitacional público. 
(D) pela ação policial preventiva e pela falta de 
investimento em saneamento básico. 
 
GEOGRAFIA DO RIO DE JANEIRO 
 
AULA 18 - A CIDADE DO RIO 
SEU ZONEAMENTO 
Zona Central 
Compreende as 
áreas próximas 
ao porto, os 
bairros centrais 
que 
caracterizam o 
centro 
histórico, 
administrativo e 
financeiro 
LocaI 
- da Igreja da 
Candelária 
- do Mosteiro 
de São Bento 
- da Catedral 
Metropolitana 
- do Teatro 
Municipal 
Zona portuária 
que sofreu 
muito com o 
abandono no 
século XX e 
com a 
crescente 
favelização 
Tem recebido 
investimento 
devido 
programa de 
revitalização 
do porto, 
denominado 
Porto 
Maravilha 
Ganha 
construções 
como a Vila 
Olímpica da 
Gamboa, a 
Cidade do 
Samba e o 
Aquário 
Municipal 
Zona Central 
Compreende as 
áreas próximas 
ao porto, os 
bairros centrais 
que 
caracterizam o 
centro 
histórico, 
administrativo e 
financeiro 
LocaI 
- da Igreja da 
Candelária 
- do Mosteiro 
de São Bento 
- da Catedral 
Metropolitana 
- do Teatro 
Municipal 
Operação Urbana Porto 
Maravilha 
Reestruturação da 
Região Portuária 
Integração e 
promoção do 
desenvolvimento 
 Ampliação, articulação e 
requalificação dos espaços 
públicos da região 
Ações para a valorização 
do patrimônio histórico da 
região 
Implantação de projetos de 
grande impacto cultural 
Museu de Arte do Rio de 
Janeiro (Mar) na Praça 
Mauá 
Museu do Amanhã, no Pier 
Mauá 
Museu do Amanhã 
 
Estratégia 
 
DESENVOLVIMENTO 
Melhores 
condições 
urbanísticas, 
ambientais e 
sociais 
Maior 
interesse 
dos 
investidores 
Maior volume 
de recursos 
arrecadados 
Melhoria 
constante da 
qualidade de 
vida 
Operação 
Urbana 
 
Principais obras: 
 Construção de túneis 
 Reurbanização de vias e de calçadas 
 Reconstrução de redes de água, esgoto e drenagem 
 Implantação de ciclovias 
 Plantio árvores 
 Demolição do Elevado da Perimetral 
 Construção de estações de tratamento de esgoto 
A fotografia mostra o resultado de algumas das obras de 
modernização da cidade do Rio de Janeiro no século XX. 
Teatro 
Municipal 
Avenida 
Castelo 
Branco 
Aterro do Flamengo 
Parque Brigadeiro 
Eduardo Gomes 
Décadas de 1950 e 
1960 
 Obras de engenharia que 
caracterizam o modelo 
dominante de estruturaçãourbana da cidade do Rio 
Desmonte dos morros e a 
criação de solo urbano 
(Morro de Santo Antônio) 
 
Em relação à construção do Aterro do Flamengo, 
pode-se associá-la 
À necessidade de ampliação das vias de 
circulação do centro histórico à zona sul carioca, 
já que a cidade, impactada pelo processo de 
metropolização, sofria os impactos do seu 
crescimento demográfico, inclusive os grandes 
engarrafamentos 
TESTE 
Porto Maravilha é um projeto da Prefeitura do Rio 
de Janeiro, com apoio dos governos estadual e 
federal. As obras da primeira fase incluem a 
construção de novas redes de água, esgoto e 
drenagem nas avenidas Barão de Tefé e 
Venezuela, além da urbanização do Morro da 
Conceição e da restauração do Jardim Suspenso 
do Valongo. Outras mudanças programadas: 
demolição parcial do viaduto da Perimetral, 
transformação da Avenida Rodrigues Alves em via 
expressa, criação de uma nova rota, chamada 
provisoriamente de Binário do Porto, e 
reurbanização de 70 km de vias. 
 
TESTE 
Os textos referem-se a duas transformações na 
cidade do Rio de Janeiro nos últimos sessenta 
anos: a construção do viaduto da Perimetral, 
na década de 1950, e, na atualidade, sua 
demolição parcial, prevista nas obras do 
projeto Porto Maravilha. 
 
 
 
 
TESTE 
 
Esses dois momentos evidenciam a seguinte 
mudança nas políticas de planejamento urbano: 
a) interação entre ocupação fabril e modernização 
dos serviços 
b) integração entre equilíbrio ambiental e 
ampliação dos espaços públicos 
c) compatibilização entre controle da poluição e 
redução das estruturas viárias 
d) equiparação entre desenvolvimento do setor de 
serviços e expansão das áreas de lazer 
 
 
 
 
GEOGRAFIA DO RIO DE JANEIRO 
 
AULA 19 - A CIDADE DO RIO E 
SEUS CONTRASTES 
O Rio de Janeiro é uma cidade de fortes contrastes 
econômicos e sociais, apresentando grandes 
disparidades entre ricos e pobres. Enquanto 
muitos bairros ostentam um Índice de 
Desenvolvimento Humano correspondente ao de 
países desenvolvidos (Gávea 0,970; Leblon 0,967) 
em outros, observam-se níveis bem inferiores à 
média municipal, como é o caso do Complexo do 
Alemão e a Rocinha 
Aproximadamente 22% de sua população vive em 
aglomerados subnominais 
As favelas se instalaram principalmente sobres os 
morros, em mangues aterrados como no Complexo 
do Manguinhos 
As condições de moradia, saúde, educação e 
segurança são extremamente precárias 
Um aspecto original das favelas do Rio é a 
proximidade aos distritos mais valorizados da 
cidade, simbolizando a forte desigualdade social 
 Alguns bairros de luxo, como São Conrado, onde 
se localiza a favela da Rocinha, encontram-se 
"espremidos" entre a praia e os morros 
Nas favelas, ensino público e sistema de saúde 
deficitários ou inexistentes intensificando a 
injustiça social e a pobreza 
"O morro era como outro qualquer morro. Um caminho 
amplo e maltratado, descobrindo de um lado, em 
planos que mais e mais se alargavam, a iluminação da 
cidade. (...) Acompanhei-os e dei num outro mundo. A 
iluminação desaparecera. Estávamos na roça, no 
sertão, longe da cidade. O caminho que serpeava 
descendo era ora estreito, ora largo, mas cheio de 
depressões e de buracos. De um lado e de outro 
casinhas estreitas, feitas de tábua de caixão, com 
cercados indicando quintais.” Foi assim que, em 1911, 
o cronista João do Rio descreveu uma das primeiras 
favelas do país, no morro de Santo Antônio 
Favelas no Rio 
Primeiros registros 
de pessoas morando 
de modo 
improvisado em 
morros são da 
década de 1860 
Casebres de 
madeira nos morros 
de Santo Antônio, do 
Castelo e do Senado 
Na zona norte, o morro do 
Andaraí também começava 
a ser habitado com 
ocupações incipientes 
 
Em 1893, a demolição do 
grande cortiço Cabeça de 
Porco levou seus 
moradores a construírem 
barracos no morro da 
Providência. O local se 
tornaria, quatro anos 
depois, símbolo do 
surgimento das favelas 
 
Morro da 
Providência 
Em 1897, depois do 
massacre a 
comunidade do líder 
religioso Antônio 
Conselheiro na Guerra 
de Canudos, muitos 
soldados vieram ao 
Rio 
Os ex-combatentes 
foram se estabelecendo 
nas encostas do morro 
da Providência 
Passaram a chamar o local 
de morro da Favela, 
homenageando um monte 
de mesmo nome situado 
próximo a Canudos que 
tinha arbustos chamados 
de “favela” 
Favelas no Rio 
Favelas no Rio 
Os pobres, de fato, se afastaram das casas 
destruídas. Mas se estabeleceram logo ali ao 
lado 
 “Precisava-se de trabalhadores para realizar as 
obras de alargamento de avenidas, e eles eram 
exatamente os moradores dos cortiços 
derrubados. Eles então ocuparam o bairro da 
Saúde e o morro da Providência. Desde o início, o 
morador das favelas queria estar perto do Centro, 
das oportunidades de trabalho. E a cidade 
continuou a precisar dessa mão-de-obra.” 
(Edmílson Martins Rodrigues) 
Com o passar dos anos e o crescimento da 
ocupação dos morros, o preconceito ajudou a 
difundir políticas que visavam à extinção das 
favelas, principalmente a partir dos anos 20 
Década de 1920 
Em 1922 o poder 
público removeu 
grande parte das 
pessoas que viviam 
nos morros da 
Providência, Santo 
Antônio e Gávea-
Leblon 
No fim dos anos 20, 
Alfred Agache propôs 
um projeto 
urbanístico para o Rio 
 Não havia espaço 
para as favelas, 
consideradas um 
problema 
Do ponto de vista da 
ordem social, da 
segurança, da higiene, 
sem falar da estética 
Em 1937 
O Código de Obras 
da cidade citou as 
favelas como uma 
“aberração urbana” 
e propôs sua 
eliminação, 
proibindo a 
construção de 
novos barracos 
 O Código proibia 
melhorias nos morros já 
ocupados 
Em vez de encarar a 
questão das favelas, mais 
uma vez os governantes 
resolviam apenas tentar 
fazer com que elas 
desaparecessem 
Ditadura de Getúlio 
Vargas (anos de 1940) 
Foram criados os 
“parques 
proletários” 
 Conjuntos para onde 
eram levados moradores 
dos morros 
Os primeiros foram 
erguidos nos bairros da 
Gávea, do Caju e na praia 
do Pinto 
A promessa era a de que 
as pessoas poderiam 
retornar a seus locais de 
origem assim que as 
favelas ganhassem infra-
estrutura 
Na prática, ninguém era 
autorizado a voltar 
Associações 
de moradores 
• A política de Vargas motivou o 
aparecimento das primeiras associações 
de moradores das favelas 
1946 
• A Arquidiocese do Rio promoveu a 
criação da Fundação Leão XIII 
1954 
• União dos Trabalhadores Favelados 
1956 
• A igreja carioca fundou a Cruzada São 
Sebastião, com o então bispo dom Hélder 
Câmara à frente 
1963 
• Federação das Associações de Favelas 
Carlos Lacerda, governador do então estado da 
Guanabara, manteve a política de tirar pessoas das 
favelas e colocá-las em conjuntos habitacionais – 
agora bem mais distantes. O mais famoso deles é a 
Cidade de Deus, erguida por Lacerda no bairro de 
Jacarepaguá a partir de 1960. 
Nos anos seguintes, favelas inteiras foram 
eliminadas 
 - A da Catacumba, que deu lugar a um 
parque 
 - A do Esqueleto, que ficava no espaço hoje 
ocupado pela UERJ 
 
Os moradores resistiam como podiam às 
remoções 
 
Na praia do Pinto a resistência acabou em 1969, 
quando a comunidade foi destruída por um 
incêndio cujas causas permanecem um mistério. 
No mesmo local foi erguido um condomínio – nada 
proletário – chamado Selva de Pedra. 
Entre 1970 e 1980 
Pouco se fez para 
melhorar as 
condições de vida 
nos morros 
 O crescimento do 
narcotráfico transformou 
as favelas na principal 
sede do crime organizado 
Ausência de políticas 
habitacionais consistentes 
contribuiu para que o 
problema se agravasse 
A promessa era a de que 
as pessoas poderiam 
retornar a seus locais de 
origem assim que as 
favelas ganhassem infra-
estrutura 
1992 
Plano Diretor 
defendeu que as 
favelas não fossem 
extintas 
 Urbanizadas e integradasà cidade 
Em 1993 surgiu o 
programa Favela-Bairro 
Motivos fundamentais para o processo de 
favelização no Rio de Janeiro 
A formação de favelas se expressa por 
disparidades sociais que se refletem na 
estruturação geográfica da cidade 
A especulação imobiliária acarreta acentuada 
valorização da terra urbana. Os segmentos 
sociais desfavorecidos que recorrem à ocupação 
irregular de terrenos. 
Para se deslocar da periferia metropolitana para 
as áreas de maior oferta de emprego, o 
trabalhador enfrenta sérias dificuldades 
Ao longo dos 
últimos dez anos, 
os bons 
indicadores 
econômicos não 
foram 
acompanhados de 
políticas efetivas 
de habitação, 
saneamento e 
urbanização, 
justificando o 
crescimento de 
moradores em 
favelas 
Sem uma 
regulação dos 
preços da 
terra e dos 
imóveis 
urbanos, elas 
continuarão 
sem ter 
acesso à casa 
própria, e 
morando em 
imóveis 
irregulares 
Por meio de 
investimentos 
com dinheiro 
público, 
quando o 
município leva 
benfeitorias 
para regiões 
sem 
infraestrutura, 
a valorização 
do bem vai 
para o dono 
do imóvel 
 
TESTE 
FAVELA 
Numa vasta extensão 
onde não há plantação 
nem ninguém morando lá. 
Cada um pobre que passa por ali 
só pensa em construir seu lar. 
E quando o primeiro começa 
os outros, depressa, procuram marcar 
seu pedacinho de terra pra morar. 
E assim a região sofre modificação, 
fica sendo chamada de nova aquarela. 
É aí que o lugar então passa a se chamar 
Favela 
 ("Padeirinho" - Jorginho) 
 
As primeiras favelas do Rio de Janeiro surgiram, 
provavelmente, ao final do século XIX nos morros 
Favela - atual Providência - e Santo Antônio, numa 
época de intenso crescimento populacional e 
significativas modificações urbanas. 
O conhecimento histórico desse processo e as 
observações feitas pelos autores da canção permitem 
afirmar que o surgimento das favelas, no Rio de 
Janeiro, está ligado à conjugação dos seguintes 
fatores: 
a) expansão espacial da cidade e disputa pela 
ocupação do solo 
b) política estatal de habitação popular e crescimento 
da área metropolitana 
c) decadência agrícola fluminense e competição entre 
áreas de especialização produtiva 
d) momento de imigração estrangeira e atração de 
novos trabalhadores para a indústria 
 
 
 
GEOGRAFIA DO RIO DE JANEIRO 
 
AULA 20 - A CIDADE DO RIO 
SEUS PROBLEMAS E SUAS 
SAÍDAS 
FAVELAS 
Durante muito tempo as comunidades carentes 
sofreram com o descaso do governo e do restante 
da população. 
Hoje essa realidade aos poucos começa a mudar. 
As favelas ganharam a atenção internacional e 
passaram a ser valorizadas e respeitadas 
 
Favelas 
Chapéu Mangueira 
e Babiônia 
Complexo da 
Mangueira 
Jacarezinho 
Complexo da Maré 
Complexo do 
Borel e Formiga 
Ladeira dos 
Tabajaras e Morro 
dos Cabritos 
 
Favelas 
Morro da 
Providência 
Parada de Lucas 
Salgueiro 
Santa Marta 
Serrinha 
Tavares Bastos 
Vale Encantado 
 
Cantagalo e 
Pavão-
Pavãozinho 
Favelas vizinhas 
dos bairros de 
Copacabana e 
Ipanema 
É um dos 
exemplos 
clássicos da 
formação de 
favelas em que a 
população mais 
pobre se 
instalou nos 
morros 
próximos de 
áreas onde a 
cidade mais 
crescia 
Cidade de 
Deus 
Surgiu como 
conjunto 
habitacional 
construído pelo 
governo nos 
anos 1960 
Foi criada 
durante a onda 
de remoções do 
governo 
estadual de 
Carlos Lacerda 
Complexo 
do Alemão 
Uma das regiões 
mais populosas 
do Rio. O 
território do 
Complexo do 
Alemão era uma 
enorme fazenda 
até o final dos 
anos 1940 
O conjunto já 
sofreu com a 
grande 
violência, 
chegando a ser 
conhecido como 
Faixa de Gaza 
do Rio de 
Janeiro 
Rocinha 
É uma das maiores 
favelas do país, 
reconhecida 
internacionalmente 
pelas suas carências 
e seu enorme 
tamanho. Estima-se 
que a população 
atual da Rocinha 
esteja em torno dos 
150 mil habitantes 
Rocinha surgiu 
após a Segunda 
Guerra Mundial, 
com a chegada 
de agricultores 
que 
estabeleceram 
em pequenos 
sítios nas 
encostas. Por 
volta de 1930, 
tornou-se um 
centro 
fornecedor de 
hortaliças 
Vidigal 
Uma das favelas 
mais bem 
localizadas do 
Rio. Fica entre os 
bairros Leblon e 
São Conrado 
O nome Vidigal 
era sinônimo de 
poder no Rio de 
Janeiro do 
Primeiro Império. 
O major Miguel 
Nunes Vidigal foi 
um dos homens 
mais influentes 
da cidade no 
século XIX 
Vigário 
Geral 
Muito conhecida 
da zona norte da 
cidade, 
principalmente 
devido ao 
importante trabalho 
desenvolvido pelo 
grupo AfroReggae. 
Teve sua origem 
com a implantação 
da linha férrea 
Leopoldina, no 
final da década de 
1940. Nos anos 70 
foi inaugurado o 
Conjunto 
Habitacional 
Vigário Geral, e 
várias indústrias 
foram instaladas 
no bairro 
ENCHENTES 
CIDADE LAGOA 
Esta cidade que ainda é maravilhosa 
tão cantada em verso e prosa 
desde o tempo da vovó 
tem um problema crônico renitente 
qualquer chuva causa enchente 
não precisa ser toró... 
basta que chova mais ou menos meia hora 
é batata não demora, enche tudo por aí 
toda cidade é uma enorme cachoeira 
que da Praça da Bandeira 
vou de lancha ao Catumbi 
 
 Cícero Nunes / Sebastião Fonseca - 1959) 
 
Enchentes no Rio 
Problema é muito 
antigo 
Décadas de 1950 e 
1960 
 
1711 – Uma grandes inundações 
assolaram a cidade entre um sítio e a 
Baía de Guanabara 
1976 – Um grande temporal, 
precedido por ventos fortes, atingiu o 
Rio de Janeiro e provocaram 
inundações em toda cidade 
1811 – Inundações, a catástrofe que 
castigou o Rio que ficou conhecida 
como “águas do monte”, em virtude 
da grande violência com que a 
enxurrada descia dos morros que 
cercavam 
1906 – Inundações, conhecido como 
uma das maiores que castigou a 
cidade 
1924 – Inundações, fortes chuvas 
provocaram o transbordamento do 
Canal do mangue 
1940– 112 mm causaram alagamentos 
em quase toda a cidade e mortes por 
desabamentos 
 
 
Praça da Bandeira 1940 
Praça da Bandeira 1966 
Rua Jardim Botânico - 1988 
Subúrbio do Rio - 2013 
Centro do Rio - 2013 
Enchentes no Rio 
Considerando a Área 
Central da cidade 
Causas 
Naturais 
Topografia plana 
Característica Urbana 
Impermeabilização do 
solo 
Ênfase no 
embelezamento 
Urbano e 
precariedade da 
infraestrutura 
Tráfico de Drogas 
Está ligado 
diretamente às três 
maiores facções 
criminosas da cidade 
Comando Vermelho, 
Terceiro Comando e 
Amigos dos Amigos 
 Tudo indica que começou 
nos anos 1980, quando 
alguns moradores de 
favelas passaram a vender 
cocaína 
Na ausência de governo, a 
facção é o maior poder 
dentro das favelas. Cabe a 
ela não só resolver 
disputas e punir crimes, 
mas também providenciar 
as necessidades da vida 
cotidiana 
Policiais Corruptos e 
Milícias 
Outro problema que 
o Rio enfrenta 
Ironicamente, os 
policiais corruptos 
têm geralmente as 
mesmas razões que 
o traficante para 
entrar na vida ilegal 
 Fraca educação, a falta de 
dinheiro e a falta de 
perspectivas para o futuro 
Ações e projetos do 
secretário de Segurança do 
Rio de Janeiro, José 
Mariano Beltrame - política 
de policiamento 
comunitário 
PROGRAMA FAVELA-
BAIRRO 
Objetivo 
 Integrar a favela à cidade 
 O programa implanta 
infra-estrutura urbana, 
serviços, equipamentos 
públicos e políticas sociais 
nas comunidades 
O programa foi indicado 
pela ONU, no Relatório 
Mundial das Cidades 
2006/07, como um exemplo 
a ser seguido por outros 
países. 
Unidade de 
Polícia 
Pacificadora – 
UPP 
Um novo 
modelo de 
policiamento 
que promove a 
aproximação 
entre a 
população e a 
polícia, aliada 
ao 
fortalecimento 
de políticas 
sociais nas 
comunidades 
A tática inicial 
de tomada do 
morro que será 
ocupado pela 
UPP é 
comandada 
pelo Batalhão 
de Operações 
Especiais 
(BOPE) 
Primeira UPP: Santa Marta 
Inauguração: 19 de 
Dezembro de 2008 
Comunidades atendidas:Santa Marta 
Zona: Sul 
Bairro: Botafogo 
Número de Unidades: 
19 
Total de pessoas 
atendidas: 360 mil 
Unidades na Zona Sul: 8 
Unidades na Zona 
Oeste: 2 
Unidades na Zona 
Norte: 9 
UPP Social 
A novidade agora 
é a UPP Social. 
As favelas 
pacificadas estão 
a espera da 
próxima etapa no 
seu 
desenvolvimento 
Projetos 
sustentáveis, 
projetos a longo 
prazo que 
resolvam os 
graves 
problemas 
sociais 
Operação Urbana Porto 
Maravilha 
Reestruturação da 
Região Portuária 
Integração e 
promoção do 
desenvolvimento 
 Ampliação, articulação e 
requalificação dos espaços 
públicos da região 
Ações para a valorização 
do patrimônio histórico da 
região

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