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Economia Política Teoria da Dependência

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UNIVERSIDADE TUITI DO PARANÁ 
 
 
 
 
 
 
 
ECONOMIA POLÍTICA 
 
PROFESSOR: PEDRO PORTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURITIBA 
2020 
 
UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ 
 
 
 
 
KARIENEN DA SILVA REYNEN 
MIRELA DE ALMEIDA DOS SANTOS 
ALUNAS 1° PERÍODO (NOTURNO) 
 
 
 
 
ECONOMIA POLÍTICA 
 
Estudo Dirigido 
Fichamento do texto “A teoria da Dependência: Interpretação sobre o 
(Sub)desenvolvimento na América Latina”. 
Autores: Pedro Henrique Evangelista Duarte 
Edílson José Graciolli 
 
 
 
 
 
 
CURITIBA 
2020 
 
• INTRODUCÃO 
 
 Em meados do século XX ouve a expansão econômica do Pós Segunda Guerra 
Mundial, também conhecido como o Boom Econômico Pós-Guerra ou Era do Ouro do 
Capitalismo. Reconhecemos este período como o de Prosperidade Econômica. 
Para ocorrer esses bons tempos na economia do Pós-Guerra, países adotaram como 
objetivo acelerar o crescimento econômico aumentando a renda e assim diminuindo a 
pobreza estabelecida por medidas de industrialização compulsória. 
 Na América Latina surgiu de forma teórica alguns programas político governamentais, 
que analisaram a econômica local coerente à economia global. 
Desde então, surgiu a teoria do Desenvolvimento, que tinha por sua competência 
modernização vinculada ao crescimento econômico através da intervenção setorial 
industrial pois era significância de progresso, modernidade, civilização e democracia 
política. 
Com novas mudanças e criações surgiu a Cepal (Comissão Econômica para a América 
Latina), teve entre seus principais expoentes o economista argentino Raul Prebisch e o 
brasileiro Celso Furtado. 
A Cepal trouxe a necessidade de análises econômicos dos países periféricos (não 
centrais), que levasse em consideração as características históricas de formação social. 
O centro capitalista com o comércio internacional diferentemente que prescrevia, não 
levava a prosperidade geral, empobrecia e atrasava mais os países periféricos, devido a 
impossibilidade e capacidade do capitalismo se copiar, conforme a sua imagem perfeita, 
nas periferias. 
Mas ideológicos da CEPAL conforme o texto abrangeu, não estavam interessados ou 
preocupados em resolver problemas caraterizados do desenvolvimento capitalista. Essa 
agência possuía por concreto colocar os países latino-americano economicamente estável, 
porém era de exploração do trabalho na apropriação privada de riqueza e renda. 
 A teoria da Dependência surgiu com o início à crise estabelecida. Está teoria, diferente 
da teoria do Desenvolvimento, carregava como principal objetivo compreender e analisar 
essa mesma dinâmica, as limitações de uma forma de desenvolvimento. 
Diferença clara entre os dois quadros, é, que a Teoria da Dependência via o 
desenvolvimento e o subdesenvolvimento como realidades e não como etapas de 
processos evolutivos. 
O subdesenvolvimento passava a ser visto como um produto do desenvolvimento 
capitalista mundial, uma forma específica de capitalismo. 
 
 
 
• VERSÃO WEBERIANA DA DEPENDÊNCIA 
 
 Da crítica às teorias do desenvolvimento anteriormente exposta, surge a versão da 
interdependência, com outro sentido. A ideia de Fernando Henrique Cardoso e Enzo 
Faletto pretendia criar bases de um capitalismo autônomo na região, ideia de que a Cepal 
também defendia nas décadas de 1940 e 1950, mas, que se torna um fracasso. 
 Usando o argumento de que a economia deveria usar o “desenvolvimento para 
dentro”, as modificações no sistema produtivo foram incapazes de reduzir e resolver os 
problemas sociais. Não se conseguiu criar autonomia política e econômica para o 
desenvolvimento. Então deveriam analisar o capitalismo latino-americano para 
compreender como se constituía a base produtiva, a integração das economias nacionais 
no mercado internacional. 
 Contestando a ideia de que prevalecia na América Latina, em termos de formação 
social, o chamado “dualismo estrutural” constituídos por formações sociais tradicionais, 
que caminhavam à sociedade moderna, formava-se um padrão intermediário, 
característicos dos países em desenvolvimento. Surgiram críticas a essa concepção por 
não considerarem os conceitos de tradicional e moderno amplo o bastante para abranger 
todas as situações existentes, e não permitindo distinguir entre as sociedades o seu modo 
de ser e o seu funcionamento. 
 Negando a ideia de que a dinâmica das sociedades subdesenvolvidas era determinada 
e derivada de fatores externos e que os elementos estruturais e as ações dos grupos sociais 
dos países subdesenvolvidos eram desvios em relação aos países centrais. 
 Cardoso e Faletto tentam apresentar a análise de que a integração social de classes e 
grupos são as principais restrições de desenvolvimento. O essencial era os fatores 
histórico-estruturais. Defendendo assim a ideia de que o desenvolvimento é em si um 
processo social. As condições históricas particulares quanto os conflitos entre grupos e 
classes eram responsáveis pelo processo de desenvolvimento, pois colocam em 
movimento as sociedades em desenvolvimento. Foi preciso construir uma análise que 
vinculasse de forma precisa. No sistema sócio econômico e na medida em que diferentes 
classe e grupos, conseguissem impor seus interesses e domínios sobre o restante da 
sociedade, a estrutura política e social iria sofrer modificações. 
 Passou a depender da oposição o desenvolvimento do sistema econômico, conciliação 
e superação dos interesses de distintas classes. Cessando a ideia de que o desenvolvimento 
se daria pela passagem dos modelos superiores dependentes por fatores naturais. 
 Tenta-se explicar nessa corrente os processos econômicos, onde a política é a forma 
de expressão do componente econômico numa dominação social. Tentaria se estabelecer 
por meio desse processo político um conjunto de relações sociais, que caso não 
conseguisse se impor sobre a sociedade um modo de produção, a fim de desenvolver uma 
forma econômica compatível aos seus interesses e objetivos tentariam estabelecer 
alianças. 
 Segundo eles na forma que se desenvolve na periferia do sistema, a dependência é um 
componente estrutural do capitalismo. 
 Se dará a expansão ou diminuição da dependência da periferia em relação ao centro, 
do conflito existente das classes e de sua organização, do ambiente e das relações 
políticas. Do Plano político social, o reconhecimento de que a dependência em situações 
de desenvolvimento se vincula com a expansão econômica dos países capitalistas 
originários. 
 Se estabelece através da integração centro-periferia a relação de dependência e a 
relação de dominação entre ambos a imposição de uma classe sobre o conjunto da 
sociedade, mostrando os interesses de grupos externos. Assumindo um papel importante 
a esfera política das regiões periféricas. 
 Através da organização das relações político-sociais dos grupos internos e da 
articulação destes a dinâmica dos centros hegemônicos, que poderia se produzir políticas 
que efetivamente se aproveitassem das novas oportunidades de desenvolvimento 
econômico. 
 O movimento de associação ao capital internacional criaria essencialmente uma 
estrutura social centralizada e exclusiva pela própria razão de dominação dos interesses 
de um determinado grupo sobre os demais. Tal fato é próprio do desenvolvimento 
capitalista, em que tem sua evolução a condição de renda e riqueza. A distribuição de 
renda não seria um obstáculo ao desenvolvimento. 
 O desenvolvimento periférico apresenta alguns problemas e limitações que ficam 
claros nas concepções de Cardoso e Faletto. Destacamos as considerações relativas à 
distribuição de renda. Não se configura para eles uma dificuldade ao desenvolvimento, 
pois faz parte do desenvolvimento capitalista. O desenvolvimento feito dessa forma 
“classe burguesa ao capital internacional” só tende a ampliar de forma precáriaa 
distribuição de renda, sendo que esses países se submeteriam a controlar setores de baixo 
valor agregado, aprofundando a queda dos termos de troca, e assim a pressão sobre a 
classe trabalhadora. 
 Essa associação teria como hipótese de abertura ao capital externo no sentido de 
suprir as necessidades de divisas, e de garantir os investimentos diretos, necessários a 
modernização da estrutura produtiva. Tal abertura é uma ideia inicial de 
desregulamentação de capitais na esfera financeira, em detrimento do investimento. 
 
 
• VERSÃO MARXISTA DA DEPENDÊNCIA 
 
 A teoria de Marx sobre a Dependência conforme o autor Ruy Mauro Marini, aponta 
nova vertente teórica da noção ao parâmetro do modo de produção capitalista puro, na 
economia latino-americana por motivos racionados impedem que o capitalismo se 
desenvolva da mesma forma como foi desenvolvido nas economias consideravelmente 
avançadas. 
O autor adverte que a América Latina possui um capitalismo ‘sui generis’ (de seu próprio 
gênero), que além de ser compreendido em âmbito nacional também ocorre a necessidade 
internacional. 
 Processos históricos econômicos ajudaram o desenvolvimento ao estudo da 
dependência, tendo um deles a Revolução Cubana que teve um dos principais métodos 
para as definições teóricas e políticas da América Latina á época. 
Mas a crescente integração do processo produtivo das economias latino-americanas, foi 
a chave de pesquisa para o autor Mirini desenvolver sua reflexão sobre o capitalismo na 
periferia. Pois com o fenômeno do capital estrangeiro energizou as contradições sociais 
na região, este processo fez com que acabassem as ilusões decorrentes à um capitalismo 
autônomo. 
 A dependência pode ser vista como afinidade de subordinação entre nações 
formalmente independentes, economia de certos países está acondicionada ao 
desenvolvimento e expansão de outras economias, de forma que países centrais poderiam 
se auto sustentar, tendo em vista que os países periféricos expandiriam suas economias 
como um espelho da expansão dos primeiros. 
Objeto de estudo da Teoria Marxista da Dependência é a compreensão do processo de 
formação sócio-econômico na América Latina a partir de sua integração subordinada à 
economia capitalista mundial. 
Tem nesses parâmetros relações de desigualdade de supremacia dos mercados por países 
dominantes e uma perda de controle dos países dependentes. 
 Para ter a Dependência seria necessário a redução dos preços de produtos exportados 
pelas economias dependentes em relação aos preços dos produtos industriais ou com 
maior valor agregado importados dos países centrais, fazendo assim o processo de 
transferência de valores. Teria que ter amortizações de dividendos e royalites sob forma 
de juros, para países dependentes. Instabilidade dos mercados financeiros internacionais 
implicaria em altas taxas de juros para o fornecimento de crédito aos países dependentes 
periféricos, colocando os mesmos a favor do ciclo de liquidez internacional. 
 Mirim fez suas interpretações do capitalismo periférico baseado na construção teoria 
de Marx, principalmente na ‘Lei Geral da Acumulação Capitalista’. Mostra que se 
mantida a constante a quantidade de trabalhadores necessária para por em funcionamento 
determinada quantidade de meios de produção aumenta o capital, demanda força de 
trabalho deve aumentar na mesma proporção destes. 
Incremento na composição do capital ocorre na produtividade do trabalho, que através de 
intensificações ampliada do processo acumulativo, amplia-se a quantidade de máquinas 
e equipamentos, e, não efetua a nova contratação de trabalhadores. 
Formasse o exército industrial de reserva, importante para o funcionamento do sistema 
capitalista. 
Tal importância se dá na medida em que a classe trabalhadora desempregada que forma 
esse exército pressiona constantemente a parte dessa mesma classe que está empregada, 
deixando estes em uma situação de instabilidade e incerteza. 
A classe desempregada, trabalha com salários inferiores pois querem se tornarem livres 
do desemprego, aqueles que estão empregados ficam sujeitos a trabalhos excessivos, não 
questionam com medo de perder seu emprego. 
 Deste modo a exploração que estão submetidos é a fonte de enriquecimento da classe 
capitalista de modo geral. 
À medida que o capitalismo se desenvolve, amplia-se a relação capital constante e capital 
variável, consequentemente a produtividade e o excedente produzido, ao mesmo tempo 
em que se amplia a exploração sobre a massa de trabalhadores. 
O autor Marini busca mostrar em seus argumentos que não há outra forma de compensar 
a transferência de valor para o centro porque na periferia não se desenvolve uma base 
técnica, compatível com a do centro, que possibilite elevar a mais-valia a partir do 
aumento da produtividade do trabalho.

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