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TCC JORNALISMO

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UNIVERSIDADE UNIDERP
ELIZEU RIBEIRO DA SILVA
WILLYAN ROCHA DE SOUZA TAGLIALENHA
RADIODOCUMENTÁRIO 
OS FILHOS DE MANESSÉS
CAMPO GRANDE – MS
2016
ELIZEU RIBEIRO DA SILVA
WILLYAN ROCHA DE SOUZA TAGLIALENHA
RADIODOCUMENTÁRIO
OS FILHOS DE MANESSÉS
CAMPO GRANDE – MS
2016
Agradecimento por Elizeu Ribeiro.
Primeiramente a Deus pelo fôlego de vida e pela oportunidade de ter ingressado no curso de jornalismo, ao qual sonhei desde os primórdios da minha adolescência. A dona Belarmina (mãe adotiva), mulher guerreira que sempre acreditou no meu potencial e que me incentivou a estudar e a nunca desistir dos meus sonhos e ideais. 
A dona Firmina (primeira mãe adotiva), uma pessoa especial em minha vida que já não faz mais parte desse plano, mas foi a pessoa que deu origem a tudo que sou hoje, quando há 31 anos atrás me pegou para criar em um momento difícil aonde os médicos já haviam me desenganado, mas ela com sua fé, manteve as esperanças e hoje graças a um milagre estou aqui, firme e forte, com saúde finalizando esse projeto.
Agradecer também ao meu amigo Willian Taglialenha, pelo companheirismo e por ter aceitado o convite de juntos abraçarmos este projeto ao qual consideramos o mais importante da nossa carreira acadêmica.
E não poderia deixar de agradecer aos meus professores Carlos Kuntzel, Clayton Sales, Marcelo Rezende, Angélica Sigarini, Taís Tellarori, Cristiane Benevites, Raquel Karan, Joelma Belchior, Cristiano Cupertino, Liliane Carvalho, Renam Kubota e Beatriz Carlini, pelo incentivo, pelas disciplinas ensinadas e por terem compartilhado um pouco de vossos conhecimentos que contribuíram diretamente para minha formação acadêmica.
Agradecimento por Willyan Taglialenha.
Quero agradecer a Deus que em todas as dificuldades sempre me colocou de pé, obrigado por ter me alcançado com sua graça e grandeza, sei do quanto seu propósito tens firmado em um só foco. Quero agradecer a todas as pessoas que se for citar aqui, não caberá em um só projeto. Sou grato também ao meu amigo Elizeu Ribeiro por estar junto nessa empreitada, e apesar das dificuldades nós batalhamos para idealizar um sonho, “o melhor dois sonhos”.
RESUMO
Este trabalho, que se constitui em um radiodocumentário, tem o propósito de mostrar a sociedade como é feito o tratamento de um dependente químico em uma casa de recuperação. Ele surge a partir da constatação que muitas pessoas acreditam que não há recuperação para quem se torna um dependente químico. Na maioria das vezes, não são capazes de estender as mãos para ajudar e acabam os excluindo do seu convívio e também de seu círculo de amizade ou do próprio ambiente familiar. O radiodocumentário vai retratar o cotidiano da instituição Manassés, os desafios da recuperação, o antes e o depois de dependentes que largaram tudo em suas vidas para trilharem um caminho que tem começo, mas que pode não ter fim. Como um trabalho jornalístico precisa ouvir os dois lados, neste radiodocumentário haverá relatos de quem tentou e não conseguiu se recuperar da dependência. A escolha do radiodocumentário como projeto, se dá pelo fato de o mesmo nos proporcionar uma interação mais profunda com o ouvinte em relação a determinado assunto.
Palavras-chave: Radiodocumentário, Filhos de Manassés, tratamento da dependência química.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO..................................................................................................... 9
2. RADIODOCUMENTARIO.................................................................................... 10
3. A INSTITUIÇÃO SOCIAL MANASSÉS............................................................... 12
4. A DEPENDÊNCIA QUÍMICA............................................................................... 12
5 DIÁRIO DE BORDO.............................................................................................. 13
5.1 PRIMEIRA VISITA A INSTITUIÇÃO .................................................................. 13
5.2 As Primeiras Entrevistas.................................................................................. 15
5.3 Entrevista com o Diretor Da Manassés........................................................... 16
5.4 Entrevista com O Familiar............................................................................... 20
7. ANEXO ................................................................................................................. 26
8. CONCLUSÃO ................................................................................................ ..29
9. BIBLIOGRAFIA ..................................................................................................... 28
1. INTRODUÇÃO
O aumento no consumo de drogas é um fator preocupante para autoridades do mundo inteiro, principalmente nas grandes capitais brasileiras, onde a cada dia, constata-se um número crescente de locais dominados por usuários que, na maioria das vezes, deixam suas famílias para viverem às margens da sociedade.
Uma realidade lamentável, que não preocupa apenas autoridades governamentais, mas também a base estrutural de um cidadão e da família. É comum em meio a tantas notícias, observarmos o discurso de milhares de pais e amigos que tem perdido seus entes queridos para as drogas, onde na maioria desses relatos os familiares afirmam que a porta de entrada para o vício de seus entes começou com as drogas consideradas legalizadas, como o cigarro e o álcool.
 
Essas drogas consideradas leves podem parecer inofensivas, porém, podem representar um risco para quem extrapola seus limites. É o caso do álcool, por exemplo, onde a pessoa começa tomando uma dose, duas doses, outro dia parte para tomar a garrafa inteira, quando, de repente, perdem o autocontrole e a sobriedade e desta forma entram em um caminho que pode não ter volta.
A dependência química, é consequência do consumo excessivo de determinados tipos de drogas, é outra preocupação que tem abalado as famílias, pois a maioria dos usuários que se tornam dependentes podem ser de classe baixa, alta ou média, são famílias que podem ou não ter uma estrutura financeira para recuperar o indivíduo viciado. Um vício que primeiramente começa com a facilidade de acesso às drogas em nosso país e depois do consumo de determinadas substâncias em grupos de amigos, onde além do álcool e o cigarro, também são oferecidos outros tipos de drogas como a maconha, o crack, a cocaína e dentre outras.
Na luta para reabilitar ou recuperar seus entes queridos, muitas famílias têm tentado buscar ajuda em instituições de tratamento de dependência química, algumas com dificuldades financeiras e dependentes de doações de outras instituições como igrejas, empresas e até mesmo instituições governamentais e municipais, além de outras com uma situação financeira mais confortável. Mas independentemente de suas condições financeiras, essas instituições lutam por um só objetivo, que é o de recuperar vidas e levar esperança para quem vive escravizado e torturado por um vício que parece não ter fim.
Este radiodocumentário tem como objetivo mostrar como funciona a rotina diária de uma casa de recuperação na busca para reabilitar e transformar a vida de dependentes químicos, através dos métodos, estratégias e também da fé. A instituição escolhida é a Manassés, que há mais de dezoito anos realiza um trabalho muito importante de recuperar jovens do submundo das drogas.
Muitas pessoas ouvem falar do trabalho dessas casas de recuperação, porém, não tem a oportunidade de irem além, pois os noticiários são curtos devido a um tempo estipulado pelos programas de TV, o que acaba apresentando a notícia de forma superficial. A escolha do radiodocumentário se deve ao desejo de levar aos ouvintes a oportunidade de saberem, de fato, o que é uma instituição de recuperação de dependentes químicos, como funciona seu processo de tratamento e como ela consegue associar a fé aos tratamentos específicos da instituição.
O rádiodocumentário apresenta também relatosde jovens que fazem o tratamento na Instituição Manassés, onde os mesmos contam o porquê de terem escolhido os caminhos das drogas, como chegaram a instituição e como se sentem durante o período de tratamento. Por outro lado, também vamos tentar colher relatos de pessoas que passaram pela instituição e não conseguiram um resultado positivo durante o tratamento. Vamos tentar saber o porquê de terem desistido e procurar saber como vive essas pessoas nos dias de hoje. 
Além do relato dos próprios pacientes, também vamos tentar ouvir depoimentos de familiares falando sobre a experiência que tiveram em ter um parente viciado e também saber qual a visão deles sobre a recuperação de seus entes queridos. 
Que produto jornalístico venha alcançar diretamente as famílias que possuem um dependente químico, que essas famílias tenham esperança e invistam na reabilitação de seu ente querido. Esperamos ainda que, além da família, esse radiodocumentário vá ao encontro dos próprios dependentes químicos que talvez já tenham perdido a vontade de viver ou que não veem uma luz no fim do túnel, ou que não acreditam em si próprios e que, através dos depoimentos, reflitam e procurem um tratamento para se recuperarem e voltarem tanto para a sociedade como ao aconchego de suas famílias. Afinal, nenhum cidadão nasceu para ser escravo de uma droga e muito menos ser controlado por elas.
2. RADIODOCUMENTÁRIO
O conceito que se dá a documentário é um filme ou programa de rádio ou TV que oferece informação factual sobre um tema, pode relatar um determinado assunto usando imagens ou gravações de pessoas envolvidas no acontecimento. O documentário de rádio apresenta a veracidade dos fatos, o apresentador possui um papel importante, mas secundário. 
Quem realmente conta os fatos são os próprios personagens da história, em que o importante é que as pessoas envolvidas relatem do seu jeito o acontecimento. De acordo com o Barbeiro e Lima 2003, “o documentário no rádio tem um elemento mais humano, dando ao ouvinte a oportunidade de interpretar a realidade sozinha em vez de ser informado sobre ela”.
Os documentários no rádio surgiram nos anos 1920, influenciados pelos documentários do cinema, pois tornavam a programação radiofônica mais interessante. Como, na época, os gravadores portáteis ainda eram pesados e primitivos, dificultando assim a coleta de sons externos e vozes fora do estúdio, os sons e vozes eram falados pelo locutor do programa e tinham as mesmas funções das citações do texto escrito, em que eram usadas as aspas e serviam de “evidencia” ou “ilustração”. 
Nos anos 1970 a evolução foi possível, graças aos gravadores de fitas analógicas que passaram a ser comercializados mais baratos e com boa qualidade, que levou a uma nova forma de radiodocumentários, nos quais as pessoas contavam suas estórias e o narrador abandonava mais o microfone ao qual ficava em segundo plano. O narrador não perde sua importância, mas passa a fazer o papel de mediador do programa, como conector de passagens de sonoras, de passagens de blocos. 
Chantler e Harris (1998), afirmam que o radiodocumentário passa pelo mesmo processo de uma reportagem, pois existe uma delimitação do tema e um aprofundamento e apurações mais detalhadas das informações. São feitas reuniões para escutar as sonoras e opiná-las. Um documentário no rádio deve contar uma história que tenha um bom desfecho, com sonoras individualizadas e com a contribuição de sons. 
[...] uma edição de imagens sonoras individualizadas e, claro, o uso de sons e palavras, que para eles, serão, muitas vezes, mais importantes do que a voz do locutor. “Essa é a essência do documentário. Use todos esses recursos e seu documentário será memorável.” (CHARLES & HARRIS, 1998, p. 166).
De acordo com Ferrareto (2001), o documentário é a informação com aprofundamento, classificada como jornalismo interpretativo e é realizada nas rádios por programas de debate que, apesar das dificuldades, esse formato desenvolve o senso crítico e a imaginação dos ouvintes. Segundo de Barbosa Filho (2003), o documentário é importante pelo seu caráter analítico, pois, como aprofunda o tema, necessita de pesquisa documental, comentários de especialistas e envolvidos no acontecimento. É preciso desenvolver uma investigação sobre o fato. Essa informação aprofundada e faz do radiodocumentário um formato mais rico do jornalismo, proporcionado também ao ouvinte um maior conhecimento do tema abordado, sendo o tema sempre voltado para um assunto de relevância social.
E por falar em radiodocumentário, não podemos deixar de falar de um dos meios de comunicação mais antigos, o rádio. Segundo Detoni (1994) os radiodocumentários surgiram no final dos anos 1920 por influência dos documentários feitos no cinema, porque, de acordo com os produtores da época, o formato poderia tornar o rádio mais interessante e vivo.
O rádio, além de ser um veículo de comunicação tradicional, também proporciona ao jornalista rapidez e eficácia na disseminação da notícia, diferente do impresso que demora mais e isso sem contar que o leitor pagaria para ler a notícia, o que não acontece no rádio.
O rádio é o sistema de distribuição de mensagens mais extenso, ágil e barato com que conta a sociedade atual. Nenhum outro meio pode competir com sua modalidade e é por isso que a notícia veiculada pelo rádio é a primeira. (PRADO, 1989, p.15).
Desde o seu surgimento, o rádio sempre foi um grande aliado do jornalismo, através dele foi possível a realização de grandes coberturas jornalísticas, como políticas, guerras, catástrofes, eventos esportivos. Além dessas coberturas, era através do rádio que pessoas anônimas obtinham informações exclusivas sobre celebridades e figuras da alta sociedade. Informações essas que chegavam aos ouvintes com certa rapidez e precisão.
Com o passar do tempo, surgiu a televisão, um aparelho que, além do áudio, beneficia-se do recurso da imagem e também alcançava um grande público. Com isso, chegou-se a cogitar na época na decadência do rádio, mas no decorrer dos anos, o rádio prevaleceu, foi se aperfeiçoando, consolidando-se e cada vez mais se tornava um amigo inseparável da sociedade.
Diferentemente dos outros meios de comunicação, o rádio é o único que pode ser desfrutado paralelamente a qualquer outra atividade. É possível aproveitá-lo ao máximo enquanto dirigimos, enquanto caminhamos, no trabalho, nas salas de estudo ou em qualquer lugar. (CARVALHO, 1998, p.34). 
Por se tornar um amigo inseparável do ser humano, o rádio também é um excelente veículo para se contar histórias, fatos e acontecimentos que ocorrem diariamente no cotidiano humano. O rádio é um veículo que trabalha apenas com imagens sonoras, ou seja, para se ouvir uma narrativa neste aparelho, não é preciso parar em frente dele. A pessoa pode fazer diversas outras coisas enquanto ouve o que está sendo falado e isso é um fator positivo para o jornalista que conta história através do rádio, pois ele tem a certeza de que milhares de pessoas vão ouvir sua voz e também o conteúdo que será narrado.
No entanto, para ganhar a atenção do ouvinte, o jornalista ou o radialista precisa ir além. Para se fazer um documentário de rádio, é preciso escolher bem o tema, divulgar algo que seja verdadeiro, fatos comprovados com registros e fontes verdadeiras.
O documentário deve ser totalmente factual, baseado em evidências documentadas (registros, escritos, entrevistas atuais e fontes mencionáveis). O objetivo é prioritariamente informar e o produtor se dispõe a fazer um relato completo, equilibrado e verdadeiro sobre alguma coisa ou alguém. (DETONI, 1994, p.6).
3. A INSTITUIÇÃO SOCIAL MANASSÉS
Fundada em 1997, a Instituição Social Manassés hoje está presente em mais de 20 estados brasileiros. A Instituição nasceu da vontade de seu fundador, Marcos Antônio Novaes, ao qual é conhecido popularmente como pastor Manassés.
Ao descobrir que seu filho era usuário de drogas, o pastor começou uma longa e dolorosa batalha de sofrimentos na busca pela recuperação do jovem. Diante dessa busca,Manassés percebeu que outros jovens estavam na mesma situação de seu filho, porém, ele via o desespero dos outros pais que buscavam a qualquer custo reabilitar os seus, só que a situação financeira desses pais não condiziam com a realidade, ou seja, aqueles pais não tinham condições de pagar uma clínica de recuperação para seus filhos. Foi aí que o pastor Marcos Antônio resolveu fundar a Instituição Social Manasses, que é um trabalho que até hoje vem trazendo resultados positivos para a sociedade.
Presente em mais de 20 estados brasileiros, a Manasses nasceu com o objetivo de recuperar jovens através da palavra de Deus resgatando assim, a credibilidade social e traze-los novamente para o convívio de suas famílias.
Em Campo Grande, a Instituição Manassés existe a mais de quatro anos a qual está sobre os cuidados de seu diretor, Eliandoro Simonet, que também é uma ex dependente químico e que foi tratado dentro da instituição.
Como estratégia elaborada, os residentes da Instituição Manassés costumam vir de outros estados para receber o tratamento aqui em Campo Grande, ou seja, se o residente for da cidade local, ele deverá ir para outro estado. Este modo de elaboração, é uma método usado constantemente pela instituição, pois eles acreditam que desta forma os pacientes irão ter dificuldades de achar os pontos estratégicos de uso de drogas e porque esses pacientes ficariam longe de seus parentescos, o que facilitaria o tratamento deste dependente.
A Instituição Manassés de Campo Grande, assim como nos demais estados, oferece a seus residentes toda a estrutura adequada, desde o recebimento do mesmo, até as fases de recuperação. O paciente fica internado na casa em um período de nove meses, lá ele recebe todos os cuidados especiais, participa de palestras motivacionais, cultos evangélicos, tem acompanhamento médico, psicológico além de participar de diversas atividades incluídas dentro do plano de tratamento.
A Manassés é uma ONG não governamental e também não é considerado uma comunidade terapêutica. A instituição sobrevive de doações de empresas e de pessoas que se comprometem a ajudar mensalmente através de depósitos na conta bancária da mesma. Outro fator importante e que ajuda a levantar fundos para a ONG, é o trabalho que os residentes faz dentro dos transportes coletivos, que é a venda de kits (chaveiro, caneta e um marca página) que custa o valor de R$ 2,00, além de arrecadar dinheiro para a manutenção da instituição, os jovens pacientes também tem a oportunidade de testemunhar um pouco sobre suas experiências com as drogas e também falar da transformação que tiveram através da palavra de Deus.
A Instituição Social Manassés de Campo Grande, está localizada na rua Sebastião de Lima, 293 - Vila Gatão – CEP: 79004-600. 
4. A DEPENDÊNCIA QUÍMICA
Segundo informou o site G1, um levantamento feito pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) em 2013, constatou-se que cerca de 28 milhões de pessoas no Brasil possui um dependente químico na família. Levando em consideração o uso da maconha, da cocaína e seus derivados, o estudo aponta ainda que, cerca de 5,7% dos brasileiros são dependentes de drogas, um total equivalente a pelo menos 8 milhões de pessoas.
Infelizmente, a dependência química tem levado muitos jovens a se tornarem escravos ou até mesmo dependentes de substâncias que, no primeiro momento, até trazem aquela sensação de prazer, de tranquilidade e satisfação, porém, o resultado final do uso dessas substâncias é avassalador, destruidor e que já tem ceifado vidas e os sonhos de muitas famílias. 
A dependência química leva a pessoa a se submeter a diversas situações desumanas, desagradáveis, degradantes e até mesmo constrangedoras, tanto para o usuário, quanto para a própria família. O uso de substâncias químicas geralmente começa na adolescência, nas famosas rodinhas de amigos ou então nas baladinhas que são regadas pelo consumo de bebidas alcóolicas, cigarro e até mesmo pelo uso da maconha.
Levando em consideração a necessidade de autoafirmação da juventude é que muitas das vezes o adolescente precisa se sentir aceito pelo seu círculo de convívio, e tende a aceitar as ofertas de seus amigos, podendo ser as drogas. Nesse sentido, alguns dos motivos que conduzem às drogas são: modismo para ser aceito em determinado grupo, convívio com pessoas que utilizam drogas e ainda o fácil acesso às drogas”. (FIGUEREIDO,2008, p.15).
Fala-se muito nesse assunto, mas o que de fato significa a expressão “dependência química”? 
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a dependência química é classificada como um conjunto de fenômenos comportamentais, cognitivos e fisiológicos que se desenvolvem a partir do uso constante de determinadas substâncias. 
Infelizmente, as pessoas que hoje se tornaram dependentes químicas não tiveram o controle do uso da substância que estavam fazendo, ou seja, o uso compulsivo de determinadas drogas leva essas pessoas para o delírio total, fazendo com que procurem cada vez se saciar no prazer que as consome diariamente, fator que nos leva a entender que existe uma grande diferença entre o uso e a dependência em relação a esses tipos de drogas.
A dependência não é igual ao uso. A grande preocupação é para aquele uso que se reconhece como patológico e que não permite ao indivíduo qualquer chance de escolha. Dessa forma, admite-se que o uso de drogas pode servir a dois propósitos: gerar prazer e aliviar o sofrimento de uma situação insuportável. (GORGULHO, 1996,p.22).
5. DIÁRIO DE BORDO
O Diário de Bordo é onde contamos um pouco da história e da experiência vivida durante a produção do radiodocumentário.
Cada entrevista, cada visita que fizemos na instituição teve um valor significativo para nós, pois nesta oportunidade tivemos o prazer de conhecer e entender como funciona todos os procedimentos adotados pela Manassés para recuperar pessoas que buscam se libertar deste mal que hoje afeta uma grande parte da sociedade.
Por trás das entrevistas, podemos perceber que cada pessoa, independente de sua raça, cor, religião ou classe social, possui histórias e algumas delas precisam ser levadas em consideração. 
É o que define Medina (2000, p.14) “numa classificação sintética da entrevista na comunicação coletiva, distinguem-se dois grupos: entrevistas cujo objetivo é espetacularizar o ser humano; e entrevistas que esboçam a intenção de compreendê-lo.” Isso quer dizer que quem entrevista, no caso o repórter, deve demonstrar uma postura tranquilizadora e aberta, pronto a ouvir o outro facilitando o diálogo sem criar barreiras. 
Um repórter criador aceita· este desafio da interação social e a transforma numa obra de arte (social). Alguns traços revelam o grande toque mágico do entrevistador: 1) Uma sensibilidade diferenciada que se manifesta através do gesto, do olhar, da atitude corporal. Um repórter que se debruça sobre o entrevistado para sentir quem é o outro, como se estivesse contemplando, especulando uma obra de arte da natureza, com respeito, curiosidade (ainda que a fonte de informação represente uma ideologia totalmente contrária à do repórter), por certo esses fluidos positivos de uma percepção aberta chegarão, por complexos sinais, à percepção do entrevistado.Nunca é demais salientar que o diálogo se dá, sobretudo no nível da sensibilidade. (MEDINA, 2000. p.30, 31)
Para nós acadêmicos, foi uma experiência única ouvir relatos de pessoas que mesmo lutando contra suas fraquezas, com seus vícios, não hesitarão em compartilhar conosco um pouco de suas histórias de vida, mesmo que, algumas delas amargas, conseqüências do caminho que elas escolheram. Mas por outro lado, podemos perceber que estes seres humanos também são movidos pelo desejo e pela ânsia de serem pessoas melhores, ou seja, pessoas que estão dispostas a dar a volta por cima, esquecer o passado sombrio e viverem ao lado de seus amigos, familiares, estarem ao lado das pessoas que os amam, traçarem projetos, realizar sonhos e serem pessoas felizes.
5.1 Primeira visita a instituição
No dia 18 defevereiro de 2016 realizamos a nossa primeira visita na Instituição Manassés, lá fomos recebidos pelo diretor responsável pela casa, Eliandro Simone. Nesta visita fomos apenas para conhecer. Após uma longa conversa com o diretor, ele nos mostrou todas as dependências da instituição e também nos explicou como funcionam as fases do tratamento, sendo que, cada uma dessas fases o paciente passa por procedimentos diferenciados.
Atualmente a casa possui 12 residentes, sendo cinco quartos para um total de 30 pessoas. No dia da nossa visita tinha apenas dois pacientes na casa, pois os demais estavam em uma atividade externa ao qual faz parte do tratamento.
Depois da conversa e das apresentações do diretor da casa, marcamos um novo dia para o retorno para que pudéssemos de fato dar início nas gravações das entrevista com os pacientes, familiares e também com os próprios pacientes.
5.2 As primeiras entrevistas
As primeiras entrevistas foram realizadas no dia 24 de março com dois pacientes da Manassés. Foram entrevistas bastante produtivas, aonde os jovens contaram um pouco de suas experiências de vida, eles nos relataram como era a vida deles antes das drogas e o que eles se tornaram depois de entrarem por esse caminho.
Em determinado momento da entrevista, podemos perceber o quanto eles se emocionaram ao falar do sofrimento que eles causaram aos seus familiares, do afastamento dos amigos e da perca da credibilidade em relação a sociedade.
Além de compartilharem um pouco de suas experiências com as drogas, os jovens também destacaram a importância da Instituição Manasssés em suas vidas, falaram de como eles foram recepcionados na casa, do convívio e também das etapas do tratamento aos quais são submetidos a passar.
5.3 Entrevista com o diretor da Manassés
Consideramos essa, uma das entrevistas mais importante para este documentário, pois aqui, o diretor da Manassés, Eliandro Simonet, nos explicou tudo sobre como funciona a instituição, como é a chegada dos pacientes, dos eventos que são organizados, dos projetos realizados pelos pacientes, das fases do tratamento e também da importância de se tratar o dependente apenas usando a palavra de Deus.
Eliandro, que também é ex dependente químico, falou sobre a importância da Manassés na sociedade e do trabalho que esta instituição tem desenvolvido para recuperar pessoas e trazê-los de volta para suas famílias.
5.4. Entrevista com o familiar
No mesmo dia em que entrevistamos o diretor da Manassés, também tivemos a oportunidade de ouvir o relato de uma das mães de um paciente que há seis meses faz tratamento na instituição.
Essa foi uma entrevista bastante emocionante, pois nesta etapa ela nos relata um pouco da experiência de ter um filho envolvido nas drogas. Ela nos contou como foi a descoberta de saber que seu filho estava envolvido nas drogas, como foi conviver com o desespero, com noites mal dormidas e com o medo de a qualquer momento receber uma notícia ruim, a de que seu filho havia falecido.
CONCLUSÃO
Este rádiodocumentário foi uma produção pensada e trabalhada com a intenção de levar a sociedade a entender como funciona a Instituição Social Manassés, que há quase 20 anos trabalha em prol da recuperação de dependentes químicos. Um projeto que nasceu no coração de um homem que se preocupou com as condições e viu no próximo a oportunidade de ajudar pessoas e famílias que realmente precisam de ajuda.
Este documentário foi gravado na Instituição Manassés de Campo Grande, aonde contamos com a ajuda da diretoria da mesma e com a contribuição de familiares que prestaram seus depoimentos para falarem sobre a experiência de conviver com dependentes químicos dentro de seus lares e também com os relatos dos próprios residentes que buscam se recupera definitivamente desse mal que os consomem, a dependência química.
Que através deste documentário, as pessoas possam se conscientizar de há esperanças sim para quem faz uso de drogas e que além do preconceito, existem instituições que estão dispostas e que através de métodos inteligentes de cunho religioso ou não, podem trazer a esperança e a credibilidade social para jovens que buscam uma saída para se libertarem de seus vícios que os consomem diariamente.
REFERÊNCIA BIBLIOGRAFIA
ANDRETTA, I., & OLIVEIRA, M. S. (2011). A entrevista motivacional em adolescentes usuários de droga que cometeram ato infracional. Psicologia: Reflexão e Crítica, 24(2),218-226. 
BARBEIRO, Heródoto & lima, Paulo Rodolfo de. Manual de Radiojornalismo: Editora campus, 2001.
CHANTLER, Paul. Radiojornalismo. São Paulo: Summus editorial, 1998.
CARVALHO, André. Manual de jornalismo em rádio. Belo Horizonte. Armazém de Idéias LTDA, 1998.
DETONI, Marcia,1994. http://www.caduxavier.com.br/mackenzie/arq/4/marcia-detoni-1.pdf/ Acesso em: 28 set. 2015, 10:28:03. Sem paginação.
FIGUEIREDO, Nébia Maria. Ensinar a Cuidar em Saúde pública. São Caetano do Sul, (SP): Yendis Editora; 2005.
G1,Globo,2013.http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/12/28-milhoes-tem-algum-familiar-dependente-quimico-diz-pesquisa.html
GORGULHO Mônica, Silveira DX Fº. Dependência: Compreensão e Assistência às Toxicomanias. São Paulo: Casa do Psicólogo; 1996.
JUNG, Milton. Jornalismo de rádio. São Paulo. Contexto 2004.
KAPLAN, H., Sadock, B., & Grebb, J. (2007). Compêndio de Psiquiatria: Ciência do comportamento e Psiquiatria Clínica (9. ed). Porto Alegre, RS: Artes Médicas. 
KENNEDY, Roseann & Paula, Amadeu Nogueira de. Jornalismo e publicidade no rádio. São Paulo. Contexto 2013.
MANASSES, INSTITUIÇÃO. Tratamento.http://instituiçãomanasses.com.br/ Acesso em: 10 out. 2015, 10:28:03. Sem paginação.
PRADO, Emilio, ABDR, 1989. Estrutura da informação Radiofônica.
PULCHEIRO, Gilda & Bicca Carla & Silva, Fernando Amarante. Álcool, outras drogas informação. São Paulo, Casa do Psicólogo livraria e Editora LTDA, 2002.
VIDA, PORTAL E ESPERANÇA. Informações drogas definição e tipos. 2013. http://www.esperancaevida.org.br/site/informacoes/drogas-definicao-e-tipos/Acesso em: 16 out. 2015, 15:14:45. Sem paginação.
PSCOLOGIA, EM ELETRONICOS, PEPSIC. Dependentes químicos em tratamento. 2014. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-389X2013000100018/ Acesso em: 25 out. 2015, 12:25:25. Sem paginação.
ANEXO
	DATA
	APRESENTADORES
Elizeu Ribeiro e Willyan Taglialenha
	HORA
	RADIODOCUMENTÁRIO
	LAUDA
 
	26/05
	
	19:00
	Os Filhos de Manassés
	 05
	
	REDATORES
	
	
	
	Elizeu Ribeiro e Willyan Taglialenha
	
	
	ABERTURA
TEC: MUSICA AMOR DE MÃE (RECO)
SONORA- DEPENDENTE 1 
TRILHA-
SONORA- DEPENDENTE 1
TRILHA-
SONORA- DEPENDENTE 2 
SOBE SOM – 
LOCUTOR: 
TRILHA- SOBE SOM
LOCUTOR
SONORA- DEPENDENTE 1 
LOCUTOR: 
SONORA- ELIANDRO SIMONET (DIRETOR MANASSÉS)
LOCUTOR: 
SONORA- DEPENDENTE 3
LOCUTOR: 
TRILHA- PAGINA EM BRANCO (ELAINE MARTINS)
LOCUTOR: 
SONORA- MISSIONÁRIO REDENTORISTA, FERNANDO CORDEIRO
LOCUTOR: 
TRILHA- NOT NO (SLIPKNOT)
SONORA- DEPENDENTE 4
LOCUTOR: 
SONORA- DEPENDENTE 4
TRILHA- PAGINA EM BRANCO (ELAINE MARTINS)
LOCUTOR: 
 SONORA- MÃE DO ELIANDRO 
TRILHA- PAGINA EM BRANCO (ELAINE MARTINS)
	AS PESSOAS QUE ESTÃO AQUI, TODAS SE DESENVOLVEM// ESTÃO AQUI EM BUSCA DOS MESMOS SONHOS///
TRATAR E SE LIVRAR DESSA MALDITA DROGA, QUE FEZ A GENTE PERDER MUITA COISA//
TRANCAFIAR O CAMARADA DENTRO DENTRO DE UM LUGAR DOZE MESES OU NOVE MESES, É UMA RECUPERAÇÃO// CRIAR UMA GORDURA UMA PELEZINHA E DEPOIS SAIR DE LA DE DENTRO UM DOIS E DA RECAÍDA//
A DEPENDÊNCIA QUÍMICA É UM PROBLEMA SOCIAL QUE DESTRÓI FAMÍLIAS, VIDAS E TEM SE TORNADO UM PESADELO PARA AS AUTORIDADES MUNDIAIS, POIS MUITOS DESSES LÍDERES NÃO CONSEGUEM ACHAR UMA SAÍDA PARA SANAR ESSA TRISTE REALIDADE, PRINCIPALMENTE NO BRASIL// DIANTE DESSES FATOS, DIVERSAS INSTITUIÇÕES COMO ONGS, ASSOCIAÇÕES OU ATÉ MESMO IGREJAS TEM TENTADO FAZER A SUA PARTE NA BUSCA PELA MELHORA DE VIDA DE MILHARES DE PESSOAS QUE HOJE SÃO ESCRAVIZADAS PELAS DROGAS///
EM CAMPO GRANDE EXISTEM VARIAS INTITUIÇÕES QUE TRATAM DO USUARIO DE SUBSTANCIA QUIMICA/ ENTRE ELAS ESTA A INSTITUIÇÃO MANASSES// UMACASA DE RECUPERAÇÃO QUE TRATA OS DEPENDENTES QUIMICOS QUE VEM DE OUTRO ESTADO PARA FAZER SUA RECUPERAÇÃO FORA DO AMBIENTE ONDE VIVE// UMA INSTITUIÇÃO QUE TRATA SEUS DEPENDENTES EXPONTANEAMENTE// O USUARIO NUNCA É FORÇADO// E O TRATAMENTO NÃO É COM MEDICAMENTOS E SIM COM TERAPIAS E DINAMICAS OCUPACIONAIS// NOS VAMOS CHAMAR ELES AQUI DE FILHOS DE MANASSÉS//
O QUE EU GOSTO AQUI DA MANASSÉS É QUE ELA TEM O PRAZER DE AJUDAR// EU PROCUREI NÃO VIR DE CARA NA MANASSÉS PARA ME INTERNAR// NÃO// EU PROCUREI OUTRAS INSTITUIÇÕES// MAS OUTRA INSTITUIÇÃO COBRAVA O OLHO DA CARA, MUITO CARO// E NÃO TRATAVA COM LIVRE ESPANTÂNEA VONTADE// ERA IGUAL UM TRATAMENTO DE DOIDO// TUDO ERA REMÉDIO, TAL HORA REMÉDIO, REMEDIO// TRANCADO VOCÊ NÃO TEM ACESSO A UMA COMUNIDADE// VOCÊ FICA TIPO UM BICHO// PARA SER MAIS REALISTA UM BICHO//
MUITAS FAMILIAS OUVEM FALAR DA INSTITUIÇÃO, ATRAVES DOS ONIBUS// ONDE OS FILHOS DE MANASSÉS SAEM PARA FALAR DO PROJETO DENTRO DOS COLETIVOS CONTANDO SUA EXPERIENCIA DE VIDA E OFERECENDO KITS COM TODAS AS INFORMAÇÕES DO PROJETO DE RECUPERAÇÃO// ATRAVES DESSES KITS MUITAS FAMÍLIAS CHEGAM DESESPERADAS APROCURA DE UM SOLUÇÃO PARA SEU ENTE QUERIDO// COMO EXPLICA O DIRETOR DA INSTITUÇÃO DE CAMPO GRANDE ELIANDRO SIMONET//
O PRIMEIRO CONTATO ENTRE A INSTITUIÇÃO E O PACIENTE JÁ COMEÇA EM UM PRÉ PACIENTE// QUE SERIA O TRABALHO DENTRO DOS ONIBUS ONDE FAZ O TRABALHO PARA CHEGAR ATÉ ELE// GERALMENTE É NA PRIMEIRA ENTREVISTA// ONDE JUNTAMENTE COM ELE VEM UM FAMILIAR// ONDE O CONTATO DE FRENTE VOCÊ COMEÇA ENTÃO A PRIMEIRA COISA A PASSAR PARA ELE QUE EXISTE UMA GRANDE CHANCE DE MUDANÇA DE VIDA// E QUE MUITAS VEZES ELE TAMBÉM NÃO ACEITA// POR ESTAR ELE ESTA REVOLTADO OU MUITAS VEZES ELE SÓ QUER SE INTERNAR PORQUE ELE ESTA FUGINDO DE ALGUM TRAFICANTE// OU PORQUE A MAE NÃO QUER QUE ELE MAIS EM CASA E ENTÃO ELE NÃO TEM MAIS PARA ONDE IR// E ENTÃO NÓS TEMOS QUE ESTAR CIENTES E SABER QUE NOSSO PROJETO NÃO É PARA QUEM ESTA FUGINDO MAIS SIM PARA QUEM QUEIRA UMA MUDANÇA DE VIDA//
MAS NEM SEMPRE OS DEPENDENTES SÃO BEM RECEBIDOS DENTRO DOS ONIBUS// ALGUMAS PESSOAS ATÉ FICAM CURIOSAS EM QUERER SABER COMO É A LUTA DE CADA UM// E MUITAS VEZES ALGUMAS FAMILIAS QUEREM MESMO É SABER COMO FUNCIONA PARA LEVAR ALGUEM QUE PRECISA//
AS PESSOAS CHINGAM MUITO A GENTE// A GENTE TEM QUE PASSAR POR ISSO// A PARTE BOA SABE QUAL É// É GOSTOSO DE FAZER MESMO// TEM PESSOAS QUE FICAM DE BOCA ABERTA// VOCÊ FALANDO SEU TESTEMUNHO// COMO É QUE FOI// COMO QUE NÃO FOI// COMO QUE COMEÇOU// É UMA REVIRAVOLTA// ENTÃO É GOSTOSO DE MAIS// FAZER ESTA OBRA É GOSTOSO// AGORA AS PESSOAS QUE NÃO GOSTAM// AS PESSOAS QUE NÃO GOSTAM NÃO PRECISAM OUVIR// MAS AQUELAS QUE GOSTAM A GENTE ABRE O CORAÇÃO// A GENTE FALA MESMO DO AMOR DE DEUS//
DE ACORDO COM A ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE, CERCA DE 10% DA POPULAÇÃO DOS CENTRO URBANO DE TODO O MUNDO, CONSOMEM ABUSIVAMENTE SUBSTÂNCIAS QUIMICAS, INDEPENDENTEMENTE DA IDADE, SEXO, NÍVEL DE INSTRUÇÃO E PODER AQUISITIVO//
MAS COMO OUTROS ESPECIALISTAS EM TRATAMENTO QUIMICO, VEEM A RECUPERAÇÃO DE UM DEPENDENTE? // E QUANDO O PACIENTE COMEÇA A PERCEBER QUE PRECISA DE AJUDA? // CONVERSAMOS COM O MISSIONÁRIO FERNANDO CORDEIRO COORDENADOR DA COMUNIDADE TERAPEUTICA, DA ASSOCIAÇÃO REDENTORISTA FILHOS DE MARIA//
DESDE O MEMENTO EM QUE A PESSOA PEDEPARA QUE COMECE O TRATAMENTO ACHO QUE JÁ ALI COMEÇA UM TRABALHO ESPIRITUAL NO SENTIDO DE A PESSOA COMEÇA A PERCEBER O SEU PROBLEMA// PERCEBER A DOENÇA QUE ELA TEM/ E ALI JÁ COMEÇA O TRABALHO ESPIRITUAL DE DESAPEGO/ HUMILDADE/ DE PERCEBER QUE VOCÊ TEM UM PROBLEMA EU PRECISO ME CONVERTER/ PRECISO MUDAR/ E JÁ COMEÇA AI A ESPIRITUALIDADE DESDE DA CONVERSA COM COORDENADOR/ CONVERSA COM O PADRE/ CABE MUITO DA PESSOA//
MAS COMO ELES ENTRARAM NESSE CAMINHO DAS DROGAS QUE AS VEZES NÃO TEM VOLTA? // 
EU NASCI EM UMA FAVELA// MEUS TIOS JÁ VEIO DE FAMILIA/ MEUS TIOS USAVAM MACONHA/ ELES COMEÇAVAM A USAR AQUILO LA// MINHA MAE FALAVA PARA EU NÃO BERAR AQUILO ALI/ EU NÃO SABIA QUE AQUILO IRIA CAUSAR ISSO TUDO/ NINGUEM ME FALOU/ CHEGOU EM MIM E FALOU ASSIM// OH SE VOCE USAR ESTE TIPO DE DROGA VOCE VAI PERDER MULHER/ VOCE VAI PERDER EMPREGO/ VAI PASSAR POR DIFICULDADE// VOCE VAI PASSAR FOME, VAI PASSAR FRIO// ELES NÃO FALARAM ISSO// ELES SÓ FALARAM NÃO PODE A DROGA É PROIBIDA/ ENTÃO PELA CURIOSIDADE TAMBEM// EU COMECEU USAR// A PRIMEIRA VEZ QUE USEI FOI DENTRO DO COLEGIO// DENTRO DO PATIO NA HORA DO RECREIO O MENINO ACHOU UM PEDAÇO DE UMA CONTIDADE DE MACONHA E FALOU VAMOS FUMAR/ EXPERIMENTEI GOSTEI/ FOI UMA SENSAÇÃO DIFERENTE/ FOI UMA ILUSÃO/ MEXEU COM MEU CEREBRO/ EU FIQUEI MEIO DOPADO/ NÃO ENTENDIA NADA TUDO ERA GRAÇA/ A PROFESSORA CONVERSANDO DENTRO DA SALA E EU MORRENDO DE RIR/ DEPOIS DAQUILO GOSTEI COMECEU USAR, USAR/ E UM CERTO TEMPO QUE AUILO NÃO ESTAVA MAIS FAZENDO MINHA MENTE// ENTÃO EU PARTI PARA OUTRA DROGA/ COMECEU BEBER ALCOOL, CIGARRO// DEPOIS PARTIR PARA DROGA MAIS PESADA QUE FOI A COCAINA//
NADA MAIS FAZIA EFEITO// CAMINHO QUASE SEM VOLTA// O DESESPERO DO CRACK//
ESTAMOS CONCLUINDO ESSE FINAL
O DESESPERO DE UMA MÃE E AS VARIAS TENTATIVAS DE INTERNAÇÃO//
	FECHAMENTO
LOCUTOR
	O RADIODOCUMENTÁRIO OS FILHOS DE MANASSES FOI PRODUZIDO COMO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO// DA TURMA DE JORNALISMO 2016 DA UNIDERP/// AJUDARAM A CONTAR ESSA HISTÓRIA O DIRETOR DA CASA DE RECUPERAÇÃO ELIANDRO SIMONETE / OS DEPENDENTES QUE DERAM SEUS DEPOIMENTOS// AGRADECEMOS A ORIENTADORA ANGELICA SIGARINI// EDIÇÃO DE CIRO ALEX/// PRODUÇÃO E APRESENTAÇÃO: ELIZEU RIBEIRO E WILLYAN TAGLIALENHA
Projeto apresentado na disciplina de Projetos Experimentais II, como requisito básico para a apresentação do TCC do curso de Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo, da Universidade Uniderp, sob a orientação do Profº. Angélica Sigarini.
Dedicamos à toda a sociedade e, principalmente aos familiares e amigos dos dependentes químicos, que estão em tratamento em busca de uma luz no fundo do túnel para tão sonhada recuperação. Sabemos o quanto esse projeto pode transformar a visão das pessoas de como é feita a recuperação e o tratamento de um dependente de drogas.
Não me entrego sem lutar, tenho ainda coração, não aprendi a me render, que caia o inimigo então. E nossa história, não estará, pelo avesso assim, sem final feliz, teremos coisas bonitas pra contar. E até lá vamos viver temos muito ainda por fazer, não olhe pra trás apenas começamos, o mundo começa agora, pois apenas começamos.
(Renato Russo)

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