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1 Sumário Fatos da Língua Portuguesa ............................................................................... 2 Formação e Estrutura das palavras ..................................................................... 8 Conjugação / Tempos Verbais .......................................................................... 13 Pronomes .................................................................................................... 82 Advérbio ...................................................................................................... 93 Numeral .................................................................................................... 151 Preposição ................................................................................................. 153 Conjunção .................................................................................................. 188 Classe de Palavras ....................................................................................... 275 Colocação Pronominal .................................................................................. 280 Sinônimos e Antônimos ................................................................................ 336 Denotação e Conotação ................................................................................ 419 Significação de Vocábulo e Expressões ........................................................... 479 Orações Subordinadas Adverbiais ................................................................... 506 Função sintática dos pronomes pessoais átonos ................................................ 508 Pontuação .................................................................................................. 518 Regência Nominal e Verbal ............................................................................ 609 Crase ........................................................................................................ 664 Concordância (Verbal e Nominal) ................................................................... 720 Coerência / Coesão ...................................................................................... 812 Variações da linguagem / Figuras de Linguagem ............................................... 846 Partícula "se" / Vocábulo "como" .................................................................... 873 Interpretação de Textos................................................................................ 877 Reescrita de Frases / Substituição de palavras ................................................ 1368 Análise dos textos/Normas das Língua Portuguesa/Regência Verbal ..................... 1422 2 Português Fatos da Língua Portuguesa (porque, por que, porquê e por quê; onde, aonde e donde; há e a) 01) Concurso: Ag Tel Pol/PC SP/2018 Banca: VUNESP O exorcismo Rosário, a feiticeira andaluza, estava há muitos anos lutando contra os demônios. O pior dos satanases tinha sido seu sogro. Aquele malvado tinha morrido estendido na cama, na noite em que blasfemou*, e o crucifixo de bronze soltou-se da parede e quebrou-lhe o crânio. Rosário se ofereceu para desendemoniar-nos. Jogou no lixo a nossa bela máscara mexicana de Lúcifer e esparramou uma fumaçarada de arruda, manjerona e louro bendito. Depois pregou na porta uma ferradura com as pontas para fora, pendurou alguns alhos e derramou, aqui e acolá, punhadinhos de sal e montões de fé. – Ao mau tempo, cara boa, e para a fome, viola – disse. E disse que dali para a frente era conosco, porque a sorte não ajuda quem não a ajuda a ajudar. (Eduardo Galeano, O livro dos abraços. Adaptado) *Proferiu palavras ofensivas à divindade. Na pronúncia, as palavras “mau” e “porque”, destacadas nos dois últimos parágrafos do texto, muitas vezes não se distinguem de “mal” e “por que”, o que acaba por refletir- se em emprego inadequado delas, na escrita. Assinale a alternativa em que essas palavras estão corretamente empregadas no contexto. a) A polícia descobriu os meios por que atuam as quadrilhas que assaltam à luz do dia, mau disfarçando o que fazem. b) Uma informação mal interpretada causa grandes problemas, porque gera resposta e ações inadequadas. c) O que o funcionário, até então, mau sabia é o motivo porque seu nome foi posto na lista dos não promovidos. d) Ainda não se descobriu porque o projeto foi devolvido ao setor de planejamento; suspeita-se que tenha sido mau feito. e) As peças foram devolvidas por que acusaram mal funcionamento e provocaram acidentes. 3 02) Concurso: Ass Adm/UFTM/2018 Banca: VUNESP Leia o texto para responder à questão. Anuncia-se o assunto na introdução. Ao se receber uma visita, a primeira coisa é abrir-lhe a porta. Da mesma forma, na exposição, é preciso abrir o assunto. A introdução encerra, implicitamente, toda a exposição, dando ideia de como será desenvolvida. Para tal, ela precisa conter certa dose de entusiasmo. Não há por que se precipitar de chofre* sobre o assunto. Carece incitar, previamente, o auditório. Acender os flashes principais da exposição, prestando atenção para o ponto de partida. Preparar-se para a marcha inicial. Não se começa a viagem sem se saber o destino; fazem-se provisões e previsões; avisam-se os amigos e hotéis. A introdução é o espaço onde se anuncia, se coloca, se promete, se desperta... Introduzir é convidar. Mas para que se possa pensar “o que vou dizer” é preciso haver refletido sobre o assunto. (Edivaldo Boaventura, Como ordenar as ideias. Adaptado) * de chofre: repentinamente Quando chega _____ introdução do texto, o leitor espera que ali esteja anunciado o assunto. É preciso preparar-se para a marcha inicial, pois não se dá início _____ viagem sem se saber o destino. Cabe _____ essa parte do texto convidar o leitor para a leitura. Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas do enunciado devem ser preenchidas, respectivamente, com: a) à ... há ... a b) na ... a ... à c) a ... à ... há d) na ... à ... à e) à ... à ... a 4 03) Concurso: Alun Of/PM SP/2017 Banca: VUNESP Leia a tira. CJ. Politicopatas. Folha de S.Paulo, 31.08.2017. Adaptado) Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas nas falas das personagens devem ser preenchidas, respectivamente, com: a) suspensão … têm … Porque b) suspenção … tem … Por que c) suspensão … tem … Por quê d) suspenssão … tem … Porquê e) suspenção … têm … Por quê 5 04) Concurso: Ag Ad/Pref Registro/2018 Banca: VUNESP Leia o texto a seguir: Todo condomínio com 50 unidades ou mais precisa fazer_____ separação do lixo reciclável. Pelo menos, é o que diz uma lei em vigor______ 11 anos no estado de São Paulo. A consciência ambiental é, então, o que mais tem motivado os edifícios residenciais a aderir _____ prática. É preciso informar moradores e funcionários sobre o que será enviado_____ reciclagem para que a separação seja efetiva. (Carolina Muniz. Disponível em: https://tudomaisumpouco. blogfolha.uol.com.br/2018/07/07/o-que-fazer-se-seu-condominionao- tem-coleta-seletiva/. Acesso em: 07.07.2018. Adaptado) Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do texto, conforme a norma-padrão da língua portuguesa. a) a … há … à … à b) à … a … à … a c) a … à … a … à d) à … há … a … a e) a … a … à … à 05) Concurso: Aux Adm/SAAE Barretos/2018 Banca: VUNESP Quanto ao uso de porque, porquê e por que, assinale a alternativa que apresenta frase corretamente escrita. a) Porquê esquizofrênicos e bipolares relatam seus sonhos de maneiras diferentes? b) Os pesquisadores foram questionados por que utilizaram um método computacional. c) Há sempre um porque por trás de problemas que afetam a mente. d) Os resultados são tão bons por que o estudo foi realizadocom atenção. e) As entrevistas porquê passaram os pacientes foram feitas no Nordeste. 6 06) Concurso: Aux Leg/CM Guaratinguetá/2016 Banca: VUNESP Leia a tira, para responder à questão. (Ciça, Pagando o pato) Assinale a alternativa em que a palavra destacada está empregada com o sentido que tem na frase – É, não gosta mesmo… a) Este carro é o mesmo que os assaltantes usaram na fuga, no roubo ao banco. b) Tome cuidado para não cair no mesmo erro de lançar boatos no trabalho. c) Constataram que foi mesmo o namorado que emprestou o dinheiro à moça. d) Mesmo que se esforce, não conseguirá todo o dinheiro para pagar a dívida ao credor. e) É muito egoísta: pensa só e sempre em si mesmo e em seus interesses... 7 07) Concurso: Almo/CM Itatiba/2015 Banca: VUNESP Leia o texto a seguir para responder à questão. Chicungunha Como se a dengue fosse pouco, bate à porta o vírus chicungunha, transmitido pelo mesmo mosquito. No Brasil, o Ministério da Saúde contabilizou 337 casos no dia 11 de outubro, número que saltou para 824 em duas semanas, distribuídos principalmente entre Oiapoque, no Amapá, Feira de Santana e Riachão do Jacuípe, na Bahia. A disseminação rápida é atribuída à ausência de imunidade na população e à distribuição dos mosquitos-vetores capazes de transmitir o vírus: Aedes aegypti e Aedes albopictus, os mesmos da dengue. O nome chicungunha veio da língua Kimakonde, com o significado de “homem que anda arqueado”, referência às dores articulares da enfermidade. Como a história da dengue e da febre amarela, a do chicungunha é indissociável do comportamento humano. O aquecimento e a seca que assolaram o norte da África há 5000 anos forçaram espécies ancestrais dos mosquitos a adaptar-se ___________ ambientes ___________ os homens armazenavam água. A febre chicungunha, que emergiu na África, chegou ___________ Ásia e ___________ Américas. O chicungunha já é uma ameaça para nós, como demonstra a velocidade de disseminação na Bahia e no Amapá. (Folha de S.Paulo, 15 nov. 2014. Adaptado) Assinale a alternativa em que é correto completar a frase com a forma verbal há, assim como em – O aquecimento e a seca que assolaram o norte da África há 5000 anos forçaram espécies ancestrais… a) O vírus chicungunha só foi reconhecido _______ partir dos anos 1950. b) Depois de um período médio de incubação de três _______ sete dias, surgem: febre alta, cefaleia e dores musculares. c) Pelo menos 30% da população será infectada, _______ menos que se adotem medidas intensivas de combate ao mosquito. d) Ao contrário da dengue, porém, _______ infecção pelo chicungunha causa doença em 72 a 95% das pessoas picadas pelo mosquito infectado. e) O tráfico de escravos africanos se encarregou, _______ alguns séculos, de espalhar pelo mundo o mosquito e os vírus que o infectavam. 8 Formação e Estrutura das palavras 08) Concurso: Tec Adm/PM SP/2016 Banca: VUNESP Leia a tirinha para responder à questão. (André Dahmer, Malvados. Disponível em: www.folha.uol.com.br) Dois vocábulos formados a partir do mesmo processo de derivação pelo qual foi formado o termo perigosíssimo são: a) palestra e tecnologia. b) advento e tecnologia. c) perigoso e recentemente. d) palestra e recentemente. e) perigoso e lugar. http://www.folha.uol.com.br/ 9 09) Concurso: Ag Tel Pol/PC SP/2018 Banca: VUNESP O exorcismo Rosário, a feiticeira andaluza, estava há muitos anos lutando contra os demônios. O pior dos satanases tinha sido seu sogro. Aquele malvado tinha morrido estendido na cama, na noite em que blasfemou*, e o crucifixo de bronze soltou-se da parede e quebrou-lhe o crânio. Rosário se ofereceu para desendemoniar-nos. Jogou no lixo a nossa bela máscara mexicana de Lúcifer e esparramou uma fumaçarada de arruda, manjerona e louro bendito. Depois pregou na porta uma ferradura com as pontas para fora, pendurou alguns alhos e derramou, aqui e acolá, punhadinhos de sal e montões de fé. – Ao mau tempo, cara boa, e para a fome, viola – disse. E disse que dali para a frente era conosco, porque a sorte não ajuda quem não a ajuda a ajudar. (Eduardo Galeano, O livro dos abraços. Adaptado) *Proferiu palavras ofensivas à divindade. A criação da palavra “fumaçarada” associa fumaçada e fumarada, formadas a partir de fumaça. É correto afirmar que a palavra criada produz efeito estilístico compatível com a ideia de a) comparativo, grande quantidade. b) diminutivo, pequena intensidade. c) diminutivo, pouca qualidade. d) aumentativo, grande quantidade. e) aumentativo, média intensidade. 10 10) Concurso: Of Prom/MPE SP/I/2016 Banca: VUNESP Leia o texto para responder à questão. Japão irá auxiliar Minas Gerais com a experiência no enfrentamento de tragédias Acostumados a lidar com tragédias naturais, os japoneses costumam se reerguer em tempo recorde depois de catástrofes. Minas irá buscar experiência e tecnologias para superar a tragédia em Mariana A partir de janeiro, Minas Gerais irá se espelhar na experiência de enfrentamento de catástrofes e tragédias do Japão, para tentar superar Mariana e recuperar os danos ambientais e sociais. Bombeiros mineiros deverão receber treinamento por meio da Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica), a exemplo da troca de experiências que já acontece no Estado com a polícia comunitária, espelhada no modelo japonês Koban. O terremoto seguido de um tsunami que devastou a costa nordeste do Japão em 2011 deixando milhares de mortos e desaparecidos, e prejuízos que quase chegaram a US$ 200 bilhões, foi uma das muitas tragédias naturais que o país enfrentou nos últimos anos. Menos de um ano depois da catástrofe, no entanto, o Japão já voltava à rotina. É esse tipo de experiência que o Brasil vai buscar para lidar com a tragédia ocorrida em Mariana. (Juliana Baeta, http://www.otempo.com.br, 10.12.2015. Adaptado) No trecho – Bombeiros mineiros deverão receber treinamento... – (1o parágrafo), a expressão em destaque é formada por substantivo + adjetivo, nessa ordem. Essa relação também se verifica na expressão destacada em: a) Entrou silenciosamente, com um espanto indisfarçável. b) Estiveram presentes à festa meus estimados padrinhos. c) Trata-se de um lutador bastante forte e preparado. d) A imprudente atitude do advogado trouxe-me danos. e) Alguma pessoa teve acesso aos documentos da reunião? 11 11) Concurso: Ag Esc/Pref GRU/2016 Banca: VUNESP Leia o texto para responder à questão. Alunos dizem mais praticar do que sofrer bullying*, mostra pesquisa do IBGE Assim como na pesquisa de 2012 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais entrevistados relataram em 2015 terem praticado do que sofrido bullying, não apenas na escola, mas em qualquer ambiente que frequentam. Meninas são menos provocadoras do que meninos: 15,6% das alunas disseram já ter praticado bullying, enquanto entre os alunos a proporção sobe para 24,2%. A prática é um pouco mais frequente nas escolas privadas (21,2% dos entrevistados disseram fazer bullying) do que na rede pública (19,5%). Sofreram bullying com frequência 7,4% (194,6 mil) dos alunos do 9º ano, principalmente por causa da aparência do corpo ou do rosto. * bullying: situação que envolve agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva, por um ou mais alunos contra um ou mais colegas. (http://educacao.uol.com.br, 26.08.2016. Adaptado) Considere as seguintes construções do 2º parágrafo: • Meninas são menos provocadoras do que meninos… • A prática é um pouco mais frequente nas escolas privadas […] do que na rede pública… Nos contextos em que são empregadas, as palavras destacadas estabelecem relação de a) comparação. b) negação. c) correção.d) dúvida. e) aprovação. 12 12) Concurso: Tec Adm/PM SP/2015 Banca: VUNESP Leia o capítulo de Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, para responder à questão. O cimo da montanha Quem escapa a um perigo ama a vida com outra intensidade. Entrei a amar Virgília com muito mais ardor, depois que estive a pique de a perder, e a mesma coisa lhe aconteceu a ela. Assim, a presidência não fez mais do que avivar a afeição primitiva; foi a droga com que tornamos mais saboroso o nosso amor, e mais prezado também. Nos primeiros dias, depois daquele incidente, folgávamos de imaginar a dor da separação, se houvesse separação, a tristeza de um e de outro, à proporção que o mar, como uma toalha elástica, se fosse dilatando entre nós; e, semelhantes às crianças, que se achegam ao regaço das mães, para fugir a uma simples careta, fugíamos do suposto perigo, apertando-nos com abraços. — Minha boa Virgília! — Meu amor! — Tu és minha, não? — Tua, tua... E assim reatamos o fio da aventura, como a sultana Scheherazade* o dos seus contos. Esse foi, cuido eu, o ponto máximo do nosso amor, o cimo da montanha, donde por algum tempo divisamos os vales de leste e de oeste, e por cima de nós o céu tranquilo e azul. Repousado esse tempo, começamos a descer a encosta, com as mãos presas ou soltas, mas a descer, a descer... * personagem principal das Mil e uma noites, em que é a narradora que conta ao sultão as histórias que vão adiando a sentença de morte dela. (1998, p. 128-129) Entrei a amar Virgília com muito mais ardor, depois que estive a pique de a perder, e a mesma coisa lhe aconteceu a ela. Um termo que expressa ideia de equivalência nessa passagem é: a) muito. b) mais. c) depois. d) perder. e) mesma. 13 Conjugação/Reconhecimento e emprego dos modos e tempos verbais 13) Concurso: Esc/CM Sertãozinho/2019 Banca: VUNESP Vacina na marra Uma das piores coisas que pais podem fazer a seus filhos é privá-los de vacinas. Ainda assim, devo dizer que fiquei chocado com o artigo de uma promotora do Ministério Público, no qual ela defende não só multa para genitores que deixem de imunizar seus rebentos, mas também a busca e apreensão das crianças para vaciná-las. Imagino até que a adoção de medidas extremas como propõe a promotora possa fazer sentido em determinados contextos, como o de uma epidemia fatal que avança rapidamente e pais que, induzidos por vilões internacionais, se recusam a imunizar seus filhos. Há motivos para acreditar que as sucessivas quedas na cobertura vacinal registradas por aqui se devam mais a uma combinação de desleixo paterno com inadequações da rede do que a uma maciça militância antivacinal. Há até quem afirme que a queda é menor do que a anunciada pelo Ministério da Saúde, que, por problemas técnicos, não estaria recebendo informações atualizadas de alguns municípios. Seja como for, tenho a convicção de que, se a fórmula mais draconiana propugnada por ela fosse adotada, acabaríamos produzindo mais mal do que bem. O ponto central é que o sistema de saúde precisa ser visto pelo cidadão como um aliado e não como um adversário. Se a percepção que as pessoas têm do posto de saúde for a de que ele é uma entidade que pode colocar a polícia atrás de famílias para subtrair-lhes os filhos, elas terão bons motivos para nunca mais pôr os pés numa unidade. A ideia de que o sistema de saúde precisa ser protegido de ações que possam minar a confiança que o público lhe deposita não é estranha ao mundo do direito. Não é por outra razão que a legislação penal e códigos de ética proíbem o profissional de saúde de divulgar segredos de pacientes e até de denunciar crimes que tenham cometido. (Hélio Schwartsman. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br /colunas/ helioschwartsman/2018/08/ vacina-na-marra.shtml. Acesso em 11.11.2018. Adaptado) 14 A forma verbal destacada na frase “Não me parece, entretanto, que tenhamos chegado a uma situação dessas.” – expressa a ideia de possibilidade de que algo possa se realizar, assim como ocorre em: a) ... acabaríamos produzindo mais mal do que bem. b) A ideia de que o sistema de saúde precisa ser protegido... c) Há motivos para acreditar que as sucessivas quedas... d) Imagino até que a adoção de medidas extremas... e) Uma das piores coisas que pais podem fazer a seus filhos... 14) Concurso: Ag/Pref Itapevi/Manutenção/2019 Banca: VUNESP Assinale a alternativa em que o verbo destacado está no tempo presente. a) Chegava uma visita inesperada... b) Logo mais estariam pedindo o sofá... c) Beatriz não estranhou o pedido... d) ... o máximo que Fabrício testemunha na vida adulta... e) ... no dia seguinte a vizinha voltou com o abajur... 15) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2018 Banca: VUNESP (www.sbotrj.com.br) http://www.sbotrj.com.br/ 15 O modo verbal em “não digite” expressa um conselho, assim como ocorre com a expressão destacada em: a) Como não haverá expediente bancário na sexta-feira, o boleto poderá ser pago na segunda-feira. b) O morador não autorizou a entrada do técnico para a medição do consumo de gás no imóvel. c) Atenção: não se esqueçam de usar o cinto de segurança também no banco de trás do automóvel. d) Pesquisadores canadenses descobriram que o macarrão não induz o ganho de peso. e) Os candidatos que não apresentarem um documento com foto não poderão realizar a prova. 16) Concurso: APP/PC SP/2018 Banca: VUNESP Leia o texto para responder à questão. O aspecto mais perverso da brutal recessão de 2014-16 – e da lenta recuperação que a sucedeu até agora – é o custo desproporcional imposto aos mais pobres. Como primeiro impacto, o fechamento de vagas no mercado de trabalho e a queda da renda reverteram uma trajetória de avanços sociais que já completava uma década. Durante o longo ciclo de retração, a taxa de desemprego subiu de 6,5% para 13,7%, ou, dito de outro modo, 5,9 milhões de pessoas perderam seus postos de trabalho. A retomada do crescimento econômico, iniciada no ano passado, tem se mostrado tímida e, embora a desocupação tenha caído um pouco, a qualidade das vagas geradas deixa a desejar. Não surpreende, pois, que os dados mais recentes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do IBGE mostrem um quadro deteriorado. A partir deles, a consultoria LCA calculou que em 2017 a pobreza extrema se elevou em 11%. Conforme os números publicados pelo jornal Valor Econômico, 14,8 milhões de brasileiros são miseráveis – considerando uma linha de R$ 136 mensais. O Nordeste abriga 55% desse contingente. Embora não se possa afirmar com certeza, uma vez que o IBGE alterou a metodologia da Pnad e ainda não divulgou as novas séries históricas, é plausível que também a exorbitante desigualdade social brasileira tenha aumentado com a recessão. (Miséria brasileira, editorial. Folha de S.Paulo. 14.04.2018. Adaptado) 16 Exprime ideia de possibilidade a expressão verbal destacada na passagem: a) Conforme os números publicados pelo jornal Valor Econômico, 14,8 milhões de brasileiros são miseráveis... b) ... dito de outro modo, 5,9 milhões de pessoas perderam seus postos de trabalho. c) ... é plausível que também a exorbitante desigualdade social brasileira tenha aumentado com a recessão. d) ... a qualidade das vagas geradas deixa a desejar. e) ... reverteram uma trajetória de avanços sociais que já completava uma década. 17) Concurso: Ag Tel Pol/PC SP/2018 Banca: VUNESP Frei Caneca e a Virgem Maria No dia 13 de janeiro de 1825, um condenado caminhava com passos firmes na direção da forca, no centro do Recife. Era o frei Joaquim do Amor Divino Caneca, o lendário Frei Caneca, lutador incansável pela independência do Brasil. Ele tinha participado da revolta da Confederação do Equador, sufocada pelo governo de Pernambuco.Vestia o hábito da Irmandade da Madre de Deus. Sob o olhar curioso da multidão, foi submetido ao degradante ritual da desautoração*, perdendo os direitos eclesiásticos, para que pudesse enfrentar o suplício da forca. Impassível e altivo, deixou que os monges despissem suas vestes sagradas. Permaneceu firme quando recebeu na tonsura** o golpe simbólico da excomunhão. O carrasco já se preparava para o gesto fatal, quando recuou, com o rosto pálido, dizendo que a Virgem Maria estava junto ao condenado. Veio então o ajudante do carrasco, que também se recusou a executar Frei Caneca, diante da visão da Virgem Maria. Aí foram buscar dois escravos. E esses, mesmo duramente açoitados, negaram-se a participar da execução. O juiz mandou trazer dois presos da cadeia pública e lhes ofereceu a liberdade em troca da execução de Frei Caneca. E eles igualmente se negaram, alegando a visão da Virgem Maria. Mas era preciso matar Frei Caneca de qualquer jeito, como exemplo para desencorajar futuros conspiradores. O juiz então ordenou que ele fosse fuzilado. Percebendo que os soldados tremiam com as armas na mão, Frei Caneca procurou exortá-los: – Vamos, meus amigos. Não me façam sofrer muito. Virgem Maria há de compreender os vossos temores. Tenham fé, ela já os perdoou. E os tiros provocaram um arrepio na multidão silenciosa. (Eloy Terra. 500 anos: Crônicas pitorescas da história do Brasil. Adaptado) 17 *Desautoração: privação da dignidade do cargo, como medida punitiva. **Tonsura: corte redondo dos cabelos no topo da cabeça dos clérigos. Observe a relação temporal entre as situações expressas pelos verbos destacados nos seguintes trechos: (I) No dia 13 de janeiro de 1825, um condenado caminhava com passos firmes na direção da forca, no centro do Recife. (II) Ele tinha participado da revolta da Confederação do Equador. (III) Vestia o hábito da Irmandade da Madre de Deus. É correto concluir que a) a situação expressa no trecho II é anterior à expressa no trecho I. b) a situação expressa no trecho I é posterior à expressa no trecho III. c) a situação expressa no trecho II é simultânea à expressa no trecho III. d) as situações expressas nos trechos II e III são anteriores à expressa no trecho I. e) as situações expressas nos trechos I e II são concomitantes. 18) Concurso: Ag Pol/PC SP/2018 Banca: VUNESP Leia a tira. 18 Considerando a correlação entre as formas verbais, conforme a norma-padrão, as lacunas devem ser preenchidas, respectivamente, com: a) visse ... reporta b) ver ... reporte c) veria ... reporte d) vir ... reporte e) verá ... reporta 19) Concurso: PP/PC SP/2018 Banca: VUNESP Leia o texto para responder à questão. O Clube dos Suicidas A senhora – o que foi que tomou mesmo? Comprimidos. Não sabe que comprimidos? Gardenal. Tomou Gardenal. Muitos? Cuidado, não pise no fio do microfone. Dez comprimidos. E o que foi que sentiu? Uma tontura gostosa! Vejam só, uma tontura gostosa! Não é notável? Uma tontura gostosa. E foi por causa de quem? Olha o fio. Do marido. O marido bebia. Batia também? Batia. Voltava bêbado e batia. Quebrava toda a louça. Agora prometeu se regenerar. E ela não vai mais tomar Gardenal. Palmas. Olha o fio. Fica ali, à esquerda. Ali, junto com as outras. Depois recebe o brinde. Aproveito este breve intervalo para anunciar que a moça loira da semana passada – lembram, aquela que tomou ri-do-rato? Morreu. Morreu ontem. A família veio aqui me avisar. Foi uma dura lição, infelizmente ela não poderá aproveitar. Outros o farão. E a senhora? Ah, não foi a senhora, foi a menina. Que idade tem ela? Dez. Tomou querosene? Por que a senhora bateu nela? A senhora não bate mais, ouviu? E tu não toma mais querosene, menina. A propósito, que tal o gosto? Ruim. Não tomou com guaraná? Ontem esteve aqui uma que tomou com guaraná. Diz que melhorou o gosto. Não sei, nunca provei. De qualquer modo, bem-vinda ao nosso Clube. Fica ali, junto com as outras. Cuidado com o fio. Olha um homem! Homem é raro aqui. O que foi que houve? A mulher lhe deixou? Miserável. Ah, não foi a mulher. Perdeu o emprego. Também não é isto. Fala mais alto! Está desenganado. É câncer? Não sabe o que é. Quem foi que desenganou? Os doutores às vezes se enganam. Fica ali à esquerda e aguarde o brinde. E esta moça? Foi Flit? Tu pensas que é barata, minha filha? Vai ali para a esquerda. Olha o fio, olha o fio. E esta senhora, tão velhinha – já me disseram que a senhora quis se enforcar. É verdade? Com o fio do ferro elétrico, quem diria! E dá? Mostra para nós como é que foi. Pode usar o fio do microfone. (Moacyr Scliar, Os melhores contos, 1996) 19 Nos trechos “Cuidado, não pise no fio do microfone.”, “Fica ali, à esquerda.” e “Mostra para nós como é que foi.”, o apresentador emprega o verbo no imperativo, respectivamente, com as seguintes finalidades: a) advertência, solicitação e ordem. b) solicitação, pedido e pedido. c) pedido, orientação e ordem. d) advertência, orientação e pedido. e) ordem, solicitação e orientação. 20) Concurso: Ass Adm I/UNESP/Campus Itapeva/2017 Banca: VUNESP Leia o texto para responder à questão. Fogo e Madeira Não foi pouco para um único dia de fiscalização. Dois caminhões, um trator, uma camionete e uma pá carregadeira foram inutilizados pelo Ibama*, por servirem à extração ilegal de madeira na divisa entre Rondônia e Mato Grosso. Embora os agentes do instituto tivessem o que comemorar, seria incorreto qualificar como êxito o que ocorreu – pelo menos de uma perspectiva mais alongada no tempo. A facilidade com que se encontraram sinais flagrantes de desmatamento nada mais revela do que o extremo de sem-cerimônia dos madeireiros ilegais na Amazônia. Autorizada por decreto de 2008, a destruição dos equipamentos empregados nessa atividade predatória parece ser uma das poucas punições efetivamente ressentidas pelos infratores. Levada a cabo por meio de helicópteros, a ação do Ibama afugenta, pelo mero estardalhaço de sua aproximação, os responsáveis diretos pelo crime. Porém, mal os helicópteros levantam voo novamente, o desmatamento prossegue. Operações dessa monta se fazem de raro em raro, e os madeireiros não chegam a abalar-se da área protegida. Além da óbvia extensão da floresta, outros fatores tornam complexa a fiscalização. Madeireiros possuem, por exemplo, licença para a exploração sustentável do recurso natural, mas a utilizam para enveredar em áreas protegidas. Iniciativas mais extensas e difíceis, mas de maior alcance, envolveriam o engajamento da população em outras atividades atraentes do ponto de vista 20 econômico. A falta de alternativas de trabalho sem dúvida explica por que madeireiros ilegais encontram algum apoio entre os habitantes da região. Ainda que fulgurante, a ação de poucos fiscais será incapaz de interromper o desmatamento. (Folha de S.Paulo, 24.12.2016. Adaptado) * Ibama: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis No trecho do penúltimo parágrafo do texto “Iniciativas mais extensas e difíceis, mas de maior alcance, envolveriam o engajamento da população...”, a forma verbal em destaque expressa sentido de a) improbabilidade. b) certeza. c) ação concluída. d) dúvida. e) possibilidade. 21) Concurso: Tec/CRBio 01/Auxiliar Administrativo/2017 Banca: VUNESP Leia o texto de Adriana Gomes para responder à questão. Tentação do imediato É difícil definir o status de uma época quando ainda se está nela, mas certamente uma das características marcantes do momento atual é o imediatismo. Percebo a tendência de simplificação nos procedimentos e a opção pelas ações que oferecem vantagens imediatas e menores riscos, sem considerar as consequências futuras. Esse comportamento pode ser resultante da dificuldade de se lidar com as frustrações geradas, basicamente,por três motivos: demora, contrariedade e conflito. Seus efeitos podem ser agressão, regressão e fuga. Um experimento famoso feito na Universidade Stanford (EUA), no final dos anos 1960, testou a capacidade de crianças resistirem à atração da recompensa instantânea – e rendeu informações úteis sobre a força de vontade e a autodisciplina. Aquelas que resistiram tiveram mais sucesso na vida. A atitude imediatista praticamente impacta todas as decisões, desde a vida pessoal à rotina das empresas, chegando até à condução do país. O que importa é o hoje e o agora! 21 Muitas vezes, o valor da durabilidade e da consistência – o longo prazo – parece uma história fantasiosa. Entretanto, a vida prática confirma que o investimento em educação de qualidade e a dedicação aos estudos, por exemplo, geram bons resultados futuros. Profissionais bem qualificados e competentes em suas áreas de atuação, ou seja, aqueles que se dedicaram, aprofundaram seus conhecimentos e os praticaram, costumam encontrar melhores opções na vida profissional. É preciso, todavia, acreditar nessa equação e investir tempo e dinheiro para colher seus frutos. Os atalhos são tentadores, mas seus resultados a longo prazo tendem a ser frustrantes. (Folha de S.Paulo, 31.01.2016. Adaptado) Considere a frase elaborada a partir das ideias do texto. Se a pessoa _________ nessa equação e investir tempo e dinheiro, poderá colher bons frutos. A lacuna dessa frase deve ser preenchida, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, com: a) ter crença b) pôr foco c) querer apostar d) poder crer e) vir sentido 22 22) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2017 Banca: VUNESP Leia os textos para responder à questão. “Efeito Google” muda uso da memória humana Pense rápido: qual o número de telefone da casa em que morou quando era criança? E o celular das pessoas com quem tem trocado mensagens recentemente? Por certo, foi mais fácil responder à primeira pergunta do que à segunda – mas você não está sozinho. Estudos científicos chamam esse fenômeno de “efeito Google” ou “amnésia digital”, um sintoma de um comportamento cada vez mais comum: o de confiar o armazenamento de dados importantes aos nossos dispositivos eletrônicos e à internet em vez de guardá-los na cabeça. Na internet, basta um clique para vasculhar um sem-número de informações. Segundo Adrian F. Ward, da Universidade de Austin, nos Estados Unidos, o acesso rápido e a quantidade de textos fazem com que o cérebro humano não considere útil gravar esses dados, uma vez que é fácil encontrá-los de novo rapidamente. “É como quando consultamos o telefone de uma loja: após discar e fazer a ligação, não precisamos mais dele”, explica Paulo Bertolucci, da Unifesp. É o que mostra também uma pesquisa recente conduzida pela empresa de segurança digital Kaspersky, realizada com 6 mil pessoas em países da União Europeia. Ao receberem uma questão, 57% dos entrevistados tentam sugerir uma resposta sozinhos, mas 36% usam a internet para elaborar sua resposta. Além disso, 24% de todos os entrevistados admitiram esquecer a informação logo após utilizá-la para responder à pergunta – o que gerou a expressão “amnésia digital”. Para Bertolucci, no entanto, o conceito é incorreto. “Amnésia significa esquecer-se de algo; na ‘amnésia digital’, a pessoa não chega nem a aprender e, portanto, não consegue esquecer algo que escolheu nem lembrar.” (Bruno Capelas. O Estado de S.Paulo, 06.06.2016. Adaptado) 3 maneiras de melhorar sua memória comprovadas pela ciência Está se sentindo esquecido? Vale testar as dicas que separamos, baseadas na ciência, para recuperar o controle sobre sua memória. Primeiro, associe suas memórias com objetos físicos. Você já deve ter passado por este problema: acabou de ser apresentado a alguém e, assim que a pessoa vira as costas, já esqueceu como ela se chama. Acontece – mas é extremamente embaraçoso precisar perguntar o nome dela novamente. A dica é associar o nome a algum objeto. Por exemplo, se você acabou de conhecer a Giovana e ela estava próxima a uma janela, pense nela como a Giovana da Janela. 23 Segundo, não memorize apenas por repetição. Ao ver ou participar de apresentações, você deve ter sentido isto: é muito claro quando alguém apenas decorou o que devia falar. Mas basta acontecer alguma mudança no roteiro para que a pessoa se perca. Memorizar algo de fato depende de compreensão. Então, ao pensar em falas e apresentações, tente entender o conceito todo ao redor do que você está falando. Pesquisas mostram que apenas a repetição automática pode até impedir que você entenda o que está expondo. Terceiro, rabisque! Estudos indicam que rabiscar enquanto “ingerimos” informações não visuais (em aulas, por exemplo) aumenta a capacidade de nossa memória. Uma pesquisa de 2009 mostrou que pessoas que rabiscavam enquanto ouviam uma lista de nomes lembravam 29% a mais os nomes ditos. (Luciana Galastri. Revista Galileu, 03.02.2015. http://revistagalileu.globo.com. Adaptado) Considere as seguintes frases: • Primeiro, associe suas memórias com objetos físicos. • Segundo, não memorize apenas por repetição. • Terceiro, rabisque! Um verbo flexionado no mesmo modo que o dos verbos empregados nessas frases está em destaque em: a) ... o acesso rápido e a quantidade de textos fazem com que o cérebro humano não considere útil gravar esses dados... b) Na internet, basta um clique para vasculhar um sem-número de informações. c) ... após discar e fazer a ligação, não precisamos mais dele... d) Pense rápido: qual o número de telefone da casa em que morou quando era criança? e) É o que mostra também uma pesquisa recente conduzida pela empresa de segurança digital Kaspersky... 24 23) Concurso: Aux AA/CM Mogi Cruzes/2017 Banca: VUNESP Leia o texto para responder à questão. O substituto da vida Quando meu instrumento de trabalho era a máquina de escrever, eu me sentava a ela, escrevia o que tinha de escrever, relia para ver se era aquilo mesmo, fechava a máquina, entregava a matéria e ia à vida. Se trabalhasse num jornal, isso incluiria discutir futebol com o pessoal da editoria de esporte, ir à esquina comer um pastel ou dar uma fugida ao cinema. Se já trabalhasse em casa, ao terminar de escrever eu fechava a máquina e abria um livro, escutava um disco ou dava um pulo rapidinho à praia. Só reabria a máquina no dia seguinte. Hoje, diante do computador, termino de produzir um texto, vou à lista de mensagens para saber quem me escreveu, deleto mensagens inúteis, respondo às que precisam de resposta, eu próprio mando mensagens inúteis. Quando me dou conta, já é noite lá fora e não saí da frente da tela. Com o smartphone seria pior ainda. Ele substituiu a caneta, o bloco, a agenda, o telefone, a banca de jornais, a máquina fotográfica, o álbum de fotos, a câmera de cinema, o DVD, o correio, a secretária eletrônica, o relógio de pulso, o despertador, o gravador, o rádio, a TV, o CD, a bússola, os mapas, a vida. É por isso que nem lhe chego perto – temo que ele me substitua também. (Ruy Castro. Folha de S.Paulo. 02.01.2016. Adaptado) Assinale a alternativa em que a forma verbal em destaque expressa a probabilidade de um fato ou um evento ocorrer. a) Quando meu instrumento de trabalho era a máquina de escrever… b) … fechava a máquina, entregava a matéria e ia à vida. c) Hoje, diante do computador, termino de produzir um texto… d) … vou à lista de mensagens para saber quem me escreveu… e) Com o smartphone seria pior ainda. 25 24) Concurso: Esc /TJ SP/2017 Banca: VUNESP Há quatro anos, Chris Nagele fez o que muitos executivos no setor de tecnologia já tinham feito – ele transferiu sua equipe para um chamado escritório aberto, sem paredes e divisórias. Os funcionários, atéentão, trabalhavam de casa, mas ele queria que todos estivessem juntos, para se conectarem e colaborarem mais facilmente. Mas em pouco tempo ficou claro que Nagele tinha cometido um grande erro. Todos estavam distraídos, a produtividade caiu, e os nove empregados estavam insatisfeitos, sem falar do próprio chefe. Em abril de 2015, quase três anos após a mudança para o escritório aberto, Nagele transferiu a empresa para um espaço de 900 m² onde hoje todos têm seu próprio espaço, com portas e tudo. Inúmeras empresas adotaram o conceito de escritório aberto – cerca de 70% dos escritórios nos Estados Unidos são assim – e até onde se sabe poucos retornaram ao modelo de espaços tradicionais com salas e portas. Pesquisas, contudo, mostram que podemos perder até 15% da produtividade, desenvolver problemas graves de concentração e até ter o dobro de chances de ficar doentes em espaços de trabalho abertos – fatores que estão contribuindo para uma reação contra esse tipo de organização. Desde que se mudou para o formato tradicional, Nagele já ouviu colegas do setor de tecnologia dizerem sentir falta do estilo de trabalho do escritório fechado. “Muita gente concorda – simplesmente não aguentam o escritório aberto. Nunca se consegue terminar as coisas e é preciso levar mais trabalho para casa”, diz ele. É improvável que o conceito de escritório aberto caia em desuso, mas algumas firmas estão seguindo o exemplo de Nagele e voltando aos espaços privados. Há uma boa razão que explica por que todos adoram um espaço com quatro paredes e uma porta: foco. A verdade é que não conseguimos cumprir várias tarefas ao mesmo tempo, e pequenas distrações podem desviar nosso foco por até 20 minutos. Retemos mais informações quando nos sentamos em um local fixo, afirma Sally Augustin, psicóloga ambiental e de design de interiores. (Bryan Borzykowski, “Por que escritórios abertos podem s ser ruins para funcionários.” Disponível em:<www1.folha.uol.com.br>. Acesso em: 04.04.2017. Adaptado) 26 Iniciando-se a frase – Retemos mais informações quando nos sentamos em um local fixo... – com o termo Talvez, indicando condição, a sequência que apresenta correlação dos verbos destacados de acordo com a norma- padrão será: a) reteremos ... sentávamos b) retivéssemos ... sentássemos c) reteríamos ... sentarmos d) retínhamos ... sentássemos e) retivemos ... sentaríamos 25) Concurso: Aux Lg/CM Itanhaém/2017 Banca: VUNESP Assinale a alternativa em que os verbos conjugados e a colocação dos pronomes em destaque apresentam-se de acordo com a norma-padrão. a) Se eu vir uma mulher vindo em minha direção, não me desviarei dela. b) Me esforcei para que a mulher me visse e se desviava de mim. c) Talvez eu tinha evitado o choque se tinha desviado-me da mulher. d) Desviem-se das pessoas quando verem que elas vêm em sua direção. e) Se nos vermos diante de uma pessoa distraída, evitaremos colidir com ela. 26) Concurso: At SG/CM Marília/2017 Banca: VUNESP Leia o texto de Lygia Fagundes Telles para responder à questão a seguir. A disciplina do amor Foi na França, durante a Segunda Grande Guerra: um jovem tinha um cachorro que todos os dias, pontualmente, ia esperá-lo voltar do trabalho. Postava-se na esquina, um pouco antes das seis da tarde. Assim que via o dono, ia correndo ao seu encontro e, na maior alegria, acompanhava-o com seu passinho saltitante de volta à casa. A vila inteira já conhecia o cachorro, e as pessoas que passavam faziam-lhe festinhas e ele correspondia, chegava a correr todo animado atrás dos mais íntimos. Para logo voltar atento ao seu posto e ali ficar sentado até o momento em que seu dono apontava lá longe. Mas eu avisei que o tempo era de guerra, o jovem foi convocado. Pensa que o cachorro deixou de esperá-lo? Continuou a ir diariamente até a esquina, fixo o olhar 27 ansioso naquele único ponto, a orelha em pé, atenta ao menor ruído que pudesse indicar a presença do dono bem-amado. Assim que anoitecia, ele voltava para casa e levava sua vida normal de cachorro até chegar o dia seguinte. Então, disciplinadamente, como se tivesse um relógio preso à pata, voltava ao posto de espera. O jovem morreu num bombardeio, mas no pequeno coração do cachorro não morreu a esperança. Quiseram prendê-lo, distraí-lo. Tudo em vão. Quando ia chegando aquela hora, ele disparava para o compromisso assumido, todos os dias. Com o passar dos anos (a memória dos homens!) as pessoas foram se esquecendo do jovem soldado que não voltou. Casou-se a noiva com um primo. Os familiares voltaram-se para outros familiares. Os amigos, para outros amigos. Só o cachorro já velhíssimo continuou a esperá-lo na sua esquina. As pessoas estranhavam, mas quem esse cachorro está esperando?… Uma tarde (era inverno) ele lá ficou, o focinho voltado para “aquela” direção. (http://www.beatrix.pro.br/index.php/a-disciplina-do-amor-lygia-fagundes-telles/ Adaptado) A forma verbal destacada indica ação realizada habitualmente pelo sujeito em: a) ... e as pessoas que passavam faziam-lhe festinhas e ele correspondia... b) Mas eu avisei que o tempo era de guerra... c) Pensa que o cachorro deixou de esperá-lo? d) ... e levava sua vida normal de cachorro até chegar o dia seguinte. e) Os familiares voltaram-se para outros familiares. 27) Concurso: At SG/CM Marília/2017 Banca: VUNESP A forma verbal destacada foi empregada, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, em: a) Para justificar a pobreza, os governantes põem a culpa na economia mundial. b) As pessoas honestas tem se revoltado contra a situação do país. c) Se os eleitores quererem um país melhor, não votarão nos corruptos. d) Se haver participação dos cidadãos, construiremos uma sociedade mais justa para o Brasil. e) Se as pessoas fazerem constantes denúncias, poderemos coibir ilegalidades de toda espécie. 28 28) Concurso: Aux Adm/SAAE Barretos/2018 Banca: VUNESP Leia a tira para responder à questão. (Laerte. Folha de S. Paulo, 28.07.2018. Adaptado) Respectivamente, no primeiro, no segundo, no terceiro e no quarto quadrinho, os tempos verbais conferem ideia de a) presente, presente, passado e futuro. b) futuro, passado, futuro e passado. c) presente, passado, presente e passado. d) passado, passado, futuro e futuro. e) passado, presente, futuro e passado. 29 29) Concurso: Tele/CM Olímpia/2018 Banca: VUNESP O que nos distancia e nos faz ignorar que somos uma só espécie? Como aceitamos abismos sociais tão cruéis? A razão desses questionamentos foi um jovem adolescente na mesa ao lado da minha na padaria onde tomei o café da manhã antes de ir ao trabalho. Ainda que bem arrumado e cabelo penteado, percebia-se que era um rapaz economicamente vulnerável, humilde. Ele tinha na mesa uma xícara de café, como eu, e um pão provavelmente recheado de presunto e queijo. Mas o que me chamou a atenção para aquela quase criança foi que, enquanto alguns na padaria conversavam em suas mesas, todos os demais aproveitavam para mexer no celular, menos ele. O rapaz comia o pão e tomava o café, olhando para a mesa à sua frente e para o vazio da parede adiante. Ele estava inibido, pois parecia não sentir pertencer àquele lugar. Por que afinal ele não apanhava seu celular e começava a dedilhar nele, mandando mensagens, postando fotos? Concluí que ele não tinha um celular. Sua situação de pobreza não devia permitir esse prazer. E isso o incomodava. Diferentemente do que se pode esperar de adultos, conscientes de seu lugar no mundo e seguros o suficiente para sentarem-se sozinhos à mesa de qualquer lugar e desfrutar o momento independentemente de um aparelho tecnológico nas mãos, os adolescentes não possuem ainda segurança e autoestima consolidadas. Mais do que os outros, eles buscam aceitação, mesmo que tentando ser diferentes.Para aquele rapaz, o fato de não ter a que se ater, além da comida, num mundo onde as redes tecnológicas estão presentes nos quatro cantos, o chateava. E acabou por também me constranger: que mundo difícil esse que cria consumidores e não cidadãos. Guardei meu celular no bolso e, sem mais, tomei meu café, olhando para a mesa à minha frente e para o vazio da parede adiante. (João Marcos Buch. O café que nos une. 12.09.2017. Adaptado) A forma verbal destacada está corretamente empregada na frase da alternativa: a) As pessoas não requiseram outra coisa senão tomadas para carregar o celular. b) Assim que souberem da solidão de muitos jovens, profissionais deverão agir. c) É imperativo propôr à sociedade uma forma de estarem menos nas redes sociais. d) Quando a sociedade dar o primeiro passo, talvez algo mude. e) Se o responsável não mantesse a casa, os menores de idade teriam que trabalhar. 30 30) Concurso: Aux Leg/CM Guaratinguetá/2016 Banca: VUNESP Assinale a alternativa que dá sequência ao enunciado, expressando, com correção, a ideia de possibilidade. É provável que aprender habilidades novas… a) requeria paciência consigo mesmo e pôde levar ao aprendizado. b) requeira paciência consigo mesmo e possa levar ao aprendizado. c) requeresse paciência consigo mesmo e pôde levar ao aprendizado. d) requereu paciência consigo mesmo e podia levar ao aprendizado. e) requereu paciência consigo mesmo e pode levar ao aprendizado. 31) Concurso: Ass/AMLURB SP/Gestão de Políticas Públicas/2016 Banca: VUNESP Leia o texto para responder à questão. Cartas de Amor Eu era aluno do Júlio de Castilhos e estudava à tarde (as manhãs, naquela época, estavam reservadas às turmas femininas). Um dia cheguei para a aula, coloquei meus livros na carteira e ali estava, bem no fundo, um papel cuidadosamente dobrado. Era uma carta; dirigida não a mim, mas “ao colega da tarde”. E era uma carta de amor. De amor, não; de paixão. Paixão incontida, transbordante, a carta de uma alma sequiosa de afeto, ________________ o jovem escritor não teve a menor dificuldade de enviar a resposta. Iniciou-se, assim, uma correspondência que se prolongou pelo ano letivo, não se interrompendo nem com as provas, nem com as férias de julho. À medida que o ano ia chegando a seu fim, os arroubos epistolares iam crescendo. Cheguei à conclusão de que precisava conhecer minha correspondente, aquela bela da manhã que me encantava com suas frases. Mas… Seria realmente bela? A julgar pela letra, sim; eu até a imaginava como uma moça esguia, morena, de belos olhos verdes. Contudo, nem mesmo os grandes especialistas em grafologia estão imunes ao erro, e um engano poderia ser trágico. Além disto, eu já tinha uma namorada que não escrevia, mas era igualmente apaixonada. Optei, portanto, pelo mistério, pelo “nunca vi, sempre te amei”. A minha história de amor continuou somente na fantasia. Que é o melhor lugar para as grandes histórias de amor. (Moacyr Scliar. Minha mãe não dorme enquanto eu não chegar, 1996. Adaptado) 31 Vocabulário: Arroubos: impulsos Epistolares: relativos à carta Grafologia: estudo das formas das letras Nas passagens “Eu era aluno do Júlio de Castilhos e estudava à tarde…” e “… e um engano poderia ser trágico.”, as formas verbais em destaque expressam, respectivamente, a) hipótese e ação concluída. b) ação atual e hipótese. c) ação contínua no passado e ação atual. d) ação contínua no passado e hipótese. e) ação concluída no passado e ação atual. 32) Concurso: AgSP/Pref Pres Prudente/2016 Banca: VUNESP Também já fui brasileiro Eu também já fui brasileiro moreno como vocês. Ponteei viola, guiei forde e aprendi na mesa dos bares que o nacionalismo é uma virtude. Mas há uma hora em que os bares se fecham e todas as virtudes se negam. Eu também já fui poeta. Bastava olhar para mulher, pensava logo nas estrelas e outros substantivos celestes. Mas eram tantas, o céu tamanho, minha poesia perturbou-se. Eu também já tive meu ritmo. Fazia isso, dizia aquilo. E meus amigos me queriam, meus inimigos me odiavam. Eu irônico deslizava satisfeito de ter meu ritmo. Mas acabei confundindo tudo. Hoje não deslizo mais não, não sou irônico mais não, não tenho ritmo mais não. (Carlos Drummond de Andrade.) 32 No verso – minha poesia perturbou-se –, o verbo destacado pode ser substituído, sem alteração de sentido, por a) desorientou-se. b) manifestou-se. c) inspirou-se. d) indagou-se. e) estabilizou-se. 33) Concurso: Moto/Pref Barretos/2018 Banca: VUNESP Leia o texto para responder à questão. Sociedade escrava das aparências A mistura de indelicadeza e discriminação social foi tema de uma reportagem feita pela jornalista Helenice Laguardia. Durante dois dias, ela visitou 27 lojas de shoppings sofisticados de Belo Horizonte: no primeiro, vestida com uma calça de moletom, uma camisa masculina e chinelos; no segundo dia, “fantasiada” de madame, com vestido de tecido fino e usando joias. No primeiro dia, Helenice ia ao banheiro várias vezes para chorar e se acalmar. Foi ignorada, humilhada e muito observada por seguranças. Alguns vendedores riram dela, outros fizeram perguntas agressivas ou até mesmo ofensivas, e muitos simplesmente fingiram que ela não estava ali. Em nenhuma das 27 lojas ela encontrou uma demonstração de gentileza. No segundo dia, porém, com roupas de madame e sem ser reconhecida pelos vendedores, Helenice recebeu tratamento excelente, não teve que esperar para ser atendida, viu produtos que na véspera estavam “em falta”, ouviu elogios, tomou café e saiu dos shoppings morrendo de raiva, sentindo-se pior do que no dia anterior. Ela não sabia que as pessoas eram capazes dessa crueldade. Por mais que tivesse consciência de tudo o que acontece no mundo, ela não enxergava essa maldade. Viu que as pessoas valem pelo que vestem, que é tudo um grande teatro, uma grande ilusão. Ela não culpa os vendedores, o que Helenice questiona são os valores de uma sociedade escrava das aparências, em que as pessoas tratam bem apenas quem interessa a elas. (Leila Ferreira. A arte de ser leve. São Paulo: Globo, 2010. Adaptado) 33 Assinale a alternativa em que a forma verbal destacada está no tempo presente. a) Durante dois dias, ela visitou 27 lojas… b) Helenice ia ao banheiro várias vezes… c) Por mais que tivesse consciência de tudo… d) … ela não enxergava essa maldade. e) Ela não culpa os vendedores… 34) Concurso: Alun Of/PM SP/2018 Banca: VUNESP À beira do abismo? Se você é uma daquelas pessoas que acredita que o mundo caminha rapidamente para o abismo, o livro Factfulness, de Hans Rosling e família, pode ser um bom remédio. O tom é de autoajuda. O próprio autor usa a expressão “dados como terapia”. Mas isso em nada diminui o valor da obra, cujo propósito é mostrar que o planeta é um lugar bem melhor do que a maioria das pessoas pensa. O médico sueco Hans Rosling, que teve como coautores seu filho Ola e sua nora Ana, basicamente usa montanhas de dados para nos convencer de que quase todas as nossas intuições sobre o estado econômico, sanitário e social dos humanos na Terra estão erradas, e o ritmo em que as melhoras têm ocorrido é surpreendente. Rosling, que morreu no ano passado, antes da conclusão da obra, apela aos truques dos bons conferencistas, atividade na qual se consagrou. Ele começa submetendo seus leitores a testes de múltipla escolha com questões sobre distribuição de renda, gênero, educação, violência, saúde etc. A maioria dos indivíduos testados se sai extremamente mal, e é aí que ele aproveita para dar as boas novas, isto é, informações como a de que a proporção de pessoas vivendo em pobreza extrema caiu à metade nos últimos 20 anos ou de que mais de 80%das crianças do mundo têm acesso a vacinas. Na sequência, Rosling esmiúça dez vieses (ele chama de instintos) que conspiram para que as pessoas não assimilem esse tipo de informação, que, vale ressaltar, tem sido destacada também por autores como Steven Pinker, Michael Shermer, Deirdre McCloskey. Rosling não está afirmando que chegamos a um mundo ideal e não há mais nada a fazer. Ao contrário, diz que ainda há muito sofrimento desnecessário e que podemos melhorar. Mas um dos requisitos para tomar as decisões certas é ter uma noção realista da situação em que nos encontramos, e, nisso, boa parte da humanidade fracassa. (Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo. www.folha.uol.com.br. 02.09.2018. Adaptado) 34 Se você é uma daquelas pessoas que acredita que o mundo caminha rapidamente para o abismo, o livro Factfulness, de Hans Rosling e família, pode ser um bom remédio. Em uma reescrita dessa frase em conformidade com a norma- padrão da língua, as formas verbais destacadas (é/pode) devem ser substituídas, respectivamente, por: a) seja; pôde. b) for; pudesse. c) era; possa. d) seria; pudera. e) fosse; poderia. 35) Concurso: Sec Esc/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP (Jim Davis. Garfield. www.folha.uol.com.br/ilustrada/cartum/ cartunsdiarios/#08/05/2016) Caso a frase do primeiro quadrinho apresente uma hipótese referente ao futuro, sua redação será: a) Se as aranhas não existiram, quem se importa? b) Se as aranhas não existiam, quem se importasse? c) Se as aranhas não existem, quem se importou? d) Se as aranhas não existam, quem se importava? e) Se as aranhas não existirem, quem se importará? 35 36) Concurso: Mon Bib/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP Leia o poema para responder à questão. Se eu fosse um padre Se eu fosse um padre, eu, nos meus sermões, não falaria em Deus nem no Pecado – muito menos no Anjo Rebelado e os encantos das suas seduções, não citaria santos e profetas: nada das suas celestiais promessas ou das suas terríveis maldições... Se eu fosse um padre eu citaria os poetas, Rezaria seus versos, os mais belos, desses que desde a infância me embalaram e quem me dera que alguns fossem meus! Porque a poesia purifica a alma ... e um belo poema – ainda que de Deus se aparte – um belo poema sempre leva a Deus! (Mário Quintana. http://www.jornaldepoesia.jor.br) O verso da segunda estrofe – Se eu fosse um padre eu citaria os poetas – seria corretamente reescrito, de acordo com as regras de concordância e mantendo a correlação dos tempos verbais dos termos destacados, em: a) Se nós fôramos padre, nós citamos os poetas. b) Se nós formos padres, nós citaremos os poetas. c) Se nós formos padres, nós citaríamos os poetas. d) Se nós fôssemos padre, nós citemos os poetas. e) Se nós fôssemos padres, nós citamos os poetas. 36 37) Concurso: Ass Adm/UFABC/2016 Banca: VUNESP Leia o texto, para responder à questão. O que é a paixão senão um sentimento imenso que nos tira a razão? Quando estamos apaixonados, não queremos nada, além daquilo ou daquele que nos hipnotizou. Ficamos cegos e nada mais faz sentido. Tudo em nossa volta se transforma em um nevoeiro, cinza e espesso, permitindo ver apenas o que tanto queremos. Todos nos apaixonamos, seja por alguém ou por algo, e de repente nossos corações perdem a harmonia das batidas. De repente somos fisgados por algo que nos conquistou. Não somente os jovens, adultos ou velhos se apaixonam. As crianças também. E, assim, um dia caí na armadilha de um cupido mal-intencionado. Eu era criança, não lembro minha idade, mas lembro que aqui no hospital amanhecera. Dava para sentir o calor da luz do sol e o silêncio que pairava no ambiente do quarto onde, sozinho, eu ficava. Em instantes, alguém, que estava ali para cuidar de mim, entra no quarto. Havia uma vitrola e, para permitir um momento agradável, essa que veio ser minha cuidadora pôs um disco para tocar. Não tenho certeza, mas era um vinil com canções românticas de uma dessas novelas. Não sei como foi, mas lembro até hoje o nome dessa que, naquele dia, me ofertou grande afeto. Seu nome era Silvana, e lembro que ela tinha cabelos compridos e loiros. Enquanto a música tocava, eu sentia que algo não estava certo com ela. Parecia que, apesar de estar diante de mim, estava com seu coração em outro mundo. Mesmo assim, eu me sentia bem e feliz. Depois do banho e do café da manhã, ela sai do quarto para outras tarefas. Embalado pelas músicas da vitrola, fico vislumbrando a paisagem da janela. Bem ao longe, em cima do prédio da Faculdade de Medicina, em frente ao Instituto onde fico, uma bandeira do Brasil dança ao ritmo do vento que a embala. Muitos momentos, quando se é garoto, são como fotografias, nas quais o maior sentimento que se expressa é a solidão. A música parou de tocar, e assim voltei meu olhar para o quarto em que somente eu estava presente. Não demorou muito para que Silvana voltasse e colocasse outro disco. Poucas horas depois, irei dormir feliz, pois o carinho e o afeto que Silvana me permitiu deixarão um doce conforto. Como o filho de que a mãe cuida, fecho meus olhos, tranquilo e feliz. 37 Mas, infelizmente, nada dura para sempre. Veio outra pessoa cuidar de mim no dia seguinte, e no lugar do afeto que Silvana trazia, não veio o desprezo, mas alguém em quem eu mal poderia encontrar conforto. Aos soluços, pedi de volta a Silvana que tinha cuidado de mim no dia anterior. A resposta das minhas súplicas foi que ela não viria mais. (Paulo Henrique, Minha primeira paixão. Disponível em: www.folha.uol.com.br. Acesso em 16.02.2016. Adaptado) Assinale a alternativa em que todos os verbos do enunciado estão conjugados no mesmo tempo verbal. a) Quando estamos apaixonados, não queremos nada, além daquilo ou daquele que nos hipnotizou. b) Eu era criança, não lembro minha idade, mas lembro que aqui no hospital amanhecera. c) Muitos momentos, quando se é garoto, são como fotografias, nas quais o maior sentimento que se expressa é a solidão. d) Não sei como foi, mas lembro até hoje o nome dessa que, naquele dia, me ofertou grande afeto. e) Poucas horas depois, irei dormir feliz, pois o carinho e o afeto que Silvana me permitiu deixarão um doce conforto. 38) Concurso: Bomb/Pref Barretos/2018 Banca: VUNESP Calçada de verão Quando o tempo está seco, os sapatos ficam tão contentes que se põem a cantar. (Mario Quintana. Sapato florido. São Paulo, Globo, 2005) Considere os vocábulos destacados no texto. Ao substituir- se a forma verbal está por estava, para preservar a correspondência entre as ações, as demais formas verbais deverão ser substituídas, respectivamente, por: a) ficavam; punham. b) ficaram; poram. c) ficavam; ponham. d) ficarão; porão. e) ficaram; poriam. 38 39) Concurso: Of Leg/CM Poá (SP)/2016 Banca: VUNESP Assinale a alternativa em que as passagens – quando o Vasco joga, eu fico nervoso / Se perde, eu fico chateado – estão reescritas com os verbos em correta correlação temporal. a) quando o Vasco jogar, eu ficarei nervoso / Se perdia, eu ficaria chateado. b) quando o Vasco jogou, eu fiquei nervoso / Se perderia, eu ficava chateado. c) quando o Vasco jogava, eu ficava nervoso / Se perdesse, eu ficaria chateado. d) quando o Vasco jogasse, eu ficarei nervoso / Se perdeu, eu fico chateado. e) quando o Vasco jogará, eu ficarei nervoso / Se perderá, eu fiquei chateado. 40) Concurso: Ag/IPSMI/Administrativo/2016 Banca: VUNESP Leia o texto a seguir para responder à questão. A velhice, de acordo com o pensamento de alguns, é uma fase de recolhimento, anulação e privações. Pode ser uma longa espera para o inevitável, um tempo de sossego e meditação forçada. Felizmente, nem todos pensam assim. Desde a antiguidade, sábios e espirituosospensam até o contrário. Se observarmos a vida dos idosos atualmente, podemos facilmente perceber que o que pensam os sábios está mais próximo da realidade dos fatos de hoje. Com o aumento da qualidade e da expectativa de vida das populações e com as mudanças de mentalidade em relação ao modo de viver, a velhice agora pode ser sinônimo de vida ativa, saudável e feliz, em toda a sua plenitude. O idoso pode então ser visto como alguém que, depois de uma parcela do tempo de vida empregada ao trabalho e à dedicação à família, desfruta uma etapa de lazer, interação social, aprendizagem despreocupada, busca de conhecimento interior e felicidade desprendida. É claro e evidente que todos esses benefícios só poderão ser conquistados se a velhice for acompanhada, necessariamente, de boa saúde e lucidez. E o segredo de uma velhice saudável, todos nós sabemos, é baseado em uma regra simples, de três recomendações: alimentação equilibrada, prática de atividades físicas compatíveis e períodos de repouso restauradores. Prolongar essa etapa importante da vida tem uma receita mais simples ainda: atividade e felicidade. E, para manter a lucidez, devemos ocupar a mente com atividades nobres. 39 A vida moderna e o apoio institucional e social ao idoso transformaram a velhice em um período possível de vida ativa, em que podemos manter o nosso corpo fortalecido e saudável e continuar desfrutando os melhores prazeres da vida. Esses benefícios juntos nos permitem manter afastada a trágica ideia da morte próxima. (Maria Terezinha Santellano. Disponível em: http://www.portalterceiraidade.org.br. Adaptado) No trecho do quinto parágrafo – A vida moderna e o apoio institucional e social ao idoso transformaram a velhice... –, o termo destacado expressa uma ação a) presente habitual. b) futura hipotética. c) futura pontual. d) passada durativa. e) passada pontual. 41) Concurso: Educ Soc/Pref SJRP/2016 Banca: VUNESP Leia o texto para responder à questão. Na época escolar, minhas “viagens espaciais” ao mundo da lua pintavam a Terra e seus objetos com as cores mais inusitadas. Por pouco tempo... até virarem luas de papel amassadas nas mãos da professora. Na escola diziam que devia pintar a Terra e seus objetos com as cores verdadeiras da verdade. Isto é, o tronco das árvores de marrom e a copa de verde. Viver “no mundo da lua” e olhar para a Terra de outras distâncias, de outros ângulos, não era bem-visto pelos adultos, em geral, e pelos adultos da escola, em particular. O mundo do Era uma vez..., do conto contado, lido, ouvido ou imaginado significava para mim a nave espacial que me permitia inúmeras viagens na travessia terra-lua-terra. Então encontrava, no texto literário, a misteriosa conspiração das palavras. Sabia que elas, de alguma maneira, comunicavam-se entre si. Era como se tivessem muitos braços e entre abraços formassem uma rede invisível. Um tecido. (Glória Kirinus, Criança e poesia na pedagogia Freinet. Adaptado) 40 Nas passagens “minhas ‘viagens espaciais’ ao mundo da lua pintavam a Terra e seus objetos” e “Era como se tivessem muitos braços”, as formas verbais em destaque indicam, respectivamente, a) ação contínua no passado e ação em processo no presente. b) ação concluída no passado e ação contínua no passado. c) hipótese e ação concluída no passado. d) ação em processo no presente e hipótese. e) ação contínua no passado e hipótese. 42) Concurso: Ag/Pref Poá/Administrativo/2015 Banca: VUNESP O verbo destacado na frase – Há que comemorar, há que manter os bolos… – é conjugado como o verbo “ter”. Assinale a alternativa em que manter está conjugado corretamente. a) Os bolos, velas e brindes se manteram em todas as festas. b) Em suas festas tudo se mantinha como no tempo da mãe e da avó. c) A mãe ficaria desapontada se a filha não mantesse tudo como era antes. d) Se elas manterem tudo como era antes, a festa será um sucesso. e) A filha manteu a tradição e fez festas tão boas como as da mãe. 43) Concurso: Ag/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP A internet, os smartphones e os jogos interativos _____ para a qualidade de vida da população, porém ______ risco de dependência se algumas dessas ferramentas ______ utilizadas de forma incontrolada. Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do texto acima. a) contribui … traz … é b) contribuem … traz … é c) contribuem … trazem … são d) contribui … trazem … são e) contribuem … traz … são 41 44) Concurso: Cuid/Pref Barretos/2018 Banca: VUNESP O uso prolongado de X em idosos não é recomendado. Se a terapia prolongada com X for necessária, os pacientes devem ser regularmente monitorados, pois são mais sensíveis a reações desagradáveis de componentes da fórmula. Como X pode interferir na função plaquetária, ele deve ser usado com cuidado em pacientes com problema de coagulação como, por exemplo, hemofilia e predisposição a sangramento. Com relação ao uso de X em crianças, foram relatadas algumas reações severas, incluindo casos muito raros compatíveis com Síndrome de Reye. O produto tem pouco ou nenhum efeito sobre a habilidade de dirigir ou operar máquinas. Diabéticos: os comprimidos de X não contêm açúcar, podendo ser utilizados por pacientes diabéticos. “NÃO TOME REMÉDIO SEM O CONHECIMENTO DO SEU MÉDICO. PODE SER PERIGOSO PARA A SAÚDE.” Assinale a alternativa em que o verbo conter, empregado na passagem – ... os comprimidos de X não contêm açúcar, podendo ser utilizados por pacientes diabéticos. – está corretamente conjugado. a) Mesmo que contesse açúcar, poderia ser administrado a esses pacientes. b) Talvez esses comprimidos contivessem açúcar, o que não recomendaria sua utilização. c) Recomenda-se que este paciente nunca tome comprimidos que conterem açúcar. d) Esse comprimido já conteu açúcar, mas agora este foi suprimido. e) Droga que contêm adoçante não favorece os diabéticos. 42 45) Concurso: Ass SA I/UNESP/2015 Banca: VUNESP Leia o texto, para responder à questão. Ao receber o título de Doutor Honoris Causa em Comunicação e Cultura na Universidade de Turim, no último dia 11 de junho, o escritor e filósofo Umberto Eco referiu-se aos usuários das mídias sociais como “uma legião de imbecis, que antes falavam apenas no bar, depois de uma taça de vinho, sem prejudicar a coletividade”. O consagrado autor de “O Nome da Rosa” foi além: “Normalmente, eles, os imbecis, eram imediatamente calados, mas agora têm o mesmo direito à palavra que um Prêmio Nobel”. Não satisfeito, acrescentou: “O drama da internet é que ela promoveu o idiota a portador da verdade”. É triste constatar que há uma boa dose de verdade na fala do escritor italiano, mas dar voz também aos imbecis talvez seja o preço da liberdade. Quem frequenta as redes sociais de forma ampla, em rol de “amizades” que vá além do, digamos, círculo de convivência presencial, sabe do que se trata. Não se pode negar a mídia social como palco revelador das faces verdadeiras: personalidades, crenças e crendices, ódios e amores antes recolhidos são catapultados do teclado para o mundo, satisfazendo aquele desejo de boa parcela da humanidade de se exibir. Contudo, essa liberdade de expressão, absoluta nas redes, não exime ninguém de crimes como calúnia, difamação, insulto, escárnio por motivo religioso, favorecimento da prostituição, ato ou escrito obsceno, incitação ao crime, apologia do crime, falsa identidade, pedofilia, preconceito, discriminação ou revelação de segredo profissional, todos descritos no Código Penal. Para brilhar sem sustos no Facebook, no Instagram ou no Youtube, o internauta deve medir as consequências de suas postagens. “A internet não é um mundo sem lei. O Código Penal, que é relativamente antigo em comparação com a tecnologia, é aplicávelà internet”, afirma o advogado Rony Vainzof, especialista em crimes digitais. “Pessoas chegam a se matar por causa do alcance de crimes contra a honra em rede social, porque não se permite o arrependimento. A lesão é muito grande não só para as vítimas, mas também para o agressor, porque, além da punição judicial, há a punição social por determinada conduta, que às vezes é até maior”, explica. É ilustrativo o caso da executiva americana Justine Sacco. Antes de embarcar a trabalho para a África do Sul, ela tuitou: “Indo para a África. Espero que não pegue Aids. Brincadeira, sou branca”. Ao pousar no seu destino, ela não apenas estava demitida da empresa em que trabalhava, como havia tido uma foto sua postada e compartilhada 1 164 vezes. Funcionários dos hotéis locais ameaçaram fazer greve caso Justine fosse aceita como hóspede. (Paulo Henrique Arantes e Joaquim Carvalho, As redes sociais e os inadvertidos criminosos virtuais. Revista da CAASP, agosto 2015, p. 14 a 18. Adaptado) 43 Assinale a alternativa na qual o verbo (II) expressa ação ocorrida em tempo anterior ao da ação do verbo (I). a) Funcionários dos hotéis locais (I) ameaçaram fazer greve caso Justine (II) fosse aceita como hóspede. b) (I) Ao pousar no seu destino, ela […] (II) havia tido uma foto sua postada e compartilhada 1 164 vezes. c) (I) Espero que não (II) pegue Aids. d) (I) Ao receber o título de Doutor Honoris Causa […], o escritor e filósofo Umberto Eco (II) referiu-se aos usuários das mídias sociais… e) Quem (I) frequenta as redes sociais de forma ampla […] (II) sabe do que se trata. 46) Concurso: Ass SA II/UNESP/2016 Banca: VUNESP (Jim Davis. Garfield. www.folha.uol.com.br, 10.03.2016) A forma verbal ignore, na fala do primeiro quadrinho, exprime um conselho, assim como a destacada em: a) A operadora de telefonia anunciou que limitará o consumo de dados em planos de internet banda larga. b) Prezado aluno, faça sua matrícula em janeiro para garantir 10% de desconto na mensalidade de seu curso de idiomas. c) Em cerimônia solene, a ministra disse que, se as nações investissem mais em música, o mundo seria melhor. 44 d) Para garantir a mobilidade durante os jogos, a cidade investe em faixas prioritárias para o transporte público. e) A partida tão esperada pelos torcedores acontece neste domingo, quando a cidade receberá cerca de 15 mil visitantes. 47) Concurso: Ag SR/ODAC/2016 Banca: VUNESP Leia o texto para responder à questão. Por que achamos que ser magro é bonito? Dieta da sopa, da lua, do pepino, da batata doce, para secar a barriga. Em um passeio rápido pela internet, não é nada difícil pinçar alguns exemplos de uma obsessão pela magreza. Mas por que queremos tanto emagrecer? Por que achamos que “magreza = beleza”? A preocupação com o ponteiro da balança está longe de ser apenas uma preocupação com a saúde. Essa neura com o peso não vem dos tempos mais remotos. Basta espiar as obras de arte dos séculos passados e ver que a figura feminina idealizada ali concentrava mais gordura do que as modelos de hoje. O quadril largo, as coxas generosas, o rosto mais cheinho eram traços valorizados nas musas. Ainda que o padrão em si tenha mudado, a lógica permanece. “Os padrões de beleza que aparecem ao longo da história são, como regra, acessíveis a poucos”, aponta a psicóloga Joana de Vilhena Novaes. Quando fazer as três refeições básicas diariamente era um luxo e morrer de fome era um destino comum para as pessoas, a gordura era um privilégio. Agora, já que temos mais comida à disposição, mais jeitos de conservá-la, comer é fácil. Portanto, não é de estranhar que as modelos extremamente magras sejam colocadas em um pedestal. É mais difícil ser muito magra com tantas calorias à disposição. O corpo magro e jovem também exige cada vez mais procedimentos estéticos e cirurgias para atingir a dita “perfeição” — exige dinheiro, mais um obstáculo. Só no Brasil, um terço das meninas que estão no 9º ano do Ensino Fundamental já se preocupam com o peso, de acordo com uma pesquisa de 2013 do IBGE. Em âmbito global, a probabilidade de que uma moça com idade entre 15 e 24 anos morra em decorrência de anorexia é 12 vezes maior que por qualquer outra causa. E não é à toa que as vítimas mais comuns sejam as mulheres. A nutricionista Paola Altheia explica a tendência: “Enquanto a moeda de valor masculina na sociedade é dinheiro, poder e influência, a das mulheres é a aparência”. (Ana Luísa Fernandes, Priscila Bellini. http://super.abril.com.br. 08.07.2015. Adaptado) 45 Ao reescrever-se o trecho do terceiro parágrafo – Quando fazer as três refeições básicas diariamente era um luxo e morrer de fome era um destino comum para as pessoas, a gordura era um privilégio. – com o verbo ser flexionado no tempo futuro, a forma verbal era, em suas três ocorrências, deve ser substituída, respectivamente, por: a) ser… ser… seria b) será… será… seja c) for… for… será d) fosse… fosse… será e) seja… seja… seria 48) Concurso: Ag Esc/Pref GRU/2016 Banca: VUNESP Leia o texto para responder à questão. Preconceito na escola Não há um único dia em que vários preconceitos, dos mais diversos tipos, não se expressem em ambiente escolar. Aliás, é no mínimo estranho que tenhamos tantas preocupações e campanhas contra o chamado bullying na escola e pouco ou quase nada contra o preconceito. Afinal, a maior parte dos comportamentos de assédio moral* nasce de preconceitos! Recentemente tivemos notícia de dois episódios de preconceito na escola: o da mãe que recebeu um bilhete da professora pedindo para aparar ou prender os cabelos dos filhos (ambos negros) – fato ocorrido em nosso país – e o da garota negra lanchando sozinha ao lado de uma mesa com vários colegas brancos juntos – este, ocorrido na África do Sul. Muita gente se indignou, mas muita gente também não viu nada de mais em ambos os casos. Choveram justificativas e até acusações para explicar as situações, o que sinaliza como é difícil reconhecer nossos preconceitos e, acima de tudo, conter suas manifestações e colaborar para que a convivência social seja mais digna. Por que enviamos nossos filhos para a escola? Hoje, não dá mais para aceitar como uma boa razão apenas o ensino das disciplinas do conhecimento. Essa razão é pobre em demasia para motivar o aluno a aprender. Para que nossos filhos garantam um futuro de sucesso? O estudo escolar não oferece mais essa garantia. 46 Deveríamos ter como forte razão para enviar nossos filhos à escola o preparo para a cidadania, ou seja, o ensino dos valores sociais que vão colaborar para a formação de um cidadão de bem. Ensinar a reconhecer os principais preconceitos de nossa sociedade, suas várias formas de manifestação e como combatê-los é função das mais importantes da escola. * assédio moral: exposição de alguém a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas, durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções. (Rosely Sayão. www.folha.uol.com.br, 28.06.2016. Adaptado) A forma verbal Deveríamos, no início do último parágrafo, expressa uma a) dúvida. b) ordem. c) sugestão. d) constatação. e) hesitação. 49) Concurso: Ag EVP/SAP SP/2015 Banca: VUNESP Leia o texto para responder à questão. No Cieja (Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos) Campo Limpo, não se registram advertências aos estudantes nem há período de recuperação. Alunos com dificuldades nos colégios da região enxergam ali a possibilidade de um recomeço. “Outros colégios desistem de alguns alunos tidos como problemáticos e os encaminham para um centro de ensino de jovens e adultos”, explica a coordenadora da escola, Cristina Sá. Todos os 14 Ciejas de São Paulo reservam um dia para os professores fazerem planejamento. Êda, a diretora do Cieja Campo Limpo, usa as sextas-feiras
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