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Concreto Concreto: o material construtivo mais usado pelo homem Podemos encontrar o Concreto em: • casas de alvenaria; • rodovias e pontes; • edifícios mais altos do mundo; • usinas hidrelétricas e nucleares; • obras de saneamento; • e até em plataformas de extração petrolífera móveis. Concreto: o material construtivo mais usado pelo homem Estima-se que anualmente são consumidas 11 bilhões de toneladas de concreto, o que dá, segundo a Federación Iberoamericana de Hormigón Premesclado (FIHP), aproximadamente, um consumo médio de 1,9 tonelada de concreto por habitante por ano, valor inferior apenas ao consumo de água. Consumo do Cimento no Brasil Definição de “Concreto” “O concreto é uma mistura homogênea de cimento, agregados miúdos e graúdos, com ou sem a incorporação de componentes minoritários (aditivos químicos e adições), que desenvolve suas propriedades pelo endurecimento da pasta de cimento”, define Inês Battagin, superintendente do CB-18 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). De maneira sucinta, pode-se afirmar que o concreto é uma pedra artificial que se molda à inventividade construtiva do homem. Este foi capaz de desenvolver um material que, depois de endurecido, tem resistência similar às das rochas naturais e, quando no estado fresco, é composto plástico: possibilita sua modelagem em formas e tamanhos os mais variados. Elementos constituintes Segundo a ASTM (American Society for Testing and Materials), o concreto é um material compósito que consiste de um meio aglomerante no qual estão aglutinadas partículas de diferentes naturezas: • O aglomerante é o cimento em presença de água; • O agregado é qualquer material granular, como areia, pedregulho, seixos, rocha britada, escória de alto-forno e resíduos de construção e de demolição; se as partículas de agregado são maiores do que 4,75mm, o agregado é dito graúdo; caso contrário, o agregado é miúdo; • Os aditivos e adições são substâncias químicas adicionadas ao concreto em seu estado fresco que lhe alteram algumas propriedades, adequando-as às necessidades construtivas. Utilização do Concreto Propriedades do concreto que o destacam como material construtivo são: 1 - RESISTÊNCIA À ÁGUA – diferentemente do aço e da madeira, o concreto sofre menor deterioração quando exposto à água, razão de sua utilização em estruturas de controle, armazenamento e transporte de água; Utilização do Concreto Propriedades do concreto que o destacam como material construtivo são: 2 - PLASTICIDADE – que possibilita obter formas construtivas inusitadas, como se vê nas obras arquitetônicas de Niemayer. Utilização do Concreto Propriedades do concreto que o destacam como material construtivo são: 3 - DISPONIBILIDADE abundante de seus elementos constituintes e seus baixos custos; 4 – SUSTENTABILIDADE “Em termos de sustentabilidade, o concreto armado consome muito menos energia do que o alumínio, o aço, o vidro, e também emite proporcionalmente menos gases e partículas poluentes”, ressalta Arnaldo Forti Battagin, chefe dos laboratórios da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP). Concreto Armado O concreto é um material que apresenta alta resistência às tensões de compressão, porém, apresenta baixa resistência à tração (cerca de 10 % da sua resistência à compressão). O ato de juntar o concreto com um material de alta resistência à tração, com o objetivo deste material, disposto convenientemente, resistir às tensões de tração atuantes, produz esse material composto (concreto e armadura – barras de aço), surge então o chamado “concreto armado”, onde as barras da armadura absorvem as tensões de tração e o concreto absorve as tensões de compressão. Definição: “A união do concreto simples e de um material resistente à tração (envolvido pelo concreto) de tal modo que ambos resistam solidariamente aos esforços solicitantes”. Concreto Armado Cristo Redentor: Para construir a estátua, usou-se o concreto armado, que nos anos 1920 era uma novidade no Brasil. O Cristo Redentor também foi uma das primeiras obras a usar cimento produzido no país. Foi inaugurada em 1931. Concreto Armado Usina Hidrelétrica de Itaipu: 12.57 milhões de m³ de concreto (Equivalente a 210 estádios do Maracanã) Concreto Armado Catedral de Brasília A arquitetura da Catedral é apenas a estrutura de concreto ligada a vitrais. São 16 pilares que se engastam a 20 m de altura. Tipos de Concreto O concreto pode ser classificado de 3 maneiras, sendo: 1. De acordo com a sua massa específica. 2. De acordo com a sua resistência à compressão aos 28 dias. 3. Em função de sua aplicação. Tipos de Concreto - Massa específica Em função de suas massas específicas, obtidas pelas diferentes dosagens da mistura – também chamadas de traços – temos três classes básicas de concreto: a) Concreto de densidade normal: massa específica no intervalo de 2000 a 2800kg/m3 (comumente encontrado em obras em geral); b) Concreto leve: densidade abaixo do intervalo estabelecido para o concreto normal, obtida com o uso de agregados com menor massa específica; c) Concreto pesado: massa específica acima do intervalo estabelecido para o concreto normal, devido ao uso de agregados de alta densidade (usado em blindagem contra radiação). Tipos de Concreto - Resistência Os concretos podem também ser classificados em relação à sua resistência à compressão aos 28 dias, conforme a ABNT NBR 8953: a) Concreto de baixa resistência: menos de 20MPa (não adequado à finalidade estrutural, segundo a NBR 6118); b) Concreto de resistência normal: de 20 a 50MPa; c) Concreto de alta resistência: mais de 50MPa. Tipos de Concreto - Tipo de aplicação O concreto pode ser classificado em função de sua aplicação: a) CAD – Concreto de Alto Desempenho; b) Concreto Plástico / Convencional; c) Concreto Auto Adensável; d) Concreto Graute (grout); e) Concreto Compactado com Rolo; f) Concreto Leve; g) Concreto Colorido; h) Outros tipos. Concreto de Alto Desempenho O CAD tem maior resistência e durabilidade, que implicam em menores gastos com manutenção, utilização de novos materiais e menor produção de resíduos que os convencionais, otimizando dessa maneira os recursos naturais empregados na sua produção, tornando-o uma alternativa sustentável. Concreto Plástico / Convencional Concreto plástico: concretos com abatimento entre 5 cm a 22 cm e traço entre 1:M, comM variando de 3,5 a 8. Aplicação: obras correntes – estruturas de edifícios, obras de arte (pontes, pontilhões, viadutos), pavimentos rodoviários, pisos industriais, etc. Concreto Auto Adensável Concreto auto adensável (CAA): concretos com abatimento total – slump flow = 60 cm, tempo de escoamento pré-determinado. Principal característica: não há necessidade de adensamento para o preenchimento correto das formas. Aplicação: obras correntes – estruturas de edifícios, obras de arte (pontes, pontilhões, viadutos), pavimentos rodoviários, pisos industriais, etc. Concreto Seco Concreto seco: concretos com abatimento menores que 5 cm. São utilizados para produção de artefatos de cimento tais como blocos de concreto, pavers, guias e sarjetas, etc. O desempenho dos concretos secos depende da energia de compactação das máquinas extrusoras. Concretos Especiais • Concreto leve: dosado com agregados leves. Aplicação: barcos, pires, elemento de enchimento, etc. • Concreto pesado: dosado com agregados pesados. Aplicações: edificações com segurança máxima, usinas nucleares, salas especiais em hospitais e consultórios, etc. • Concreto refratário: dosado com cimento de aluminato de cálcio com a finalidade de resistir a altas temperaturas. • Concretos coloridos: dosados com corantes para fins arquitetônicos. • Concreto projetado: é aquele pneumaticamente transportado e lançado a alta velocidade. Muito utilizado em obras de contenções e túneis. • Concreto com agregados reciclados: é aquele onde os agregados naturais, ou parte deles, são substituídos por resíduos da construção civil (RCC).• Concreto com fibras: As fibras agem como pontes na pasta dotando- as de maior ductilidade (elástico / flexível) quando tracionadas, diminuindo as fissuras . Preparo - Mistura É a operação de fabricação do concreto, destinada a obter um conjunto homogêneo resultante do agrupamento interno dos agregados, aglomerantes, adicionantes, aditivos e água. 1 - Mistura Manual; 2 – Mistura Mecânica: Betoneira e Central de Dosagem. Preparo Manual do Concreto A NBR 6118/80 (com errata de 1995), estabelece que: “O amassamento manual do concreto, a empregar-se excepcionalmente em pequenos volumes ou em obras de pouca importância, deverá ser realizado sobre um estrado ou uma superfície plana impermeável e resistente. Misturar-se-ão primeiramente, a seco, os agregados e o cimento, de maneira a obter-se cor uniforme; em seguida, adicionar- se-á aos poucos a água necessária, prosseguindo-se a mistura até conseguir-se massa de aspecto uniforme. Não será permitido amassar- se, de cada vez, volume de concreto superior ao correspondente a 100 kg de cimento.” Preparo Manual do Concreto Preparo em Betoneira do Concreto Pode-se classificar as betoneiras de acordo com o processo de mistura em: 1 – Betoneira de queda livre ou de gravidade, que produzem a mistura através de movimento onde as pás internas da cuba levam o material até a parte superior e de lá deixam cair, pela gravidade ou queda livre, o material levado, de maneira a se obter, aos poucos e mais ou menos lentamente, a homogeneização da mistura; 2 – Betoneiras de mistura forçada, que produzem a mistura dos materiais componentes do concreto pelo movimento da cuba e/ou das pás, que se movimentam, arrastando todo o material e forçando-o a um contato rápido e completo. Concreto dosado em central Concreto dosado em central Para a utilização dos concretos dosados em central, o que devemos saber é programar e receber o concreto. Verificar o local de descarga do concreto que deve estar desimpedido e o terreno firme. A circulação dos caminhões deve ser facilitada. A programação deve ser feita com antecedência e deve incluir o volume por caminhão a ser entregue, bem como o intervalo de entrega entre caminhões. Recebimento: antes de descarregar, deve-se verificar: • O volume do concreto pedido • A resistência característica do concreto à compressão (fck). • Aditivo, se utilizado. Se tudo estiver correto, só nos resta verificar o abatimento (slump test) para avaliar a quantidade de água existente no concreto. Concreto dosado em central Vantagens: • Velocidade; • Espaço no canteiro de obras (central e materiais); • Flexibilidade (concretos especiais); • Qualidade; • Economia; • Suporte técnico. Transporte do Concreto O sistema de transporte de concreto, do equipamento de sua fabricação ao local de aplicação, depende do tipo, da localização e do volume da obra, e impõe, muitas vezes a trabalhabilidade com que o concreto ter que ser utilizado. A condição principal imposta ao sistema de transporte é a de manter a homogeneidade do material. Outra condição é a de que seja rápido, a fim de evitar que o concreto perca a trabalhabilidade ou seque. Transporte do Concreto Pode-se classificar de varias maneiras o sistema de transporte, sendo, porém, didaticamente melhor a classificação que se segue: 1- Transporte Horizontal; 2- Transporte Inclinado; 3- Transporte Vertical; 4- Bombas; 5- Caminhões-Betoneira. Transporte do Concreto 1- Transporte Horizontal: Por exemplo, carrinho de mão de 1 roda (capacidade média de 50 l); carros de duas rodas, também chamados cambonas (capacidade de 160 l). Deve-se evitar a vibração durante o transporte, pois, se isso ocorrer, haverá compactação do material, e, consequentemente, dificuldade na sua saída. Transporte do Concreto 2- Transporte Inclinado: Em determinadas obras, o transporte inclinado pode ser economicamente feito por meio de calhas e chicanas, as quais substituem o transporte vertical de queda livre, que apresenta grandes inconvenientes de segregação completa, tornando-se necessária uma segunda mistura para homogeneização. Transporte do Concreto 3- Transporte Vertical: Feito em geral por guinchos, de descarga automática ou não, por guindastes equipados com caçambas de descargas pelo fundo, de manobra ou mecanicamente comandada por sistema elétrico ou a ar comprimido. As caçambas são hoje de grande aplicação; sua capacidade pode variar entre algumas centenas de litros até uma dezena de metros cúbicos. Devendo-se limitar a altura a 2,5 até 3,0 m, além do que a desagregação é muito grande. Transporte do Concreto 4- Bombas: É um sistema bastante flexível, o diâmetro interno do tubo deverá ser no mínimo três vezes o diâmetro máximo do agregado. O volume médio é de 30 m3/hora, havendo conjuntos com capacidade para proceder à concretagem a 60 m3/hora. Até há pouco as bombas eram somente utilizadas em obras pesadas, como barragens e túneis. Atualmente as bombas são montadas em veículos, o que as torna bastante práticas, e seu uso tende a generalizar-se nas obras de edifícios. Os parâmetros que influem no bombeamento são: • Natureza, forma, textura superficial e absorção do agregado; • Granulometria; • Dosagem de cimento; • Relação água/cimento; • Ar incorporado; • Trabalhabilidade. Transporte do Concreto 4- Bombas: • Natureza, forma, textura superficial e absorção do agregado: agregado de seixo rolado, pedregulho, é mais fácil de bombear do que brita assim como areia natural é mais do que areia industrializada. Agregados porosos, absorventes, reduzem a facilidade de bombeamento, pela redução da água disponível. As areias melhores são as que contêm 15 a 20% de material passante na peneira 0,3 mm e 3% através de 0,15 mm; • Granulometria: A granulometria do agregado deve ser a mais perfeita possível, não se admitindo falta de qualquer das dimensões dos agregados, a fim de evitar a tendência à desagregação, consequentemente, ao entupimento; • Dosagem de cimento: em geral, concreto com 300 kg de cimento/m3 é bombeável com facilidade. Quando o teor é inferior a 300 kg de cimento/m3 tornando-se necessário o acréscimo de aditivos e adjuvantes (máximo 3% do peso do cimento); Transporte do Concreto 4- Bombas: • Relação água/cimento e Ar incorporado: A quantidade de água deve ser superior à crítica, quando desaparecem os vazios do concreto, por estarem cheios de água; abaixo desse valor, o atrito é alto e a compressibilidade do conjunto provoca o entupimento dos tubos. Acima do valor crítico haverá exsudação, e novamente haverá dificuldade no bombeamento. • Trabalhabilidade: Pelo cone de Abrams (slump test), um concreto bombeável deve ter abatimento situado em 6 e 16 cm, dependendo do tipo de bombas. Transporte do Concreto 5- Caminhões-Betoneira: São veículos providos de betoneiras, geralmente de eixo horizontal ou ligeiramente inclinado, com reversão do movimento para descarga e com capacidade de 5 a 7 metros cúbicos. Cura Conjunto de medidas que têm por objetivo evitar a evaporação da água utilizada na mistura do concreto e que deverá reagir com o cimento, hidratando-o. Em climas frios, a cura abrange também aquelas medidas de proteção contra o congelamento dessa água. Métodos de Cura • Irrigação ou Aspersão de água; • Submersão; • Recobrimento; • Recobrimento com plástico e Semelhantes; • Conservação das formas; • Impermeabilização por pinturas; • Aplicação de cloreto de cálcio (800 g a 1 kg por m2); • Membranas de cura. Definições Pode-se definir como ADITIVO todo produto não indisponível à composição e finalidade do concreto, que colocado na betoneira imediatamente antes ou durante a mistura do concreto, em quantidades geralmente pequenas e bem homogeneizado, faz aparecer ou reforçar certas características. As normas Norte-Americanas (ASTM C 125) definem aditivo como “Material outro que não a água, agregado ou cimento, empregado como ingrediente do concreto ou da argamassa, adicionado a estes, antes ou durante a mistura”. Classificação A classificaçãodos aditivos pode ser baseada na ação ou nos efeitos. O critério baseado na ação é mais cientifico e distingue apenas as ações puramente químicas, físicas ou físico-químicas. Entende-se por ação química aquela que modifica a solubilidade dos compostos do cimento. Assim sendo, os aditivos de ação química modificam em um ou em outro sentido a cinética da hidratação. Por ação física pode-se dizer que os tensoativos fazem com que as moléculas de água da interfaces “água-ar” e “água-sólido” tenham menor coesão. Aumentam a capacidade de molhabilidade (umectação) da água, bem como seu poder de penetração. Por ação físico-química, entende-se aquela que por efeito físico modifica a tensão superficial e interfacial água e por efeito químico modifica a cinética do processo de hidratação. Aditivos – Incorporadores de ar O concreto contém sempre, em sua massa, grande ou considerável quantidade de ar nele introduzido durante o período de mistura. O ar naturalmente se mistura à água, e as bolhas assim formadas, por serem instáveis, agrupam-se formando outras de maiores dimensões que escapam durante o lançamento. Estas bolhas “aninham-se”, por vezes sob os agregados graúdos, principalmente quando estes apresentam formas lamelares, acarretando o rompimento da aderência pasta-agregado, e acarretando o enfraquecimento do concreto. As bolhas de ar assim formadas, durante ou pela mistura, podem atingir dimensões de até 10 mm de diâmetro. Ocorrem ainda vazios no concreto, decorrentes da evaporação da água empregada no preparo do mesmo, com a finalidade de a ele fornecer condições de trabalhabilidade. Quanto maior for o fator água/cimento maiores os diâmetros desses capilares. Aditivos – Incorporadores de ar Os incorporadores podem ser formulados com varias matérias-primas básicas: ácido abiético, alquil-a rilsulfonatos, sais de ácidos graxos, etc. São tensoativos iônicos, orgânicos ou sintéticos, caracterizados por cadeias longas de carbono, que reduzem a tensão superficial da água. O caráter aniônico dos incorporadores leva à dispersão dos finos, incluindo o cimento. Fluifica e plastifica fortemente graças à formação de grande quantidade de bolhas de ar que se repelem devido às cargas de igual polaridade atuantes em suas superfícies. O sistema de microbolhas é estável (100 a 300 m), , não se desfazendo facilmente mediante vibração convencional. As microbolhas aderem às partículas sólidas da água e, consequentemente, numa significativa diminuição da exsudação. A impermeabilidade do concreto é reforçada pelo fato do ar incorporado formar alvéolos, não interligados, ao longo dos capilares oriundos da evaporação da água. Aditivos – Incorporadores de ar A ação e os efeitos do incorporador de ar sobre o concreto recém- misturado são resumidamente, agir como um fluido, substituindo uma parte da água. A experiência mostra que, ao aumentar a porcentagem igual a X de ar em um concreto, o aumento da fluidez resultante é comparável ao acréscimo de X/2% de água de mistura. Exemplo: No caso de termos consumo de 200 l de água por m3 de concreto e viermos incorporar 5% de ar (ou 50 l por m3), teremos uma redução de 50/2=25 l no volume de água a ser adicionado para obtenção da mesma fluidez. A redução, no entanto, é influenciada pela dosagem e pela quantidade de ar efetivamente incorporado. Aditivos – Incorporadores de ar As bolhas de ar incorporada melhoram a durabilidade do concreto, tornando-o mais resistente à ação do gelo e degelo, bem como à ação de elementos agressivos que penetram no concreto por meio dos canalículos. Aditivos – Redutores de água, dispersantes e fluidificantes-retardadores São materiais orgânicos ou combinados orgânicos e inorgânicos que reduzem a quantidade de água necessária para a obtenção de um concreto de uma certa consistência, ou que modificam o tempo de pega e/ou o de endurecimento. A ASTM classifica os aditivos deste grupo em: A - Redutores; B - Retardadores; C - Aceleradores; D - Redutores-Retardadores; E - Redutores-Aceleradores. Aditivos – Redutores Redutores causam sobre o concreto recém misturado: • Redução do consumo de água para a mesma plascidade; • Os aditivos das classes A, D e E aumentam a plasticidade do concreto para uma mesma quantidade de água de mistura; • Para o mesmo “abatimento” o concreto preparado com aditivo redutor usualmente apresenta melhor trabalhabilidade, menor segregação e melhor condição de vibração e bombeamento; • Os redutores reduzem a temperatura do “concreto massa” durante o período de hidratação, graças à diminuição do consumo de cimento. Aditivos – Redutores Redutores alteram as seguintes características sobre o concreto endurecido: • Pela redução do fator água/cimento, para uma mesma trabalhabilidade, o aumento das resistências mecânicas; • Os aditivos do tipo A e E aumentam as resistências em todas as idades; • Os redutores são empregados como meio de atender simultaneamente as especificações no que diz respeito ao máximo consumo de cimento, alta resistência inicial e boa trabalhabilidade. Aditivos – Retardadores Modificam o tempo de pega, o que permite sobre o concreto recém misturado : • Evitar as juntas “frias” nas concretagens de peças de grande porte e a consequente descontinuidade; • Obter, na concretagem de grande volume, resistência homogênea em todas as seções; • Permitem a concretagem em dias de elevada temperatura ambiente. Aditivos – Retardadores Os retardadores interferem nas propriedades do concreto endurecido conforme segue: • Os aditivos tipo B e D empregados em concreto com o mesmo consumo de cimento, mesmo abatimento, mesmo teor de ar incorporado terão geralmente a mesma resistência à compressão que o concreto padrão sem aditivo nas primeiras idades (24 e 48 h); • Aos 28 dias a resistência pode resultar 15 a 25% maior. Em idades posteriores, aumento de resistência são menores; • O controle da pega em elementos estruturais de grande volume diminui o aparecimento de fissuras decorrentes da movimentação das formas causadas pela concretagem de elementos adjacentes, quando o concreto se encontra ainda em início de endurecimento. Aditivos – Retardadores Densificadores Os agentes retardares agem sobre o cimento, regulando a formação de gel. Seu efeito principal é retardar a pega do cimento, conservando a massa em estado plástico, durante um maior período de tempo. O componente quimicamente ativo dos retardadores detém a formação do gel, em proporção direta da quantidade empregada. O recolhimento da partícula de gel, ainda relativamente pequena, retém em dado instante, menos água, permitindo que a quantidade de água não adsorvida melhore as condições de trabalhabilidade. Aditivos – Aceleradores Denomina-se aceleradores o material que adicionado ao concreto, diminui o tempo de início de pega e desenvolve mais rapidamente as resistências iniciais. Neste grupo estão os aceleradores que combinam quimicamente com o cimento durante a hidratação e os estabilizadores que somente pela sua presença facilitam e apressam a hidratação (catalizadores) ou endurecimento. Os produtos químicos que aceleram a pega do cimento são: cloreto de cálcio, cloreto de sódio, carbonatos, silicatos, fluossilicatos e hidróxidos, e entre os catalizadores, a trietanolamina composta com outras substancias. Aditivos – Aceleradores Os aceleradores são empregados com a finalidade de modificar as propriedades do concreto no que diz respeito a: • Redução do tempo de pega inicial e final. Efeito este que varia com: quantidade de aditivo empregado; temperatura ambiente e do concreto. • Aumento da resistência à compressão nas primeiras idades. As resistências finais podem ser reduzidas. • Aumento da variação de volume que parece ocorrer, tanto para concreto submetido `cura úmida, quanto curado ao ar. • Resistência ao sulfatos que é diminuída. • Aumento da reação provocada pelos álcalis dos agregados. • Corrosão dos metais- O cloreto de cálcio (o mais usual dos aceleradores) não deve ser usado em concreto curado a vapor,a menos que testes específicos comprovem a viabilidade de seu emprego. Causa ainda a corrosão de formas metálicas incorporadas à estrutura e de barras de aço de armadura, quando o recobrimento de concreto é insuficiente. Aditivos – Aceleradores Os aceleradores são empregados com a finalidade de modificar as propriedades do concreto no que diz respeito a: • O cloreto de cálcio acelera o desprendimento do calor de hidratação, não tendo, no entanto, efeito sobre a quantidade total de calor desprendido. • Cloreto de sódio, empregado no preparo de concreto usado na moldagem de elementos estruturais armados com aço simples ou especial, mas que tenham peças de alumínio ou galvanizados, embutidos em sua massa, acarreta a formação de pequenos circuitos elétricos que ocasionam ou agravam a corrosão dos metais. • Cloreto de cálcio não deve ser empregado em concreto destinado à moldagem de elementos estruturais protendidos, pela possível corrosão por ele causada, das barras protendidas. Aceleradores ultra-rápidos são empregados nos casos de selamento de vazamento de água. Aditivos – Aceleradores (Cloreto de cálcio) É o mais empregado dos aceleradores. Cuidados especiais devem ser tomados quanto ao seu emprego. O aditivo é normalmente fornecido sob forma de escamas. Pode ainda ser fornecido concentrado sob forma “lamelar”, ou ainda, granular, ou “pelets”. Impermeabilizantes Integrais Denomina-se “impermeabilizante integral” o produto ou substancia química que afeta as propriedades do concreto endurecido. Os impermeabilizantes integrais são substancias capazes de tornar o concreto praticamente impermeável, desde que este tenha sido preparado, lançado e curado convenientemente. Os aditivos “impermeabilizantes integrais” podem ser divididos em: • Aditivos à absorção capilar; • Redutores de porosidade e de permeabilidade. Aditivos à absorção capilar São substâncias dentro dos grupos de estearatos, oleatos e alguns derivados do petróleo. Os mais empregados são os estearatos, uma que os oleatos formam espuma, e os derivados de petróleo podem causar desintegração do concreto. Os estearatos quando em contato com a cal liberada durante a hidratação do cimento, formam estearatos de cálcio, que por sua vez aderem às paredes dos poros e pequenos capilares, onde formam uma película delgadíssima ao secar. Tornam assim o concreto repelente à água ou criam uma capilaridade negativa. Os estearatos ainda fixam a cal ao formarem estearatos de cálcio, evitando a sua perda por exsudação ou pela absorção de água e secagem que possa ocorrer posteriormente durante a vida do concreto. Este efeito naturalmente não ocorre quando se emprega o próprio estearato de cálcio. Redutores de porosidade e de permeabilidade Podem ser empregados como redutores de porosidade pós muito finos como as terras pozolânicas, e betonita ou ainda pó de ferro. As duas primeiras aumentam de volume ao hidratar-se e a última, ao se oxidar. Por este processo obstruem a passagem de água pelos poros ou fissuras. Os incorporadores de ar reduzem também o fluxo de água através do concreto pela formação de bolsas de ar. Expansores Os aditivos que produzem expansão de concreto durante o período de hidratação combinam com o cimento, gerando gás, ou aumentando seu volume. Devido aos efeitos que podem estes aditivos produzir, só devem ser empregados após cuidadosos estudos. O mais comum dos aditivos geradores de gás é o alumínio em pó. Outros agentes geradores de gás são hipoclorito de cálcio e o peróxido de hidrogênio. O pó de alumínio reage coma cal liberada durante a hidratação do cimento, gerando hidrogênio em forma de pequenas bolhas. Os aditivos preparados com base no pó de alumínio são geralmente compostos com dispersantes retardadores ou com pozolanas. Esta composição tem por finalidade facilitar a homogeneização da mistura do alumínio na massa do concreto e melhorar as condições de impermeabilidade. São empregados os pós de alumínio com bastante proveito nos reparos de estruturas, bem como, com finalidade de melhorar a aderência do aço. Superfluidificantes São constituídos, principalmente por polímeros de formaldeído- naftaleno sulfonado (NSF) ou por polímeros de formaldeído- melamina sulfonada (MSF). Com relação aos efeitos, os superfluidificantes distinguem-se dos plastificantes normais, somente do ponto de vista quantitativo; a redução da relação água/cimento que, em média é de 5% para um plastificante, alcança de 20 a 30%, para um superfluidificante. Pode transformar um concreto seco em um concreto fluido. Adições Minerais ASTM C125 Aditivos/adições (Admixtures): “Qualquer material – que não seja água, agregados, cimentos hidráulicos ou fibras – usado como ingrediente do concreto ou argamassa e adicionado à massa imediatamente antes ou durante a mistura”. Adições Minerais QUESTIONÁRIO 4 1) Qual a definição de concreto segundo a ABNT e explique-o, de maneira sucinta? 2) Quais os elementos constituintes do concreto e quais propriedades o destacam como material construtivo? Explique!. 3) Explique o surgimento do Concreto Armado, sua definição e concepção? 4) Como podemos classificar o concreto? explique! 5) Quais os tipos de mistura na fabricação do concreto, explique-as sucintamente? 6) Para o concreto dosado em central o que devemos: saber, verificar e quais as suas vantagens? 7) Como se classifica a maneira de transporte do concreto, de um exemplo de cada? 8) O que é a cura do concreto, e quais os métodos de cura? 9) O que são os Aditivos, cite 3 e explique-os sucintamente? 10) Cite e explique os benefícios da adição minerais ao concreto?
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