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fisiologia humana claretiano

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PEDRO HENRIQUE MACHADO FRASSON
8097031
EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO
ALTERAÇÕES DO SISTEMA CARDIORRESPIRATÓRIO DURANTE E APÓS O EXERCÍCIO – FISIOLOGIA HUMANA
Projeto desenvolvido na disciplina de Fisiologia Humana sob a orientação da profª. Gabriela Ferreira Oliveira de Souza, para obtenção de nota parcial. 
VTÓRIA
2019
INTRODUÇÃO
O corpo humano é o mecanismo perfeito que responde a diversos estímulos realizando de suas funções vitais. Quando o organismo quebra seu estado de homeostase pelo esforço físico, iniciam se alguns processos fisiológicos, como a maior atividade de alguns órgãos para alcançar a homeostase. Dessa maneira, o corpo humano consegue manter-se em estado de atividade intensa durante os exercícios físicos.
OBJETIVO
Compreender a anatomia do sistema cardiorrespiratório e suas interações durante e após o exercício físico.
DESENVOLVIMENTO
Explicar quais as alterações do Sistema Respiratório durante o desenvolvimento do exercício físico. Analisar as adaptações sistêmicas, explicar porque estas adaptações são relevantes durante e após a prática do exercício físico.
SISTEMA RESPIRATÓRIO
 O sistema respiratório é formado pelas vias aéreas e pelos pulmões, sua função é realizar o processo de respiração (troca gasosa). A respiração é a troca gasosa de oxigênio e dióxido de carbono entre os tecidos e a atmosfera, incluindo a inspiração e a expiração. A captação de oxigênio é necessária para suportar o metabolismo aeróbio, e o gás carbônico é eliminado como subproduto metabólico. A inspiração leva o ar atmosférico até os alvéolos pulmonares, onde ocorre a difusão do oxigênio para o sangue e do dióxido de carbono do sangue para os alvéolos, chamado hematose. Em seguida, as artérias transportam o sangue oxigenado do coração para todos os tecidos e o oxigênio difunde-se dos capilares, pelo líquido intersticial, pelas membranas celulares, pelo citoplasma, até atingir a mitocôndria. O dióxido de carbono segue uma via inversa e é levado pelas veias de volta ao coração e aos pulmões, para ser eliminado pela expiração. Esse movimento do ar, durante a inspiração e a expiração, é dependente de um gradiente de pressão produzido pela contração e pelo relaxamento dos músculos respiratórios (dentre eles, o diafragma e os músculos intercostais), que provocam o aumento do volume torácico e a diminuição da pressão interpleural. A expansão dos pulmões faz com que a pressão alveolar fique abaixo da pressão atmosférica, fazendo o ar fluir até os alvéolos. A inspiração termina quando a pressão intra-alveolar se iguala à pressão atmosférica. Em repouso, realizamos aproximadamente 15 respirações por minuto, com um volume de 500 ml, totalizando cerca de 7 litros por minuto. Desse ar inspirado, somente a parte que chega até os alvéolos participa da hematose; a outra parte que não chega aos alvéolos permanece em um espaço morto, com volume de cerca de 150 ml. 
SISTEMA CARDIORRESPIRATÓRIO AO EXERCÍCIO FÍSICO
 
Durante o exercício físico, o corpo tem necessidade de uma maior quantidade de oxigênio, e transportar uma quantidade maior de sangue e nutrientes até o músculo, mantendo o tecido muscular nutrido para que não tenha um déficit de oxigênio e nutrientes o que causaria uma fadiga muscular repentina. E medida que o indivíduo aumenta a intensidade do exercício físico, tem a necessidade de aumentar as frequências cardíaca e respiratória, para que o corpo tenha mais eficiência na atividade realizada. Os efeitos fisiológicos do exercício físico podem ser classificados em agudos imediatos, agudos tardios e crônicos. Efeitos agudos: podem ser considerados como respostas rápidas a uma determinada atividade física, acontecem em associação direta com a sessão de exercício; 
Efeitos agudos imediatos: são os que ocorrem no período inicial e pós-imediato do exercício físico, como elevação da frequência cardíaca, da ventilação pulmonar (respiração mais acelerada) e suor (transpiração); Efeitos agudos tardios: acontecem ao longo das primeiras 24 ou 48 horas (às vezes, até 72 horas) que se seguem a uma sessão de exercício e podem ser identificados na discreta redução dos níveis da pressão arterial especialmente nos hipertensos, na melhoria da sensibilidade ao hormônio da insulina em conduzir a glicose para dentro da célula por conta da abertura dos canais da membrana que reveste a célula como fonte de energia para os músculos realizarem a contração quando se está em movimento; Efeitos crônicos do exercício: também denominada de adaptação, resultam da exposição frequente e regular às sessões de exercícios e representam aspectos de mudanças corporais tais como redução da gordura, e na melhoria da parte funcional, fortalecendo as articulações contra impactos, diferenciando um indivíduo fisicamente treinado de outro sedentário; exemplos típicos como a redução da frequência cardíaca de repouso, a hipertrofia muscular, o aumento da capacidade do coração em armazenar e enviar mais sangue para todo o corpo em função do músculo cardíaco ter uma força maior, gastando uma quantidade menor de energia e o aumento do consumo máximo de oxigênio (vo2 máximo) por conta do aumento de alvéolos pulmonares que armazenam o oxigênio inspirado que chega nos pulmões. 
ADAPTAÇÃO AO EXERCÍCIO FÍSICO 
As fibras musculares dispõem de reserva de oxigênio necessário para a sua atividade, devido a alterações produzidas no funcionamento do aparelho cardiorrespiratório. Estas alterações são controladas pelo sistema nervoso e mediadas por vários hormônios são denominadas de adaptação cardiorrespiratória ao exercício físico. Por isso, esse processo necessita de um maior fluxo de oxigênio desde as vias respiratórias até os músculos esqueléticos e também de elevada eliminação de gás carbônico. No coração a primeira alteração corresponde ao aumento da quantidade de sangue bombeado pelo coração para o aparelho vascular. Durante o repouso, a quantidade de sangue bombeada por minuto pelo coração, ou débito cardíaco é de aproximadamente 5 litros, e no desenvolvimento um exercício físico pode atingir os 10 ou 20 litros por minuto. O débito cardíaco é calculado pela quantidade de sangue expulso pelo ventrículo esquerdo durante cada contração, e pela frequência cardíaca. Visto que que o coração das pessoas de forte compleição física tende ser mais volumoso e forte, a contração do músculo cardíaco será mais eficiente, para bombear a mesma quantidade de sangue de uma pessoa com baixa aptidão física, reduzindo a frequência cardíaca. No entanto, entre as pessoas de menor compleição física, este processo é fundamentalmente provocado por um aumento da frequência cardíaca, que nestes casos podem chegar aos 90 ou 100 batimentos por minuto, enquanto que em repouso mantém-se entre os 70 e os 80 batimentos por minuto. A pressão arterial é o aumento do volume de sangue expulso pelo ventrículo esquerdo para o corpo pela artéria aorta e influência nas grandes artérias, devido suas paredes serem submetidas a uma maior pressão proporciona outras alterações consequentes da adaptação cardiorrespiratória ao exercício físico, com isso, a manutenção e normalidade da pressão arterial máxima, a qual em repouso mede por volta de 120 mmHg e que, durante um exercício físico, pode subir para 160 a 200mm/hg. Por isso é aconselhável que os hipertensos não iniciem práticas de exercício físico sem consultar primeiramente o médico. A árvore vascular ou rede de vasos sanguíneos é uma outra alteração da adaptação cardiorrespiratória ao exercício físico é a redistribuição do fluxo sanguíneo corporal. Este mecanismo produzido pela dilatação e contração das artérias de vários órgãos, tem a missão de aumentar o transporte de oxigênio aos tecidos submetidos a maior esforço como o músculo esquelético e o próprio coração, reduzindo a assimilação de oxigênio dos tecidos que não intervêm no exercício físico. Como é óbvio, o fluxo sanguíneo é mantido nos órgãos vitais, como o cérebro, e também o da pele, para que o organismo perca o excesso de calor provocado pela atividade muscular,ou o dos rins, com vista a permitir a eliminação do excesso de água e de resíduos metabólicos consequentes dessa mesma atividade. As vias respiratórias alteram o seu funcionamento de forma a garantirem uma maior entrada de oxigênio para os pulmões e uma maior eliminação de gás carbônico na expiração o que potencializa a frequência respiratória e aumenta o volume nos alvéolos pulmonares. 
 CONCLUSÃO
O aparelho cardiovascular se adapta ao exercício físico a médio e longo prazo e traz benefícios na melhora de rendimento do coração e dos pulmões ajuda a prevenir, tratar, problemas que de alguma forma afetem esses sistemas e órgãos. Portanto os benefícios a eficácia é percebida somente quando o exercício é praticado de maneira regular e com acompanhamento de profissionais de saúde. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO: AUTOR: MARILIA DOS SANTOS ANDRADE, CLÁUDIO ANDRADE BARBOSA DE LIMA, EDITORA: MANOLE
FOX, S. I. FISIOLOGIA HUMANA. 7. ED. BARUERI: MANOLE, 2007. 
FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO - TEORIA E PRÁTICA FLECK, STEVEN J. / KRAEMER, WILLIAM J.
AIRES, M. M. et al. Fisiologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1999. 
BERNE R. M.; LEVY, M. N. Fisiologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1990.

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