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Resenha Critíca_O Caso dos Exploradores de Caverna

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CENTRO UNIVERSITARIO LEONARDO DA VINCI UNIASSELVI
CURSO: Direito
DISCIPLINA: Introdução ao Estudo do Direito
PROFESSOR: Rodrigo Diego Jansen
ACADÊMICA: Ana Paula Preis
RESENHA CRITICA “O CASO DOS EXPLORADORES DE CAVERNA”.
Fuller, Lon L O caso dos exploradores de cavernas. Tradução do original inglês e introdução por Plauto Faraco de Azevedo. Porto Alegre, Fabris, 1976.
RESUMO
O autor da obra foi Lon Luvois Fuller, critico da Teoria Positivista nasceu no Texas em 1902 e morreu em 1978. Estudou Economia e Direito em Stanford, foi professor de Teoria do Direito nas Faculdades de Direito do Oregon, Illinois e Duke. A partir de 1940 lecionou na Faculdade de Direito da Universidade de Harvard, onde se manteve até 1972. Seu grande reconhecimento foi com a obra “O CASO DOS EXPLORADORES DE CAVERNA PUBLICADA EM 1949”.
Essa obra “O Caso dos Exploradores de Caverna” fala sobre cinco exploradores que em uma expedição ficam presos por vários dias, esse caso teria acontecido no ano de 4299. É uma historia fictícia, onde após dias presos ao meio do desespero um dos exploradores que seria o Roger Whetmore sugere algo para que eles não morressem de fome, então deu a ideia que fizessem um sorteio para que um deles fosse morto, para que os outros se alimentassem de carne humana e assim terem a chance de sobreviver e não morrer de fome. 
Utilizando-se de um rádio que haviam levado junto a eles, Whetmore que se tornou porta voz dos demais, comunicou-se com as pessoas que estavam fora da caverna indagando se havia possibilidade de os mesmos sobreviverem comendo carne humana. O médico que estava ali relutou, mas afirmou que sim. O explorador após alguns minutos pegou novamente o rádio comunicador e perguntou se seria correto que tirassem na sorte quem morreria. Todos se calaram, com isso os exploradores resolveram por eles mesmos utilizar um jogo de dados que um dos exploradores tinha em seus pertences para definir quem seria o escolhido. Para a surpresa dos exploradores Whetmore se arrependeu e voltou atrás de sua decisão, porém já era tarde, tiraram a sorte no dado e Whetmore foi o escolhido para sacrificar sua vida em prol dos outros e assim foi feito.
Após o resgate, os sobreviventes passaram por um longo tempo no hospital para recuperar-se, pois estavam muito debilitados tanto fisicamente quanto mentalmente. Quando já estavam recuperados, os exploradores foram indiciados pela morte de Roger Whetmore, julgados e condenados em 1ª instância a pena de morte. Os réus apelaram a 2ª instância onde ocorreram divergências entre os juristas.
DESENVOLVIMENTO
Em segunda instância houve decisão de vários juristas, entre eles posso citar o Juiz Tatting onde me chamou a atenção quando ele diz que:
“Quando me sinto inclinado a aceitar o ponto de vista de meu colega Foster, logo sou repelido pela impressão de que seus argumentos são intelectualmente deficientes e completamente abstratos. De outro lado quando me inclino no sentido de manter a condenação, afrontam-me o absurdo de condenar estes homens á morte quando a salvação de suas vidas custou as de dez heroicos operários.”
Olhando esse contexto acredito que todos deveriam ser absolvidos, pois de nada valeria o sacrifício feito por esses operários, além de que outras pessoas também foram colocadas em riscos, tiveram gastos absurdos, vidas foram interrompidas e depois de todos esses esforços condenarem os sobreviventes a pena de morte. Qual seria a lógica? 
Outro momento que acho muito relevante foi quando o Juiz Keen relata:
“Eu concederia perdão total a estes homens, pois creio que eles já sofreram o suficiente para pagar por qualquer crime que possa ter cometido. Quero ser compreendido por esta observação ter sido feita na minha condição particular de cidadão que, por razão de seu oficio, adquiriu um íntimo conhecimento dos fatos deste caso”. 
Fico imaginando o horror que esses homens passaram naquela caverna, dias e dias num lugar escuro, úmido, fechado, sem nenhum tipo de vida vegetal, com fome, o desespero de saber que estão em um local sem nenhuma possibilidade de se alimentar sem uma perspectiva de resgate, apenas aguardando os dias passar, rezando para serem salvos, além do estado mental abalado, tanto pela incerteza se seriam resgatados quanto pela decisão de que um deles teria que ser morto para a sobrevivência dos demais. Várias perturbações devem ter passado em suas cabeças, quem iria morrer? Quem iria matar? Como iriam matar? Como viver com essa culpa pelo resto de suas vidas? Onde sabemos nenhum deles era assassino, ninguém tinha sangue frio de matar alguém e não sofrer, tanto que pediram ajuda do que deveriam fazer e ninguém foi capaz de ajuda-los. 
Paro e penso alguém tem alguma duvida de que esses homens já não pagaram pelo que a situação os forçou a fazer.
Acredito que naquele momento devido às circunstâncias fizeram o que tinha que ser feito para a sobrevivência da maioria, ao contrario não apenas um morreria e sim todos. Esse crime a meu ver só foi cometido em razão do estado de necessidade, ninguém em plena consciência jogaria sua vida em um jogo de dados, isso mostra o extremo que os exploradores estavam passando.
CONCLUSÃO
Pela observação dos aspectos analisados e sabendo que a história se passou em uma época bem distante dos dias atuais e em outro país, avalio que os réus merecem absolvição devido a extrema necessidade do momento em que passavam, portanto não sendo merecedores de condenação. Considero que o artigo 23 do Código Penal expressa o real pensamento que tenho sobre este fato, sendo:
Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - em estado de necessidade; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 Configura estado de necessidade conforme prevê:
Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Em virtude do que foi mencionado defendo no meu ponto de vista que os réus são inocentes devido terem cometido o ato em estado de necessidade.
REFERÊNCIAS 
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