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Universidade Federal do Rio de Janeiro Instituto de Biologia – IB Departamento de Ecologia Disciplina Biogeografia [IBE 476] Beatriz Lemos Nobre Prova 1 Rio de Janeiro Abril de 2019 Professor: Rui Cerqueira Disciplina: Biogeografia Ano/Semestre: 2019.1 Aluna: Beatriz Lemos Nobre DRE 115178801 PROVA 1 1)A. A determinação de pontos relativos às localidades no mapa foi realizada através da conversão dos dados fornecidos em uma tabela anexa, para cm. Desta forma, cada 10 graus equivaliam a 3,4 cm e essa foi a base para aplicação da regra de 3 onde se obtinha os valores em cm de latitude e longitude dos locais indicados na tabela. LOCALIDADE LATITUDE (cm) LONGITUDE(cm) Nigéria 2,8 1,4 Eritreia 4,4 14,4 Quenia 0,3 11,9 África do Sul -9,8 8,9 Marrocos 10,2 -3,17 Gabão -0,1 3,4 Mali 3,8 -2,4 Malawi -3,8 11,5 El Alto -5,5 -2,7 Tacna -6,1 -3,4 Humaitá -2,4 -1,0 Ilhéus -4,9 -0,3 Nova Friburgo -7,5 -0,7 Alegrete -10 -1,8 La Consulta -11,3 -3,0 Puerto Ayacucho 1,8 -2,5 OBS: Os dados de longitude calculados para as localidades da América do Sul foram modificados com a subtração de 60 ou 40 graus (o que fosse mais próximo) de acordo com o Meridiano referencial. Mapas seguem anexos no final da prova. B. Secundariamente, foram realizados os cálculos de Precipitação Efetiva pelos Índices de Thornthwaite- que generaliza zonas climáticas e faz uma verificação da vegetação em determinadas zonas, buscando encaixá-las com determinado local. Baseando-se em circulação atmosférica e evapotranspiração, calcula-se a precipitação efetiva, onde através da tabulação dos dados no programa Microsoft Excel, foi calculada pela fórmula 𝑃𝐸 = ∑( 2,82𝑃 1,87𝑇+22 ) 10/9 (estabelecida pelo autor em 1930). Onde: PE= Precipitação efetiva P= Precipitação média mensal; T= Temperatura média. Desta forma, os resultados numéricos obtidos através da fórmula nos levam a um valor que é interpretado através da tabela abaixo: PE Clima Vegetação >128 Super úmido Floresta Pluvial 64 a 127 Úmido Floresta 32 a 63 Subúmido Savana/Campo 16 a 31 Semiárido Estepe 0 a 15 Árido Deserto Sendo assim, os dados compilados foram: É sabido que a classificação de Thornwhaite considera o tipo de vegetação juntamente com a classificação climática; embora não seja considerada nos cálculos para nenhum dos dois índices, a umidade relativa (UR) é de extrema importância para a dinâmica florística como um todo e isso implica na regulação climática do local. Portanto, afirma-se que, embora esse fator não esteja sendo utilizado na contabilização de dados nas equações dos índices de Thorntwhaite, a umidade relativa influencia diretamente no clima, e afeta como consequência os dados obtidos nas estações metereológicas. Tem-se então uma interpretação que pode diferir na análise da fórmula, porque a análise da umidade relativa também pode ser um fator que atua como determinante no entendimento dos resultados obtidos pelos cálculos dos índices; visto que ao considerar apenas os fatores precipitação e temperatura como cruciais para a definição de um clima, desconsideram-se alguns outros possíveis fatores influentes no clima da região estudada. ÁFRICA 57,88954 Subúmido Savana/ campo 1,217415 Árido/ Deserto 76,76644 Úmido/ Floresta 32,55125 Subúmido/ Savana/ campo 17,26577 Semiárido/ Estepe 97,13104 Úmido Floresta 54,56089 Subúmido Savana campo 78,53979 Úmido Floresta AMÉRICA 41,42303 Subumido Savana/campo 2,007109 Árido Deserto 120,2222 Úmido Floresta 108,4947 Úmido Floresta 93,25318 Úmido Floresta 324,0589 Super úmido Floresta pluvial 15,15736 Árido Deserto 117,4887 Úmido Floresta C. Curvas ombrotérmicas Na curva ombrotérmica levou-se os dados de precipitação e temperatura para análise ao longo de cada mês do ano, e para cada localidade. Na Nigéria, temos valores de precipitação bastante elevados quando a temperatura está mais baixa, o que tem uma posterior queda à medida que a temperatura se eleva ao longo do ano. Já na Eritreia temos uma variação quase que imperceptível de temperatura, visto que esta apresenta uma espécie de gradiente linear ao longo dos meses do ano e isso não ocorre na precipitação, que se mentem instável com o decorrer dos meses, chegando a um pico máximo de 7mm, o que graficamente é muito visível, no entanto são valores de precipitação muito próximos que não representam variação brusca. 22 23 24 25 26 27 28 29 0 50 100 150 200 250 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez TE M P ER A TU R A ( °C ) P R EC IP IT A Ç Ã O NIGÉRIA PRECIPITAÇÃO TEMPERATURA 0 5 10 15 20 25 30 35 40 0 1 2 3 4 5 6 7 8 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez TE M P ER A TU R A P R EC IP IT A Ç Ã O MESES DO ANO ERITREIA PRECIPITAÇÃO TEMPERATURA No Quenia, temos temperaturas mais elevadas nos primeiros meses do ano, o que reflexe quase que espelhadamente na precipitação, que varia bem próxima as mudanças no aumento e diminuição da temperatura. Na África do Sul, acontecem estações bem marcadas visivelmente no gráfico, pois temos um início de ano de temperaturas mais elevadas, que decaem de a junho e iniciam seu processo de crescimento a partir de julho. A precipitação flutua de acordo com as mudanças de temperatura durante os meses do ano. 16 16,5 17 17,5 18 18,5 19 19,5 20 0 50 100 150 200 250 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez TE M P ER A TU R A P R EC IP IT A Ç Ã O MESES DO ANO QUENIA PRECIPITAÇÃO TEMPERATURA 0 5 10 15 20 25 0 20 40 60 80 100 120 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez TE M P ER A TU R A P R EC IP IT A Ç Ã O MESES DO ANO ÁFRICA DO SUL PRECIPITAÇÃO TEMPERATURA No Marrocos, o aumento de temperatura de março a setembro impacta diretamente na precipitação dos mesmos meses. Já no Gabão, as mudanças de temperatura e precipitação caminham juntas e vemos que são diretamente proporcionais graficamente. 0 5 10 15 20 25 0 10 20 30 40 50 60 70 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez TE M P ER A TU R A P R EC IP IT A Ç Ã O MESES DO ANO MARROCOS PRECIPITAÇÃO TEMPERATURA 21 22 23 24 25 26 27 28 29 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez TE M P ER A TU R A P R EC IP IT A Ç Ã O MESES DO ANO GABÃO PRECIPITAÇÃO TEMPERATURA Em Mali, há um aumento da precipitação de abril a agosto, o que não tem relação visível com a temperatura, que embora diminua ao decorrer desses meses, não possui uma queda abrupta ou muito significativa. Já Malawi tem temperatura e precipitação reagindo de forma similar e é visível no gráfico que tais forças atuam uma a favor da outra e impactam diretamente em efeitos na localidade indicada. 0 5 10 15 20 25 30 35 0 50 100 150 200 250 300 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez TE M P ER A TU R A P R EC IP IT A Ç Ã O MESES DO ANO MALI PRECIPITAÇÃO TEMPERATURA 0 5 10 15 20 25 0 50 100 150 200 250 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez TE M P ER A TU R A P R EC IP IT A Ç Ã O MESES DO ANO MALAWI PRECIPITAÇÃO TEMPERATURA Na América do Sul, temos El Alto apresentando pequenas variações na temperatura e uma queda de precipitação entre janeiro e junho/julho. Em Tacna, existe um pico da precipitação no mês de setembro, logo após uma queda temperatura (ocorrida de fevereiro a agosto). 0 2 4 6 8 10 12 14 0 20 40 60 80 100 120 140 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez TE M P ER A TU R A P R EC IP IT A Ç Ã O MESES DO ANO EL ALTO PRECIPITAÇÃO TEMPERATURA 0 5 10 15 20 25 0 2 4 6 8 10 12 14 jan fev marabr mai jun jul ago set out nov dez TE M P ER A TU R A P R EC IP IT A Ç Ã O MESES DO ANO TACNA PRECIPITAÇÃO TEMPERATURA No Humaitá há grandes flutuações de temperatura, não ocorrendo um padrão ou linearidade, o que se reflete também na precipitação, que tem grande queda de março a julho. Em Ilhéus, a temperatura apresenta um declínio de fevereiro a julho e isso afeta numa alteração não linear e instável da precipitação. 24,6 24,8 25 25,2 25,4 25,6 25,8 26 26,2 26,4 26,6 0 50 100 150 200 250 300 350 400 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez TE M P ER A TU R A P R EC IP IT A Ç Ã O MESES DO ANO HUMAITÁ PRECIPITAÇÃO TEMPERATURA 19 20 21 22 23 24 25 26 27 0 50 100 150 200 250 300 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez TE M P ER A TU R A P R EC IP IT A Ç Ã O MESES DO ANO ILHÉUS PRECIPITAÇÃO TEMPERATURA Nova Friburgo apresenta uma queda de temperatura acentuada de fevereiro a julho, ocorrida também na precipitação, que varia diretamente com o aumento da temperatura quando a mesma inicia no processo de aumento até dezembro. Em Alegrete, quando há temperaturas altas há baixa precipitação, quando a temperatura cai, essa encontra um equilíbrio com valores de precipitação, e quando a temperatura inicia um aumento há um pico da precipitação (outubro). 0 5 10 15 20 25 0 50 100 150 200 250 300 350 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez TE M P ER A TU R A P R EC IP IT A Ç Ã O MESES DO ANO NOVA FRIBURGO PRECIPITAÇÃO TEMPERATURA 0 5 10 15 20 25 30 0 50 100 150 200 250 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez TE M P ER A TU R A P R EC IP IT A Ç Ã O MESES DO ANO ALEGRETE PRECIPITAÇÃO TEMPERATURA Em La Consulta, há uma queda de temperatura de janeiro a junho, o que segue uma alteração de precipitação gerando instabilidade, e, de julho a dezembro, quando há aumento de temperatura, há aumento de precipitação. Em Puerto Ayacucha há curvas inversamente proporcionais entre temperatura e precipitação, onde vai na direção oposta à outra (se aumenta a temperatura, cai a precipitação e vice-versa), como podemos ver no gráfico abaixo. 0 5 10 15 20 25 0 10 20 30 40 50 60 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez TE M P ER A TU R A P R EC IP IT A Ç Ã O MESES DO ANO LA CONSULTA PRECIPITAÇÃO TEMPERATURA 23 24 25 26 27 28 29 30 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez TE M P ER A TU R A P R EC IP IT A Ç Ã O MESES DO ANO PUERTO AYACUCHA PRECIPITAÇÃO TEMPERATURA 2) Através da utilização do modelo de Thornthwaite de zonação climática, que se baseia em um diagrama de precipitação com relação a um continente hipotético, apresentando o relevo baixo e uniforme na forma de pêra. Foram realizadas as marcações das zonas morfoclimáticas do globo, na figura 1 da prova disponibilizada. Onde utilizou-se do modelo generalizado da classificação de Thronthwaite: Super úmida Úmida Subúmida Seca 3). Tanto na África quanto na América do Sul ocorrem divergências na classificação climática. Abaixo temos o esperado X obtido: Locais Índice de Thornthwaite Zonação Climática Nigéria Subúmido Úmido Eritreia Árido Umido Quenia Úmido Superumido África do Sul Subsumido Subumido Marrocos Semiárido Seco Gabão Úmido Superumido Mali Subsumido Umido Malawi Úmido Superumido El Alto Subsumido Subumido Tacna Arido Subumido Humaitá Úmido Umido Ilhéus Úmido Superumido Nova Friburgo Úmido Umido Alegrete Super úmido Umido La Consulta Árido Seco Puerto Ayacucho Úmido Superumido Posterior análise dos dados acima nos demonstra divergências da zonação com relação ao índice, sendo assim, os modelos apresentados não são 100% iguais para uma análise conjunta de resultados. Já quando realizamos uma comparação com tipos de vegetação esperados segundo o modelo de Thorntwhaite com os mapas de vegetação da África e da América do Sul, encontramos algumas discrepâncias. Como já foi anteriormente descrito, o índice utiliza poucas informações no cálculo de Thornthwaite, ignorando diversos aspectos determinantes na formação do clima e das vegetações ao se basear unicamente na circulação troposférica e variações de pressão provenientes de diferença de latitude para definir os climas; enquanto a zonação acaba por apresentar um modelo de zona climática a menos do que as zonas de Thornthwaite. Logo aí, já vemos que um dos dois modelos é mais complexo e pode ser mais rico em detalhes do que o outro, tornando uma interpretação mais aprofundada e de melhor resultado/precisão. Além disso, Thornthwaite é um índice matemático que visa um embasamento exploratório de pesquisa para obtenção de dados para o estudo, enquanto a zonação utiliza a generalização para aplicar uma teoria hipotética de classificação. Portanto, índice de Thorntwhaite define zonas climáticas a partir das quais esperam-se tipos de vegetações (climas superúmidos, úmidos, subúmidos e secos, correspondem respectivamente a florestas pluviais, florestas, savanas/campos e estepes/desertos), sendo uma hipotetização de algo sem correlação direta com o observado a partir de dados reais. Sendo assim, as discrepâncias encontradas são esperadas, já que os mapas das figuras podem ter sido realizados através de pesquisa e mapeamento das regiões, seguido de identificação dos tipos de vegetação e, caso fosse analisado minuciosamente cada local, haveriam demais particularidades (juntamente com os fatores inclusos na zonação climática) na definição da vegetação local. A diferença entre climas que seriam úmidos, porem se mostram áridos, como ocorre com Tacna e Assab, podem ser explicadas através de fenômenos geológicos e morfológicos que vão desde a altitutde (baixa, no caso Assab), até as inflências de correntes marítimas (o caso de Tacna). Se o modelo leva como variável considerável as correntes de ar atuantes na região, há de se utilizar também como parâmetro as variações altimétricas regionais que atuam no clima. Ressalta-se que a zonação superestimaalgumas localidades quanto à suas condições climáticas, o que ocorre em Puerto Ayacucho, por exemplo, que vai de úmido a super úmido na classificação de zonação. Quanto à vegetação Africana, temos: Clima (zonação) Vegetação (zonação) Vegetação Nigéria Úmido Floresta Savana Eritreia Umido Floresta Estepe Quenia Superumido Floresta Pluvial Savana África do Sul Subumido Savana/campo Savana Marrocos Seco Estepe/Deserto Deserto Gabão Superumido Floresta Pluvial Floresta Equatorial Mali Umido Floresta Savana Malawi Superumido Floresta Pluvial Savana Através de uma análise do mapa de vegetação da África e da tabela acima, é notória a existência de divergências também quanto à vegetação Africana quando se buscam, no entanto, as semelhanças. Ocorre que as regiões morfoclimáticas e a vegetação são modelos de representação eficazes para predizer determinados aspectos mapeáveis, porém há uma diminuta concordância (de apenas 3 locais) entre o índice de Thornthwaite e a distribuição de vegetação fornecida na figura 3. Vegetações de Nigéria, Eritreia e Mali são bastante representativas para se mostrar as divergências de forma comparativa, já que são floras totalmente distintas e de variações incontáveis- ressalta-se o esperado ser Floresta (de zonas úmidas, com abundância de chuvas e retenção de água) e termos Savanas ou Estepe. Reafirma-se então que o modelo de zonação e o índice de Thornthwaite avaliam fatores e variáveis diferentes e com isso, há exclusão de demais influências no processo de determinação da vegetação associada ao local, o que é muitas vezes superestimado e leva a uma lógica diferente da esperada. 4) A situação morfoclimáticae fitogeográfica das regiões estudadas são analisadas perante dados de estudos de Ab’Saber (1977), para a América do Sul e de Tricart & Cailleux (1965), para a África. Embora não haja a proposição de uma classificação absoluta para locais que apresentem determinadas características que fujam à regra, como ocorre em altitudes elevadas, a caracterização da situação morfoclimática através da atribuição de domínios morfoclimáticos por dados fitogeográficos, ecológicos e geomorfológicos, continua por auxiliar na definição de cada localidade. Deve-se destacar que os domínios morfoclimáticos não são delimitados de maneira fixa, visto que existem faixas de transição entre eles. Abaixo há uma comparação entre a classificação da vegetação pelo índice de Thornthwaite com os domínios morfoclimáticos das regiões propostas por Ab’Saber e Tricart & Cailleux. Vegetação (Thornthwaite) Domínios morfoclimáticos Nigéria Savana/ campo Savana Eritreia Deserto Deserto/ estepes Quenia Floresta Estepes e pradarias África do Sul Savana/ campo Savanas Marrocos Estepe Estepe Gabão Floresta Floresta Intertropical Mali Savana campo Savana Malawi Floresta Savana El Alto Savana/campo Monte Estépico Tacna Deserto Monte estépico Humaitá Floresta Equatorial Amozônico Ilhéus Floresta Tropical Atlântico Nova Friburgo Floresta Tropical Atlântico Alegrete Floresta pluvial Coxilhas La Consulta Deserto Andes Equatoriais Puerto Ayacucho Floresta Equatorial Amazônico Oito das dezesseis localidades bateram exatamente com o esperado para Thornthwaite de Domínio Morfoclimático, tendo em vista que floresta e domínio tropical equatorial apresentam particularidades que se assemelham. As demais oito localidades apresentaram divergências que são comuns a esse tipo de análise, visto que nas análises comparativas feitas anteriormente também divergiam de resultados obtidos pelo índice matemático de Tornthwaite já que este não leva em consideração demais particularidades geográficas e do relevo também. Além do que, diferenças climáticas podem ser causadas por massas continentais e demais fenômenos climáticos. Atuam também o intemperismo, a disponibilidade de água e o efeito dos ventos nas regiões. Sendo assim, Ab’Saber utiliza-se de uma forma substancialmente correta ao classificar clima e vegetação, embora se tenha feito generalizações em alguns casos, causando perdas de precisão nas áreas que apresentam particularidades e, para isso, é necessária uma avaliação que leve em conta o local específico de cada vegetação. Referenciais bibliográficos 1. Ab’Saber, A.N. 1971. A organização natural das paisagens inter e subtropicais brasileiras. In Ferri, M.G. (Organizadores) III Simpósio sobre o cerrado. Blucher, E. EDUSP, São Paulo. 2. Ab’Saber, A.N. 1977. Os Domínios Morfoclimáticos da América do Sul. Primeira aproximação. Geomorfologia (São Paulo), 52:1-21. 3. C. W. Thornthwaite 1948 An Approach toward a Rational Classification of Climate. Geographical Review, Vol. 38, No. 1. pp. 55-94
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