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Trabalho Gestão Escolar

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
 
 
 
 
 
 
GESTÃO DEMOCRATICA DA EDUCAÇÃO. 
 
 
 
 
 
 
 
VANESSA CRISTINA MULLER 
CURSO PEDAGOGIA 
MATRICULA: 201701116626 
 
 
 
CURITIBA 
2019 
 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
 
 
 
 
 
 
GESTÃO ESCOLAR DEMOCRATICA DA ESDUCAÇÃO-DESAFIOS E 
PERSPECTIVAS. 
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURITIBA 
2019 
 
Proposta de pratica como componente Curricular- 
2019 atividade Obrigatória (Gestão Escolar) PCC 
Professor: Georgia Gomes Vicente 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
SUMÁRIO .............................................................................................................................. 3 
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 4 
1 QUE É DEMOCRACIA NO CONTEXTO SOCIAL? ..................................................... 6 
1.1 AS MUDANÇAS NO MUNDO DO TRABALHO, A GESTÃO DEMOCRATICA 
DA EDUCAÇÃO E A FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA. ................................................... 7 
2 GESTAO DA EDUCAÇÃO: PERSPECTIVAS ATUAIS .............................................. 10 
3 GESTAO DEMOCRATICA E PROJETO POLITICO PEDAGOGICO ..................... 16 
3.2.1 A PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR NA GESTAO 
DEMOCRATICA ............................................................................................................. 20 
4 Considerações Finais .................................................................................................... 25 
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 27 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
INTRODUÇÃO 
 
As mudanças vividas na atualidade (década de 80 e 90) em nível mundial, em termos 
econômicos, sociais e culturais, principalmente com o intercambio quase imediato de 
conhecimento e padrões sociais e culturais,através das novas tecnologias da comunicação, 
entre outros fatores, tem provocado uma nova atuação dos Estados Nacionais na organização 
das políticas publicas, por meio de um movimento de repasse de poderes e responsabilidades 
dos governos centrais para as comunidades locais. 
Na educação, um efeito deste movimento são os processos de descentralização da 
gestão escolar, hoje percebidos como uma das mais importantes tendências das reformas 
educacionais em nível mundial e um tema importante na formação continuada dos docentes e 
nos debates educacionais com toda a sociedade. 
Imbuídas nesta problemática e sabendo que este debate perpassa estados, instituições 
e políticas, desenvolvimentos um estudo da política, educacional, com o projeto da gestão 
democrática das escolas públicas, tendo como objetivo geral perceber o discurso democrático 
deste projeto político a parti das ações concretas, como a eleição para diretores. 
A gestão educacional e a organização do trabalho pedagógico são de suma importância 
tendo em vista que é a parti da formação que a escola propiciar a administrar que dependerá 
toda a vida futura de todos os que a ela tiveram acesso. 
Em se tratando da educação brasileira, esta experimentou uma democratização tardia. 
Criada e cevada para servir á elite, chegou ao fim do século XX empunhando bandeiras há 
muito superadas em países de tradição democrática. As influencias liberais, que por aqui 
aportaram, adaptaram-se aos interesses de grupos, dando origem a uma forma especial de 
liberalismo calcado mais nesses agregados sociais que no povo. A cultura política autoritária 
predominou, intercalada por espasmos de democracia. Nesse quadro, a educação pública foi 
se desenvolvendo, administrada por um Estado tutelado, superior ao povo. 
A democratização da educação brasileira passou por vários estágios, tendo sido 
compreendida, inicialmente como direito universal ao acesso e, posteriormente, como direito 
a um ensino de qualidade e a participação democrática na gestão das unidades escolares e dos 
sistemas de ensino. 
Em 1988, movia por inúmeros acontecimentos que propeliram a participação popular, 
a Constituição Federal estabeleceu como um dos princípios do ensino público brasileiro, em 
todos os níveis, a gestão democrática. 
5 
 
Ao fazê-lo, a Constituição institucionalizou, no âmbito federal, praticas ocorrentes em 
vários sistemas de ensino estaduais e municipal. Algumas dessas práticas são amparadas por 
instrumentos legais produzidos pelas respectivas casas legislativas ou pelo executivos 
locais. 
Sendo assim, percebe-se que a gestão democrática da educação formal está associada 
ao estabelecimento de mecanismo legal e institucional e á organização de ações que 
desencadeiem a participação social: na formulação de políticas educacionais; no 
planejamento; na tomada de decisões; na definição do uso de recursos e necessidades de 
investimento; na execução da deliberação coletiva; nos momentos de avaliação da escola e da 
política educacional. Também a democratização do acesso e estratégias que garantam a 
permanência na escola, tendo como horizonte a universalização do ensino para toda a 
população, bem como o debate sobre a qualidade social dessa educação. 
Como essa tendência é vivida nas escolas e nos sistemas educacionais? Quais são as 
diferentes possibilidades de vivenciar processos de descentralização e autonomia nas escolas e 
nos sistemas? Que desafios precisam ser enfrentados, considerando uma tradição autoritária e 
centralizadora, comum em tantos países, dentre eles o Brasil? De que modo oportunizar a 
participação da comunidade educativa, a parti da diversidade dos diferentes atores sociais? 
Qual a relação entre democratização da escola e qualidade de ensino? O que se entende por 
gestão democrática na educação? Essas são algumas das indagações que surgiram no estudo 
dos processos de descentralização e autonomia no campo da educação e que buscamos 
pesquisar. 
Para tanto, o presente estudo como referenciais metodológicos a pesquisas 
documental, como da Constituição Nacional e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional, entre outros. E a pesquisa bibliográfica, onde as teorias de diversos autores foram 
empregadas na análise, entre eles SAVIANI,CHAUÍ, KUENZER, possibilitando, assim, um 
arcabouço teórico que servira como alicerce para a fundamentação de conceitos que envolvam 
a gestão democrática. 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
 
1 QUE É DEMOCRACIA NO CONTEXTO SOCIAL? 
 
 Muitos se perguntam: por que é necessário buscarmos democracia a gestão da escola 
publica? A resposta é obvia, é porque a educação publica é a educação de todos para todos. 
 Conforme salienta CHAUÍ, o reconhecimento do que é publico decorre da necessidade 
de entendermos que existe uma esfera coletiva na vida humana, de interface e convívio entre 
as pessoas. Para operar esta esfera publica da vida humana, a democracia foi instruída. Isso é 
para planejar, decidir, coordenar, executar ações acompanhar e controlar, avaliar as questões 
publicas, é importante envolvermos o maior número possível de pessoas neste processo, 
dialogando e democratizando a gestão publica. 
 A idéia de uma educação publica está solidificada, historicamente, na garantia da sua 
universalidade, ou seja, em uma educação que atinjam todos e de forma obrigatória, pelo 
menos, durante um período da vida, uma vez que ao direito de se educar corresponde o dever 
social de freqüentar a escola. Todavia, se esta educação publica é obrigatória, ela deve, sem 
duvida, for gratuita, posto que para todos e mantida pelo Estado.E, por fim, se mantida pelo estado de igualitária, deve ser laica e não confessional. Esses 
princípios estão associados ás origens da educação pública, conforme relata LOPES, e são 
eles que nos exigem a democratização mais ampla possível da gestão educacional, pois a 
universalização, a obrigatoriedade, a gratuidade e a laicidade, quanto eixos de organização da 
republica ( coisa pública) na educação somente podem ser garantidos através do método 
democrático, nos diz Borón (2001,p.176-177). 
 Sugerindo que se “na democracia o que conta é a base sobre a qual repousa, nos 
mercados são os atores cruciais que conta é a base sobre a qual repousa, nos mercados são os 
atores que se concentram no cume logo, a clássica divisão entre trabalhadores e detentores do 
capital e, portanto, a lógica de funcionamento do mercado, propõe uma distorção que CHAUÍ 
também avalia. 
 Para alem da necessidade de enfrentar os ditames do mercado, APPLE ressalta também 
que a discussão a democracia, em especial na educação, encontra dificuldade atualmente, 
inicialmente porque “ o significado de democracia, é (...) ambíguo(...), e a convivência 
retórica dessa ambigüidade é mais evidente do que nunca, pois tem se prestado a democracia 
aos diversos usos e acaba ela justificando ações políticas, portanto públicas, que permitem 
manobras muitas vezes absolutamente autoritária. 
7 
 
 De outro lado, o autor também avalia que não é incomum “ pessoas dizerem que a 
democracia se tornou simplesmente irrelevante, que é ineficiente ou perigosa demais num 
mundo cada vez mais complexo. Mas, a democracia para ser eixo de organização da vida 
social precisa ser disponibilizada, isto é as pessoas precisam ter acesso a oportunidades e 
condições de experimentá-la e assim entender o que significa essa forma de vida em 
sociedade. 
 Entretanto, na pratica ainda há problemas com a concepção de democracia ou com forma 
como as pessoas a enxergam e a entendem. Mesmo sendo um pouco forçado o raciocínio, 
vejamos o caso da gestão escolar: na maioria das escolas públicas que realizam eleição para 
compor o seu dirigente, encontramos professores, funcionários, alunos e seus familiares que 
reconhecem na diretoria não uma representante da comunidade escolar, mas alguém que 
possui o poder de decidir ao seu modo e pior, não observam ai um grande problema, uma vez 
que avaliam que a elegeram exatamente para isto: para fazer por eles! 
 Na prática, o que esta diretora possui é um mandato imperativo, na medida em que os 
interesses particulares, por melhor que possam ser, acabam representando prioridade sobre os 
interesses coletivos e isto burla qualquer alternativa de desenvolvimento da participação do 
termos que compõe a democracia na pratica governamental. 
 As próprias instituições democráticas ou que se sugere como democráticas, como o 
sufrágio universal, enredam dentro de si algumas contradições. Neste processo de escolha dos 
dirigentes escolares, por exemplo, justamente quando se chega a um momento de civilidade e 
de vida coletiva na escola como este, o individuo é transformado em um “numero”, em um 
voto, ou nas palavras de Claude LEFORT(1991, p34) 
 A argumentação desse autor permite observamos as demais instituições democráticas 
também como instrumentos que, por principio, deveriam servi á construção coletiva de 
soluções para os problemas que também são coletivos, mas que acabam se transformando em 
mecanismo burocráticos e / ou burocratizastes pautados por um conjunto de regras que 
estabelecem quem está autorizado a falar e agir em nome de quem. A organização da escola 
quando se dedica a constituir instrumentos de democratização, muitas vezes, tem sofrido deste 
mal: o de criar instituição meramente “cartorárias”. 
 
1.1 AS MUDANÇAS NO MUNDO DO TRABALHO, A GESTÃO DEMOCRATICA 
DA EDUCAÇÃO E A FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA. 
 
As profundas modificações que têm ocorrido no mundo do trabalho trazem novos 
desafios para a educação e sua gestão. São mudanças que se operam no plano econômico-
8 
 
social, ético-político, cultural e educacional. Para muitos se trata de uma crise do processo 
civilizatório. O capitalismo vive um novo padrão de acumulação decorrente da globalização 
da economia e da reestruturação produtiva que, por sua vez determina novas formas de 
relação entre o estado e a sociedade. 
No plano socioeconômico o capital, centrado no monopólio crescente das tecnologias 
microeletrônicas associadas á informática, rompe com as fronteira nacionais e globaliza-se de 
forma violenta e excludente e sem precedente. A nova base científico- técnica, baseada no 
microeletrônica e incorporada ao processo produtivo, permite que as economias cresçam, 
aumentem a produtividade, diminuindo o número de postos de trabalho. 
O desemprego estrutural deste inicio de século demarca não apenas o aumento de “ 
exército de reserva”, mas especialmente o exedente de trabalhadores, ou seja a não 
necessidade, para a produção de milhões de trabalhadores, sob a vigência de relações de 
propriedade privada. Isto significa aumento da miséria, da fome, da barbárie social. 
Rumo que assume a historia na contemporaneidade, no plano ético político, é de 
afirmação do ideário liberal e, portanto, da “nova era do mercado”,como a única via possível 
da sociabilidade humana. Reafirma-se a ética utilitarista e individualista do liberalismo 
conservador. Justifica-se a exclusão e a desigualdade como elementos necessários a 
competitividade. Busca-se firmar uma consciência alienada de que os vencedores ou os 
incluídos devem-no ao seu esforço e competência. 
Como resposta ás novas exigências de competitividade que marcam o mercado 
globalizado, exigindo cada vez mais qualidade com o menor custo, a base técnica de produção 
fordista, que dominou o ciclo de crescimento das economias capitalista, no pós-segunda 
guerra até o final dos anos 60, vai aos poucos sendo substituída por um processo de trabalho 
apoiado essencialmente na microeletrônica, cuja característica principal é a flexibilidade. 
Estabelecem-se novas relações entre o trabalho, ciência e cultura, a parti das quais se 
constitui historicamente um novo principio educativo, ou seja um novo projeto pedagógico 
por meio do qual a sociedade pretende formar os intelectuais /trabalhadores, os cidadãos/ 
produtores para atender ás novas demandas posta pela globalização da economia e pela 
reestruturação produtiva. Novo discurso refere-se a um trabalhador de um novo tipo, para 
todos os setores da economia, com capacidades intelectuais que lhe permita adaptar-se á 
produção flexível. 
A administração da educação, no contexto desta transformações que se operam no 
mundo do trabalho social, no mundo globalizado e na chamada “sociedade do conhecimento”, 
atravessa também uma fase de profunda transformação que se constitui num conjunto de 
9 
 
diferentes medidas e construções que objetivam, todas estas medidas apóiam-se na convicção 
de que a gestão democrática, a construção coletiva do projeto político pedagógico e a 
autonomia as escola são os pressuposto fundamental para o desenvolvimento da cidadania. 
Para tanto, o redimensionamento do papel escola, enquanto agencia cidadania. Para tanto, o 
redimensionamento do papel da escola, enquanto agência de formação, não pode vincular-se 
meramente á lógica do mercado de trabalho mas cumprir sua função social, isto é cumprir seu 
papel político-institucional. 
Salienta, desta forma, o caráter “formado de cidadania” que o exercício da gestão 
democrática possui, porque ao possibilitar a efetiva participação de todos- participação cidadã 
– na construção e gestão do projeto de trabalho que, na escola, vai formar seres humanos, 
possibilita, a autoformação de todos os envolvidos pela e para a “leitura” , interpretação, 
debate e posicionamento que podem fornecer subsídios para novas políticas, repensando, noexercício da pratica profissional, as estruturas de poder autoritário que ainda existem na ampla 
sociedade e, conseqüentemente , no âmbito educacional e escolar. 
Não o bastante, muito ainda tem que ser feito para que a importância e a consciência 
dessa verdadeira participação cidadã que hoje transcende a cidadania local e exige a 
possibilidade e a condição de cidadania mundial, na construção de democracia, do projeto 
político pedagógico, da autonomia da escola e da própria vida, seja uma realidade. 
Esses pressuposto fundamentais, objeto de construção teórico- pratica no campo da 
administração da educação, materializam-se, por meio da luta dos educadores numa conquista 
que se consolidou na lei de diretrizes e bases da educação nacional –lei 9.394/96, nossa carta 
magna da educação. A referida em seu artigo 14, estabelece que 
 
Os sistemas de ensino definirão as normas de gestão democrática do ensino público na educação 
básica, de acordo com suas peculiaridade e conforme os seguintes princípios: 
I – participação dos professores da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola 
II – participação das comunidades escolar e local em conselho escolares ou equivalentes. 
 
Em seu artigo 15, a mesma lei prescreve que 
Os sistema de ensino assegurarão ás unidades escolares públicas de educação básica que os integrantes 
progressivos graus de autonomia pedagógica e administrativa e de gestão financeira, observadas as 
normas gerais de direitos financeiro público. 
 
Ratificando assim, ambos os artigos a necessidade do desenvolvimento, organização e 
exercício da gestão democrática da educação, principio constitucional que é validado no 
artigo 3° da LDB quando se refere aos princípios que deverão embasar o ensino e a 
construção da autonomia da escola. Trata-se, por conseguinte de uma afirmação não casual, 
10 
 
mas que representa uma diretiva de organização, que é a expressão de uma escolha precisa e 
constitui um dos princípios fundamentais do ordenamento educacional que vai muito alem das 
limitadas e mais modestas exigências de ordem técnica incidindo profundamente sobre toda a 
estrutura do estado e das instituições modificando-as e contribuindo,sempre que provoque 
uma divisão de soberania em sentido horizontal, para garantir, sobretudo as exigências de 
caráter democrático desse ordenamento. 
Gestão democrática, participativa dos profissionais e da comunidade escolar, 
elaboração do projeto pedagógico da escola autonomia pedagógica e administrativa são, 
portanto os elementos que alicerçam a administração da educação em geral e dos elementos 
fundamentais na construção da gestão da escola. Nesse sentindo, vale lembrar algumas 
definições que possam nos conduzir a dar um novo significado á gestão da educação e a 
administração da educação de um modo geral comprometidas com os desafios dos saberes 
necessários a construção da concepção de humanidade como comunidade planetária. 
 
 
2 GESTAO DA EDUCAÇÃO: PERSPECTIVAS ATUAIS 
 
A gestão da educação e a função social da escola são os temas mais freqüentes do 
debate contemporâneo sobre a educação. 
A educação é um processo tipicamente humano, que possui uma especificidade 
humana de forma cidadãos por meio de conteúdos “não-matérias” que são as idéias, teorias, 
valores, conteúdo estes que vão influir decisivamente na vida de cada um. 
Dizer que a educação é um fenômeno próprio dos seres humanos significa afirmar que 
ela é, mesmo tempo uma exigência, para o processo de trabalho, bem como é ela própria, um 
processo de trabalho, pois: 
 
Para sobreviver o homem necessita extrair da natureza ativa e intencionalmente, os meios de sua 
subsistência. Ao fazer isso ele inicia o processo de transformação da natureza, criando um mundo humano 
(o mundo da cultura. 
 
Assim o processo de produção, da existência implica, primeiramente, na garantia da 
sua subsistência material com a conseqüente produção, em escala cada vez mais amplas e 
complexas, de bens materiais o que é chamado de “trabalho material” Todavia para produzir 
materialmente, o homem necessita antecipar em idéia os objetivos de ação, o que significa 
que ele representa mentalmente os objetivos reais. Essa representação inclui o aspecto do 
conhecimento das propriedades do mundo real ( ciência), de valorização (ética) e de 
11 
 
simbolização (arte). Esse aspecto, na medida em que são objetos de preocupação explicita e 
direta, abrem a perspectiva de uma outra categoria de produção que pode ser chamada de “ 
trabalho não- material”. Trata-se aqui da produção de idéias, conceitos, valores, hábitos, 
atitudes e habilidades. Em outras palavras, trata-se da produção do saber, seja do saber sobre a 
natureza, seja sobre a cultura, isto é o conjunto da produção humana. 
A educação se situa nesta categoria de “trabalho não-material” e daí decorre sua 
importância, por agir diretamente com ser humano, visando a forma mentes e corações. Com 
essa compreensão, faz-se necessário definir a sua gestão. 
Gestão da educação significa a “ tomada de decisões” sobre o que se ensina e como se 
ensina, a parti de que finalidades; a quem se destina e com que objetivos, o que implica em 
compromisso. Todas essas tomadas de decisões necessitam ser, portanto muito bem, pensada 
e selecionada como as melhores dentre o existente, para que a formação que decorre da 
educação seja a melhor possível e a mais humana. 
Podemos dizer ainda que a gestão democrática da educação formal está associada ao 
estabelecimento de mecanismo legais e institucionais e á organização de ações que 
desencadeiem a participação social: na formulação de políticas educacionais; no planejamento 
na tomada de decisões; na definição do uso de recurso e necessidades de investimento; na 
execução das deliberações coletivas; nos momentos de avaliação da escola e da política 
educacional. Também a democratização dos acesso e estratégias que garantam a permanência 
na escola, tendo como horizonte a universalização do ensino para toda a população, bem 
como o debate sobre a qualidade social dessa educação. 
Em outra palavras, no contexto contemporâneo, a gestão é administração, é tomada de 
decisões é organização direção. Relaciona-se com a atividade de impulsionar uma 
organização a atingir seus objetivos, cumprir sua função desempenhar seu papel. Constitui-se 
de princípios e pratica decorrentes que afirmam ou desafirmam os princípios da “ 
administração cientifica – taylorista ou a toyotiana, mas são princípios já, exarados na lei 
9.394/96, nossa carta Magda da educação. Portanto a gestão, da educação se destina á 
formação para o exercício da cidadania, isto é destina-se a promoção humana. 
A gestão da educação é responsável por garantir a qualidade da educação, entendida 
como “ processo de mediação no seio da pratica social global” por se constituir no único 
mecanismo de humanização do ser humano e a formação humana de cidadão. Seus princípios 
são os princípios da educação que a gestão assegura serem cumpridos: uma educação 
comprometida com o domínio dos conteúdos que habilitem ao mundo do trabalho, 
comprometimento com o domínio dos conteúdos respeitando as diferenças, comprometida 
12 
 
com a construção de um mundo mais justo e humano para todos os que nele habitam, 
independente da raça, cor, credo ou opção de vida. 
A compreensão do significado do seu sentido etimológico, ser vinculadas as 
exigências do mundo globalizado com toda a sua complexa rede de determinação, ou seja ser 
compreendida a parti dos impactos e demandas econômicas, políticas, sociais, culturais e 
tecnológicas, tendo como referencia fundamental a formação para a cidadania. 
Já que gestão significa tomada de decisão, organização, direção,esta deve relacionar-se 
com atividades de impulsionar uma organização a atingir seus objetivos, cumprir suas 
responsabilidades. 
Gestão da educação significa ser responsávelpor garantir a qualidade de uma “ 
medição no seio da pratica social global” , que se constitui no único mecanismo de 
humanização do ser humano que é a educação, a formação humana de cidadão. Seus 
princípios da educação que a gestão assegura serem cumpridas – uma educação 
comprometida com a “sabedoria “ de viver junto respeitando as diferenças, comprometida 
com a construção de um mundo mais humano e justo para todos os que nele habitam, 
independentemente da raça, cor, credo ou opção de vida. 
Significa ainda, tomar decisões, organizar e dirigir as políticas educacionais que se 
desenvolvem na escola comprometidas com a formação da cidadania, no contexto da 
complexa “ cultura globalizada” . Isso significa aprender com cada”mundo” diferenciado que 
se coloca, suas razões e lógicas, seus costumes e valores que devem ser respeitados, por se 
constituírem valores, suas contribuições que são produção humana. 
Não é tarefa fácil, mas necessário! É um compromisso de quem toma decisões (a 
gestão), de quem tem consciência do coletivo (democrática), de quem tem responsabilidade 
de forma seres humanos por meio de educação. Assim se configura a gestão democrática da 
educação que necessita ser pensada e ressignificada na “cultura globalizada” , imprimindo-
lhe um outro sentido. 
Á compreensão de gestão como tomada de decisões vale acrescentar a contribuição de 
Cury(2002), quando salienta que este temo também provem do verbo latino gero, gesse, 
gestum, gerere, que significa: levar sobre si, chamar a si exercer, gerar. 
Assim com em um dos substantivos derivados deste verbo, gestatio, ou seja, gestação, 
percebe-se o ato pelo qual se traz em si e dentro de si algo novo, diferente: um novo ente. 
 
Da mesma raiz provém os termos genitora, genitor, gérmen. A gestão neste sentido é por analogia, uma 
geração similar aquela pela qual a mulher se faz mães ao dar a luz a uma pessoa humana. 
 
13 
 
A gestão implica um ou mais interiocultores com os quais se dialoga pela arte de 
interrogar e pela paciência em buscar resposta que possam auxiliar no governo da educação 
segundo a justiça. Nessa perspectiva, a gestão implica o dialogo como forma superior de 
encontro das pessoas e solução de conflitos. 
Respeito, paciência e diálogo como encontro de idéias e de vidas “ única forma 
superior de encontro” dos seres humanos, os únicos seres vivos que possuem esta consição e 
possibilidade e que por vezes, não a utilizam. Dialogo, como o fundamental caminho em 
todas as suas possíveis formas, entendido como 
 
O reconhecimento da infinita diversidade do real que se desdobra numa disposição generosa de cada pessoa para 
tentar incorporar ao movimento do pensamento algo da inesgotável experiência da consciência dos outro. 
 
Vê-se o dialogo como uma generosa disposição de abrir-se ao outro que irá “somar” 
compreensões convergentes ou divergentes no sentido da construção da humanização das 
relações. Dialogo como confraternização de idéias e de cultura que se respeitam porque 
constituem diferentes produções humanas,diálogos como a verdadeira forma de comunicação 
humana, na tentativa de superar as estruturas de poder autoritário que permeiam as relações 
sociais e as praticas educativas a fim de se construir, coletivamente na escola, na sociedade e 
em todos os espaços do mundo, uma nova ética humana e solidaria. Uma nova ética que seja o 
principio e o fim da gestão democrática da educação comprometida com a verdadeira 
formação da cidadania. 
Permitir que a sociedade exercesse seu direito a informação e a participação deve fazer 
parte dos objetivos de um governo que se comprometa com a solidificação da democracia. 
Democratizar a gestão da educação requer, fundamentalmente, que a sociedade possa 
participar no processo de formulação e avaliação da política de educação e na fiscalização de 
sua execução, através de mecanismo institucional. 
Esta presença da sociedade materializa-se através da incorporação de categorias e 
grupos sociais envolvidos direta ou indiretamente no processo educativo, que normalmente 
estão excluídos das decisões (pais, alunos, funcionários e professores). Ou seja, significa tirar 
dos governantes e dos técnicos na área o monopólio de determinar os rumos da educação. 
A criação de mecanismo institucional deve privilegiar os organismos permanentes, 
que possam sobreviver as mudanças de direção e no governo municipal. Os órgãos 
colegiados, com os conselhos, são os principais instrumentos. 
14 
 
Alguns elementos facilitam a implantação de medidas de democratização da gestão: a 
educação é uma política de muita visibilidade, atingindo diretamente grande parte das famílias 
e não é fácil mobilizar profissionais, pais e alunos. 
Cabe salientar que é necessário que os mecanismo de democratização da gestão da 
educação alcancem todos os níveis do sistema ensino. Devem existir instancias de 
participação popular junto á secretaria municipal de educação, correspondente aos diferentes 
serviços de educação oferecido( centros municipais de educação infantil, ensino fundamental 
e médio, educação de jovens e adultos, ensino profissionalizantes). 
Em qualquer instancia, os mecanismo institucionais criados devem garantir a 
participação do mais amplo leque de interessados possível. Quanto mais representatividades 
houver, maior será a capacidade de intervenção e fiscalização da sociedade civil. 
Fraternidade, solidariedade, justiça social, respeito, bondade e emancipação humana , 
mais do que nunca precisam ser assimilados e incorporados como consciência e compromisso 
de gestão democrática da educação – principio que necessitam nortear as decisões na 
contemporaneidade necessita, pois ser compreendida a partir dos impactos e demandas 
econômicas, políticas, sociais, culturais e tecnológicas. 
Sempre que a sociedade defronta-se com mudanças significativas em suas bases 
econômicas, social e tecnológica, novas atribuições passam a ser exigidas da escola da 
educação e da sua gestão conseqüentemente, também sua função social necessita ser revista, 
seus limites e possibilidades questionados pois a escola e as diversas formas de se fazer 
educação estão inseridas na chamada “ sociedade global” , também considerada no mundo do 
trabalho e nas relações sociais vem causando impactos desestabilizadores á humanidade e, 
conseqüentemente, exigindo novos conteúdos de formação, novas formas de organização da 
gestão da educação ressignificando o valor da teoria e da pratica da administração da 
educação. 
Conforme FERREIRA, é sabido que da formação que a escola propiciar e administrar 
dependerá a vida futura de todos os que a ela tiveram acesso. É sabido também, que a escola 
está inserida na “ sociedade global” refletindo os impactos e exigindo novos conteúdos de 
formação, novas formas de organização e gestão, ressignificando o valor da teoria e da pratica 
da administração da educação. 
Percebe-se daí que de uma boa ou ma administração dependerá a vida futura de todos 
que passarem pela escola ou que tiveram acesso as novas modalidades de ensino e formação. 
Uma boa ou ma gestão da educação exercerá uma influencia decisiva sobre a possibilidade de 
15 
 
acesso as oportunidades sociais da vida em sociedade, pois a organização do trabalho 
pedagógico da escola e sua gestão revelam seu caráter excludente ou includente. 
A gestão da educação, diante destas questões indubitável, defronta-se com a 
responsabilidade de avançar na construção de seu estatuto teórico/ pratico a fim de garantir 
que a educação se faça com a melhor qualidade para todos, possibilitando desta forma, que a 
escola cumpra sua função social e seu papel político institucional. 
Um dos elementos para compreender o processo das profundas transformação que 
vivemos é o aumento progressivo da interdependência dos países dos governos, das empresas 
e dos indivíduos em relação ao conhecimento. Países e pessoas percebemmelhor sua 
condição de dependência uns dos outros e o papel central que o conhecimento possui nessa 
dependência ou, com uma “ visão” mais positiva nessa partilha. A maneira como os seres 
humanos partilham o conhecimento, criando outros, é facilidade pela sua rápida divulgação 
pelos meios de comunicação e pela tecnologia de hoje. 
 
Referindo-se a essas especificidade da nova civilização, o Papa João Paulo II assim se pronuncia na encíclica 
Centesimus Annus, de 1991: “ se antes a terra e depois o capital, eram os fatores decisivos da produção(...) hoje 
o fator decisivo é cada vez mais, o homem em si, ou seja seu conhecimento”. 
 
 
 Essa nova relação das pessoas com o conhecimento traz duas conseqüência para a 
escola e para educação brasileira. A primeira delas é o reforço de sua importância social, já 
que é a partir da educação e da escola que a maior parte da população brasileira tem acesso ao 
conhecimento. Na verdade, vivemos um tempo no qual a informação está, disponível como 
nunca esteve e, contraditoriamente inacessível a grandes parcelas população brasileira e 
mundial. 
Estudiosos da “ era da informação” têm observando a globalização marginalizada 
povos e países que têm sido excluídos das redes d informação, pois há uma tendência á 
concentração nas economias avançadas de produção entre as pessoas instruídas numa faixa de 
20 a 40 anos. Segundo a organização das Nações Unidas (ONU), apenas 5% da população 
mundial está inserida no mundo digital. A internet, mesmo com todas as possibilidade que 
acena ( para quem a pode acessar), está criando um abismo entre os mais ricos e o mais pobre. 
 
 
 
 
 
16 
 
 
 
3 GESTAO DEMOCRATICA E PROJETO POLITICO PEDAGOGICO 
 
Como já definimos que gestão da educação é tomada de decisões conscientes sobre o 
que fazer a partir de objetivos definidos, necessários se faz entender que toda a tomada de 
decisões é um pensar político e um ato político, porque implica em escolhas que se faz entre 
opções existentes e escolhas que se faz a partir de para onde se quer chegar. O horizonte 
portanto, o norte do processo é que vai orientar as ações e tomadas de decisões. 
Os artigos 12,13,e 14 da Lei 9.394/96 que estabelece as diretrizes e bases da educação 
nacional apontam, de maneira enfática, a importância da gestão democrática para a educação, 
tornando parceiros, nesta missão, estabelecimentos de ensino(cf. Art 12), docente (cf Art 13) e 
sistemas de ensino ( cf. Art 14). É, por conseguinte, uma determinação política da carta 
magna da educação que foi resultado de uma longa construção política dos segmentos da 
sociedade civil que reivindicaram e lutaram por torna a Lei de Diretrizes e bases uma Lei 
comprometida com a democracia e com a cidadania. 
Em termos operacionais, a formulação do Projeto Político- Pedagógico de uma 
unidade escolar apresenta-se como desafios urgentes e necessários, tanto em razão das 
necessidades sociais que as comunidades ás quais as escolas servem apresentam, quando 
como um espaço instituído onde o novo nexo da educação busca abrigo. 
Assim, tanto o Projeto Político-Pedagógico é um ensaio de leitura do contexto sócio-
político- econômico- cultura da comunidade local e da “ comunidade global” e precisa estar 
diretamente relacionada ás necessidades que esta apresentando, em especial no que se refere 
ás questões relativas á preparação para o trabalho e ao mundo do trabalho, de 
empregabilidade e de vinculação teórica e pratica. 
O Projeto Político-Pedagógico enquanto expressão política das necessidades sociais e 
expressão política da Lei maior, e considerando a estrutura e funcionamento da unidade 
escolar, é o seu ponto de referencia, seu documento base a maneira como se dispõem a 
organização interna e a fisionomia da instituição. 
Ele delineia a identidade da escola e é o documento fonte e instrumento das políticas 
educacionais em ação na escola. Por isso se faz necessário á organização do trabalho 
pedagógico a parti de objetos precisamente expressos e conteúdos sistematizados. Esta 
decisões que são tomadas pelo conjunto da comunidade escolar, isto é, coletivamente, vão 
garantir a política educacionais e a qualidade do ensino. 
17 
 
Nesse sentido, a gestão democrática da educação é ao mesmo tempo transparente e 
impessoalidade, autonomia e participação, liderança e trabalho coletivo, representatividade e 
competência. 
Voltada para um processo de decisão baseada na participação e na deliberação publica, 
a gestão democrática expressa um anseio de crescimento dos indivíduos como cidadãos e do 
crescimento da sociedade enquanto sociedade democrática. Por isso, a gestão democrática é 
considerada a gestão de uma administração concreta. 
Concreta porque o concreto( do latim cum crescere) quer dizer “ crescer com” , “ 
nascer com”, é “ o que nasce com” e que “ cresce com o outro” . Esse caráter de origem – 
genitor- é o horizonte de uma nova cidadania em nosso pais, em nossos sistema de ensino e 
em nossas instituição escolares. Afirma-se, desta forma a escola como espaço de construção e 
organização democrática do trabalho pedagógico, respeitando o caráter especifica da 
instituição escolar como o “lugar por excelência” de ensino / aprendizagem. 
O “crescer com” significa, primordialmente, aquilo que Aristóteles, na política, fala do 
cidadão, como sendo aquele que é capaz de exercer o poder. Entretanto, este só aprende a 
exercer o poder se aprendeu a obedecer enquanto cidadão não ocupante de cargo de poder. O 
exercício de uma liderança implica alguém que deve se responsabilizar por atos de 
deliberação e de decisão. Mas, no espírito da constituição e do movimento que a gerou, esta 
liderança é colegiada e democrática. Trata-se pois, de ligação entre o individuo e um 
colegiado, entre a tomada de decisão e a participação em cujas bases encontra-se o dialogo 
como método e como fundamento. Isto é, 
 
(...) pensar e definir gestão democrática da educação para uma formação humana (...) contemplando o currículo 
escolar de conteúdo e pratica baseadas na solidariedade, e nos valos humanos que compõem o constructo ético 
da vida humana em sociedade. E, como estratégia, acredito que o caminho é o dialogo, quanto o reconhecimento 
da infinita diversidade do real se desdobra numa disposição generosa de cada pessoa, para tentar incorporar ao 
movimento do pensamento algo da inesgotável experiência da consciência dos outros. 
 
Esta é a indicação e a provocação trazida pelos Artigos 12,13e 14 da LBD e a 
incitação a um trabalho coletivo, articulado e dialogal. Desta forma, a gestão democrática é 
uma gestão de autoridade compartilhada. E é nesse sentido, que a gestão democrática da 
educação da educação impõe a questão dos fins da educação e que foi tão bem expressa no 
Artigo 205 da constituição Federal do Brasil de 1988: 
 
A educação, direito de todos e dever do Estado e da família será promovida e incentivada com a colaboração da 
sociedade, visando o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua 
qualificação para o trabalho. 
 
18 
 
A constituição Federal de 1988 expressa a escolha por um regime normativo e 
político,plural e descentralizado onde se cruzam novos mecanismo de participação social com 
um modelo institucional cooperativo que amplia o numero de sujeitos políticos capazes de 
tomar decisões. Cooperação que exige entendimento mútuo e participação que supõe a 
abertura de novas discussões, de deliberação e de novas decisões. E, assim o campo 
educacional promulgou a inclusão do principio de gestão democrática da constituição. 
A gestão democrática, hoje, enquanto expressão política da norma constitucional e da 
LBD esta vinculada a formação da cidadania por meio da construção coletiva do Projeto 
Político – Pedagógico. Entretanto, a construção da cidadania envolve um processo de 
formação de consciência pessoal e social e de reconhecimentodesse processo em termos de 
direitos e deveres a realização se faz quando as lutas contra discriminação, da abolição de 
barreiras segregativas entre indivíduos e contra as opressões e os tratamentos desiguais, isto é 
pela extensão das mesmas condições de acesso as políticas publicas e pala participação de 
todos na tomada de decisões. 
É condição imprescindível de a cidadania reconhecer que a emancipação depende 
fundamentalmente na área publica, impera a tutela sobre a sociedade, fazendo-a dependente 
dos serviços públicos. 
O papel da comunidade não é substituir o Estado, desobrigá-lo de suas atribuição 
constitucionais, postar-se bob sua tutela, mas se organizar de maneira determinar a qualidade 
do Estado. 
Nesse sentindo, comunidade não é apenas um lócus geográfico espacial,mas uma 
categoria da realidade social, de intervenção social realidade, assim como abandono da 
postura, até então predominante na cultura, que é de esperar pela ação do estado como uma 
obrigação, e criticá-lo pelo não-cumprimento ou pela omissão. 
A partir do acima exposto, é possível elencar alguns aspectos norteadores para a 
organização do Projeto Político Pedagógico de uma instituição e, a partir daí organizar o 
trabalho pedagógico: 
• Todo Projeto Pedagógico é projeto Político Pedagógico, na medida em que não se 
faz senão contextualizado a partir do diagnóstico da realidade em que se insere a 
Unidade Escolar; 
• O Projeto Político –Pedagógico nasce de uma intencionalidade declarada, isto é, 
nasce co um propósito que é assumir uma ou mais categorias de analise, capaz(es) 
de favorecer a compreensão sobre a realidade; não é espontâneo no sentido 
19 
 
ingênuo do termo, embora possa ( e até deva) acontecer respeitando ritmo mais ou 
menos certo de seu lugar de origem a instituição; 
• Ao se organizar, o projeto político-pedagógico configura a identidade da Unidade 
Escolar, valendo-se para isso de instrumentos para diagnostico interno e externo da 
comunidade; 
• Ao se desencadear, não apenas ao final, mas durante o processo de sua elaboração, 
o projeto Político – Pedagógico vai se apresentando não só como documento 
referencia, mas como experiência concreta para agir na escola; 
• A elaboração do Projeto Político- Pedagógico da instituição questiona as bases da 
ação administrativa, docente e discente e culmina por exigir uma nova atitude 
escolar em todos os níveis da instituição, desde as estruturas relativas ao 
gerenciamento maior até, e principalmente, a organização do trabalho de sala de 
aula; 
• Este processo gradativo e natural que se orgânica vai também pouco a pouco 
descortinando a necessidade da indissociabilidade teoria/ pratica, num exercício a 
reflexão critica e que visa comprometer todos os sujeitos com os problemas da 
educação e, por extensão, da comunidade; 
• Ao mesmo tempo, o clima democrático que se faz necessário instalar, acelera o 
processo participativo e esse, dialeticamente, alimenta a experiência de cidadania, 
fundamentais para supera o espírito individualista e autoritário presente na 
sociedade e em muitas instituições escolares. 
 Nesta via de raciocínio, vale lembrar que o projeto Pedagógico não pode restringir-se 
as discussões e reflexões. Esses procedimentos deverão anteceder e oferecer elementos para 
tomada de decisões, pois se trata do plano de ação do coletivo. A coordenação exerce uma 
função imprescindível nesse âmbito, pois tem a tarefa de (co)ordenar as ações do coletivo 
com o objetivo de registrar os resultados do processo reflexivo e as decisões tomadas, garantir 
os encontros para as discussões analises, reflexões e estudos não se percam no esquecimento 
caso não sejam sistematizadas e formalizadas com base no coletivo. 
 Desta forma, a legitimidade de um Projeto Político-Pedagógico advém, 
exatamente de seu caráter de singularidade, porque é resultado de uma leitura que os sujeitos 
sociais fazem da instituição escolar e de seu entorno e se traduz em ações de interferência 
sobre ela igualmente singulares. Todavia, a esta singularidade se completa o caráter de 
20 
 
totalidade expresso pelas diretrizes políticas emanadas e interpretadas á luz das teorias da 
educação no contexto da contemporaneidade. 
 
 
 
3.2.1 A PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR NA GESTAO 
DEMOCRATICA 
 
A participação, principalmente a partir de 1968, esta permanentemente presente na 
discussão a respeito das formas de administrar. Esta mudança significou uma revisão dos 
pressuposto teóricos do Taylorismo e sua substituição,mesmo que muito lentamente, por 
vários contemporâneos, como flexibilidade,tolerância com as diferenças, relações mais 
igualitária, justiça cidadania. Nunca mais o padrão de autoridade autocrático, hierárquico e 
formalista do Taylorismo recuperou o seu antigo prestigio. A compreensão democrática vai 
conquistando seu lugar e mostrando as vantagens do trabalho coletivo e co-participativo na 
construção de todas as formas grupais e societárias. 
Indispensável se torna esboçar o conceito de participação a fim de esclarecermos o 
tom vago muitas vezes o envolve. Consideramos que participação é conquista para significar 
que é um processo no sentido legitimo do termo: infindável e constante “ vir-a-ser” , sempre 
se fazendo, sempre se construindo. 
Nestes termos, a participação é em essência autopromoção e existe enquanto 
conquista processual. Não existe participação suficiente nem acabada. Participação é um 
processo de conquista, não somente na ótica da comunidade ou dos interessados, mas também 
do técnicos, do professor, do gestor, do aluno, dos pais dos funcionários. Todas essas figuras 
pertencem ao lado privilegiado da sociedade, ainda que nem sempre o mais privilegiado. 
A maior virtude da educação, ao contrario do que muitos pensam, está em ser 
instrumento da participação política. Isto é condição necessária, ainda que não suficiente, para 
o desenvolvimento humano e social, pois a fundação fundamental da educação é de ordem 
política, como condição de participação, como “ preparação” da cidadania, como processo 
formativo. É “ desabrochar” a cidadania com vista á formação de sujeito do desenvolvimento 
num contexto de direitos e deveres. Por isso a participação em todas as suas diversas formas é 
um fator fundamenta na formação para cidadania. 
A relação do conceito de participação com o conceito de cidadania é intrínseca e pode 
ser destacada na posição de DEMO sobre os componentes que fazem parte do projeto de 
cidadania: 
21 
 
a) A noção de formação, não de adestramento pois parte da potencialidade do 
educando, assumindo-o como interessado primeiro do processo; 
b) Noção de participação, de autopromoção, de auto definição, ou seja,o conteúdo 
central da política social, entendida como realização da sociedade participativa 
desejada; 
c) A noção de sujeito social, não de objeto de paciente, de cliente de elemento 
d) A noção de direitos e deveres, sobre tudo os fundamentais, tais como os direitos 
humanos, os deveres de cidadão, o direto á satisfação das necessidades básicas, o 
direito a educação, etc... 
e) A noção de liberdade, igualdade comunidade que leva a formação de consciência 
compromete com o processo de redução da desigualdade social e regional, com o 
desenvolvimento, a qualidade de vida e bem-estar culturalmente definidos, com a 
satisfação das necessidades básicas e a garantia dos direitos fundamentais, 
inclusive justiça e segurança publica; 
f) A noção de democracia, com forma de organização sócia econômica e política 
mais capaz de garantir a participação como processo de conquista; 
g) A noção de acesso á informação e ao saber, como instrumentos de crescimento 
pessoal, da economia e da sociedade, bem como de participação política; 
h) A noção de acesso a habilidade capazes de potenciar a criatividade do trabalho, 
visto aqui como componete cultural, mais do que de simples elemento produtivo.Percebe-se a partir daí portanto, que a gestão democrática da educação se assenta 
no conceito de participação e na compreensão acima exposta. Com estas 
compreensão, necessário se faz examinar as modalidades de participação na 
escola, pois a realidade interna á organização escolar é, evidentemente, complexa e 
precisa ser examinada em toda a sua complexidade para que a colaboração se 
efetive e a realização de todos se de no trabalho coletivo. 
A escola te que ser encarada como uma comunidade educativa, permitindo mobilizar o conjunto dos atores 
sociais e dos grupos profissionais em torno de um projeto comum. Para tal, é preciso realizar um esforço de 
demarcação dos espaços próprios de ação, pois só na clarificação deste limites se pode alicerçar uma colaboração 
efetiva. 
 
Esta reflexão permite compreender que o funcionamento de uma organização que se 
produzem no seu interior, a partir da participação dos atores envolvidos, pois , a “ escola 
dirige-se a todos, é aberta a todos e trata de formar a liberdade” como nos esclarece 
22 
 
SNYDERS. Liberdade que é o sonho e uma forma de “ manipulação” quando não – 
comprerendida. 
 O conceito de liberdade ( do latin libertas-atis, que significa poder dispor de sua 
pessoa, que não está sujeita a algum senhor) tem sido estendido e usado de inúmeras formas e 
nos mais variados contexto desde os gregos até os tempos atuais. O liberalismo proclama 
como o primeiro dos direitos individuais, como expressão primeira e essencial de seu direito á 
existência e de seu instinto de conservação, como conseqüência de sua autonomia e de sua 
suficiência racional e, sobretudo como condição de sua busca da felicidade. 
A liberdade, que decorre da natureza do homem e da qualidade de sua razão, e que 
manifesta seu estatuto de individuo e expressa seu poder, significa: negativamente, que as 
pressões externas ( de outro indivíduos ou das coisas) se elas se exercem, não são dominantes; 
positivamente, que o individuo tem o poder de agir segundo sua razão em todos os domínios 
em que conservação ou sua felicidade estão engajados: vida, saúde, bens, etc. 
O liberalismo, todavia, subestimando os entraves á liberdade colocando pelas coisas 
matérias e pelas convenções sociais e pelos costume, tende a privilegiar a eliminação das 
coerções voluntarias e pessoais, e portanto, políticas. Deste modo,a liberdade se afirma para o 
liberalismo, de preferência na autonomia e na independência do individuo em relação a 
autoridade política. E social e na dependência desta autoridade diante das vontades 
individuais absolutista, desta forma este conceito, enquanto valor humano conferido á 
liberdade uma condição individual sem nenhuma condição ou relação. 
GRAMSCI, citado por FERREIRA, afirma que a liberdade se manifesta na ausência 
de toda forma de opressão e que a maior forma de opressão é a ignorância destaca-se. 
Portanto, a importância do conhecimento e da necessidade de inserção do homem no mundo 
do trabalho, único e verdadeira condição de liberdade – como sujeito que se constrói o 
mundo, nas relações sociais. 
Nesse sentido, o conceito de liberdade que conta principio de nossa LBD na formação 
de profissionais da educação deve ser compreendido não como o que se compromete com o 
acirramento do individualismo, mas o que se compreende com a formação da cidadania por 
meio da participação e percebe na superação da ignorância quando da aquisição e da produção 
do conhecimento. 
A participação da comunidade escolar está vinculada as instancias colegiadas da 
escola, enfatizando duas áreas: 
A) a estrutura pedagógica – administrativa da escola gestão colegiada tomada de 
decisão e instância avaliativa; 
23 
 
B) a estrutura social da escola: relação entre professores, funcionários e participação 
dos pais e a auto-organização dos alunos. 
 
 Cabe lembrar que os componentes que fazem parte do projeto de cidadania, citados 
acima, bem como concepção de liberdade vão fazer parte da organização da escola e das 
modalidades de participação que terão como pano de fundo PPP que se alicerça no principio 
da construção coletiva. “Sendo assim, quando os educando e os educadores percebem a escola 
como um local de trabalho, estudo, auto-organização para realizar suas atividades e seus 
interesses, se envolve no” “coletivo” e a escola se transforma em local de formação para 
trabalho e exercício da cidadania. 
A comunidade escolar, por conseguinte, pode e deve participar de todas as instancia 
colegiadas da escola e as modalidades de participação serão definidas a partir dos princípios e 
formas de trabalho especificadas no Projeto Político Pedagógico. O projeto político 
pedagógico articula as dimensões da intencionalidade com as de efetividades e possibilidades 
para ser viável, possível e pode ser assumido coletivamente pelo grupo, ou seja, pelos vários 
segmentos da comunidade escolar. 
Todavia, nem todos os elementos da comunidade podem participar de todas as 
decisões. A concretização do projeto político – pedagógico no âmbito da gestão democrática 
da escola não significa reunir todas as pessoas envolvidas de maneira permanente para tomar 
decisões. É necessário buscar formas representativas e, as vezes, operativas, que permitam 
oportunamente a tomada de decisões. 
Para isso, é necessário criar órgão de gestão que garantam, por um lado a 
representatividade e, por outro a continuidade e conseqüentemente a legitimidade. O 
Conselho Escolar, O Conselho de Classe, a Associação de Pais e Mestre, O Grêmio Estudantil 
são formas colegiadas de participação que devem ser organizada pelo coletivo da escola com 
a representatividade necessária a tomada de decisões democrática, porem assegurando 
estabelecida no Projeto Político Pedagógico que foi construído coletivamente e que será o 
“instrumento” condutor da política educacional em ação na escola. 
“A gestão da escola se desenvolverá no sentido de “obedecer” o PPP a fim de 
assegurar a qualidade do ensino e da educação e a formação da cidadania “ passaporte” 
indispensável a participação na ampla sociedade e que todos os alunos e alunas buscam 
adquirir na escola 
24 
 
O importante é assegurar que cada escola possa criar suas modalidades de participação 
colegiada, a fim de construir sua identidade, objetivando uma educação de qualidade 
sustentada em concepção cooperativas e solidárias intra e interescolares. 
Experiência diversa tem sido desenvolvida nos últimos anos, tanto em escolas publicas 
quanto em escolas particulares, buscando uma melhor aproximação entre escola e 
comunidades. A realização de atividades culturais, desportivas e outra natureza entre a 
comunidade escolar em sentido restrito a amplo, favorecem o dialogo e colabora no 
estabelecimento de um clima de confiança e compreensão mutua 
A convivência entre escola e a comunidade requer vontade e interesse das partes 
envolvidas. Muitos corais, grupos de danças e de teatro e outras formas de expressão artística 
surgem tentativas de aproximação e vão criando novas formas de participação, formando 
consciência de cidadania.quando isso ocorre, a escola é revalorizada pela comunidade. A 
cultura da violência, hoje tão disseminada, cede lugar a uma convivência social alegre, 
prazerosa e pacifica. 
Como diz o relatório final da Conferencia de Educação para todos, realizada em 
Dacar( Senegal) em abril 2000: para alcançar a participação efetiva nas sociedades e 
economias do século XXI. 
A abertura da escola ao mundo externo, de onde vem seus alunos e para onde se 
dirigem os futuros cidadãos é parte importante desse movimento. Assim como se refere o 
documento acima citado, esse processo requer: 
 
(...) o engajamento e a participação da sociedade civil na formulação, implementação e monitoramento de 
estratégias para o desenvolvimento da educação, assim como o desenvolvimento de sistema de administração e 
de gestão educacional que sejam participativase capazes de dar resposta e de prestar contas. 
 
Enfim, as relações entre a escola e a comunidades ampla e restrita dão-se de muitas e 
diferentes formas, dependendo das forças atuantes nem determinado momento histórico.a 
função social da escola é que se constrói co o próprio acontecer da historia, em SUS 
diferentes manifestações. Num mundo globalizado, novas demandas se colocam para a escola 
e para todos os que participam de sua gestão. 
Novos pilares para a educação no século XXI se firmam: aprender a conhecer, 
aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser. Estes pilares, como todas as demandas 
do mundo globalizados, da sociedade do conhecimento, somente serão contemplados com a 
participação efetiva de todos a partir da construção coletiva de um novo projeto de sociedade 
mas justa e humana. 
25 
 
LINHARES afirma que: 
Da escola, espera-se que ela promova a capacidade de discernir, de distinguir, de pensar que supõe assumir o 
mundo. A realidade histórica como uma matéria perceptível e com objetividade que nos permita sua maior 
compreensão e intervenções deliberadas. Da escola se espera o fortalecimento de sujeito que, elabora 
conhecimento, contingências e estrutura, possam imaginar outros mundos ainda não concretizados e neles 
investir com paixão para construir tempos e lugares que ampliem as alternativas da realização humana e social. 
 
Este é o compromisso da gestão democrática da educação que necessita expressa e 
construir políticas educacionais comprometidas com a formação da cidadania e a felicidade de 
todos os cidadãos. 
 
 
 
4 Considerações Finais 
 
Determinamos aspectos foram aqui relatados e analisados para um estudo mais amplo, 
procurando refletir sobre seus pontos positivos e negativos e buscar a verdadeira identidade de 
um gestor de qualidade, pois considerando que as atribuições do diretor estão relacionadas a 
varias função administrativa que constituem o processo administrativo e refere-se s teorias e 
praticas necessárias para se administrar o trabalho das pessoas, a gestão de pessoas passa a 
construir a principal competência do diretor escolar, pois escola são construída por pessoas e 
de pede delas para atingir seus objetivos e cumprir SUS missões, por sua vez as pessoas 
possuem objetivos pessoais difíceis de serem alcançados por meio de esforço pessoal 
isolando, assim, com o trabalho em equipe, há uma relação de reciprocidade, onde equipe e 
instituição se beneficiam.e cabe ao gestor a capacidade de desenvolver e utilizar as 
habilidades intelectuais e competitivas de seus membros. 
Isso pode torna-se possível quando uma busca através de reflexão e discussão dos 
problemas da escola, procurando alternativas viáveis á efetivação dos objetivos,construindo 
um processo democrático de decisões da organização do trabalho pedagógico e 
administrativo. 
Após esta pesquisa pode-se concluir que há campo para novas posturas educacionais e 
espaço para a criação de proposta da comunidade escolar, pois a medida que o horizonte se 
articula com os interesses dominados, o processo de transformação da autoridade deve 
constituir –se no próprio processo de conquista da escola pelas camadas trabalhadoras. 
A democratização da gestão – especialmente quando dá através de ações estruturadas 
– permite que os setores interessados participam da elaboração da política municipal de 
educação. São gerados, assim, ganhos em qualidade das decisões, pois estas podem refletir a 
26 
 
pluralidade de interesse e visões que existem entre os diversos atores sociais envolvidos. As 
ações empreendidas passam a um patamar de legitimidade mais elevado. 
A criação de instancias participativa, de fiscalização da sociedade civil sobre a 
execução da política educacional. Força um aumento da transparência das ações do governo 
municipal, através da ampliação do acesso á informação. 
Como a educação é uma política e um serviços publico de grande visibilidade, a 
democratização de sua gestão traz resultados positivos para a ampliação da cidadania, por 
oferecer a um grande contingente de cidadão a oportunidade de participar da gestão publica. 
O governo municipal pode valer-se da estrutura do sistema de gestão democrático da 
educação para ampliar sua capacidade de comunicação com a população. Neste ponto, o 
conselho de escola, por atingirem diretamente grande parte das famílias, tem papel 
fundamental. 
A democratização da gestão da educação atua sempre como um reforço da cidadania 
constituindo-se em fator de democratização de gestão municipal como um todo. 
A obtenção destes resultados, no entanto, depende da vontade política da 
administração de ampliar os espaços de participação da sociedade na gestão municipal. 
Depende, também, da adoção de outro medias visando a democratização do ensino. Um 
governo que não se preocupar com estes dois pontos dificilmente conseguira implantar um 
verdadeiro sistema de gestão democrática da educação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
 
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