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ARTIGO A LITERATURA INFANTIL E SEU MUNDO ENCANTADO

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A LITERATURA INFANTIL E SEU MUNDO ENCANTADO
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RESUMO
O presente artigo tem por finalidade analisar a contribuição da literatura e contação de histórias para o processo de ensino-aprendizagem na Educação Infantil. A Literatura e a contação de História são muito importantes no desenvolvimento da criança. Possibilita a criança usar seu imaginário, sua criatividade, suas habilidades cognitivas,estimula o intelecto,o senso crítico, além de ajudar a descobrir um mundo cheio de sentimentos e emoções. A escola deve ser uma grande incentivadora, deve despertar o interesse e o prazer pela leitura em seus alunos. Mas não podem estar sozinha nessa função, devendo assim contar com a ajuda dos familiares para que possam dar continuidade ao trabalho da escola, fortalecendo assim os vínculos sócias, educativos e afetivos.
Palavra-chave: Contação de História; Literatura; Imaginação; Educação.
SUMMARY
This article aims to contribute literature and storytelling to the teaching-learning process in Early Childhood Education. Literature and storytelling are very important in child development. It enables the child to use his imagery, his creativity, his cognitive abilities, stimulate the intellect, the critical sense, and help discover a world full of feelings and emotions. The school should be a great incentive, it should arouse interest and pleasure by reading in its students. But they can not be alone in this role, so they must rely on the help of their families so that they can continue the work of the school, thus strengthening the social, educational and affective bonds.
Keyword: Storytelling; Literature; Imagination; Education.
INTRODUÇÃO
Sabe-se que a mídia e as novas tecnologias estão cada vez mais dentro de nossas casas e mais acessíveis às crianças, e realmente acabamos nos rendendo a elas. Com a facilidade de interação em jogos, vídeo game, internet no computador, tablete, celulares e canais livres de televisão, tudo isso são atrativos que acabam desviando o interesse da criança pela leitura. Há também aquelas crianças que estão sobrecarregadas de atividades como natação, aulas de ginástica, balé, Inglês, e acabam ficando exaustos ou sem tempo para se dedicarem a leitura de um livro, o que faz com que, nos dias atuais, os livros sejam deixados de lado e as histórias já não tenham mais tanta importância como antes. 
Este cenário pode trazer alguns pontos de atenção para profissionais e pesquisadores da área de educação, pois descontinua a função do livro como um elemento que contribui para a formação e desenvolvimento global do indivíduo. Da mesma forma, pode impactar em estratégias de ensino que tenham como recurso didático a utilização dos livros. Neste recorte, destacamos para fins de realização desta pesquisa o livro e a prática de contação de histórias.
Leitura é, basicamente, o ato de perceber e atribuir significados através de uma conjunção de fatores pessoais com o momento e o lugar, com as circunstâncias. Ler é interpretar uma percepção sob as influências de um determinado contexto. Esse processo leva o indivíduo a uma compreensão particular da realidade. (SOUZA, 1992, p. 22)
A contação de histórias é um importante e valioso auxílio à pratica pedagogia de professores na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental. A contação de história instiga a imaginação, a criatividade, a oralidade, incentiva o gosto pela leitura, contribui na formação da personalidade da criança envolvendo o social e o afetivo.
O presente artigo tem por finalidade apresentar a contribuição da literatura e contação de histórias para o processo de ensino-aprendizagem na Educação Infantil e propõe refletir sobre a importância que pais e professores batalhem pelo resgate do lúdico, da contação de histórias, do gosto pela expressão oral/corporal, do gosto pela leitura, pelo desenvolvimento dos sentidos e sentimentos. 
Para a realização deste estudo, optou-se pela técnica de pesquisa bibliográfica, utilizando fontes científicas periódicas e publicações técnicas da área de educação.
A IMPORTÂNCIA DE CONTAR E OUVIR HISTÓRIAS
Ouvir histórias é algo prazeroso em todas as idades pois desperta o interesse por algo imaginário, e se adultos gostam de ouvir históricas, as crianças tornam-se capazes de se interessar e gostar ainda mais, pois estas conseguem adentrar o mundo imaginário com maior intensidade.
A contação de história neste sentido, auxilia o desenvolvimento do indivíduo, seja ele criança ou adulto. No caso da criança, a história consegue atingir um leque maior como por exemplo a linguagem escrita, a linguagem oral, o vocabulário, entre outros.
A criança desde muito cedo é apresentada a história, quando suas mães contam historinhas para os bebês ainda dentro da barriga, ou então quando a criança nasce e a mãe conta histórias, as cantigas de ninar, e estas relações são importantes, pois quando a criança for inserida dentro do contexto escolar estas experiências contribuirão para o desenvolvimento da criança, transformando-se em cantigas de roda, narrativas infantis, enfim, na contação e interpretação de histórias.
Sabe-se que a educação infantil é um período de descoberta para as crianças e que nesta fase, a criança ainda não sabe ler e escrever, porém, aprende através da visão e da audição, se você pedir para uma criança contar uma história, esta poderá estar com o livro nas mãos, não conseguirá ler o que está escrito, porém, por meio das imagens ali apresentadas, ela conseguirá relembrar a história escutada e assim retransmitir estas informações.
Dentro do processo educacional a criança inicia a leitura quando já está no último estágio da educação infantil, quando estas são inseridas no pré-escolar, a partir de então elas começam a conhecer as letras, juntar sílabas e a partir de então formar palavras dando assim início a leitura.
O primeiro contato da criança com um livro ou com um texto é através da contação de história, quando alguém lhe conta uma história, assim, com o tempo a criança vai se adaptando a estas histórias e também começa a fazer parte da narrativa. Neste sentido, é interessante observar que a criança desenvolve não somente o interesse pela leitura, mas vai além, já começa a imaginar, a utilizar-se da criatividade para desenvolver os personagens, as falas, o que vai gerar um processo ensino-aprendizagem, mesmo que ainda a criança não esteja inserida no contexto escolar.
[...] é importante para a formação de qualquer criança ouvir, muitas histórias... Escutá-las é o início da aprendizagem para ser um leitor, e ser leitor é ter um caminho absolutamente infinito de descoberta e de compreensão do mundo... (ABRAMOVICH, 2005, p. 16)
Ainda dentro do contexto de ouvir histórias, torna-se importante enfatizar que as histórias reais de como a criança nasceu, a história do seu nome, entre outros, é muito importante para o desenvolvimento da criança, visto que é a partir destes históricos que ela começa a se conhecer e assim formar sua identidade, compreender as relações familiares, conhecer o seu mundo.
Contar histórias deve ser rotina do professor. De acordo com Coelho (2002) a contação de histórias estimula a criança a adquirir o hábito pela leitura que o acompanhará por toda vida. 
O Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil – RCN – (1998), elaborado pelo Ministério da Educação Nacional e do Deporto, atendendo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/96), apresenta que a Educação infantil é a primeira etapa da educação básica, e esta tem como objetivo auxiliar o trabalho educativo para que a criança tenha um desenvolvimento íntegro (SOUSA, 2014).
No que se refere a leitura de histórias, encontramos também no RCN (BRASIL, 1998) que a leitura é um momento em que a criança passa a conhecer a forma de viver, pensar, ela entra em um universo de valores, comportamentos, conhece novas culturas, novos tempos e lugares diferentes daquele que ele está acostumado, e a partir deste conhecimento a criança estabelece relações com a formade pensar e o modo de ser entre o mundo imaginário e o mundo em que vive.
Neste contexto, pode-se dizer que a literatura infantil vai muito além do prazer que a criança sente ao ouvir histórias, pois ela pode auxiliar a criança na construção de seus sentimentos, valores e idéias. Por isso, faz-se importante que o professor tenha uma postura ativa e estimuladora para que assim consiga transmitir para os alunos esta motivação e assim estimular os alunos a se tornarem futuros leitores.
É ouvindo histórias que se pode sentir (também) emoções importantes, como a tristeza, a raiva, a irritação, o bem-estar, o medo, a alegria, o pavor, a insegurança, a tranquilidade, e tantas outras mais, e viver profundamente o que as narrativas provocam em quem as ouve (ABRAMOVICH, 1997, p. 17)
Dentro do contexto literatura na educação infantil e importancia da leitura para o desenvolvimento da criança, encontramos também outros autores que trabalham este assunto como Meireles (1984) e Coelho (2002) estes, assim como Abramovich apresentam que a é importante que o educador passe para a criança a emoção que o narrador do texto apresenta, para tanto é importante ler o texto antes, compreender seu contexto, para que este não corra riscos de ter que improvisar e acabar com o momento mágico que é a contação de história.
A criança desde pequena pode construir uma relação prazerosa com a leitura, por isso faz-se importante também que dentro de casa a criança seja estimulada, pois compartilhar estas descobertas com os pais e familiares é um fator positivo para o processo de desenvolvimento e aprendizagem da criança, dando à leitura um sentido mais amplo.
Dentro do contexto escolar ou até mesmo dentro do contexto familiar, o espaço para a contação de história deve ser acolhedor, preparado de acordo com as necessidades das crianças, ser confortável, para que assim a criança fique livre para se movimentar, se expressar enquanto ouve a história.
De acordo com Sandroni & Machado (1998, p. 15), “os livros aumentam o prazer de imaginação das crianças, a partir de histórias simples, ela começa a interpretar e reconhecer experiências reais”.
É importante destacar também que o fato de a criança saber ler não é motivo para a mesma deixar de ouvir histórias, pois nesta fase as histórias aprimoram a capacidade de imaginação da criança, estimulando o pensar, o desenhar, o escrever, o criar, o recriar.
A história é importante para o desenvolvimento da criança porque estimula seu imaginário, nos dias atuais, vivemos em um mundo tecnológico, onde as crianças possuem acesso muito fácil a diversas formas de informação e isto tem tirado um pouco da infância das crianças, pois as mesmas estão focadas em jogos de computador, em tablets, entre outros.
É então papel não somente da escola, mais em primeira instancia dos pais o incentivo a leitura por meio da contação de história para as crianças desde muito pequenas, para que assim possa despertar o interesse.
Faz-se importante neste contexto que a criança tenha contato direto com os livros, ele precisa ser tocado, folheado, para que assim a criança possa se interessar pela leitura, na maioria das vezes o interesse surge primeiramente pelas ilustrações, porém, com o tempo, a leitura vai tornando-se mais envolvente e a partir de então a criança descobre um mundo fascinante, um mundo de imaginações que se transmite por meio de imagens e palavras.
O DESENVOLVIMENTO INFANTIL A PARTIR DA PRÁTICA DA LEITURA
A leitura está presente em todo o cotidiano da criança, seja ele na vida social como na vida escolar, a família apresenta-se como a primeira instituição de ensino da criança, por isso faz-se necessário que os familiares incentivem seu desenvolvimento, em segundo momento é que a escola é apresentada como uma instituição de ensino, onde a criança passa então a relacionar-se com outras crianças, conhecer um mundo diferente, e os processos de socialização muitas vezes são difíceis, pois a criança não está acostumada, por isso, faz-se importante que a escola esteja apta a lidar com estas situações a fim de estabelecer as orientações adequadas para que esta criança se desenvolva corretamente (PEREIRA; FRAZÃO; SANTOS, 2012).
Ao trabalhar a questão da leitura então, isto não é diferente, para que a criança se desenvolva leitor torna-se necessário um incentivo por parte de todos os envolvidos em seu convívio, apresentando a leitura como algo divertido, estimulando o contato da criança com o livro e inserindo na vida da criança aos poucos atividades pedagógicas que envolvam a leitura como: jogos, recreação, cantigas de roda, entre outros.
Ler ativa uma série de ações na mente do leitor, no caso das crianças, estas conseguem através da leitura extrair diversas informações, estas por sua vez podem ser modificadas ou desenvolvidas durante a absorção do conteúdo. 
Torna-se importante neste sentido que a prática da leitura seja apresentada na vida das crianças de forma natural, com calma, mostrando em sua essência seus benefícios e sua importância, para que a mesma não se sinta na obrigação de fazer algo, para que está ação se torne prazerosa, e haja compreensão do que seja a leitura eficiente e eficaz.
É também por meio da leitura que resgatamos nossas lembranças mais especiais, lembranças estas que fazem parte da nossa cultura, esta por sua vez, nos foi como finalidade a formação de cidadãos críticos e conscientes de seus atos, porém a cultura se dilui e se perde diariamente, e é este saber, esta cultura que precisa ser recuperada, e a leitura, torna-se um elemento fundamental para tal recuperação.
Através da leitura a criança desperta uma nova relação com sentimentos diferentes, uma nova visão do mundo, adequando estas condições para seu desenvolvimento intelectual, sua formação, a partir da leitura vai codificando seus sentimentos, suas ações, consegue enxergar-se mais confiante, modificando seu modo de pensar, de agir, passando a ter o controle sobre sua emoção e sua imaginação. Ao pegar um livro a criança fica encantada, pois este apresenta-se como a realidade em forma de fantasia por meio de seus desenhos, brincadeiras, histórias e músicas.
Neste contexto, é evidente que para um maior envolvimento da criança, esta precisa ser incentivada desde cedo, adquirindo o gosto pela leitura, portanto, faz-se necessário que os pais compreendam que ao ler para a criança este está trabalhando o seu desenvolvimento não somente intelectual mas de maneira indireta seu desenvolvimento físico e motor, por isso, torna-se importante estabelecer uma rotina para a criança, ler histórias antes de dormir pode ser um bom começo, pois além de fazer com que a criança tenha o gosto pela leitura, faz com que a relação da criança com seus familiares seja trabalhada diariamente, e isto torna-se importante para o desenvolvimento da criança o que irá contribuir de forma positiva dentro do processo ensino-aprendizagem quando a mesma estiver em idade escolar.
O desenvolvimento da criança se dá a partir de estágios psicológicos e estes precisam ser observados e respeitados não somente dentro do contexto familiar, mas principalmente dentro do contexto escolar, quanto aos conteúdos trabalhados para cada fase destes desenvolvimento.
O desenvolvimento destes estágios não estão exclusivamente relacionados a sua idade, mas sim ao nível de amadurecimento psíquico, afetivo e intelectual como afirma Coelho (2002). Por isso, diante da questão da leitura, torna-se necessária a adequação de livros às diversas etapas pela qual a criança passa. Estas etapas podem ser classificadas como: pré-leitor, leitor iniciante, leitor-em-processo, leitor fluente e leitor crítico.
O pré-leitor abrange a primeira infância (até os 3 anos de idade), neste período, a criança começa a conhecer o mundo ao seu redor por meio de contato afetivo e do tato, neste período ela sente a necessidade de tocar tudo o que está ao seu alcance, assim como é neste momento em que a criança passa a desenvolver sua linguagem, dando nomes para tudo o que está a sua volta. A partir destecontato com o meio é possível estimular a criança oferecendo-lhe brinquedos, chocalhos musicais, e diversos outros objetos, para que a criança possa manusear e nomea-los, propiciando assim situações simples de leitura.
Ainda dentro da fase pré-leitor, temos a segunda infância (a partir dos 3 anos de idade), é a fase onde aumenta o interesse da criança pela comunicação verbal, assim como a criança passa a interessar-se por atividades lúdicas, e inserir o livro nas brincadeiras pode ser significativo para a criança.
Nesta fase, os livros de acordo com Abramovich (1997) devem apresentar um contexto familiar, com grande número de imagens e devem levar a criança a compreender o seu contexto, envolvendo uma situação. Textos escritos nesta fase não são interessantes, pois a criança poderá estabelecer uma relação mais abrangente por meio de nomeação das coisas, estabelecendo um conhecimento entre a realidade e o mundo dos livros.
Outro estágio da vida do leitor é o leitor iniciante, este se dá a partir dos 7 anos de idade, uma fase onde a criança apropria-se da decodificação de símbolos gráficos, porém ainda está em período de processo inicial então neste momento, a presença de um adulto no auxilio a leitura incentivando a criança torna-se fundamental.
Nesta fase então, os livros devem utilizar-se de linguagens simples com inicio, meio e fim, porém, é importante que ainda as imagens predominem. Os personagens podem ser humanos, bichos, robôs, entre outros, que sejam especificados por traços de comportamento como bom ou mau, forte ou fraco, feio ou bonito, com histórias que de acordo com Coelho (2002) devem estimular a imaginação, a inteligência, a afetividade, as emoções, o pensar, o querer e o sentir.
A terceira categoria de leitor, o leitor em processo se dá a partir dos 9 anos de idade, onde a criança nesta fase já domina o mecanismo da leitura, tendo este já um conhecimento maior a respeito das palavras, permite a ele realizar operações mentais, é uma fase em que a criança passa a se interessar por desafios, desta forma, sente grande atração por textos que traga histórias de humor, e de situações inesperadas. Nesta fase, os livros adequados são aqueles com imagens e textos escritos em frases simples, de comunicação direta e objetiva.
Nesta fase de acordo com Coelho (2002) as histórias devem conter início, meio e fim, e seu contexto deve girar em torno de conflitos, levando a leitura a se tornar mais interessante onde o leitor busque a solução do problema.
A quarta categoria o leitor fluente se dá a partir dos 11 anos de idade, este encontra-se em fase de consolidação do mecanismo da leitura, tendo maior capacidade de concentração ele torna-se capaz de compreender o mundo do livro. Coelho (2002) apresenta que é a partir desta fase que a criança desenvolve o pensamento hipotético dedutivo e a capacidade de abstração. 
Quanto ao desenvolvimento psico/motor, esta fase desenvolve mudanças significativas para a criança, visto que este está entrando na fase da pré-adolescencia, existe um sentimento interior, onde este compreende-se como alguém capaz de responder todos os problemas sozinhos.
Quanto ao conteúdo dos livros nesta fase, o leitor fluente é atraído por histórias que apresentam valores políticos e éticos, heróis e heroínas, a busca de jovens pelo espaço no meio em que vivem. Para estes as histórias já devem conter linguagens mais elaboradas, as imagens tornam-se indispensáveis. Nesta fase, a criança se interessa por gêneros como contos, crônicas, novelas.
A última categoria, o leitor crítico, inicia-se a partir dos 13 anos, nesta fase a criança já tem total domínio da leitura e da linguagem escrita, aumentando assim sua capacidade de reflexão, desenvolve o pensamento reflexivo e a consciência crítica em relação ao mundo.
Este tipo de leitor continua ainda a se interessar por tipos de leituras das fases anteriores, porém, torna-se necessário que este aproprie-se de conceitos básicos da teoria literária.
Diante disto, vê-se que estimular a leitura é importante independente da idade da criança, ler é fundamental para qualquer criança, pois por meio da leitura a criança adquire maior amplitude de vocabulários, estimulando também o desenvolvimento da fala da criança, aumentando o conhecimento da mesma a respeito do mundo que a cerca.
É necessário que haja um incentivador (pais, professores, familiares) que ofereçam a estas crianças estímulos para que esta possa desenvolver sua imaginação, sua criatividade, para isto, a leitura é fundamental, pois quanto mais informação a criança tem maior será o número de ferramentas que a mesma encontrará para interpretar e desvendar o mundo que está conhecendo.
Dentro do contexto escolar, o professor possui papel importante no que se refere ao desenvolvimento do leitor, pois é a partir dele que a criança irá adquirir o interesse pelos livros, para isto o professor pode trabalhar projetos, leitura de livros, a partir do qual é possível construir diferentes atividades e jogos que farão com que a criança entre no mundo da imaginação e interaja com os outros amigos da sala, é importante também que o professor leve a criança a se compreender dentro da história como parte integrante daquele mundo imaginário.
A FAMÍLIA COMO CONTRIBUIDORA DO HÁBITO DE LER
Torna-se importante para o desenvolvimento de um bom leitor que a leitura seja estimulada desde o seio familiar, visto que quando isto não acontece, a criança pode não se interessar e isto venha a prejudicar seu desenvolvimento dentro do contexto escolar, onde a criança passa a considerar a leitura como algo obrigatório, no entanto, quando a leitura acontece dentro do ambiente familiar, é mais provável que a criança apresente facilidade na compreensão dos textos, facilitando assim seu processo de interação na escola e também na sociedade de uma forma geral.
Antigamente, a tarefa de construir valores e atitudes era exclusivamente da família. Hoje, as crianças vão cedo para as creches, berçários e escolas de Educação Infantil, originando uma nova filosofia para os educadores e para a escola, que é a grande parceira da família (PAROLIN, 2010, P. 46).
Neste contexto, Vieira (2004) apresenta que o leitor formado pela família possui um perfil diferenciado do que aquele que obteve o contato com a leitura apenas ao chegar a escola. Assim, fica evidente que quando a criança possui contato com a leitura dentro do ambiente familiar esta demonstra mais facilidade de compreensão e de como lhe dar com o mundo na qual está inserida, além do que a leitura iniciada na família desenvolve a criança a partir de um senso crítico desde cedo e isto contribui positivamente para a formação do indivíduo dentro da sociedade. 
É possível a partir de então compreender que a família possui grande importância dentro do processo de formação do leitor, pois o que a criança aprende por meio do relacionamento com seus familiares será levado para toda a vida e poderão fazer grande diferença quanto ao desenvolvimento da criança quando esta inserida no contexto escolar.
O leitor que teve contato com a leitura desde cedo dentro de sua casa é diferenciado ao saber reconhecer os signos com maior facilidade que um aluno que teve seu primeiro contato ao entrar na escola (RAIMUNDO, 2007, p. 112)
Assim, dentro do contexto familiar existem diversas maneiras de incentivar a leitura, entre eles temos a contação de história, contada pelos pais para a criança dormir, ou então para um passatempo, a partir destes gestos dos pais, as crianças passam a ter o interesse pelo mundo imaginário, buscando nos livros estas experiências.
Desta forma, é evidente que quanto mais os pais tem interesse pela leitura, melhor será a formação da criança como leitor, já quando os pais não possuem este hábito, torna-se importante buscar alternativas para estimular as crianças a adquirirem o gosto pela leitura, pois isto será fundamental para o desenvolvimento da mesma não somente na escola, mas na sociedade de uma forma geral. 
A criança que ainda não sabe falar ou se expressarpode ser estimulada por meio de livros de ilustrações coloridas, a partir do qual ela começa ao escutar as histórias associar as imagens e a partir daí criar seu mundo imaginário com os acontecimentos da história, tomando interesse pelos livros que irão contribuir positivamente para seu desenvolvimento na fala e na comunicação com os adultos.
CONCLUSÃO
Diante do exposto no presente trabalho é possível concluir que a leitura se apresenta como importante ferramenta para a formação da criança, visto que é a partir da leitura que a criança consegue estabelecer um vínculo entre o mundo real e o mundo imaginário, e é este processo de sintonia (real/imaginário) que leva a criança a se interessar pela leitura e com isto auxilia no processo de desenvolvimento não somente dentro do contexto escolar, mas também social.
Vê-se a partir de então que a leitura deve ser trabalhada desde os primeiros momentos de vida da criança, seja por contação de história, por apresentação de desenhos que estimulem a criança, enfim, a leitura não está apenas na apresentação de textos e frases, mas ela engloba um contexto muito maior.
Neste sentido, trabalhar a leitura na educação infantil torna-se fundamental, porém, é importante que dentro do contexto familiar seja trabalhado este estímulo, levando a criança a partir da leitura de histórias e de gravuras a se interessar pela leitura contribuindo assim para seu desenvolvimento até mesmo antes desta se ingressar no contexto escolar.
A escola é importante enquanto formadora da criança no que se refere a educação enquanto alfabetização, cabe então a família a primeira educação, a educação social da criança e ler histórias e incentivar a leitura contribui positivamente para o aprendizado da criança, levando-a a compreender melhor o processo de formação dentro da escola.
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COELHO, Nelly Novaes. Literatura infantil: teoria, análise e didática. 7. ed. São Paulo: Moderna, 2002.
MEIRELES, Cecília, (1984). Problemas da literatura infantil. 3ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira.
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