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Slides de Aula Unidade III (1)

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Profa. Márcia Selivon
Análise do Discurso
UNIDADE III
 Bakhtin em Marxismo e Filosofia da Linguagem: enunciação na esfera social 
perante a filosofia da linguagem.
 Benveniste em Problemas de Linguística Geral II: considera a enunciação 
a partir da subjetividade na linguagem.
Principais teorias linguísticas da enunciação
 Ducrot em O dizer e o dito (1987): define enunciação a partir de influências sociais, 
como um aparecimento momentâneo de um enunciado.
 Guimarães em Semântica do acontecimento (2002): redefine os vários conceitos 
anteriores de enunciação como um acontecimento de linguagem que se articula 
com determinadas categorias teóricas da análise do discurso.
Principais teorias linguísticas da enunciação (continuação)
 O sistema linguístico é o produto de uma reflexão sobre a língua, que não serve 
aos propósitos imediatos da comunicação.
 Na realidade, a língua é utilizada para satisfazer as necessidades enunciativas 
concretas (a construção da língua está orientada no sentido da enunciação 
da fala).
Bakhtin e a enunciação
 Reflexões a respeito da polifonia (várias vozes) e da enunciação, defendendo o 
dialogismo constitutivo da linguagem.
 (o termo “diálogo” deve ser entendido num sentido amplo).
 Enunciação: produto da interação dos indivíduos socialmente organizados.
Bakhtin: dialogismo e polifonia
Nessa perspectiva, o discurso não é individual:
a) O discurso constrói-se, pelo menos, entre dois interlocutores.
b) O discurso constrói-se como um diálogo entre discursos, mantendo relações com 
outros discursos paralelos ou anteriores.
Bakhtin: relação entre discursos
 Existe uma variedade de gêneros textuais na vida cotidiana, 
cristalizados (padronizados).
 O usuário da língua escolhe o gênero textual mais adequado aos seus objetivos 
na comunicação.
Bakhtin e os gêneros textuais
 Em relação às fórmulas estereotipadas, os sistemas ideológicos constituídos da 
moral social, da ciência, da arte e da religião cristalizam-se a partir da ideologia do 
cotidiano e exercem por sua vez, sobre esta, uma forte influência.
Bakhtin e ideologia
Leia com atenção as alternativas e assinale a incorreta.
a) Bakhtin enfatiza a relação de um discurso com outros discursos.
b) Bakhtin enfatiza o papel da individualidade no discurso.
c) Para Bakhtin, a enunciação é produto da interação entre os indivíduos.
d) A polifonia relaciona-se às várias “vozes” do discurso.
e) Bakhtin faz reflexões sobre os sistemas ideológicos na sociedade.
Interatividade 
Leia com atenção as alternativas e assinale a incorreta.
a) Bakhtin enfatiza a relação de um discurso com outros discursos.
b) Bakhtin enfatiza o papel da individualidade no discurso.
c) Para Bakhtin, a enunciação é produto da interação entre os indivíduos.
d) A polifonia relaciona-se às várias “vozes” do discurso.
e) Bakhtin faz reflexões sobre os sistemas ideológicos na sociedade.
Resposta
Émile Benveniste:
 considera a subjetividade na enunciação, que se funde na ação do próprio 
ato de linguagem, sendo este individual;
 mas mostra que se convoca o “outro/tu” para dentro da enunciação. Por esse 
ato é produzido um enunciado.
Benveniste e a subjetividade na linguagem
 A enunciação apresenta caracteres formais próprios a partir da manifestação 
individual que ela atualiza.
 A referência é parte integrante da enunciação.
Benveniste e a referência na enunciação
 Os índices de pessoa (eu/tu) só se produzem por meio da enunciação, ou seja, 
o presente é propriamente a origem do tempo.
 A enunciação cria entidades na rede de indivíduos em relação ao “aqui-agora” 
do locutor.
Benveniste: o “eu” e o “tu” na enunciação
 Conforme Grice (um autor referencial nos estudos tradicionais da pragmática), a 
teoria das regras conversacionais pretende analisar o sentido a partir da relação 
entre o que é dito na sentença e um estado de coisas no mundo.
 Assim, os enunciados precisam estar de acordo com certas máximas 
conversacionais que priorizam o princípio da cooperação entre os interlocutores
em busca da construção dos sentidos.
As máximas de Grice 
 Máxima da quantidade: a mensagem deve ser tão informativa quanto 
for necessário.
 Máxima da qualidade: só deve ser dito aquilo para o que se possa fornecer 
evidência adequada.
Máximas de Grice: quantidade e qualidade
Máxima da relevância:
 independentemente da importância da informação, ela deve antes ser relevante 
aos objetivos e intenções da conversação;
Máxima do modo/maneira:
 na conversação é preciso ser claro, evitando obscuridade de expressão, 
ambiguidades, desordenação.
Máximas de Grice: relevância e modo
 Entretanto, muitas vezes essas máximas são completamente deixadas de lado 
pelos interlocutores, em função da própria manutenção do sentido da conversação. 
 Segundo a análise do discurso, a linguagem serve para comunicar e para 
não comunicar.
A quebra das máximas de Grice e o sentido
— Olá, Luíza, eu estava mesmo querendo falar com você. Minha empregada 
doméstica pediu demissão e eu estou precisando muito de uma substituta. Então 
estava pensando se você não poderia me indicar alguém. Lembro que você 
comentou, outra vez, que conhecia uma moça, amiga do pastor da nossa igreja, 
que estava procurando emprego, não é? Você ainda tem contato com ela?
Exemplo de quebra das máximas de Grice
— Eu tenho contato sim e ela ainda está procurando emprego.
— O que acha? Você a recomenda para trabalhar comigo? Eu preciso de uma 
pessoa que limpe a casa, lave e passe as roupas e faça a comida, coisa simples.
— Então, ela é muito honesta, gosta de acordar cedo, adora animais e crianças, fala 
direitinho, tem uma letra bonita...
— Mas e da casa? Ela sabe cuidar bem?
— Bem, o que eu posso te dizer? Ela é muito jeitosa com o jardim.
— Entendi.
Exemplo da quebra das máximas de Grice. (continuação)
Qual é a alternativa correta em relação às concepções da análise do discurso?
a) As máximas conversacionais dão conta do sentido dos discursos.
b) Benveniste não trata da subjetividade no discurso.
c) A situação de comunicação é importante para Benveniste.
d) Para Benveniste, enunciado e enunciação não estão relacionados.
e) A enunciação não está relacionada ao momento presente 
da interação comunicativa.
Interatividade 
Qual é a alternativa correta em relação às concepções da análise do discurso?
a) As máximas conversacionais dão conta do sentido dos discursos.
b) Benveniste não trata da subjetividade no discurso.
c) A situação de comunicação é importante para Benveniste.
d) Para Benveniste, enunciado e enunciação não estão relacionados.
e) A enunciação não está relacionada ao momento presente 
da interação comunicativa.
Resposta
 Ducrot desenvolve mais sistematicamente a teoria polifônica da enunciação, sendo 
este passo significativo no sentido de romper com a unicidade do sujeito falante.
 Faz uma reflexão crítica sobre a postura tradicional de algumas linhas teóricas 
da linguística que concebem a linguagem como monológica e o sujeito 
como unicentrado.
Ducrot e o rompimento da unidade do sujeito 
 Estabelece a distinção entre os conceitos de frase (objeto teórico) e enunciado
(fato empírico observável no mundo).
 Sobre os conceitos de sentido e significado, o sentido diz respeito ao enunciado 
e o significado diz respeito à frase.
Ducrot: frase e enunciado
 Nos enunciados há uma apresentação de diferentes vozes, de vários pontos 
de vista.
 A esses diferentes pontos de vista o autor vai chamar de enunciadores.
Ducrot e o conceito de enunciador 
 O locutor (L): é o responsável presumido pelo enunciado.
 Os enunciadores (E1, E2): são os vários pontos de vista que podem ser 
percebidos em um enunciado.
Ducrot e as funções enunciativas: locutor e enunciador
 O topos é um princípio comum aceitável pela comunidade.
 O princípio argumentativo deve ser válido, além da situação na qual é aplicado, 
para um grandenúmero de situações análogas.
Ducrot e a retomada do conceito aristotélico de topos
 O conceito de topos está relacionado à noção de ideologia, uma vez que os topoi
apresentam princípios gerais e concorrentes, mobilizados nos enunciados quanto 
à intenção argumentativa do locutor.
 A intenção argumentativa em relação aos topoi é a de modificar ou consolidar 
crenças comuns, estabelecidas na comunidade discursiva para persuadir 
o alocutário.
Ducrot: a relação entre topos e ideologia 
 Os provérbios são uma excelente fonte de topoi. Eles materializam na linguagem 
as crenças, preconceitos, valores sociais, culturais, religiosos e históricos em 
nossa sociedade.
Vejamos alguns:
a) Deus ajuda a quem cedo madruga;
b) Mulher no volante, perigo constante;
c) A esperança é a última que morre.
Provérbios e os topoi
Leia com atenção as afirmações a seguir:
I. Ducrot distingue frase e enunciado.
II. Ducrot distingue sentido e significado.
III. Ducrot considera o discurso polifônico.
Responda:
a) Apenas a afirmação I é correta.
b) Apenas a afirmação II é correta.
c) Apenas a afirmação III é correta.
d) Apenas as afirmações II e III são corretas.
e) As afirmações I, II e III são corretas.
Interatividade 
Leia com atenção as afirmações a seguir:
I. Ducrot distingue frase e enunciado.
II. Ducrot distingue sentido e significado.
III. Ducrot considera o discurso polifônico.
Responda:
a) Apenas a afirmação I é correta.
b) Apenas a afirmação II é correta.
c) Apenas a afirmação III é correta.
d) Apenas as afirmações II e III são corretas.
e) As afirmações I, II e III são corretas.
Resposta
 Guimarães, assim como Ducrot, distancia-se da visão de Benveniste, que concebe 
a enunciação como uma atividade do locutor em produzir um enunciado e que 
considera o sujeito da enunciação como uno, único e onipotente em relação ao 
seu próprio dizer e à língua da qual esse sujeito se apropria para dizer algo.
Guimarães e Benveniste
 Partindo da afirmação de que a enunciação trata-se de um acontecimento de 
linguagem, este acontecimento pode ser compreendido, segundo a semântica do 
acontecimento, a partir da língua e do sujeito que se relacionam pelo 
funcionamento da língua toda vez que algo é enunciado.
Guimarães e o acontecimento de linguagem
 Enunciação: processo de reformulação de um enunciado através do qual ele 
é posto em funcionamento, surgindo como uma de suas possíveis formas 
de atualização.
 Os processos de enunciação consistem em uma série de determinações 
sucessivas pelas quais o enunciado se constitui pouco a pouco e que têm como 
característica colocar o “dito” e, em consequência, rejeitar o não dito.
O processo de enunciação
Enunciado
 Unidade constitutiva do discurso que nunca se repete da mesma maneira, já que a 
sua função enunciativa muda de acordo com as condições de produção. É a partir 
dos enunciados, portanto, que podemos identificar as diferentes posições 
assumidas pelo sujeito no discurso.
Enunciado e condições de produção
 Nesse sentido, devem ser levadas em consideração as relações interacionais na 
produção textual-discursiva para a construção argumentativa de um texto.
 Texto: produto da relação interativa e o processo discursivo da relação 
interacional comunicativa.
Relações interacionais e discurso
 No que diz respeito à teoria da enunciação, por haver polifonia há uma dispersão 
do “eu”, porém, este luta pela monofonização.
 O sujeito assume a posição de sujeito de intenções, deixando no texto enunciado 
as marcas de sua subjetividade.
O posicionamento do sujeito
 Visando à argumentação como forma de ação sobre o “outro”, Brandão parte 
da noção de adesão postulada por Perelman e postula a existência de dois 
movimentos na articulação de um discurso argumentativo: um de desconstrução 
e outro de construção, que objetivam uma transformação.
Argumentação como forma de ação sobre o “outro”
 Nessa perspectiva, postula o movimento de negação existente na argumentação, 
sob o enfoque de que, ao mesmo tempo em que a argumentação está voltada 
para o “outro”, o percurso argumentativo está bem marcado por uma anulação 
desse “outro”, pois visa à afirmação de seu próprio discurso.
A argumentação e o “outro”
 Maingueneau (1997) postula que, por haver heterogeneidade e polifonia, 
um discurso não pode ser autofundado nem ser definido com uma única 
formação discursiva.
 Um discurso sempre relaciona-se com outros discursos que definem o seu 
universo discursivo.
Interdiscurso e formação discursiva
 Sobre esta discussão, considere-se ainda que certos fenômenos linguísticos, 
em situações de uso, transformam, deslocam, movimentam os sentidos, 
promovendo polissemia na linguagem, o que altera completamente o pressuposto 
lógico-formalista de que para cada referência deve haver apenas um sentido.
Alteração de sentido
 Exemplo: Ironia: “Você não vai ficar com fome após comer apenas um sanduíche, 
um pedaço de bolo e um pacote de bolachas? Olha que o almoço só sai ao 
meio-dia, hein?”
 Exemplo: Sinonímia: “João certamente estará pobre ao final da crise econômica”. / 
“João certamente estará na miséria ao final da crise econômica”.
Alteração de sentido: ironia e sinonímia
Assinale a alternativa incorreta.
a) O discurso está sempre relacionado à interação.
b) O enunciado relaciona-se às condições de produção.
c) Um discurso sempre dialoga com outros discursos.
d) Em situações de uso, os sentidos nunca se transformam.
e) Enunciação relaciona-se com enunciado.
Interatividade 
Assinale a alternativa incorreta.
a) O discurso está sempre relacionado à interação.
b) O enunciado relaciona-se às condições de produção.
c) Um discurso sempre dialoga com outros discursos.
d) Em situações de uso, os sentidos nunca se transformam.
e) Enunciação relaciona-se com enunciado.
Resposta
ATÉ A PRÓXIMA!

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