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CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS FMU CURSO DE DIREITO EDIVALDO DE JESUS PEREIRA O DIREITO COMO INSTRUMENTO DE ORDENAÇÃO SOCIAL EM PROL DA TUTELA DA DIVERSIDADE SEXUAL SÃO PAULO /SP 2020 O DIREITO COMO INSTRUMENTO DE ORDENAÇÃO SOCIAL EM PROL DA TUTELA DA DIVERSIDADE SEXUAL Artigo científico apresentado ao curso de Direito das Faculdades Metropolitanas Unidas - FMU, como requisito parcial para obtenção do título de bacharel, sob a orientação da Professora Dra. Janaína Varalli. Data da aprovação: __/__/__ Banca examinadora: Professor Orientador: Professor: Professor: “Dedico o presente trabalho, aqueles que com títulos de amigos, mas como palmeiras enraizadas, hoje, fortificadas quantos os laços familiares intrínsecos, em especial, minha querida, estrutura de minha vida, Dra. Gleice Reis, que contribui cotidianamente para realização de um sonho, tido como nosso” SÃO PAULO 2020 O DIREITO COMO INSTRUMENTO DE ORDENAÇÃO SOCIAL EM PROL DA TUTELA DA DIVERSIDADE SEXUAL Edivaldo de Jesus Pereira Discente do Curso de Graduação em Direito da FMU – SP. São Paulo – SP, Brasil. edivaldojpdireito@yahoo.com.br. Resumo O presente trabalho buscou examinar a discriminação da comunidade LGBTQIA+ e sua equiparação aos crimes regulamentados pela Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989 no tocante, posicionamento do Supremo Tribunal Federal em entendimento majoritário, fixado pelo debate da ADO 26 e MI 4733, que atribuiu similitude de crime de racismo aqueles que discriminar, injuriar, violar preceitos com esses relacionados e sua promoção ao preconceito de caráter psicológico, sociológico e jurídico contra homossexuais e transexuais. A problematização suscitada pela presente pesquisa encontra amparo justamente na fixação de entendimento de criminalização de agressão e o limite da liberdade de expressão, como forma de equilibrio, segurança jurídica pretendendo a equanimidade entre direitos e garantias fundamentais. A metodologia utilizada foi à pesquisa doutrinária e jurisprudencial, bem como matérias jornalísiticas. Dessa forma chegou-se a conclusão que a melhor alternativa para solucionar a disparidade da disseminação de violência contra tal classe e aplicabilidade de sanção seria o mecanismo hábil de controle repressivo e, nesta feita, se vislumbra vunerabilidade jurídica de regulação em cárater antecedente de legislação preventiva. Palavras chaves: LGBTQIA+. Criminalização. Antiracismo. Direitos Humanos. LAW AS AN INSTRUMENT OF SOCIAL ORDINATION FOR THE PROTECTION OF SEXUAL DIVERSITY Abstract: The present work sought to examine the discrimination of the LGBTQIA + community and its equivalence to the crimes regulated by Law nº 7.716, of January 5, 1989 regarding the position of the Supreme Federal Court in majority understanding, established by the debate of ADO 26 and MI 4733, 1 which it attributed similarity to the crime of racism to those who discriminate, insult, violate precepts related to them and their promotion of psychological, sociological and legal prejudice against homosexuals and transsexuals. The problematization raised by the present research finds support precisely in the fixation of understanding of the criminalization of aggression and the limit of freedom of expression, as a way of balance, legal security aiming at equanimity between fundamental rights and guarantees. The methodology used was doctrinal and jurisprudential research, as well as journalistic articles. Thus, it was concluded that the best alternative to solve the disparity in the spread of violence against such a class and the applicability of sanctions would be the skillful mechanism of repressive control and, this time, there is a glimpse of the legal vulnerability of regulation in the background of preventive legislation. Keywords: LGBTQIA +. Criminalization. Anti-racism. Human Rights. SUMÁRIO: Introdução. 1. Contexto histórico da violência que produziu a homofobia 2. Argumentos favoráveis e desfavoráveis a criminalização da homofobia e equiparação ao racismo. 3. Experiências de países que adotaram criminalização e não criminalização em razão da condição. Conclusão. Referências. INTRODUÇÃO Tem por objetivo a presente pesquisa entender o papel do Direito como instrumento regulatório e a fixação de parametros para garantias fundamentais, instituídas na Constituição Federal de 1988, inerentes à dignidade da pessoa humana em como o ordenamento jurídico pretende combater ditadura imposta por uma maioria intransigente, obstinanda a perseguir uma minoria, que por vezes, somente encontra amparo legal quando já violada em direitos. Muito embora, a classe LGBTQIA+ seja considerada minoria, se tem como maioria o gênero heterosexual. Percebe-se a heterossexualidade como marcador social, bem se vê nas pesquisas realizadas, por exemplo, guiando-se por uma orientação sexual daquela eleita socialmente como ‘padrão’ (heterosexual). Lesbicas, asexuais e 2 transexuais, entre outros, experimentam, por toda vida, uma realidade cruel, preterida da convivência comun, movidos constantemente pela violência, fadados de indiferenças e negações de seu reconhecimento enquanto sujeito, em uma busca de aceitação e ao mesmo tempo de sujeições, situaçãoessa que, por muito tempo, foi completamente ignorada pelo Direito. Ao final, vislumbra-se, analisar soluções para a problemática de enquadramento ou não da condição de homossexualidade, sem denominar o genêro, tipo, conceito, sem a condição de uma qualidade, para que se dê a plenitude da forma corporal, psique, e que, assim, de maneira efetiva, possa o indivíduo usufluir de sua condição como gay homossexual ou sem o bio tipo de padronização, por fim, demonstrar que além da criminalização se faz necessário implementar medidas de contenção de violência face à classe, bem como a condução de apoio consiso, da mesma maneira que se deu o taratamento de mulheres vítimas de violência em razão do gênero e pela condição de doméstica. Tal pesquisa, pretende aclarar a evolução das regulações legais e a eficácia na aplicabilidade fática, em como a influência do direito, no âmbito social, favoreceu as discussões jurídicas, contribuindo para uma sociedade justa e igualitária. Dessa forma, essa pesquisa tratará da temática em três capítulos, sendo que no primeiro será abordado o contexto histórico da violência que produziu a homofobia, seguido do segundo capítulo, o qual descreverá os argumentos favoráveis e desfavoráveis para a criminalização da homofobia com equiparação ao racismo. Já no terceiro capítulo, pretede-se inferir as experiências de países que já adotaram a criminalização e não criminalização em razão da condição de gênero. Por fim, este autor pretende concluir sua propositura temática, argumentando sobre os resultados encontrados diante os temas propostos nos capítulos acima descritos, observando a hipótese levantada que se volta no direito legal dentro da organização social pela tutela da diversidade de gênero escolhido por cada cidadão brasileiro. 3 1 CONTEXTO HISTÓRICO E LEGISLAÇÃO BRASILEIRA Nos anos 1960, antes da revolução sexual, não se tinha nomenclatura que representasse a diversidade de gêneros, sendo comum usar, então, o termo ‘não heterossexualidade’ ou ‘terceiro gênero’, que eram usados na década de 1860 (WIKIPÉDIA; s/d, in site). Por volta de 1870 passou-se a usar o termo ‘homossexual’1, porém, era um termo carregado de conotações negativas, o qual logo foi substituído por ‘homofilia’ nas décadas de 1950 e 1960 (WIKIPÉDIA; s/d, in site). Muitos outros termos foram sendo criados para definir a diferença de gêneros, como gay, minoria sexual, e lésbica.Outras nomenclaturas ganharam espaço, como LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros); GLBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros); LGBTQ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais, Transgêneros e Queer); LGBTQQ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais, Transgêneros, Queer e Questionando); LGB&T (Lesbicas, Gays, Bisexual, Trans e Intersex Associados); LGBTI (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais, Transgêneros, e Interessexual); SGL (same gender loving, ou amor do mesmo gênero); HSH (homens que fazem sexo com homens); TS (Dois Espíritos); LGBTTQQIAAP (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros, Transexuais, Queer, Questionadores, Intersexuais, Assexuais, Aliados, e Pansexuais); LGBTTQQFAGPBDSM (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros, Transexuais, Queer, Questionadores, Flexíveis, Assexuais, Poliamor, Escravidão/Disciplina, Dominação/Submissão e Sadismo/Masoquismo); LGBT+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais, Transgêneros e Comunidades Relacionadas); LGBTQQICAPF2K+ (Lésbicas, Gay, Bissexual, Transgêneros, Queer, Questionamento, Intersex, Assexual, Agender, Aliado, Curioso, Pansexual, Polsexual, Amigos e Família, Dois Espíritos, e Kink). Ou seja, conforme a sociedade foi ganhando força na luta pela igualdade de gênero, sem discriminação, mais ‘tipos’ de siglas forma surgindo, aumentando 1 Um híbrido do grego e do latim com o primeiro elemento derivado do grego homos, 'mesmo' (não relacionado com o latim homo, 'homem', como em Homo sapiens). 4 assim a quantidade de modelos de escolhas e preferências sexuais pelo mundo a fora. Isto posto, vê-se que a diversidade de gêneros ampliou-se desde que as discussões de genêros foram se tronaram mais comum entre a sociedade, tanto para pelitear direitos, quanto para esclarecer entendimento diversos ao que é delimitado pela sociedade como padrão, tendo a sigla LGBT como o termo mais utilizado. Em 28 de Junho de 1969 houve um movimento pela resistência, marcada por conflitos policiais e pessoas de genêros em um bar denominado Stonewall Inn, situado em Nova Iorque EUA. Esse epísódio tornou esta data memorável, onde muitas pessoas que ali frequentavam, revoltaram-se e reagiram a uma batida por policiais que, com frequência, ocorriam ali, tendo tal levante durado mais de duas noites. Consequentemente, no ano seguinte, fruto do conflito, da revolta e da pespectiva de direto, derivou-se, a organização da ‘1ª Parada do Orgulho Gay’ (BBC; 2019, in site). No Brasil, teve reflexos, aderindo-se ao considerado ‘movimento LGBT’ na década de 1970, explodindo com força em um momento político delicado, de incertazas, pleno auge da Ditadura Militar (1964-1985). Mas, tão somente em 2007 (BRASIL; 2007) foi proposta uma convocação por meio de um Decreto Presidencial, o qual propôs uma discussão pública e política, istituíndo a ‘Conferência Nacional de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais’, encontro esse que marcou a luta de igualdade de gênero (BRASIL; 2008). A conferência, como um momento crucial de notoriedade de classe, teve como tema ‘Direitos Humanos e Políticas Públicas: o caminho para garantir a cidadania de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais’ foi um marco divisor de águas para a comunidade LGBT no Brasil. No Brasil a data de 28 de junho é comemorada, pois trás a luz a todos os componentes da sociedade brasileira, aqueles denominados por gêneros ou não, à conquista LGBT por igualdade, data essa que foi incluida no 5 calendário cultural nacional como “os Dias do Orgulho GLBT, 28 de junho e Dia da Visibilidade Lésbica, 29 de agosto; Dia da Visibilidade Travesti, 29 de janeiro, como datas comemorativas oficiais’ (BRASIL; 2008, p.159). contudo, ainda se tem uma luta constante, principalmente em âmbito jurídico, pois requer tutela do Estado de caráter assecurátorio como prevenção de agressões e repreensivo como forma de sanção. Desta forma, analisa-se o histórico de violência pela condição de gênero e possibilidadae de punição, tendo em vista que no ano de 2013, uma jornalista do Estado de Minas Gerais, comprometida com a defesa dos direitos humanos, Daniela Arbex, 46 anos, autora do best-seller Holocausto brasileiro, eleito Melhor Livro-Reportagem do Ano pela Associação Paulista de Críticos de Arte (2013) e segundo melhor Livro-Reportagem no prêmio Jabuti (2014), denuncia restrição involuntária em um hospício de pessoas, das quais, muitas da classe LGBT, bem como relata casos de tortura e imposição de condições subumanas, vivenciadas por homossexuais confinados (ARBEX; 2013, p. 14). É um grande custo, quando se está em jogo a vida humana, pois muitas vidas se perderam no curso da história, pela discriminação, retração de individúos que, pelo fato de não se enquadrarem no esteriótipo ditado pela sociedade tido como correto, consumia-se aos poucos, esvaindo-se a vida. Neste contexto, somente em maio de 1990, a homossexualidade que outrora era considerada doença, foi oficialmente retirada da lista internacional de doenças pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Assim, resta cristalino a deficiência de regulamentação baseando-se meramente na manutenção das garantias fundamentais em razão da vida, da dignidade da pessoa humana, pois segundo índices de pesquisas apontadas pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), antiga Assossiação de Defesa dos Direitos Humanos dos Hossexuais no Brasil, os assassinatos, as agreções, as violações de direito, a deturpação da condição de ser humano, intensificaram-se na evolução dos dias, bem se vê em casos de grande repecussão midiática e de comoção geral como o assassinato da Travesti Dandara dos Santos, relatado pelo jornal BBC (BBC; 2017, in site). 6 A Constituição da República Federativa do Brasil (CRFB) de 1988 assegura o direito à vida e à, igauldade, mas ainda, em tempos atuais nota-se que nem todos usufrem de tal garantia constitucional de igualdade ou tenha seguridade nas garantias fundamentais, considerando que o Brasil é um dos mais perigosos quando se trata de transgêneros, cuja expectativa de vida é de apenas 35 anos, pelo simples fato de exercer orientação sexual diversa, neste sentido em matéria jornalística, jornal El País, corrobora tal afirmação: No Brasil, considerado o país mais perigoso do mundo para transgêneros, a expectativa de vida dessa comunidade é de 35 anos — menos da metade do resto da população, que chega aos 75,5 anos, de acordo com o IBGE —. Só em 2019, o número de assassinatos em decorrência da transfobia (ódio ou aversão à identidade de gênero) já chegou a 123, sendo 65 vítimas travestis e 53 mulheres transexuais, de acordo com relatório do Grupo Gay da Bahia, a mais antiga associação brasileira em prol dos direitos LGBT (EL PAÍS; 2019, in site). 2 ARGUMENTOS FAVORÁVEIS E DESFAVORÁVEIS A CRIMINALIZAÇÃO DA HOMOFOBIA E EQUIPARAÇÃO AO RACISMO Sumariamente, se faz necessário entender que, ao se falar em democracia, é essencial respeitar, idéia de contraditório, debates, ideais, defesa de posicionamentos e pensamento, haja vista que somente se obtém conhecimento ao avaliar as exposições do assunto em debate. Nessa diapasão, a criminalização da homofobia e transfobia, enseja diversidade de opiniões, com pessoas argumentando prós e contra. Desta maneira, se torna imprescíndivel para o presente artigo que dois polos sejam analisados, a fim de que seja possível a avaliação e estudo do tema de forma ampla. Inicialmente, o presente artigo pretende evidenciar premissas favoráveis à criminalização da homofobia equiparada ao racismo. Desta forma, por qual motivo as entidades de defesa da igualdade de gênero, buscou a criminalização? Analisando o contexto históricoda luta LGBT, é notória a marginalizaçãonas entidades como a igreja, e de uma classe isolada, porém 7 de absoluta influência nos grupos sociais medievais, e também na era contemporânea, tachando a homossexualidade ou a não identificação de sexualidade, em tempos atuais, os considerados assexuados, um pecado, tendo o índividuo como puniçãao o elo de rompimento com as escrituras sagradase da igreja, sendo esta um referencial de exemplo para a sociedade. Neste contexto, o próprio Estado se tornou precursor de reprovação em massa, mantendo-se inerte, diante dos muitos crimes e atrocidades pautadas no ódio, discriminações homofóbicas, como bem se vê acima, no caso da travesti Dandara dos Santos, onde na maioria das vezes, os crimes se davam como forma corretiva pretendendo a conversão do gênero, quando esta não se dava, a morte servia como exemplo daqueles que adotassem gênero diverso ao que se tinha como padrão, qual seja heterossexual, desta maneira, evidecia-se uma prisão quase de caráter perpétuo, pois temerosos pela vida, reprimiam-se (RAMOS; 2014, p.08). O prêambulo da CRFB aponta como diretriz, uma sociedade sem preconceito, destinada a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, adiante, destaca ainda um dos pilares dos direitos humanos, em seu artigo 1º, inciso III, qual seja: Art. 1º - A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui- se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: [...] III - a dignidade da pessoa humana (BRASIL; 1988). Isto posto, com a criminalização da homofobia equiparada ao racismo em razão da discriminação a Ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármem Lúcia, fundamentou seu voto, abaixo: Numa sociedade discriminatória como a que vivemos, a mulher é diferente, o negro é diferente, o homossexual é o diferente, o transexual é diferente. Diferente de quem traçou o modelo, porque tinha poder para ser o espelho e não o retratado. Preconceito tem a ver com poder e comando. [...] Todo preconceito é violência, toda discriminação é causa de sofrimento, votou (IBDFAM; 2019, in site). Compreende-se assim, que a população LGBT é hostilizada e sem amparo legal por sua condição, e que se presume ter assegurado seu direito 8 de expressar livremente a sua orientação sexual e a sua identidade de gênero, sem ter que temer por sua vida, já que isso faz parte da norma em questão. Conseguinte, a CRFB particulariza em artigo 5º, inciso XLI, institue que “a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais”, ou seja, não tomar providência de criminalização seria contrariar o exposto na Carta Magna (BRASIL; 1988). Nesta análise, visualiza-se um preceito de igualdade quando grupos em uma situação de vunerabilidade por conta de sua condição, como mulheres e negros, sendo que há regulametações por meio de norma legal, como, por exemplo, a Lei nº 11.340/06, intitulada de ‘Lei Maria da Penha’, a qual trata de mecanismos de coibição da violência domésticae familiar contra a mulher (BRASIL 2006). Diante disto, a equiparação de agressão contra classe de gênero com o racismo e sua qualidade de imprescritibilidade é o mecanismo ideal de garantia da vida? A questão pode- sim ser positiva, pois poderá proporcionar segurança jurídica, em longo prazo, haja vista que deverá haver o rompimento da norma e realização do tipo penal, para que o judiciário seja acionado e tome providências quais forem pertinentes. Sobre o progresso no campo jurídico, além da criminalização da homofobia e transfobia, se tem o reconhecimento da união estável homoafetiva e a possibilidade jurídica instituída pelo casamento entre pessoas do mesmo gênero, esta por disposição do Decreto Lei nº 8.727/16 (BRASIL; 2016), dispondo sobre o uso do nome social, bem como identidade de gênero, ainda é evidente a incidência de criminalidade, constanto-se um levantamento obtido pelo jornal O Globo, que publicou em maio de 2019 a manchete ‘Brasil registra uma morte por homofobia a cada 23 horas, aponta entidade LGBT’, sendo que essaass mortes ou são por assassinato, ou até memso por suicídio cometido por discriminação de gênero, tornando, assim, o Brasil um campeão desse tipo de crime (SOUSA, ARCOVERDE; 2019, in site). Esses dados apontam claramente que se deva existir uma medida preventiva de urgência social relativa a esse tema. 9 Assim, questiona-se: Poderia o direito, como medida preventiva instrumentalizada em sanção, determinar como forma assecuratória a criminalização das agressões sofridas por pessoas de gênero equiparadas ao racismo? Para responder essa pergunta, importante se faz entender como funciona em países em que não há qualquer tipo de criminalização, e que ainda há um incetivo por parte do Estado em condenar comportamento ‘sui generis’. Nesse contexto, paira sobre tal inquisição o estudo da Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Intersexuais (ILGA), que publicou um ‘Relatório de Homofobia do Estado 2019’, onde se destacam os Estados que criminalizam aqueles de gênero diverso ao tido como ‘padrão’, limitando a liberdade de expressão e, até, impondo a pena de morte, bem se vê: Atualmente, existem 06 Estados Membros da ONU que impõem a pena de morte por atos sexuais consensuais entre pessoas do mesmo sexo e 05 outros Estados nos quais essa punição é tecnicamente possível. Em 26 outros países, a pena máxima pode variar entre 10 anos e prisão perpétua (ILGA; 2019, in site). Segundo essee reeferido relatório de homofobia, há pelo menos 32 Estados Membros da Organização das Nações Unidas (ONU) qque estabeleceram disposições que limitam a liberdade de expressão das pessoas, incluindo leis de propaganda que proíbem a promoção de relações sexuais de homossexualidade ou não tradicional. Os Estados impõem barreiras às Organizações não Governamentais (ONG) que trabalham com questões de orientação sexual para registrar ou operar regularmente, colocando os defensores de direitos humanos em maior risco (ILGA; 2019, in site). Por outro lado, a legislação que protege as pessoas lésbicas, gays e bissexuais da discriminação e da violência se expandiu nos últimos anos, embora em um ritmo mais lento do que se espera, conforme aafirma a ILGA: O número de Estados Membros das Nações Unidas que proíbe terapia s de " conversão" ainda é três, mas é também progredir na nível subnacional onde legislaturas locais proibiram tais práticas. As disposições legais que protegem contra a discriminação no emprego são agora uma realidade em 38% dos Estados. Quando se trata de proteger e reconhecer nossos relacionamentos e famílias, a igualdade no casamento teve mais quatro Estados nos 10 últimos anos, enquanto outros 27 garantem o reconhecimento de parceiros domésticos. "Estes não são apenas números, mas leis que realmente afetam a vida cotidiana de pessoas de diversas orientações sexuais em todo o mundo " , disseram Ruth Baldacchino e Helen Kennedy, co- secretárias gerais da ILGA. "Leis positivas fazem a diferença: elas podem ajudar a mudar as atitudes do público e, especificamente, dizer às pessoas que elas são igualmente dignas de direitos" (ILGA; 2019, in site). São dados cruciais para defesa de ampliação de Direitos Humanos e da igualdade, onde o poder judiciário brasileiro tem sido precursor na aplicabilidade jurídica no caso em concreto, mas se nota ainda a precariedade diante de um cenário de mortes e pespectivas, como muito bem relata a autora Maria Berenice quando diz: A Justiça é retardatária, sempre vem depois do fato e quer impor o cumprimento da lei, simplesmente negando qualquer direito a quem age contrário aos modelos de comportamento aceitos pela sociedade. Ora, o legislador, com sua postura conservadora, tenta manter aquilo que está posto. Mas a vida não pára quieta! Diante do novo, todosagem como se estivesse com o freio de mão puxado, e isso gera um círculo vicioso. Ainda que a função do Legislativo seja fazer leis que atendam às necessidades de todos os segmentos sociais, fica excluído da juridicidade tudo o que pode gerar algum índice de rejeição. Quando surge alguma proposta de regulamentar algo que foge aos padrões convencionais, tidos como aceitáveis pela maioria, o legislador prefere omitir-se. Tem medo de desagradar seu eleitorado, pôr em risco sua reeleição. É bem mais confortável não votar, abandonar o Plenário e não se posicionar (DIAS; 2011, p.04). 3 EXPERIÊNCIAS DE PAÍSES QUE ADOTARAM CRIMINALIZAÇÃO E NÃO CRIMINALIZAÇÃO EM RAZÃO DA CONDIÇÃO Os direitos dos homossexuais é uma luta travada desde o do século XIX na Europa, contudo, nos Estados Unidos da América (EUA), a partir de 1924 renasce esse movimento visando melhorar as condições de vida dos gays e lésbicas que estavam trabalhando discretamente, esse movimento timidamente perdurou até 1960. No final desse mesmo ano, cansados de viverem escondidos, os homossexuais decidiram mudar a terminologia do movimento 11 para movimento gay, acreditando que a antiga denominação estava carregada de estigmas, conforme o autor James Green afirma: Para muitos, o termo “gay” não carregava uma conotação pejorativa. Para outros, tinha um significado chique e internacional. Além disso, o movimento internacional tornara-se um ponto de referência no fim dos anos 80 para todas as organizações, conforme os sentimentos nacionalistas e antiimperialistas perdiam a força. (GREEN; 1999, pp.446-447). Ainda com o referido autor, este relata sobre o primeiro gueto gay do Brasil, mais precisamente na cidade do Rio de Janeiro, no período em que a cidade já vivia o que ele denomina de ‘belle époque’. Esse possuía todo um comércio voltado para homossexuais, ao que completa a autora Adriana Nunan (2003), que aponta que desde a virada do século essa cidade já presenciava uma subcultura homossexual. No início do século XX, após o holocausto nazista na Segunda Guerra Mundial, período esse que foi marcado por diversas e perversas atrocidades cometidas aos seres humanos, como assassinados milhares de homossexuais, judeus, ciganos, pessoas com deficiência e demais minorias, se cria a ONU em 1945, visando à paz mundial. Nesse diapasão, há a elaboração da Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) em 1948, universalizando a indivisibilidade dos direitos humanos (DUDH; 2009). Esta declaração dispõe que basta ter a condição de ser pessoa, de ser humano, que serão garantidos esses direitos para todos os indivíduos, sem distinção de raça, cor, orientação sexual, religião, língua, nacionalidade ou qualquer outra forma, objetivando proteger as pessoas contra ações que agridam a liberdade ou violem sua dignidade humana. Na segunda metade do século XX os homossexuais já haviam conquistado inúmeros locais de socialização, segundo afirma o autor James Green (1999), locais esses privados para haver a socialização deles, como bares, cafés e hotéis para ‘transas’ oportunas. Continuando com o autor James Green (1999), este relata já haver até homossexuais sobrevivendo da prostituição ou de empregos mal remunerados. Assim, na Europa, passou a surgir escritos sobre homossexuais, redigidos por médicos, criminologistas e 12 juristas, que definia dois níveis de homossexuais, os ‘homens verdadeiros’ (ativos, penetradores) e as ‘bichas’ (passivos, os penetrados). Nesse contexto, psiquiatras, a família, a igreja e a sociedade passaram a reforçar uma ‘cura’ para a homossexualidade, que, conforme aduz o autor João Silvério Trevisan, consistia na confinação em clínicas psiquiátricas ou em presídios desativados: Um marco histórico da homossexualidade no Brasil (e no mundo) é a “chegada” da AIDS ao país. O primeiro caso data de 1980, na cidade de São Paulo, porém a chegada oficial da AIDS no Brasil ocorre em 1983, ocasionando mobilizações de caráter emergencial. Os grupos gays da época tinham como foco a prevenção e atendimento aos soropositivos. Nesta época, referiam-se à AIDS como o “câncer gay”, “peste gay”, pois a doença ficou caracterizada por “doença homossexual” (TREVISAN; 2000, p. 370). Com os rumores dessa doença, o Estado e o movimento homossexual busca a união de esforços para combater a doença devido esse cenário. Nesse sentido, o autor João Silvério Trevisan expõe que: Graça à AIDS, nunca se falou tão abertamente da homossexualidade, o que trouxe efeitos positivos para a luta pelos direitos humanos e sua necessária visibilidade social. No entanto, o movimento homossexual correu o risco e em muitos casos resultou demasiadamente atrelado á luta contra AIDS, restringindo sua ótica e seu espaço (TREVISAN; 2000, p. 370). Até 1994 não houve pronunciamento sobre a orientação sexual e da identidade de gênero pela ONU, porém, quando ocorreu o julgamento de um caso concreto de homossexualidade na Austrália, país esse que criminaliza a prática homossexual, o Comitê Internacional de Direitos Civis e Políticos, vinculado ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, declarou, conforme explica o autor Dirceu Pereira Siqueira, que as leis que violasse os direitos LGBT, também violam as leis de Direitos Humanos (SIQUEIRA; 2018, p.169). Nessa linha, em 2011, edita-se uma Resolução no Conselho de Direitos Humanos pela ONU, conjuntamente com o Brasil e a África do Sul denominada ‘Direitos Humanos, orientação sexual e identidade de gênero’. O referido autor afirma ser “a primeira Resolução de defesa dos direitos das pessoas LGBT a ser aprovada pela ONU. Entre as reivindicações mais 13 importantes está a solicitação de um estudo sobre leis discriminatórias e atos praticados com motivação homofóbica” (SIQUEIRA; 2018, p.169). 3.1 Países que adotaram não criminalização Em 2017 a “França reforça sua luta pela promoção da diversidade”, assim, afirma o Consulado Geral da França em São Paulo em uma manchete comemorativa do Dia Internacional de Combate à Homofobia, e, ainda, aduz que o país lamenta, em meio às evoluções humanas já alcançadas, ainda existir países que torturem, realizem detenções arbitrárias, assassinatos e crimes motivados pela orientação sexual (FRANÇA; 2017, in site). A França é um dos países que priorizam a promoção de Direitos Humanos universais e indivisíveis como sendo uma questão em política interna e externa: Em 1791, a França foi o primeiro país do mundo a descriminalizar relações consensuais entre adultos do mesmo sexo. O texto apresentado no Código Penal daquele ano foi, contudo, esquecido em outras legislações futuras e, apenas em 1982, voltou a figurar no conjunto de leis francesas de forma definitiva (FRANÇA; 2017, in site). São 124 países no mundo, sendo a França um destes, que seguem este princípio, participando ativamente junto à ONU e demais ONG Internacionais, na campanha para a despenalização global da homossexualidade, a qual ainda é “considerada um delito em mais de 70 países e passível de pena de morte em cinco deles” (FRANÇA; 2017, in site). Em relação às disposições encontradas em Constituições internacionais proíbam a discriminação por causa da orientação sexual, Portugal é um dos nove países, segundo publicou o jornal on line Catraca Livre, o qual afirma que este país é “um dos 23 que reconhece o casamento entre homossexuais, e faz parte dos 28 que aceitam outras formas de união” (LIVRE; 2017, in site). O jornal ainda aduz que Portugal “também integra o 14 grupo de 26 nações que possibilita a adoção conjunta. Ainda, possuem dispositivos legais de combate à discriminação no trabalho que seja baseada na orientação sexual, ao lado de outros 71 países” (LIVRE; 2017, in site). São, ao todo, 72 países ainda criminalizam o sexo entre homens, sendo que em 42 deles as mulheres homossexuais também são punidas, segundo afirmao referido jornal. Após o primeiro festival LGBTQI, o FESTÍRIS, em Angola, que ocorreu em 2016, 2019, a comunidade LGBTQI angolana pode celebrar a aprovação do novo Código Penal. Segundo o jornal Anistia Internacional on line: Este foi um momento único e histórico, especialmente no contexto africano, não só devido à eliminação do artigo 71º, que era geralmente interpretado como criminalizador das relações de pessoas do mesmo sexo, mas também porque a discriminação contra as pessoas com base na sua orientação sexual constitui agora um crime (ANISTIA; 2019, in site). No Brassil, em 2019, o STF passa a enquadrar homofobia e transfobia no crime de racismo, tornando o país o 43º que criminalizar tais práticas no mundo, contra 67 países que ainda criminalizam tal opção, segundo informa o jornalista Lucas Salomão do G1 (SALOMÃO; 2019, in site). Assim, sabe-se que, uma vez estabelecidos os limites constitucionais, o Poder Legislativo dificilmente poderá aprovar uma lei que desrespeite os parâmetros fixados pela Corte, já que essa determinação tem validade até o Congresso Nacional aprovar uma lei sobre o tema. O referido jornalista destaca os itens com suas referidas penas aos discriminadores: Conforme a decisão do STF: "Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito" em razão da orientação sexual da pessoa poderá ser considerado crime; A pena será de um a três anos, além de multa; Se houver divulgação ampla de ato homofóbico em meios de comunicação, como publicação em rede social, a pena será de dois a cinco anos, além de multa; A aplicação da pena de racismo valerá até o Congresso Nacional aprovar uma lei sobre o tema (SALOMÃO; 2019, in site). 15 A ILGA publicou um relatório em 2019, apontando que o mundo tem 42 países membros da ONU criminaliza o indivíduo que cometer ofensas e agressões motivadas por orientação sexual. O jornalista Lucas Salomão aduz que: O estudo mostra que a maior parte dos países que criminalizam a homofobia está na Europa (23 países) e nas Américas (13). Segundo o levantamento, as primeiras nações a adotarem o entendimento foram Noruega (1994) e Canadá (1996) (SALOMÃO; 2019, in site). Existem três etapas básicas no reconhecimento legal dos direitos LGBTI, segundo o referido relatório: Descriminalização (fazer com que relações homossexuais deixem de ser crime); Proteção (leis contra a discriminação, por exemplo, no acesso a emprego); Reconhecimento (casamento e direito à adoção, entre outros) (MENDOS; 2019, in site). Nesse relatório consta uma lista de os países que criminalizam a homofobia, e ainda afirma que a Austrália não possui Lei Federal sobre o tema, contudo o estado de Nova Gales do Sul prevê a criminalização, assim como o México, que possui algumas províncias que incluíram a criminalização nos códigos penais locais: Américas: consideram crime a homofobia: Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Peru, Uruguai, El Salvador, Honduras, Nicarágua, Canadá e Estados Unidos; Europa: consideram crime a homofobia: Albânia, Andorra, Bélgica, Bósnia e Herzegovina, Croácia, Dinamarca, Finlândia, França, Geórgia, Grécia, Hungria, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Montenegro, Noruega, Portugal, Romênia, San Marino, Sérvia, Eslováquia, Espanha e Reino Unido. O relatório também inclui o Kosovo, território que reivindica a independência da Sérvia; África, Ásia e Oceania: Somados, os continentes têm sete países que criminalizam homofobia e transfobia. Na África, integram a lista Angola, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe. Na Ásia, Mongólia e Timor Leste. E na Oceania, estão na lista Nova Zelândia e Samoa (MENDOS; 2019, in site). O documento mostra que ainda existem 67 países que criminalizam relações homossexuais com leis explícitas. Segundo informa o jornalista Lucas Salomão: 16 O número representa 35% dos 193 países que integram a ONU. Em 2006, quando a Ilga elaborou o primeiro estudo sobre homofobia, eram 92 países. Em 2017, data do relatório anterior, eram 72 países. O estudo afirma ainda que, além dos 68 países, Egito e Iraque fazem uso indireto de outras leis para perseguir e condenar atos homossexuais. A maioria dos países que criminaliza a homossexualidade está na África: são 32 países. Na lista, também há 22 países na Ásia, nove nas Américas e seis na Oceania. As punições variam, podem ser multa, prisão ou pena de morte. Há também países que não preveem penalidade ou não a aplicam atualmente, mas mantêm a criminalização em código penal (SALOMÃO; 2019, in site). Em 2019, mais um país entra na lista de não criminizador da escolha de gênero sexual, que é Botsuana, no sul da África, ato estabelecido após decisão unânime da Suprema Corte de Botsuana. 3.2 Países que adotaram a criminalização Segundo o relatório publicado pela ILGA em 2019, há dezenas de países que consideram crime as relações entre pessoas do mesmo sexo, que são: África: Argélia, Burundi, Camarões, Chade, Comores, Eritreia, Etiópia, Gâmbia, Gana, Guinea, Ilhas Maurício, Libéria, Líbia, Malawi, Mauritânia, Marrocos, Namíbia, Nigéria, Quênia, Senegal, Serra Leoa, Somália, Suazilândia, Sudão, Sudão do Sul, Tanzânia, Togo, Tunísia, Uganda, Zâmbia e Zimbábue. Em Arábia Saudita, Irã, Iêmen, Sudão, e em algumas províncias de Nigéria e Somália, a homossexualidade é punida com pena de morte; Ásia: Afeganistão, Arábia Saudita, Bangladesh, Butão, Brunei, Cingapura, Emirados Árabes Unidos, Iêmen, Irã, Kuwait, Líbano, Malásia, Maldivas, Omã, Paquistão, Qatar, Sri Lanka, Síria, Turcomenistão, Uzbequistão. Na maior parte da Indonésia, fazer sexo com alguém do mesmo gênero não é ilegal, mas é crime em Aceh, única região regida pela lei islâmica; Américas e Oceania: Antígua e Barbuda, Barbados, Dominica, Granada, Guiana, Jamaica, Santa Lúcia, São Cristovão e Nevis, São Vicente e Granadinas. Na Oceania, integram a lista Ilhas Salomão, Kiribati, Papua Nova Guiné, Samoa, Tonga e Tuvalu (MENDOS; 2019, in site). 17 Países como Rússia, Lutuânia e Cingapura punem a sua população LGBT com prisões de um mês a dois anos; em outros países, como Guiana, Índia e Uganda, as prisões podem chegar a 15 anos segundo dados coletados no relatório da ILGA, publicado pelo jornal on line Catraca Livre (LIVRE; 2017, in site). Já as penas de morte de pessoas que tem opções sexuais diversas atingem países como Síria, Iraque e Sudão. Contudo, em 2018, a Suprema Corte da Índia descriminalizou relações consensuais entre pessoas adultas do mesmo sexo sendo considerado um passo histórico paara o país, que antes condenava a detenção tal opçõs sexual (ANISTIA; 2018, in site). Na Rússia as pessoas vivem com medo da humilhação, tortura e morte que são instigadas pelas autoridades, atos como passaportes confiscados e destruídos pelas autoridades, para que as pessoas, mesmo libertadas, não tenham como sair da Chechênia (ANISTIA; 2020, in site). Fora esses atos, a população homossexual da Chechênia são sequestradas, presas em locais desconhecidos, torturadas e, às vezes, mortas por causa de sua orientação sexual (ANISTIA; 2020, in site). Em contradição, segundo informa o jornal Anistia Internacional on line: As autoridades chechenas negam a existência de pessoas gays, mas também incitam a violência homofóbica dizendo às pessoas que assassinem seus próprios familiares por causa da orientação sexual. Isso significa que qualquer pessoa que seja suspeita de ser LGBTI na Chechênia está em risco extremo (ANISTIA; 2020, in site). A Rússia representa um dos países mais violentos nessa temática. Em 2016, segundo informa o jornal Anistia Internacional on line, “40 pessoas foram presas em dezembro e pelo menos duas pessoas morreram sob tortura” (ANISTIA; 2017, in site). Neste referido país, as autoridades exigem que “as famílias de pessoas gays e lésbicas cometam assassinatos de ‘honra’ contra seus parentes e forneçamevidências de seus assassinatos” (ANISTIA; 2017, in site). Em janeiro de 2017, recomeça uma violenta repressão homofóbica neste país, apavorando as pessoas LGBTI na Chechênia, que temem por suas vidas, conforme informa o jornal Anistia Internacional on line, “no início de janeiro, a Rede LGBT russa confirmou relatos de que as autoridades 18 chechenas retomaram as prisões em larga escala de indivíduos que se acredita serem gays ou lésbicas, prendendo e torturando-os” (ANISTIA; 2017, in site). O checheno Maxim Lapunov foi a única vítima a falar denunciar sobre a sua provação, descrevendo “ter sido mantido por 12 dias em uma cela encharcada de sangue, espancado com paus e asfixiado com saco plástico” (ANISTIA; 2017, in site), o mais angusstiante é que “em novembro de 2018, após meses de negação e ofuscação, as autoridades russas disseram que não conseguiam confirmar a alegação de Maxim e se recusaram a abrir uma investigação criminal sobre as alegações” (ANISTIA; 2017, in site), o que demosntra um ato de total impunidade aos discriminadores russos. Contudo, após a repressão de 2017, ações internacionais conseguiram interromper temporariamente as prisões, colocando em cheque a impunidade das autoridades chechenas e russas, as quais não estão imunes a críticas, e ainda, esta comunidade internacional pressionou “as elites políticas para que reconheçam seus crimes e tomem medidas significativas para levar os responsáveis à justiça” (ANISTIA; 2017, in site). No intuito de socorrerem os homossexuais, algumas organizações da sociedade civil evacuaram centenas de pessoas da Chechênia, foram transferidos para países como o Canadá, a França, a Alemanha e a Lituânia, que concederam asilo aos perseguidos na Rússia (ANISTIA; 2017, in site). Outro país que incitou a promulgação de proteção aos homossexuais é Brunei, uma nação minúscula situada na ilha de Bornéu e dividida em duas seções distintas cercadas pela Malásia e pelo Mar da China Meridional. Em 2019 em Ottawa, Ontário, ocorreu uma reunião com a participação de 37 países que elaboraram um abaixo assinado da ‘Coalizão de Direitos Iguais’ (ERC), solicitando que o referido país completamente e revise seu Código Penal. Essa reivindicação desses países se deve ao fato de que Brunei pratica, segundo o documento publicado pelo Governo do Canadá: [...] uma série de penalidades, incluindo amputação de membros, chicotadas e apedrejamento até a morte por atos específicos identificados como delitos no Código. Os atos que são puníveis por 19 meio dessas penalidades incluem roubo, estupro, adultério e práticas sexuais do mesmo sexo (CANADÁ; 2019, in site). Mais uma vez se vê países se unindo para interferirem em ações de atrocidades contra a dignidade da pessoa humana, pois se acredita que os atos até aqui relatado, que foram acometidos por esses países preconceituosos e autoritários, somente intensificam a marginalização das pessoas pertencentes a esses grupos, aumentando o risco dessas pessoas serem expostas a discriminação, perseguição e violência. Segundo a ILGA, “o relatório e os mapas publicados visam não só mostrar os avanços dos direitos LGBT, como também expor a arbitrariedade das leis persecutórias” e indicar a ausência de leis em prol dessa população na maior parte do mundo (MENDOS; 2019, in site). 3.3 Educar para a não discriminação O Canadá é considerado um país desenvolvido, é contra a discriminação à orientação sexual desde 1982, sendo um dos pioneiros entre os países americanos em adotar políticas de inclusão de direitos da comunidade LGBT em sua agenda. Assim, pode-se afirmar que nesse país a educação serve de alicerce essencial para a aceitação LGBT, pois suas instituições de ensino abordam assuntos relacionados à diversidade sexual, oportunizando uma maior visibilidade e apoio aos homossexuais. Nesse ínterim, o autor Nilson Fernandes Dinis explica que: Mesmo que o conservadorismo esteja ainda presente em parte do discurso educacional, o processo de desconstrução das categorias tradicionais das identidades sexuais e de gênero tem sido bastante presente no mundo contemporâneo devido à atuação dos grupos feministas e dos grupos LGBT que reivindicam mais espaço de representação em nossa sociedade. Um desses espaços tem sido justamente o do currículo das escolas de ensino fundamental e médio, e também no processo de formação de docentes nas universidades. Essa maior visibilidade tem resultado em uma maior conscientização dos direitos das minorias sexuais e de gênero, porém tem também despertado reações por parte de grupos conservadores 20 que reivindicam em nome da “liberdade de expressão” seu direito de discriminar determinados grupos. Tal cenário apela para que o tema da diversidade sexual e de gênero seja cada vez mais debatido no currículo de formação docente, preparando educadoras e educadores para resistir aos discursos normativos sobre corpo, gênero e sexualidade. A maioria das universidades no Canadá parece ter se integrado a essa proposta incentivando a inserção de temas sobre diversidade sexual ou de gênero nas suas grades curriculares, e ao mesmo tempo desenvolvendo políticas de combate às discriminações baseadas em identidade de gênero ou em orientação sexual (2012, p.77). Canadá é usado como referência mundial quando se trata de educação, segundo a matéria publicada pelo jornal BBC, o qual afirma que o país é “uma superpotência quando se trata de educação” (COUGHLAN; 2017, on line). Nesse contexto, pode-se afirmar que seria possível mudar asas disputas jurídicas pensando na educação como base para haver a diminuição da violência social e a criminalidade em médio e longo prazo, haja vista que se um país prepara e seus indivíduos, conforme afirmam as autoras Maria Eduarda Camargo Pereira e Helen Correa Solis Neves, “conseguem se inserir melhor no mercado do trabalho, têm mais oportunidades, melhores salários, têm mais noção de cidadania e de seus direitos e deveres, o que os torna menos propensos a se inserirem em grupos criminosos” (PEREIRA, NEVES; 2019, in site). Nesse sentido, indaga-se se não seria necessário, antes de se criminalizar a homo-transfobia, fazer mudanças profundas nas bases educacionais brasileiras, pois é plausível afirmar que a educação inibe a violência que a comunidade LGBT é vítima. Em detrimento disto exposto, evidencia que a mentalidade conservadora existente dentro dos núcleos familiares é um dos principais fatores que impedem a melhora da conduta da sociedade em geral, pois existem países que, mesmo com uma legislação existente que criminaliza a homotransfobia, os indivíduos declarados homossexuais aos seus familiares, são, em geral, expulsos de casa, e acabam nas ruas ou em abrigos, conforme informam as autoras Maria Eduarda Camargo Pereira e Helen Correa Solis Neves, onde “em 2015, 40% dos sem-teto dos EUA eram adolescentes gays 21 que se encontravam em situação de rua devido à rejeição familiar por serem homossexuais” (PEREIRA, NEVES; 2019, in site). Apesar de existirem países que não criminalizam as práticas homofóbicas, como o Brasil, sabe-se da existência leis que, algumas vezes, prejudicam a própria comunidade LGBT. O jornal Folha de São Paulo afirmou, em 2014, ser a África o continente mais homofóbico do mundo (SMITH; 2014, in site). Este continente é muito diversificado e com diversas dificuldades, com muita deficiência no sistema educacional, pois segundo o jornal BBC afirma que “na África Subsaariana, 88% dos alunos concluem os estudos equivalentes ao fundamental com problemas de compreensão em leitura” (BERMÚDEZ; 2017, in site). Por se ter uma imensa pobreza em quase todo o continente, e, por conseguinte, uma grande deficiência no sistema político e educacional, se faz possível associar os grandes índices de homofobia nestes países. Nesse sentido, o autor AntoniZabala aduz que: A capacidade de uma pessoa para se relacionar depende das experiências que vive, e as instituições educacionais são um dos lugares preferenciais, nesta época, para se estabelecer vínculos e relações que condicionam e definem as próprias concepções pessoais sobre si mesmo e sobre os demais (ZABALA; 2010, p.28). Dessa forma, pode-se compreender que é por meio da educação que se molda as concepções pessoais e sociais de um indivíduo, e, em comparação com o Canadá, um país qual incluiu a diversidade sexual em seu calendário escolar e obteve êxito, observa-se que pessoas com melhor educação oferecida pelo Estado, estas se tornam mais tolerante e inclusiva, o que leva ao respeito da diversidade sexual, diminuindo os conflitos discriminatórios, e, consequentemente, as disputas judiciais nessa temática. Assim as autoras Maria Eduarda Camargo Pereira e Helen Correa Solis Neves afirmam que “quando há mais tolerância, o preconceito diminui junto com a violência contra grupos vulneráveis, como a comunidade LGBT” (PEREIRA, NEVES; 2019, in site). 22 Ainda segundo as autoras, o local essencial para se estabelecer vínculos é a escola, que “podem ser fundamentais para a formação de uma sociedade mais tolerante, pois, ao conviver com diferenças, o ser humano tende a aceitar mais o outro” (PEREIRA, NEVES; 2019, in site). Corroborando nesse contexto, o autor Nilson Fernandes Dinis afirma que “a construção social de nossos preconceitos se dá às vezes pela falta de novas informações no espaço educacional que questionem e desconstruam nossas tradicionais representações sobre gênero e sexualidade” (DINIS; 2012, p.81). Em países em que as relações homossexuais são punidas com pena de morte, como, por exemplo, o Sudão, demonstra que no continente africano a homofobia é estrondosamente grande. É um país extremamente intolerante à homossexualidade, porém a homofobia não foi criminalizada, entretanto, esse país possui um contexto histórico, educacional e econômico totalmente diferente dos países desenvolvidos, país este que é marcado pela exploração, além de uma educação e uma economia deficiente. Cabe ressaltar que, segundo o jornal Folha de São Paulo, redigido por Fábio Zanini, o Sudão é um país que, em 2010, era considerado o país mais pobre do mundo (ZANINI; 2010, in site). O que se entende, então, é que seja possível correlacionar, conforme afirmam as autoras Maria Eduarda Camargo Pereira e Helen Correa Solis Neves, que: [...] a situação econômica do país com o atraso das legislações, as quais punem a homossexualidade com a morte, ao considerar que o dinamismo econômico global coloca um país em contato com o outro e as leis e costumes são atualizados de acordo com o desenvolvimento monetário do país. Esse dinamismo econômico, que proporciona o contato com novos pensamentos e culturas, claramente, não é enxergado no Sudão e isso reflete no fato das leis serem tão arcaicas e intolerantes (PEREIRA, NEVES; 2019, in site). Assim, conclui-se que os altos índices de homofobia estão interligados ao contexto histórico, educacional e até mesmo econômico de um país, haja vista o exemplo do Canadá, que usando uma via de mão dupla, inseriu no contexto escolar respeito da diversidade sexual, evidenciando um grande sucesso na criminalização da homofobia. 23 No caso dos EUA, nota-se que, mesmo dispondo de uma legislação específica relacionada aos crimes praticados por motivações homofóbicas, ainda assim, possui uma baixa aceitação por parte dos familiares dos homossexuais, o que nos leva a refletir que não basta apenas ter a existência de leis punitivas aos atos discriminatórios, deve-se, também, estabelecer ações políticas nas instituições escolares, melhorando o entendimento dos jovens que proliferarão a tolerância aos demais. Neste país em questão, existe uma contradição legislativa entre algumas entidades jurídicas, mesmo entendendo que este direito deveria ser igual para todos, haja vista ainda haver uma marginalização social da população LGBT. O que se questiona, então, é como obter êxito contra o preconceito sem trabalhar a educação, que é responsável em formar os cidadãos? Acredita-se que ao se trabalhar o tema nas instituições formadoras de cidadãos, a comunidade LGBT não precisaria provar a todo instante ser detentora de direitos fundamentais garantidos. “A escuridão não pode expulsar a escuridão, apenas a luz pode fazer isso. O ódio não pode expulsar o ódio, só o amor pode fazer isso”. Martin Luther King Jr. (1963) 24 4 CONCLUSÃO Este trabalho buscou analisar o tratamento ofertado à comunidade LGBT, diante as diversas lutas enfrentadas por esses cidadãos de direitos iguais, dada pela DUDH em 1948, após o holocausto que horrorizou o mundo com tantos atos discriminatórios relatados no pós-guerra. É notório os muitos avanços conquistados pelas mãos dos libertários movimentos LGBT no mundo afora, contudo, percebe-se que, mesmo se tendo legislações punitivas, há ainda muitas perseguições devido a concepção da sociedade na não aceitação da diversidade sexual em seu país. No Brasil não é diferente, pois mesmo com toda a evolução jurídica sobre o tema, os dados estatísticos mostram que a violência e a discriminação homofóbica são crescentes. Nessa luta, se observa a reivindicação dessa minoria por maior proteção estatal, que deve dispor de melhores políticas públicas contra a discriminação, devida as constantes condutas motivadas por preconceito contra os homossexuais Espera-se do Congresso Nacional mais mobilidade nesse diapasão, haja vista que este ainda se mantém inerte com relação à violência exercida sobre essa minoria sexual. A CRFB garante a dignidade humana, a igualdade de direito, o direito de personalidade, de livre arbítrio, de livre expressão, dentre outros, contudo, nessa luta dos homossexuais, nota-se que os LGBT devem, ainda, provarem serem detentores desses direitos em disputas jurídicas, quando não pagam com a morte e a impunidade ofertada a eles. Nesse trabalho se comentou sobre a necessidade de melhores políticas educacionais, mas não se pode negar que entre comunidades religiosas, por exemplo, essas ações de respeito devem ser melhores trabalhadas com seus seguidores, pois muitos desses homofóbicos se encontram dentro de detrimentos ditos ‘religiosos’ que acreditam em um padrão sexual, sendo consideradas aberrações toda e qualquer pessoa que diferente for a esses preceitos antigos e preconceituosos pregados, e que nada tem haver com a pregação do amor, que em grande maioria se houve falar dentro das comunidades religiosas diversas. 25 A homossexualidade existe desde os tempos primórdios, contudo, após a consolidação do colonialismo, apoiado pela poderosa Igreja Católica e seus princípios pautados na Bíblia, fica evidente que, historicamente, a comunidade LGBT não foi apenas socialmente marginalizada, mas vítima de intensa violência. Assim, o que um dia foi considerado algo natural, hoje é penalizado de forma extremamente violenta. Esse trabalho citou casos que ainda ameaçam a integridade física dos membros da comunidade LGBT, demonstrando as consequências de uma história marcada pelo forte preconceito e agressividade, e que possui raízes profundas na história mundial. Assim, pode-se afirmar haver uma grande inércia por parte do Poder Legislativo, pois, ao analisar a existência de crimes homofóbicos no Brasil, percebe-se que ainda não se criou uma legislação penal específica, a qual proteja de fato os direitos fundamentais dos membros da comunidade LGBT. Fazendo um comparativo entre a Lei Maria da Penha e as lutas contra a homofobia, afirma-se ser necessária a criação de uma lei específica que de fato protejam os homossexuais coibindo a violência motivada unicamente pela sexualidade do ser, assim como a lei referidaprotege mulheres de serem vítimas de violência motivada apenas pelo fato de serem mulheres. Outro fato notório referido pela literatura pesquisada, é que a criminalização por si só pode não produzir bons resultados, pois ao se falar em precariedade, temos uma educação ainda mal trabalhada no requisito das políticas educacionais, bem como um sistema carcerário deficiente incompetente em realizar sua função de ressocialização do encarcerado. Nesse entendimento, não se pode esperar que Direito Penal consiga coibir tal forma de preconceito no atual contexto brasileiro, mesmo porque, as vítimas da ação do Poder Penal são as mais pobres, com pouco acesso à educação e a população negra. Outro fator relevante são os níveis educacionais brasileiros insatisfatórios, e pôde-se ter exemplo de que em um país com uma excelência educacional possui índices quase zero de descriminalização em âmbito geral, o que levou este autor a entender que não basta se ter ótimos juízes e advogados, bem como uma legislação punitiva nessa temática, se a própria sociedade não está sendo formada para respeitar as adversidades culturais 26 existente no Brasil. Entende-se a escola como sendo um local de convivência com as diferenças, e a ineficiência estatal para com a educação reflete na insuficiência recursal para cumprir com a função integradora desse meio. Conclui-se que é necessário criminalizar a homofobia, objetivando garantir os direitos fundamentais dessa parcela da população, entretanto, no Brasil, o Poder Judiciário deve assumir seu real papel, bem como o Poder Legislativo, cada um exercendo o que lhe é cabível, e, ainda, o país deve proporcionar uma educação de qualidade, que forme melhores cidadãos com pensamentos e atitudes mais tolerantes. 5 REFERÊNCIAS ANISTIA, Internacional. 2017. Putin deu carta branca à Chechênia para perseguir pessoas LGBTI. Por Natalia Prilutskaya, Pesquisadora de Rússia na Anistia Internacional. 2017, in site. Acessado em 16 de maio de 2020. Disponível no site: https://anistia.org.br/putin-deu-carta-branca-chechenia-para- perseguir-pessoas-lgbti/. _____. 2018. Descriminalização de relações consensuais entre pessoas do mesmo sexo marca uma nova era para os direitos LGBTI na Índia. Publicado em 06 de setembro de 2018, in site. Acessado em 16 de maio de 2020. 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