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DESIGUALDADE, DIVERSIDADE E VIOLÊCIA NA SOCIEDADE BRASILEIRA

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2
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
SERVIÇO SOCIAL
NOME
DESIGUALDADE, DIVERSIDADE E VIOLÊCIA NA SOCIEDADE BRASILEIRA
 
CIDADE-UF
ANO
NOME
DESIGUALDADE, DIVERSIDADE E VIOLÊCIA NA SOCIEDADE BRASILEIRA
Trabalho apresentado ao Curso (Serviço Social) da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para a disciplinas: Ética, Política e Sociedade, Antropologia,Formação Social,Política e Economia do Brasil,FHTM do Serviço Social I.
Profs: Marcia Bastos, Giane Albiazzetti,Gleiton Lima e Rosana Malvezzi.
CIDADE-UF
ANO
SUMÁRIO
	1 INTRODUÇÂO.........................................................................................
	4
	
	
	
	
	2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..............................................................
	5
	2.1 Homofóbia e Desigualdade Social.......................................................
	5
	2.2 A Homofóbia X Violência.....................................................................
	6
	
	
	CONCLUSÃO............................................................................................
	9
	REFERÊCIAS BIBIOGRAFICAS ..............................................................
	10
	
	
1. INTRODUÇÃO
De acordo com a Lei da Constituição Federal de 1988 esta rompeu com a ordem constitucional anterior, estabeleu-se o paradigma jurídico do Estado Democrático de Direito, garantindo direitos como a proibição da discriminação de qualquer tipo, seja por raça, cor e sexo, além do respeito ao princípio da igualdade. Entretanto apesar desta importante lei dos princípios constitucionais da igualdade e da não discriminação, pode-se retratar que pouca coisa foi realizada nos ultimos anos no Legislativo, para combater o preconceito principalmente com base na orientação sexual, deixando esses individuos da (LGBT) sem o devido amparo da contituição.
Em 05 de maio de 2011, no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade de n. 4.277 e Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental de n. 132, o Supremo Tribunal Federal, por uma contagem de onze votos a zero, decidiu-se equiparar as relações entre pessoas do mesmo sexo às uniões estáveis entre homens e mulheres, sendo esta reconhecida de forma como um modelo núclear de familiar, reconhecendo assim os direitos dos casais homo afetivos (LGBT) e escrevendo um novo capítulo na história.
Os direitos e garantias da Constituição Federal se estendem a todos os cidadãos, independentemente da orientação sexual. O Estado Democrático de Direito, em seu sistema de direitos fundamentais, deve estar apto a possibilitar o reconhecimento das minorias, assim como, formatarem ações afirmativas para a sua inclusão social, além do respeito à sua integridade física e moral. 
Contudo, ainda existe um quadro marcado pelo preconceito na sociedade atual, nos primeiro meses de 2013, a midia publicou o caso do pastor e Deputado Federal (PSC-SP) Marcos Feliciano integrante da Comição dos Direitos Humanos, o deputado foi fortimente criticado por direcionar cometários discriminando os homosexuais, a caso se agravou a tal ponto, levando o deputado a pedir a sua saida da Comisssão.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Homofobia e a Desigualdade Sexual
Homofobia é “a discriminação contra as pessoas que mostram, ou a quem se atribui, algumas qualidades (ou defeitos) atribuídos ao outro gênero” Welzer-Lang (2001) ressalta que descriminação também pode ser compreendida como a intolerância ou o medo irracional relativos à homossexualidade, que se expressa por violência física e/ou psíquica. A vivência contante dessas violências contra individuos LGBT pode levar a uma homofobia internalizada, que é a incorporação de hostilidades quanto a sua própria orientação afetivo-sexual (MOITA, 2003). 
O aumento expressivo das discussões de temáticas sobre a diversidade sexual, tem levado as diferentes contextos na Câmara dos Deputados, Universidades e Organizações não Governamentais -ONG, essa discussões tem tem colocado a homofobia em pauta, possibilitado um avanço nas ações de combate à discriminação e à violência. Pode-se citar como exemplos o programa “Brasil sem Homofobia” trata de um Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos, do Governo Federal, que têm como objetivo a inclusão, o combate à violência a discriminação e a promoção dos direitos humanos, fundado em 2004.
Cada sociedade e cultura constroem suas propria concepções e relações de gênero'. Ou seja, de que nada há de universal na configuração das relações de gênero, a não ser que são sempre de alguma forma construídas. Esse é um fato trata-se de uma construção cultural/histórica. São o resultado de um 'arbitrário cultural', isto é, nada há de determinante no sexo biológico que faça com que feminino e masculino se definam ou se relacionem desta forma. Tais idéias mesmas da diferença sexual são geradas no campo simbólico (cultural e social)”. (MACHADO, 2000, p. 6)
Atualmente as políticas públicas referentes aos programas contra homofóbia são pertinentes, visto os elevados índices de violência contra lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros – LGBT. Dados do Grupo Gay da Bahia -GGB (2000) mostram que a cada dois dias, um homossexual é morto na Bahia, em decorrência de discriminação por orientação afetivo-sexual. 
Em contrapartida, a maior Parada Gay do mundo, ocorre aqui no Brasil, na cidade de São Paulo, contrastando, paradoxalmente, com o fato de a cidade apresentar o maior número de homicídios de homosexuais do País. Carrara, Ramos e Caetano (2004), em entrevista com 416 homossexuias tods respoderam que já havia sido vítima de algum tipo de agressão motivada pela orientação afetivo-sexual, como humilhações, impedimento de ingresso em algum estabelecimento, expulsão de casa e problemas na escola e no trabalho.
2.2 A Homofobia X Violência
Como já citado anteriormente em 2004, o governo federal lançou, em conjunto com a sociedade civil, o “Programa Brasil sem Homofobia”, este voltado exclusivamente para formular e implementar políticas integradas e de caráter nacional de enfrentamento a homofóbia. O programa estabelece entre outras coisas a compreensão de que a democracia não pode prescindir do pluralismo e de políticas, para isso, se torna fundamental interromper a longa sequência de indiferença em relação a opção da homosexualidade, promovendo assim o reconhecimento da diversidade sexual e da pluralidade de identidade de gênero, garantindo e promovendo a cidadania sem restrições.
Os homofobicos enchergam a homossexualidade como algo “contagiosa”, cria-se assim, uma grande resistência em demonstrar simpatia para com sujeitos LGBT: a aproximação pode ser interpretada como uma adesão a tal prática ou identidade dos que se dizem “normais” (LOURO, 1999: 29).
Mais importante é a constatação de que muito mais prejudicial do que a homossexualidade em si é o avassalador estigma social de que são alvos os gays, lésbicas, bissexuais, transexuais, travestis e transgêneros (São pessoas que mudaram a aparência do corpo, do masculino para o feminino, ou o contrário). São indivíduos que experimentam sofrimento originado na intolerância e no injustificado preconceito social. “A busca pela regulamentação da homossexualidade visa a defini-la como simples variante natural da expressão sexual humana, um comportamento que determina uma maneira de viver diferente”. (DIAS, 2009: 45)
O Brasil é considerado um país extremamente homofônico, a taxa de homicídios contra homossexuais é altíssima, para se ter uma idéia do tamanho desse problema, as estatísticas mostram que a cada três dias um homossexual é morto de forma violenta em razão de sua sexualidade. Esse número coloca o Brasil no topo dos mais homofóbicos do mundo. 
Um caso marcante de violência contra homossexuais aconteceu em Julho de 2010, quando Alexandre Ivo, um adolescente de 14 anos foi morto brutalmente com pauladas e enforcamento na cidade de São Gonçalo (RJ) por skinheads – grupo que prega “fobia” contra gays, negros, nordestinos, etc. O jovem voltava paracasa no momento que foi abordado pelos infratores. Angélica Ivo, sua mãe, espera e luta há quase três anos pela punição dos responsáveis pelo crime que, segundo ela, “teve todos os requintes de crueldades possíveis”. 
 O problema é que as leis brasileiras são muito brandas, os bandidos, assassinos gozam dessa fragilidade das leis para cometerem atos infratores. As leis precisam ser reformuladas, desde 2006 há uma tentativa de alterar o texto da lei do racismo, tornando também crime a discriminação ou preconceito por gênero, sexo, orientação sexual e identidade de gênero. Entre as punições, estão multa e até cadeia. Essa reformulação deixaria os homossexuais entre os protegidos contra o crime de racismo e discriminação, impondo penas mais severas que as hoje existentes, mais do que isso, reconhecendo ser este um problema, uma questão que deve merecer tratamento específico por parte do Estado. 
Ao que tudo indica, entretanto, nossos parlamentares não estão muito interessados em aprovar leis contra homofobia, dentre as restrições podemos citar os políticos religiosos (bispos e pastores) que são contra o projeto, argumentando que a liberdade religiosa seria limitada, havendo uma barreira em direitos constitucionais e religião (BAHIA, 2010 p.55)
 A violência urbana chega a um ponto crítico e as políticas públicas preventivas do diálogo, do debate e da conscientização social, incluindo a juventude, infelizmente não conseguem inibir a generalização da violência. Tanto em São Paulo quanto no Rio de Janeiro, há leis de combate à homofobia, mas se mostram insuficientes, sendo necessária uma atuação maior do Congresso Nacional (como, por exemplo, aprovar o PLC n. 122/2006), o que promoveria a discussão em nível nacional com o intuito de promover o respeito à diversidade sexual. 
Em novembro de 2010, a Senadora Fátima Cleide, relatora do PLC n.122/2006, onde prevê o crime por homofobia, ao relatar o projeto a senadora citou os três jovens agredidos no dia 14 de novembro de 2010 em São Paulo e o jovem homossexual baleado por um militar no Rio de Janeiro, além de relembrar o assassinato do jovem Alexandre Ivo, assassinado em São Gonçalo (RJ), por motivos homofóbicos. 
 “Quantos ataques e mortes deverão ocorrer para que aprovemos uma legislação que puna e coíba esses crimes? Quantas famílias deverão ser atingidas por essa barbárie? Até quando assistiremos esse horror?”, questionou. A senadora também comentou sobre a audiência pública sobre bullying homofóbico, que acontecerá na Comissão de Educação do Senado. Por fim, conclamou os senadores a aprovarem o PLC9 122/06. “Convoco mais uma vez aos Senadores e Senadoras para que façamos um grande esforço para a aprovação do PLC-122 que pretende, dentre outros temas, criminalizar a homofobia no Brasil”, finalizou. (CLEIDE, 23.01.2011.)
	Contudo, pode-se evidenciar que os crimes e perseguições contra homossexuais aumentam a cada dia, em contrapartida as leis não conseguem acompanhar esse crescimento negativa, “concordo com as palavras da senadora Fátima Cleide, quando ela interrogar aos seus companheiros de senado, Até quando vai será tolerado a descriminação contra esse indivíduos? Quantos ainda terão que morrer para que algo de concreto seja colocado em pauta? Infelizmente esse é o pais que vivemos, grande, belo, rico, mas, com uma serie de contradições difíceis de serem entendidas”.
CONCLUSÃO
O que propomos neste trabalho é pensarmos numa construção das normatizações de gênero e sexualidade, onde precisaremos, assim, pensar numa discussão sobre sexualidade e gênero na escola e na sociedade que vá para além de uma postura retificada, lobista, mas num debate que problematize todo o processo de heterossexualidade compulsória e adequação às normas de gênero que a escola cultiva cotidianamente.
Representa uma nova perspectiva para a visibilidade a todos e todas, sendo estes gays e lésbicas, ou até mesmo dos heterossexuais, que estão na sua normatividade como única possibilidade de preponderância do gênero e a sexualidade na escola e na sociedade. Seja através do reconhecimento de determinados grupos, ou pelo quanto essas questões dizem respeito a toda a comunidade escolar, aos processos de constituição de cada sujeito dentro de seu lar, no seu trabalho e também na sociedade. 
Diante de tudo isso, sugerimos a nós mesmos um grande desafio que seria de repensarmos os nossos próprios paradigmas e tentar construir uma prática que não simplesmente inclua. Mas também que possa construir uma sociedade onde prolifere o diálogo diante de uma diversidade de sujeitos e concepções, e que se repense se reestruture a partir dos questionamentos que tem diante de si. Muitas vezes antagônicas e conflituosas, tendo como pressuposto o direito a cidadania igualitário a todos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICO
BAHIA, A, G, M, F. A não-discriminação como direito fundamental e as redes municipais de proteção a minorias sexuais – LGBT. Revista de Informação Legislativa, a.47, n. 186, p. 89 -106, 201.
BRASIL. Conselho Nacional de Combate à Discriminação. Brasil Sem Homofobia: Programa de combate à violência e à discriminação contra GLTB e promoção da cidadania homossexual. Brasília: Ministério da Saúde, 2004.
________ Comitê Nacional de Educação em Direitos Humanos. Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos. Brasília: Secretaria Especial dos Direitos Humanos; Ministério da Educação, 2003. 52 p.: 30 cm.
CARRARA, S.; RAMOS, S. Política, direitos, violência e homossexualidade. Pesquisa 9ª Parada do Orgulho GLBT – Rio 2004. Rio de Janeiro: CEPESC, 2005.
CLEIDE, F. A Senadora Fátima Cleide lembra os ataques homofóbicos no RJ e em SP e pede a aprovação do PLC n. 122/06. 19.nov.2010. Fórum Baiano LGBT. Disponível em: http://forumbaianolgbt.blogspot.com/2010/11/senadora-fatima-cleide-lembraataques. html. Acesso em Maio de 2013.
DIAS, M, B. União homoafetiva: o preconceito e a justiça. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2009.
LOURO, G L. Pedagogias da sexualidade. In: ______. (Org.). O corpo educado: pedagogias da sexualidade. Belo Horizonte: Autêntica, 1999.
MACHADO. J. Juventudes e sexualidade. Brasília: UNESCO Brasil, 2000.
MOITA, G. Essências e diferenças: minorias sexuais ou sexualidades (im) possíveis. IN Fonseca, L.; SOARES, C.; VAZ, J.M. A Sexologia: perspectiva multidisciplinar II. Coimbra: Quarteto, 2003.
WELZER-LANG, D. A construção do masculino: dominação das mulheres e homofobia. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, ano 9, n. 2, 2001.

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