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Seminários Integrados em Engenharia Civil Aula 4: O Sistema CONFEA/CREA Apresentação Nesta aula, estudaremos quais são as responsabilidades e características do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia e dos Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia, que regulam e controlam a atuação pro�ssional dos engenheiros no mercado de trabalho. Esta aula apresenta esse Sistema e discute a atuação do engenheiro no mercado de acordo com cada segmento e campo de atuação, bem como a sua importância na sociedade. Objetivos Apresentar a estrutura funcional do CONFEA – Conselho Federal de Engenharia e Agronomia; Identi�car a relação entre o CONFEA e os CREA nacionais; Compreender a importância da Anotação de Responsabilidade Técnica – ART para os pro�ssionais de engenharia. Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA) Vamos abordar a estrutura do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia para que o pro�ssional possa entender sua responsabilidade perante o Sistema. O CONFEA surgiu o�cialmente com esse nome em 11 de dezembro de 1933, por meio do Decreto nº 23.569, promulgado pelo presidente da República, Getúlio Vargas, que é considerado marco na história da regulamentação pro�ssional e técnica no Brasil. Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Em sua concepção atual, o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia é regido pela Lei 5.194 de 1966. O CONFEA representa também os geógrafos, geólogos, meteorologistas, tecnólogos dessas modalidades, técnicos industriais e agrícolas e suas especializações, num total de centenas de títulos pro�ssionais. O Conselho Federal de Engenharia e Agronomia atende as necessidades e premissas dos pro�ssionais vinculados ao próprio sistema, mas, sobretudo, para acolher a própria sociedade como objetivo fundamental em sua origem. Em seus cadastros, o CONFEA tem registrados aproximadamente um milhão de pro�ssionais, que respondem por fatia considerável do PIB brasileiro, movimentando um mercado de trabalho cada vez mais acirrado e exigente nas especializações e conhecimentos da tecnologia, alimentada intensamente pelas descobertas técnicas e cientí�cas do homem. Fonte: http://www.creape.org.br/ O CONFEA caracteriza-se por se posicionar de forma efetiva junto às necessidades técnicas dos pro�ssionais a ele vinculados, incluindo as demandas decorrentes de seu exercício pro�ssional. Assim, para �ns de dúvidas quanto às práticas corretas de sua atuação, os engenheiros e agrônomos deverão sempre atuar de acordo com as orientações do Sistema CONFEA/CREA. Dica A abrangência do CONFEA é nacional, logo, está estabelecido em Brasília, no Distrito Federal, com sede localizada atualmente na SEPN 508, Bloco A, Edifício CONFEA – Engenheiro Francisco Saturnino de Brito Filho, CEP 70740-541. javascript:void(0); Atividade 1. Em relação ao CONFEA, indique a a�rmativa correta: a) O CONFEA trata apenas das questões relacionadas aos engenheiros civis. Logo, a regulamentação para os demais profissionais do segmento depende exclusivamente da Câmara Especializada em Civil. b) O CONFEA determina ações políticas para os profissionais da engenharia, orientando que eles atuem a nível nacional de acordo com sua convicções político-partidárias. c) O CONFEA é uma entidade sem fins lucrativos, que atua de forma associativa para os profissionais da engenharia, mas não estabelece a vinculação destes profissionais ao próprio Sistema. d) O CONFEA zela pelos interesses sociais e humanos de toda a sociedade e, com base nisso, regulamenta e fiscaliza o exercício profissional dos que atuam nas áreas que representa, tendo como referência o respeito ao cidadão e à natureza. e) Todas as opções acima são verdadeiras. Sistema Nacional CONFEA/CREA Em 2013, o Sistema CONFEA/CREA completou 80 anos. Quando foi criado, em 1933, era formado pelo CONFEA e pelos Conselhos Regionais de Engenharia de cada estado. Atualmente, representa um conjunto amplo de organizações autônomas e interdependentes, incluindo a Mútua, com objetivos próprios e que, juntos, têm a �nalidade de promover melhorias na qualidade de vida, no bem-estar da sociedade e geração de riquezas para o país, por meio dos serviços técnicos prestados pelos pro�ssionais de engenharia, agronomia, geologia, geogra�a, meteorologia, além de tecnólogos e técnicos dessas áreas. Fonte: Por Victor Hugo K F / Shutterstock Na atualidade, o Sistema CREA/CONFEA, é formado por organizações e fóruns consultivos: Conselho Federal de Engenharia e Agronomia, órgão central do Sistema Pro�ssional. 27 Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia. 9 Coordenadorias de câmaras especializadas dos CREA, que auxiliam consultivamente o CONFEA e as câmaras especializadas existentes nos Conselhos Regionais. Colégio de Entidades Nacionais, integrado por 28 organizações nacionais, representando cerca de 500 entidades de classe regionais e 200 instituições de ensino a�liadas e registradas nos CREA. Mútua de Assistência aos Pro�ssionais, com 27 Caixas de Assistência. Colégio de Presidentes, que representa os 29 dirigentes, composto pelos presidentes do CONFEA e dos CREA e pelo diretor-presidente da Mútua. Atividade 2. Na atualidade, o Sistema CREA/CONFEA é formado por organizações e fóruns consultivos. Marque a única alternativa que não corresponde à vinculação ao referido Sistema: a) O Colégio de Presidentes, que representa os 29 dirigentes, composto pelos presidentes do CONFEA e dos CREA e pelo diretor- presidente da Mútua. b) Os 27 Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia. c) 9 Coordenadorias de câmaras especializadas dos CREA, que auxiliam consultivamente o CONFEA e as câmaras especializadas existentes nos Conselhos Regionais. d) O Colégio de Entidades Nacionais, integrado por 28 organizações nacionais, representando cerca de 500 entidades de classe regionais e 200 instituições de ensino afiliadas e registradas nos CREA. e) O Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU) e suas diversas representatividades regionais. Câmaras especializadas do Sistema As Coordenadorias de Câmaras Especializadas dos CREA (CCEC) são fóruns consultivos do CONFEA compostos pelos coordenadores das câmaras especializadas dos CREA. As câmaras especializadas têm por �nalidade apreciar e julgar os assuntos relacionados à �scalização do exercício pro�ssional e sugerir medidas para o aperfeiçoamento das atividades do Conselho Regional, constituindo a primeira instância de julgamento no âmbito de sua jurisdição. As Coordenadorias de Câmaras Especializadas dos CREA têm por objetivo estudar, discutir e propor a implementação de providências, inclusive de cunho normativo, voltadas à uniformização de procedimentos que visem à unidade de ação no Território Nacional e à maximização da e�ciência dos CREA e de suas câmaras especializadas, observadas as peculiaridades das respectivas jurisdições, no que se refere a: 1 Exercício e atribuições pro�ssionais. 2 Registro de pro�ssionais e de pessoas jurídicas. 3 Veri�cação e �scalização do exercício e atividades pro�ssionais. 4 Responsabilidade técnica e ética pro�ssional. Saiba mais O regimento das Coordenadorias de Câmaras Especializadas dos CREA foi aprovado pela Resolução nº 1.012, de 10 de dezembro de 2005. Atividade 3. Qual é a �nalidade das Câmaras Especializadas de Engenharia? a)O principal objetivo das Câmaras Especializadas é punir os profissionais da engenharia. b) As Câmaras Especializadas funcionam como braço do Ministério Público. c) As Câmaras Especializadas tem por finalidade apreciar e julgas as ações dos profissionais da engenharia. d) Todas as opções acima estão corretas em relação à ART. e) Podemos garantir que nenhuma das afirmativas acima está correta quanto aos reais objetivos da Anotação de Responsabilidade Técnica. Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online javascript:void(0); Sistema CREA/CONFEA e a Anotação de Responsabilidade Técnica Os pro�ssionais de engenharia e agronomia possuem um importante instrumento legal paragarantirem suas autorias em relação aos seus projetos, consultorias ou demais atividades: Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), que garantirá toda a relação de trabalho para contratados e contratantes que será desenvolvida pelos pro�ssionais do sistema CONFEA/CREA das áreas de Engenharia, Agronomia, Geologia, Geogra�a ou Meteorologia. O amparo legal é a Lei nº 6.496/77, que vincula todos os contratos de execução de obras e prestação de serviços (incluindo consultorias técnicas) deverão estar vinculadas à ART de acordo com a região de cada atuação pro�ssional e respectivos serviços. Fonte: Por Budimir Jevtic / Shutterstock. É importante ressaltar que a própria Lei nº 6.496/77 tornou obrigatória a ART como forma de garantia de acervo técnico para todos os pro�ssionais, independentemente do tipo de contratante, público ou privado. É importante destacar que a referida lei estabelece três modalidades especí�cas de Anotações de Responsabilidade Técnica: ART de obra ou serviço. ART de obra ou serviço de rotina. ART de cargo ou função. Atualmente, a Anotação de Responsabilidade Técnica é emitida através de sistema eletrônico disponibilizado pelos diversos CREA regionais, conforme a localidade onde a prestação dos serviços está sendo realizada. Logo, é fundamental a contratação de pro�ssional habilitado e registrado, e, por sua vez, o pro�ssional deverá estar atento ao cumprimento de todas as determinações previstas na lei, especialmente quanto à forma de elaboração e emissão da ART, como fonte de garantia jurídica para todos os envolvidos e, consequentemente, garantindo seu própria acervo técnico como referência de trabalhos futuros. Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Atividade 4. Marque a alternativa que indica a Lei que obriga a emissão da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART). a) Lei 6.514/78. b) Lei 9.601/96. c) Lei 8.446/98. d) Lei 6.496/77. e) Lei 3.214/78. Engenheiro civil no mercado de trabalho Como bem sabemos, o mercado de trabalho para o engenheiro civil está muito atrelado à própria indústria da construção civil, que, por sua vez, está diretamente relacionada às diversas realidades econômicas do Brasil. Logo, o CONFEA, sempre atento a este modelo que consideramos volátil, vem se empenhando para garantir que os pro�ssionais deste segmento, especialmente os engenheiros civis, possam desempenhar suas funções para não dependerem exclusivamente do modelo econômico do Brasil em determinada fase. Dessa forma, é ampliada sua área de atuação, como no caso das perícias, consultorias, avaliações em engenharia e tantas outras atividades técnicas. É importante deixar bem registrado que a engenharia é, sem dúvida, o re�exo do desenvolvimento de um país. Fica bem claro que a função do engenheiro civil é fundamental para que um país se desenvolva e a formação dos engenheiros brasileiros é de reconhecida capacidade em âmbito internacional. Fonte: Por Preechar Bowonkitwanchai / Shutterstock Os engenheiros brasileiros trabalham em vários países, especialmente em obras de infraestrutura. O engenheiro civil é um pro�ssional de extrema importância, por exemplo, quando o assunto é infraestrutura. Uma questão importante que necessitamos ampliar neste momento é o fato do Sistema CONFEA/CREA ter possibilitado que os engenheiros entendessem sua dimensão no campo de atuação, especialmente nos novos conceitos de sustentabilidade em seu sentido mais amplo. Atuar junto às organizações de forma a garantir resultados de melhoria ambiental, através de edifícios verdes, por exemplo, vem sendo um grande desa�o que, comprovadamente, a engenharia nacional tem atingido de forma bem satisfatória. Fonte: Por Dmytro Zinkevych / Shutterstock. É importante que os engenheiros colaborem, o que constatamos claramente, com orientações junto às empresas de todos os portes e campos de atuação, para que elas também tenham consciência de sua responsabilidade socioambiental. Os projetos e construções devem atender à demanda econômica, mas também às necessidades de natureza sociais. Fica claro que os engenheiros atuarão com os seus conhecimentos matemáticos e cientí�cos para construir e aperfeiçoar utilidades como máquinas, materiais, estruturas, aparelhos e, até mesmo, sistemas e processos, garantindo desenvolvimento com equilíbrio. Atenção Para se tornar engenheiro, é preciso graduar-se em curso superior com duração média de cinco anos. Na faculdade, o futuro pro�ssional vai estudar matérias como matemática, química, física e cálculo, entre outras mais especí�cas, a depender da área de atuação desejada. O curso é um dos mais procurados nas diversas universidades do país e, por ano, saem cerca de 40 mil novos pro�ssionais de todas elas, segundo o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA). Este número, embora pareça expressivo, ainda é pequeno para as necessidades brasileiras. Levantamentos do próprio CONFEA apontam que, para suprir as demandas locais, seria necessário formar 20 mil engenheiros a mais a cada ano. Atividade 5. Em relação à Engenharia e à responsabilidade dos próprios engenheiros, marque a única opção que apresenta uma a�rmação verdadeira: a) Nos países emergentes, como o Brasil, a Engenharia se mostra indispensável para a ampliação da infraestrutura, para a melhoria na qualidade de serviços prestados à sociedade e para a resolução de problemas de caráter econômico e social. b) Cabe ao engenheiro a escolha de terrenos, condições, materiais e profissionais adequados a um empreendimento, sempre buscando otimizar custos e causar os mínimos impactos ambientas, assim como o melhor custo/benefício. c) A Engenharia é uma das primeiras profissões que sentem a crise, mas, também, é a primeira que se recupera quando o cenário econômico melhora. d) Somente Engenheiros de Segurança do Trabalho deverão propor medidas preventivas durante a execução de uma obra. e) Todas as opções acima são incorretas. Notas Referências BAZZO, W.A. Introdução à Engenharia. Conceitos, ferramentas e equipamentos. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 2006. ENGINEERING DEPARTAMENT. . Boston: Wrigth e Potter Pririting Company, 1949. ENGINEERING DEPARTAMENT. American Muteral Liability Company, 1943. FREITAS, Carlos; MACHADO, Marcelo; HUET, Jorge. Acidentes industriais ampliados. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2000. HIRATA, M.H; FILHO, Jorge Mancini. Manual de Biossegurança. São Paulo: Mande, 2002. SAAD, Eduardo et al. Introdução à Engenharia de Segurança do Trabalho. Textos básicos para e estudantes. São Paulo: Fundacentro, 1981. Próxima aula Sistemas de transportes e os diversos sistemas de modais. Gestão de recursos e investimentos para a melhoria do transporte. Importância do pro�ssional da Engenharia diante do desa�o do transporte urbano nas metrópoles brasileiras. Explore mais Pesquise na internet sites, vídeos e artigos relacionados ao conteúdo visto. Em caso de dúvidas, converse com seu professor online por meio dos recursos disponíveis no ambiente de aprendizagem.
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