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Seminários Integrados em Engenharia Civil Aula 3: Direitos e deveres do engenheiro Apresentação Nesta aula, abordaremos as questões da responsabilidade civil do pro�ssional de engenharia, visto que se trata de uma pro�ssão essencial na vida de toda a sociedade organizada. Logo, especialmente em relação ao engenheiro civil, abordaremos o quanto este pro�ssional é responsável por suas obras, bem como ao respectivo resultado. O engenheiro deve ser responsável pelo projeto elaborado, pela segurança de uma construção, devendo observar os materiais mais adequados para este �m. Assim, entendemos que a responsabilidade civil para o engenheiro pode ser a consequência jurídica da violação deste dever ou do direito de quem o contratou, devendo, caso acarrete dano a outrem, reparar a vítima. Esta aula apresentará todas as questões em que o engenheiro poderá estar exposto. Objetivos Apresentar os direitos e deveres do engenheiro e, especi�camente, do engenheiro civil e suas responsabilidades técnicas. Examinar o processo de terceirização da mão de obra na engenharia civil. Identi�car a importância da segurança do trabalho e da proteção ao meio ambiente no contexto das obras sob responsabilidade do engenheiro civil. Formação e atividades do engenheiro civil É importante, neste momento, entendermos que o engenheiro civil é um pro�ssional que pode atuar como liberal ou como empregado, em empresas de caráter privado ou em estatais. Na atividade pro�ssional liberal, ele atua como consultor, responsável técnico de projetos e de obras ou como perito em apoio ao poder judiciário, dentre outras funções. Formação O engenheiro civil deve ter formação em Ciências Exatas, com o conhecimento básico da causa cientí�ca para que possa elaborar uma rotina de cálculo estrutural e reconhecer os limites técnicos de fórmulas empíricas e de programas para computadores, como exemplos de atividade de projeto. Um engenheiro civil deverá ampliar cada vez mais seu senso crítico e amplo processo de trabalho em equipe. Fonte: Por flatvector / Shutterstock. Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Fonte: Por Golden Sikorka / Shutterstock. Atividades especí�cas Destacamos algumas atividades bem especí�cas do engenheiro civil, tais como: De�nir esquemas de construção da estrutura, estabelecer o material a ser utilizado, calcular dimensões de peças e supervisionar as instalações; Proteger, construir e reformar edifícios; Captar e instalar rede de distribuição de água; Construir usinas hidrelétricas para produção de energia; Proteger e construir obras de porte elevado, como rodovias, ferrovias, aeroportos, viadutos, pontes, hidrovias, barragens etc.; Analisar a resistência e permeabilidade do solo e do subsolo, de�nindo métodos, técnicas e materiais, que devem ser utilizados na construção dos alicerces de edi�cações. Deveres do engenheiro civil Em seu campo de atuação, apresentamos a seguir os deveres do engenheiro civil, conforme estabelece o Conselho Federal dos Engenheiros e Agrônomos. Interessar‑se pelo bem público e contribuir com seus conhecimentos, capacidade e experiência para melhor servir a humanidade. Considerar a pro�ssão como alto título de honra e não praticar nem permitir a prática de atos que comprometam tal dignidade. Não cometer ou contribuir para que se cometam injustiças contra colegas. Não praticar qualquer ato que, direta ou indiretamente, possa prejudicar legítimos interesses de outros pro�ssionais. Não solicitar nem submeter propostas contendo condições que constituam competição de preços por serviços pro�ssionais. Atuar dentro da melhor técnica e do mais elevado espírito público, devendo, quando consultor, limitar seus pareceres às matérias especí�cas que tenham sido objeto da consulta. Exercer o trabalho pro�ssional com lealdade, dedicação e honestidade com seus clientes e empregadores ou chefes, com espírito de justiça equidade para contratantes e empreiteiros. Ter sempre em vista o bem‑estar e o progresso funcional dos seus empregados ou subordinados e tratá‑los com retidão, justiça e humanidade. Colocar‑se a par da legislação que rege o exercício pro�ssional da Engenharia e da Agronomia, visando cumpri‑la corretamente e colaborar para sua atualização e aperfeiçoamento. Podemos resumir, de forma bem clara, os seguintes direitos e deveres dos pro�ssionais da Engenharia Civil seguindo o regimento de seu respectivo conselho técnico. Dos deveres do engenheiro civil Oferecer seu saber para o bem da humanidade; Harmonizar os interesses pessoais aos coletivos; Contribuir para a preservação da incolumidade pública; Divulgar os conhecimentos cientí�cos, artísticos e tecnológicos inerentes à pro�ssão. Dos direitos do engenheiro civil Direito à livre associação e organização em corporações pro�ssionais; Direito ao gozo da exclusividade do exercício pro�ssional; Direito ao reconhecimento legal; Direito à representação institucional. Atenção A lei que regulamenta a pro�ssão dos engenheiros, arquitetos e agrônomos é a Lei Nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966, e mais as Resoluções do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia. Atualmente a Arquitetura não faz parte da grade pro�ssional de atuação do CONFEA. Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Assim, entendemos que a pro�ssão de engenharia não deve servir somente de instrumento para atender às pretensões pessoais. Deve, também, colocar-se à disposição da sociedade como agente de transformação e do desenvolvimento e corresponder aos anseios de todos através do seu trabalho digno e útil. Con�ra o texto de Islã Oliveira sobre as responsabilidades do pro�ssional de engenharia. Responsabilidades do engenheiro Clique no botão acima. Vamos inicialmente deixar bem claro a questão da responsabilidade civil subjetiva que é a obrigação de reparar danos causados por ações ou omissões intencionais, negligentes ou imprudentes. Também é obrigação reparar danos independentemente de qualquer ideia de dolo ou culpa. Recorremos a Rodrigues (2003, p.11) sobre essas responsabilidades, que “diz ser objetiva responsabilidade quando se inspira na ideia de culpa, e objetiva quando esteada na teoria do risco. Rodrigues (2003, p.14) ainda apresenta os “pressupostos da responsabilidade civil”: Ação ou omissão do agente; Culpa do agente; Relação de causalidade; Dano experimentado pela vítima. A responsabilidade civil do engenheiro está fundamentada no Novo Código Civil brasileiro conforme os artigos: Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu �m econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes. Tem obrigação de indenizar no seu art. 927 do Código Civil que diz: Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (Artigos 186 e 187), causar dano a outrem, �ca obrigado a repará-lo. Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especi�cados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem. Este dispositivo visa que aqueles que prestam atividades de risco ajam com diligência, pois, caso contrário, poderão arcar com o ônus produzido por sua atividade, ou seja, o dano causado a outrem é plenamente aplicável ao pro�ssional da Engenharia Civil. De forma especí�ca, a responsabilidade dos pro�ssionais liberais, como o engenheiro civil, dar-se-á mediante a comprovação de sua culpa. Esta previsão tem seu fulcro no art. 14, § 4º, do Código de Defesa do Consumidor, lei n.º 8.078/90 que dispõe: Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insu�cientesou inadequadas sobre sua fruição e riscos. § 4.º. A responsabilidade pessoal dos pro�ssionais liberais será apurada mediante a veri�cação de culpa. Recorremos ao posicionamento do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo quanto a necessidade de provar a culpa desse pro�ssional. Neste sentido, a atividade desenvolvida pelo autor apresenta risco, devendo arcar com o ônus advindo dos danos causados. Assim, se torna necessário o preenchimento dos requisitos: ação, nexo de causalidade e danos. Veja a profundidade da decisão e a plena responsabilidade deste pro�ssional. Podemos exempli�car ainda na questão da responsabilidade civil objetiva, que basta a relação entre causa e efeito do dano e o agente causador. Quando existe essa relação direta, o agente é responsabilizado sem necessidade de se provar a culpa. A queda de um muro de contenção de uma obra sobre uma edi�cação vizinha é responsabilidade direta da construtora, podendo propor uma ação de regresso contra todos aqueles que contribuíram para este evento danoso, bem como contra o engenheiro, pois este responde pela solidez e segurança da obra. Trata-se de um tema inquestionável e de grande re�exão para este pro�ssional. Se constatados erros de cálculo, a responsabilidade é do engenheiro civil que o projetou. Se constatados erros na execução, a responsabilidade é do construtor. Quando o engenheiro não especi�ca bem os projetos que serão entregues à construtora, dá margens a subjetividades que podem acarretar condenações. Logo, muito cuidado! Fonte: jus.com Atividade 1. Em relação aos deveres do engenheiro civil no exercício da pro�ssão, marque a única opção verdadeira: a) Garantir que seu conhecimento fique limitado a si próprio. b) Tratar de seus interesses pessoais acima dos coletivos. c) Não se envolver quando verificado uma prática indevida por parte de seu contratante. d) Divulgar os conhecimentos científicos, artísticos e tecnológicos inerentes à profissão para o bem comum da sociedade. e) Todas as opções acima são verdadeiras. Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) Para que os pro�ssionais da Engenharia tenham suas garantias jurídicas e contratuais, foi criada a �gura jurídica da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART). Veja a seguir a de�nição de acordo com o texto Anotação de Responsabilidade Técnica (ART): qual a sua importância para a construção?. ART: qual a sua importância para a construção? Clique no botão acima. javascript:void(0); A Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) é uma forma de assegurar responsabilidade na qualidade e execução de uma obra. Ela existe para certi�car que a edi�cação está segura perante os órgãos reguladores. Embora não seja tão conhecida, não tê-la em uma construção é perigoso do ponto de vista legal e, também, do ponto de vista da qualidade. Entendemos que a Anotação de Responsabilidade Técnica (ou ART) é o instrumento de de�nição dos encarregados de uma obra de Engenharia. Desde sua implantação, a lei nº 6.496/77 estabelece que todos os contratos referentes à execução de serviços ou obras de Engenharia, Agronomia, Geologia, Geogra�a ou Meteorologia sejam objeto de anotação nos diversos Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia (CREA’s). Também é utilizada para contratos de vínculos empregatícios para cargos ou funções que envolvam um pro�ssional dessas áreas, utilizando-se de habilitação legal e conhecimentos técnicos. A ART tem três principais objetivos: Defesa da sociedade; Valorização do pro�ssional; Comprovação da capacidade técnica. Para o primeiro fator, a Anotação de Responsabilidade Técnica assegura que as técnicas sejam aplicadas por um pro�ssional habilitado, comprovando, também, o terceiro ponto. A ART, dessa forma, valoriza o pro�ssional por con�rmar sua autoria, responsabilidade ou participação em determinado serviço. Logo, é importante destacar que a ART é uma forte garantia dos contratantes, inclusive caso seja necessário entrar em questões judiciais, pois o engenheiro civil assina como responsável por serviços da obra (esses serviços podem variar, e a responsabilidade técnica pode ser por toda a obra ou somente parte dela). Fonte: LGNserviços. Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online javascript:void(0); Atividade 2. Após ser entregue uma obra de construção de um prédio de uso multifamiliar, foi veri�cado por diversos moradores que adquiriram seus respectivos apartamentos, várias rachaduras no prédio. A Defesa Civil da localidade, após perícia técnica, decidiu retirar todos os moradores deste local, visto que era claro o risco grave e iminente de desabamento, tal a baixa qualidade da construção. A empresa alega que os engenheiros, responsáveis técnicos pelo projeto estrutural e pela sua execução, são os responsáveis diretos por esta situação. Quanto a este tema, é correto a�rmar: a) Neste caso, apenas a construtora será a responsável em ressarcir os moradores quanto a situação da construção. Não cabe nenhuma responsabilidade para os engenheiros. b) Caso fique evidenciado que os engenheiros são os responsáveis, a construtora estará livre de qualquer responsabilização civil ou criminal. c) Este é um caso clássico de fatalidade em que ninguém pode ser culpabilizado por esta situação. d) Neste caso, está evidenciado que a culpa foi dos moradores que não cuidaram dos seus imóveis. e) Todos os envolvidos, sejam os engenheiros por erro, negligência ou omissão, bem como construtora e empresas coparticipantes do empreendimento, são responsáveis solidários e serão, cada um à sua culpa, ressarcir os moradores e receberem todas as medidas processuais cabíveis. 3. Marque abaixo a única alternativa que corresponde aos reais objetivos da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART). A Anotação de Responsabilidade Técnica é um documento que tem como objetivo apenas assegurar o acervo técnico para o engenheiro. b) O principal objetivo da ART é ser um documento arrecadador para o sistema CREA para fins de sua manutenção. c) A ART assegura para o profissional da engenharia e para seus contratantes, pessoas físicas ou jurídicas a responsabilidade na qualidade e execução de seus serviços. d) Todas as opções acima estão corretas em relação à ART. e) Podemos garantir que nenhuma das afirmativas acima está correta quanto aos reais objetivos da Anotação de Responsabilidade Técnica. Terceirização e relações de trabalho na Construção Civil A prática da terceirização de mão de obra no Brasil é uma forma clássica de empregabilidade, plenamente integrada à rotina das empresas, especialmente na indústria da construção civil. Embora ainda haja dúvidas entre as construtoras, a terceirização de mão de obra já é uma realidade neste importante segmento econômico. Segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), 70% das empresas, nas quais se enquadram as de construção civil, já utilizam serviços terceirizados. Além disso, o mesmo estudo aponta que 84% destas companhias pretendem manter ou ampliar o uso deste modelo. Ocorre que, com a crescente prática da terceirização, aumentam, por conseguinte, os riscos decorrentes desta atividade, inclusive para os pro�ssionais da Engenharia Civil. A indústria da construção civil tem uma grande importância econômica pelo volume de recursos �nanceiros mobilizados e por ser uma geradora potencial de empregos. O setor é altamente fragmentado e composto por um grande número de pequenas e microempresas, que atuam em uma gama diversi�cada de insumos e serviços durante as diversas etapas de construção de uma edi�cação. Fonte: Por Stocklifemax / Shutterstock. As práticas de terceirização presentes, pautadas fundamentalmente na redução de custos da mão-de-obra, caracterizam-se por uma sequência de subcontratações, inclusive ilegais, que colocam os operários em condições e relações laborais cada vez mais precárias e menos protegidas socialmente. Os engenheiros devem �car atentos a este tema para não fazerem parte, como já apresentado anteriormente, dos processos reparatórios quanto a responsabilizaçãosolidária, como, por exemplo, no caso de acidentes de trabalho com trabalhadores terceirizados. Logo, é importante dimensionar a relação entre acidentes fatais e terceirização na construção para compararmos as duas grandezas. Além da proporção de terceirizados entre os mortos, é preciso avaliar a quantidade de terceirizados no conjunto do mercado de trabalho. Sem esta segunda estimativa, perde-se referência para o cálculo de incidência dos acidentes entre as diferentes formas de contratação, que constitui o principal indicador de risco ao qual estão expostos os trabalhadores. Vejam, mais uma vez, que os engenheiros civis precisam estar atentos quanto a este cenário extremamente complexo, ou seja, conciliar produção e prevenção. Assim, ampliando nossas preocupações quanto a terceirização na construção civil, temos as questões relacionadas à segurança do trabalho neste segmento, visto que por sua seriedade e abrangência requer cuidados e providências. Fonte: Por A_stockphoto / Shutterstock. O engenheiro civil não pode se omitir diante deste tema. Avaliar os riscos de acidentes de trabalho e de doenças pro�ssionais para os trabalhadores, terceirizados ou não, é também de sua responsabilidade, sendo este pro�ssional responsabilizado civil e criminalmente em caso de negligência em sua rotina de trabalho. Logo, quando se trata de um dos segmentos com maiores índices de acidente de trabalho no país, a atenção deve ser multiplicada. O engenheiro civil deve estar pronto para este desa�o. Muitos problemas relacionados a tal questão resultam da negligência de gestores, líderes e dos engenheiros. Muitas vezes, eles preferem apostar em economias irresponsáveis, deixando de oferecer condições favoráveis e seguras aos colaboradores. Vale lembrar que, além da situação física e estrutural das construções, os aspectos ambientais, humanos e psicológicos precisam ser considerados. Portanto, é imprescindível que todos os pro�ssionais envolvidos no canteiro de obras tenham o máximo cuidado. Segundo a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), o risco de uma pessoa se acidentar fatalmente nesse setor é maior do que o dobro da média de trabalhadores em geral. A Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria da Construção nos mostra que, de fato, a falta de treinamento é um dos maiores gargalos responsáveis por elevar os riscos. NR 18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção Civil Como bem sabemos, existem muitos casos nos quais as organizações não disponibilizam nem mesmo os equipamentos de proteção individual (EPI) necessários, ignorando os riscos da função. Atividades realizadas em altura ou que exigem a manipulação de materiais perigosos e produtos químicos requerem cuidado redobrado e atenção às Normas Regulamentadoras, conforme estabelece a Portaria 3.214, de 08 de junho de 1978, especialmente na NR 18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção Civil. Atitudes preventivas podem reduzir as chances de acidentes e contribuir para melhores estatísticas. Fonte: abrassosp.com.br/ javascript:void(0); Os principais aspectos desta NR estabelecem: Garantir a saúde e a integridade dos trabalhadores; De�nir atribuições e responsabilidades às pessoas que administram; Fazer previsão dos riscos que derivam do processo de execução de obras; Determinar medidas de proteção e prevenção que evitem ações e situações de risco; Aplicar técnicas de execução que reduzem ao máximo os riscos de doenças e acidentes. É fundamental que o engenheiro civil desenvolva suas atividades com ética e seriedade, tendo amplo domínio dos conceitos de sustentabilidade: para possibilitar a correta implantação dos sistemas integrados de gestão da qualidade, SST (segurança e saúde do trabalho) e meio ambiente nos canteiros de obras e se adequar às tecnologias de construção sustentável, que envolve a e�ciência energética, a economia de água, o conforto ambiental, o reprocessamento, o coprocessamento, a gestão dos resíduos e as boas práticas construtivas, sempre com zelo, respeitando os preceitos estabelecidos pelo seu conselho de classe, seguindo as diretrizes de direitos e deveres de sua pro�ssão. Atividade 5. Em relação à segurança dos trabalhadores da construção civil, é correto a�rmar. a) Todos os trabalhadores diretos ou indiretos, deverão receber treinamentos e orientações corretas bem como os seus respectivos equipamentos de proteção individual. b) As questões relacionadas à segurança do trabalho não são de responsabilidade do engenheiro civil. Logo, este profissional não deverá se envolver com estes temas. c) A Norma Regulamentadora (NR 18), que trata do PCMAT, não tem nenhuma relação com as atividades dos engenheiros civis. d) Somente engenheiros de segurança do trabalho deverão propor medidas preventivas durante a execução de uma obra. e) Todas as afirmativas acima estão corretas. Notas Referências BAZZO, W.A. Introdução à Engenharia. Conceitos, ferramentas e equipamentos. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 2006. ENGINEERING DEPARTAMENT. Engineering aspects of property damage prevention in open-cut construction. Boston: Wrigth e Potter Pririting Company, 1949. FREITAS, Carlos; MACHADO, Marcelo; HUET, Jorge. Acidentes industriais ampliados. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2000. HIRATA, M.H; FILHO, Jorge Mancini. Manual de Biossegurança. São Paulo: Mande, 2002. LGN SERVIÇOS. Anotação de Responsabilidade Técnica (ART): qual a sua importância para a construção?. Disponível em: http://lgnservicos.com.br/anotacao-de-responsabilidade-tecnica-art-qual-a-sua-importancia-para-a-construcao/. Acesso em: 19 ago.2019. OLIVEIRA, Islã. A responsabilidade civil do pro�ssional de engenharia. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/54625/a- responsabilidade-civil-do-pro�ssional-de-engenharia. Acesso em: 19 ago. 2019. SAAD, Eduardo et al. Introdução à Engenharia de Segurança do Trabalho. Textos básicos para e estudantes. São Paulo: Fundacentro, 1981. javascript:void(0); javascript:void(0); Próxima aula Questões relacionadas ao Sistema CREA / CONFEA especi�camente direcionadas ao Engenheiro Civil. Sistema e o mercado de trabalho para o engenheiro. Importância do pro�ssional da Engenharia Civil perante a sociedade. Explore mais Tudo sobre Construção Civil; Núcleo de Engenharia Civil presta orientação gratuita no dia 25; O que faz um engenheiro civil. javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0);
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