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Controle de qualidade em hematologia clínica. Fases pré-analítica, analítica, e pós-analítica. Os laboratórios de análises clinicas vêm realizando serviços essenciais no apoio à pratica médica, sobretudo pelos resultados dos exames laboratoriais terem grande influência na conduta diagnostica e terapêutica dos pacientes. Contudo, os laboratórios clínicos estão rapidamente se transformando em linhas de produção de exames, não deixando de lado a garantia de que os resultados emitidos sejam pertinentes e relevantes para a conduta médica por meio de um resultado de alta qualidade. O controle de qualidade é um conjunto de práticas projetadas para monitorar o desempenho de um sistema analítico ao longo do tempo, de modo a detectar erros que ocorrem nas análises e prevenir a liberação de resultados incorretos. Para os analisadores hematológicos, estão incluídas abordagens para assegurar a qualidade analítica, tais como: Analise de amostras repetidas do paciente; Média móvel dos pacientes, Uso de controles comerciais. Os principais tipos de erros hematológicos e coagulômetros são: Erros sistemático, Erros randômico. Ilustração retirada do livro: hematologia Laboratorial – teoria e procedimentos. Existem regras de controle de qualidade a serem utilizadas no laboratório de hematologia, que mostram a visualização de um erro sistemático, erro randômico ou erro total. Existe também uma série de termos e conceitos relevantes e aplicados à garantia de qualidade em laboratórios de análises clinicas, alguns exemplos: Controle de qualidade: Inclui estratégias para garantir que os resultados sejam precisos e exatos. Erro Randômico: Erro que acontece em um sentido positivo e/ou negativo e cuja ocorrência, direção e magnitude não podem ser previstas. É sinônimo de imprecisão. Erro Sistemático: Erro que ocorre entre um valor observado e o valor real do analito. Erro total: Erro randômico + erro sistemático. Erro total permitido: É um requisito que coloca um limite para a quantidade de erros aleatórios tolerados para a determinação de um teste. Exatidão: É a medida de concordância entre um valor estimado e o valor real. A inexatidão é definida quando existe uma grande diferença na extensão do erro entre a média de um grupo de replicatas e o valor real do resultado. Garantia de qualidade: Conjunto de metas de qualidade que se preocupa com todos os aspectos de desempenho do laboratório. Precisão: A capacidade de um teste ou método obter o mesmo resultado quando a amostra é analisada várias vezes. Muitas vezes é expressa como o coeficiente de variação de um teste ou método. Range analítico: Intervalo de resultados numéricos que um método pode produzir sem que haja manipulação da amostra como, por exemplo, diluições. Sensibilidade analítica: Capacidade de um teste ou método para avaliar pequenas variações da concentração de um analito. Na hematologia podemos classificar em controle externo e controle interno. O Controle de qualidade externo permite avaliar a proficiência dos laboratórios. O programa que avalia a hematologia é a Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia (ABHH). O controle de qualidade interno é utilizado para determinar se a prática laboratorial está sendo realizada dentro de condições pré-estabelecidas. O controle externo deve estar sempre aliado ao controle interno e a uma gestão comprometida com a qualidade, de modo a promover melhorias dos processos analíticos e garantia de resultados cada vez mais confiáveis. No controle interno, temos o controle dos lotes. Quando o laboratório recebem um novo lote de reagentes, este lote precisa passar por avaliação, e nessa avaliação são inspecionados informações do rotulo, das instruções de uso e da embalagem/frasco, é inspecionado a intensidade de aglutinação, o título, a avidez e a especificidade dos reagentes. Ilustração retirada do livro: hematologia Laboratorial – teoria e procedimentos. FASE PÓS ANALITICA A avaliação pós analítica é totalmente dependente das fases pré-analítica e analítica. Os procedimentos pós-analíticos realizados dentro do laboratório incluem: Verificação dos resultados laboratoriais; Liberação dos resultados no sistema de informação, Forma de apresentação dos resultados aos médicos. Nessa etapa, os problemas mais comuns são: Validação errada; Resultados atrasados, Resultados reportados de forma incorreta por conta de erros na entrada de dados e erros de transcrição. Na hematologia, por exemplo, os hemogramas, devem conter descritas as informações essenciais para a correta interpretação dos resultados, como a marca do analisador hematológico utilizado pelo laboratório, a fim de possibilitar a interpretação de parâmetros do hemograma com base nos princípios analíticos. É importante descrever se foi ou não realizada a revisão microscópica da lâmina do hemograma pelo fato de os resultados estarem dentro dos limites de triagem definidos pelo laboratório. A automação é fundamental nos dias de hoje; contudo, os profissionais do laboratório devem supervisionar e controlar os processos, de moda a agregar uma qualidade geral maior nos resultados fornecidos. Legislação Ao ponto de vista da legislação (RDC MS 153) cabe ao médico hematologista a responsabilidade pela atividade hemoterápica. princípios gerais: No artigo 3 a responsabilidade técnica e administrativa pelos serviços de hemoterapia deve ficar ao cargo de um médico especialista em hematologia e hemoterapia, ser qualificado por uma instituição responsável, devidamente reconhecida para este fim pelo sistema estadual de sangue. Ao hematologista responsável cabe a responsabilidade final por todas as atividades médicas, técnicas e administrativas. A essas responsabilidades incluem o cumprimentos das normas técnicas e determinação da adequação das indicações da transfusão de sangue de componentes. Também do médico hematologista encontra-se o setor de hematoférese, terapêutica que utiliza a troca e substituição plasmática, através de equipamentos especiais ,por soluções colóides ou plasma humano,como forma de retirar do sangue substância indesejáveis,assim como a coleta de células troncos para transplante de medula óssea. O que pode ser feito para melhorar? As organizações devem sempre analisar o que precisa melhorar, identificar oportunidades de mercado, redução dos custos, aumento dos ganhos e, no caso das organizações de saúde, a melhoria do atendimento aos clientes/usuarios: O Teste e a proposição de implantação de ações de melhoria a saber: • o que estamos tentando realizar? • Como saberemos que uma mudança é uma melhoria? • Quais mudanças podemos fazer que irão beneficiar a melhoria? "Avaliar para conhecer, conhecer para ajudar, ajudar para melhorar".