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Tecido conjuntivo Disciplina: histologia Prof. Me. Mário Martins farias Tecido conjuntivo Características: Células separadas por muito material extracelular; Menor densidade celular; Vários tipos de células; Vasos sanguíneos e linfáticos. Tecido conjuntivo Funções: Sustentação de outros tecidos e órgãos e do corpo como um todo; Preenchimento de espaços entre outros tecidos e estruturas e adesão entre tecidos para a estruturação dos órgãos; Meio de passagem de vasos sanguíneos, vasos linfáticos e nervos. Exerce um papel importante na nutrição de células de outros tecidos facilitando a difusão de gases, nutrientes e metabólitos entre o sangue e os tecidos; Reserva energética nas células adiposas; Defesa do organismo através dos órgãos linfóides, das células linfóides e do sistema mononuclear fagocitário, todas estas células pertencentes ao tecido conjuntivo; Defesa do organismo pela participação de suas células na resposta inflamatória e por ser sede da maioria das respostas inflamatórias produção de células sanguíneas pela medula hematopoiética. Tipos de tecido conjuntivo Propriamente dito (frouxo, denso modelado e não modelado); Com propriedades especiais (tecido elástico, reticular, adiposo, mucoso); Tecido cartilaginoso; Tecido ósseo. Derme Cartilagem hialina Origem Origem Componentes Fibroblastos Macrófagos Plasmócitos Mastócitos Leucócitos Adipócitos Substâncias intercelulares Fibras: Colágenas Elásticas Reticulares. Substância fundamental amorfa; Plasma intersticial. Fibroblastos Sintetizam colágeno e elastina São alongados, com aspect basófilo, com citoplasma abundante, núcleo ovóide e grande; RE e Golgi desenvolvidos Bastante atividade metabólica Fibrócitos (pouca atividade metabólica, célula menor e fusiforme) Leucócitos Os leucócitos migram através da parede de capilares e vênulas pós-capilares, do sangue para os tecidos conjuntivos, por um processo chamado diapedese. Esse processo aumenta muito durante as invasões locais de microrganismos, uma vez que os leucócitos são células especializadas na defesa contra microrganismos. Os leucócitos não retornam ao sangue depois de terem residido no tecido conjuntivo, com exceção dos linfócitos. Composição Celular do Tecido Conjuntivo Leucócitos Função de defesa; Migram do sangue por diapedese (saída dos glóbulos brancos dos vasos sanguíneos para o tecido conjuntivo); Estão mais presentes nos tratos gastrointestinal e respiratório; Leucócitos mais frequentes: Linfócitos Neutrófilos Eosinófilos Basófilos Linfócito Basófilo Eosinófilo Neutrófilo Macrófagos Núcleos grandes ovais ou em formato de rim; Fagocitárias; Se originam dos monócitos (céls. encontradas no sangue); Produzem citocinas, fatores quimiotáticos e outras moléculas que participam do processo da inflamação/defesa do organismo. Composição Celular do Tecido Conjuntivo Macrófagos Realizam movimento amebóide e estão envolvidos em processos de defesa; Possuem capacidade fagocitária; Resto de células Material extracelular alterado Bactérias e partículas inertes Secreção de substâncias que participam da resposta imune; Atuam como células apresentadoras de antígenos; Superfície irregular (emissão de pseudópodes); Citoplasma rico em lisossomos e vacúolos digestivos; Núcleo ovóide ou em forma de rim. Plasmócitos Derivada linfócito B Célula grande, basófila. Rico em RE e Golgi Núcleo esférico com grumos de cromatina Sintetizam anticorpos Atuam na defesa do organismo Composição Celular do Tecido Conjuntivo Plasmócitos Numerosos na mucosa intestinal e nas inflamações crônicas; Citoplasma basófilo; RER desenvolvido; Núcleo excêntrico; Se originam de linfócitos B ativados; Produção de imunoglobulinas em resposta a antígenos Mastócitos Célula globosa, com núcleo cheio de grânulos; Originadas de mastócitos imaturos; Atuam no processo da inflamação, reação alérgica e na expulsão de parasitas. Composição Celular do Tecido Conjuntivo Mastócitos Célula globosa grande, com núcleo central e esférico; Citoplasma repleto de grânulos basófilos; Presença de RER, REL, mitocôndrias e complexo de Golgi; Origem na medula óssea; Encontrado principalmente na pele, trato digestivo e respiratório. Micrografia eletrônica Mastócito em repouso, com seus numerosos grânulos citoplasmáticos. histamínicos Adipócitos Células adiposas são células do tecido conjuntivo que se tornaram especializadas no armazenamento de energia na forma de triglicerídios (gorduras neutras); Composição Celular do Tecido Conjuntivo Células Adiposas Apresentam forma arredondada; Armazenam substâncias de reserva (triglicerídeos); Proteção e amortecimento do tecido; Existem dois tipos de tecido adiposo: Unilocular: apresenta uma grande gotícula de gordura; Multilocular: apresentam várias pequenas gotículas de gordura. Unilocular Multilocular Matriz extracelular É composta principalmente de macromoléculas, água, íons, peptídios, pequenos carboidratos e outras pequenas moléculas. As macromoléculas que mais caracterizam a matriz extracelular do tecido conjuntivo são glicoproteínas, glicosaminoglicanas e proteoglicanas Várias das proteínas se organizam em longas estruturas de espessura e comprimento variáveis formando filamentos. Os filamentos mais calibrosos são visíveis ao microscópio de luz e são chamados fibras do tecido conjuntivo e que constituem a matriz extracelular fibrilar. Uma parte da matriz extracelular é formada por macromoléculas -principalmente glicosaminoglicanas e proteoglicanas- que não se organizam em filamentos e é denominada matriz extracelular fundamental(ou amorfa) Matriz extracelular fundamental (amorfa) gel hidratado preenchendo os espaços veículo passagem de células e moléculas barreira a microorganismos proteoglicanas glicosaminoglicanas + proteínas compressibilidade glicoproteínas adesivas fibronectina laminina líquido tissular Matriz extracelular fibrilar Esta matriz é composta de três tipos de fibras: colágenas, elásticas e reticulares. Fibras colágenas tipo I - fibras e feixes ossos, dentina, tendões, cápsulas de órgãos, derme etc. tipo II - fibrilas cartilagens tipo III - fibras - reticulares órgãos epiteliais - fígado, rins, glândulas endócrinas hematopoéticos - baço, linfonodos, medula óssea modificação de forma e volume – útero tipo IV - lâmina basal não agregam Fibras colágenas Colágenos que formam longas fibrilas: moléculas de colágeno dos tipos I, II, III, V ou XI se agregam para formar fibrilas longas. Colágenos associados a fibrilas: são estruturas curtas que ligam as fibrilas de colágeno umas às outras e a outros componentes da matriz extracelular. Pertencem a este grupo os colágenos dos tipos IX, XII e XIV. Colágeno que forma rede: o colágeno cujas moléculas se associam para formar uma rede é o colágeno do tipo IV, um dos principais componentes estruturais das lâminas basais, nas quais tem o papel de aderência e de filtração. Colágeno de ancoragem: é do tipo VII e é encontrado nas fibrilas que ancoram as fibras de colágeno tipo I à lâmina basal Fibras elásticas x Fibras reticulares elásticas As fibras elásticas são constituídas por um outro grupo de proteínas que se reunem em fibras de diferentes tipos e que em conjunto constituem o que se chama de sistema elástico. REticulares As fibras reticulares são muito delgadas e têm este nome por que quase sempre se organizam em redes tridimensionais encontradas em vários órgãos. Os espaços das malhas destas redes são ocupados por células que se apoiam nas fibras. As fibras são compostas principalmente de colágeno tipo III associado a outros tipos de colágeno e a moléculas não-colagênicas. Fibras elásticas x Fibras reticulares Elásticas reticulares Parede de artéria Fígado Fibras do Tecido Conjuntivo Sistema Colágeno Fibras colágenas; Fibras reticulares (formadas por colágeno III). Fibras Colágenas Fibras Reticulares Fibras do TecidoConjuntivo Sistema Elástico Fibras elásticas Fibras do Tecido Conjuntivo Sistema Colágeno Corresponde à 30 % das proteínas do organismo; Fornece resistência à trações; Produzido por diversos tipos celulares (fibroblastos, condroblastos e osteoblastos); Tropocolágeno: subunidade protéica (3 cadeias alfa); Fibras Colágenas Fibras do Tecido Conjuntivo Sistema Colágeno Existem cerca de 19 tipos de colágeno: Fibras Colágenas Colágenos que formam longas fibrilas: I, II, III, V e XI; Colágenos associados à fibrilas: IX, XII e XIV; Colágeno que forma rede: IV (lâminas basais); Colágeno de ancoragem: VII (fibrilas de ancoragem). Fibras do Tecido Conjuntivo Sistema Colágeno Formadas por colágeno tipo III associado à glicoproteínas e proteoglicanos; Fibras delgadas (0,5 à 2 mm de diâmetro) que se dispõem em rede; Argirófilas (afinidade por sais de prata); Encontrada em órgãos linfóides e células musculares. Fibras Reticulares Fibras do Tecido Conjuntivo Sistema Elástico Formadas principalmente pela proteína elastina; São mais delgadas que as fibras colágenas; Cedem às trações, mas retornam à sua forma inicial (elasticidade); Produzidas principalmente pelos fibroblastos e células musculares lisas dos vasos sangüíneos; Encontradas na pele, pulmão e bexiga; Ocorrem na forma não fibrilar, formando as membranas fenestradas presentes nas paredes de alguns vasos sangüíneos. Fibras Elásticas Derme da pele Artéria de médio calibre (membranas fenestradas) Tecido conjuntivo propriamente dito Tecido conjuntivo frouxo Tecido conjuntivo denso Tecido conjuntivo frouxo O tecido conjuntivo frouxo suporta estruturas normalmente sujeitas a pressão e atritos pequenos. É um tecido conjuntivo muito comum que preenche espaços entre grupos de células musculares, suporta células epiteliais e forma camadas em tomo dos vasos sanguíneos. As células mais numerosas são os fibroblastos e macrófagos. Tecido Conjuntivo Frouxo Não há predomínio de nenhum componente; As células mais comuns são fibroblastos e macrófagos; Consistência delicada, flexível e pouco resistente às trações. Tecido Conjuntivo Frouxo Localização: Sob os epitélios; Em torno de vasos sanguíneos; Entre fibras e feixes musculares; Circundando o parênquima das glândulas. Tecido conjuntivo denso É adaptado para oferecer resistência e proteção aos tecidos. É formado pelos mesmos componentes encontrados no tecido conjuntivo frouxo, entretanto, existem menos células e uma clara predominância de fibras colágenas. O tecido conjuntivo denso é menos flexível e mais resistente à tensão que o tecido conjuntivo frouxo. Quando as fibras colágenas são organizadas em feixes sem uma orientação definida, o tecido chama-se denso não modelado. O tecido denso modelado apresenta feixes de colágeno paralelos uns aos outros e alinhados com os fibroblastos. Tecido Conjuntivo Denso Há mais fibras do que células; A orientação e arranjo dos feixes de fibras colágenas tornam-no resistente à trações; Tecido Conjuntivo Denso Modelado Feixes de fibras colágenas paralelos entre si; Resistente à trações exercidas em uma só direção; Encontrado em tendões e ligamentos. Tecido Conjuntivo Denso Não-modelado Feixes de fibras colágenas em arranjo aleatório; Resistente à trações exercidas em várias direções; Encontrado na derme, bainha de nervos, cápsulas do baço, ovários, rins, linfonodos, entre outros. Tecido elástico O tecido elástico é composto por feixes espessos e paralelos de fibras elásticas. O espaço entre as fibras é ocupado por fibras delgadas de colágeno e fibrócitos. A abundância de fibras elásticas neste tecido lhe confere uma cor amarela típica e grande elasticidade. O tecido elástico não é muito frequente no organismo e está presente nos ligamentos amarelos da coluna vertebral e no ligamento suspensor do pênis. Fibras elásticas abundantes formando feixes; Os espaços entre as fibras elásticas é ocupado por fibras colágenas e fibroblastos achatados. Caracterização Welsch (1999) Tecido Conjuntivo Elástico Ross et al. (1993) Ligamentos amarelos da coluna vertebral; Parede de vasos sanguíneos de grande calibre. Localização Alberts et al. (1999) Tecido Conjuntivo Elástico Tecido conjuntivo reticular É constituído por fibras reticulares intimamente associadas a fibroblastos especializados chamados de células reticulares; O tecido reticular cria um ambiente especial para órgãos linfoides e hematopoéticos (medula óssea, linfonodos e nódulos linfáticos e baço). As células reticulares estão dispersas ao longo da matriz e cobrem parcialmente, com seus prolongamentos citoplasmáticos, as fibras reticulares e a substância fundamental. O resultado deste arranjo é a formação de estrutura trabeculada semelhante a uma esponja. As fibras colágenas (tipo III) formam redes, mescladas com fibroblastos e macrófagos; Fibroblastos especializados (células reticulares) ajudam a formar o retículo que sustenta as células livres; Forma o arcabouço de sustentação de órgãos formadores de células sangüíneas, entre outras funções. Caracterização Junqueira, Carneiro (1999) Tecido Conjuntivo Reticular Baço Tecido mucoso O tecido mucoso tem consistência gelatinosa graças à preponderância de matriz fundamental composta predominantemente de ácido hialurônico com pouquíssimas fibras. As principais células desse tecido são os fibroblastos. O tecido mucoso é o principal componente do cordão umbilical, no qual ele é referido como geléia de Wharton . Consistência gelatinosa; Predomínio de substância fundamental amorfa (especialmente ácido hialurônico); Poucas fibras colágenas e raras fibras elásticas e reticulares; Caracterização Geléia de Wharton Fibroblasto SFA Tecido Conjuntivo Mucoso Predomínio de matriz extracelular; Encontrado no cordão umbilical (“gelatina de Wharton”) e na polpa dental jovem. Cordão umbilical Tecido Conjuntivo Mucoso
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