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Legislação do SUS

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LEGISLAÇÃO DO SISTEMA 
ÚNICO DE SAÚDE 
LEI 8.080 E 8.142/90 
Prof. Douglas Avelar 
Santarém - PA 
2020.1 
 
 
 CONSTITUIÇÃO FEDERAL (CF-1988 ) Artigos 196 a 200 Saúde = DIREITO 
 
 Leis 8.080/90: Regulamenta os serviços de saúde 
 Lei 8.142/90: Regulamenta a Participação da Comunidade no SUS e Transferências 
Financeiras 
 
 Normas Operacionais Básicas (NOBs): NOBs : 01/91, 01/93, 01/96 MUNICIPALIZAÇÃO 
 
 Normas Operacionais de Assistência à Saúde (NOAS): NOAS 01/2001 e 01/2002 
REGIONALIZAÇÃO 
 
2 
1 - Disposições Gerais do SUS 
 
Disposições Gerais do SUS (arts. 1º a 4º) 
A Lei 8.080/90 dispõe sobre as condições para: 
a promoção; 
 
 
 
a proteção; 
 
 
a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes; 
 
a recuperação da saúde; 
e dá outras providências. 
Esta lei regula, em todo o território nacional, as ações e serviços de saúde, 
executados isolada ou conjuntamente, em caráter permanente ou eventual, por 
pessoas naturais ou jurídicas de direito Público ou privado. 
 
 
3 
Saúde 
Estado 
Dever 
não exclui o das 
pessoas, da família 
das 
empresas 
e da 
sociedade. 
 condições indispensáveis ao seu pleno exercício; 
 redução de riscos de doenças e de outros agravos; 
 acesso universal e igualitário às ações e aos serviços; 
 promoção, proteção e recuperação 
Direito Fundamental 
4 
Determinantes e condicionantes (Lei 8.8080/90-Art 3º e 4º) 
5 
6 
 
SUS 
 
Federais; 
 
 
Estaduais; 
 
 
Municipais. 
Também fazem parte do SUS as instituições públicas federais, estaduais e municipais 
de controle de qualidade, pesquisa e produção de insumos, medicamentos, inclusive 
de sangue e hemoderivados e de equipamentos para saúde 
é o conjunto de ações e de 
serviços de saúde, prestados 
por órgãos e instituições de 
administração direta e indireta 
e das fundações mantidas pelo 
Poder Público. 
7 
2 - Objetivos e Atribuições do SUS 
Objetivos e Atribuições do SUS (arts. 5º a 6º) 
8 
Ressaltamos que o SUS é um sistema de saúde universal complexo, que tem 
um campo de atuação muito amplo para garantir atendimento integral ao 
usuário de saúde (Lei nº 8.080/90, art. 6°). Nesse sentido, estão incluídos no 
campo de atuação do SUS: 
I. a execução de ações: 
a) de vigilância sanitária; 
b) de vigilância epidemiológica; 
c) de saúde do trabalhador; e 
d) de assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica; 
 
II. - a participação na formulação da política e na execução de ações de saneamento básico; 
III. a ordenação da formação de recursos humanos na área de saúde; 
IV. a vigilância nutricional e a orientação alimentar; 
 
9 
V- a colaboração na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho; 
 
VI- a formulação da política de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos e 
outros insumos de interesse para a saúde e a participação na sua produção; 
 
VII- o controle e a fiscalização de serviços, produtos e substâncias de interesse para a 
saúde; 
 
VIII- a fiscalização e a inspeção de alimentos, água e bebidas para consumo humano; 
 
IX- a participação no controle e na fiscalização da produção, transporte, guarda e 
utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos; 
 
X- o incremento, em sua área de atuação, do desenvolvimento científico e tecnológico; 
 
XI- a formulação e execução da política de sangue e seus derivados. 
 
10 
vigilância 
sanitária; 
vigilância 
epidemiológica; 
saúde do 
trabalhador; 
Em resumo, estão incluídas, no campo de atuação do SUS, as 
seguintes ações 
 
 
 
assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica; 
11 
Em resumo, estão incluídas, no campo de atuação do 
SUS, as seguintes ações: 
saneamento básico; 
recursos humanos; 
vigilância nutricional; 
proteção do meio ambiente; 
política de medicamentos, 
equipamentos, imunobiológicos; 
fiscalização de serviços, de 
produtos e de substâncias; 
fiscalização e inspeção de alimentos, de 
água e de bebidas; 
produtos psicoativos, tóxicos e radioativos; 
desenvolvimento científico e tecnológico; 
política de sangue e seus derivados. 
12 
3 - Vigilância em Saúde Vigilância em Saúde (art. 6º,§§ 1º a 3º) 
Vigilância Sanitária 
Conjunto de ações que visam eliminar, diminuir ou 
prevenir riscos à saúde e intervir nos problemas sanitários 
decorrentes: 
do meio ambiente; 
da produção e da 
circulação de bens; 
da prestação de 
serviços de 
interesse da saúde. 
13 
 
Vigilância Sanitária Abrange: 
o controle de bens de consumo 
que, direta ou indiretamente, 
relacionam-se com a saúde, 
compreendidas todas as etapas 
e os processos, da produção ao 
consumo; 
o controle da prestação de 
serviços que se relacionam 
direta ou indiretamente com a 
saúde. 
 
 
14 
ação normativa e fiscalizatória → serviços 
prestados, produtos e insumos terapêuticos de 
interesse para a saúde; 
Vigilância 
Sanitária 
permanente avaliação da necessidade de 
prevenir risco; 
possibilidade de interagir constantemente 
com a sociedade, em termos de promoção da 
saúde, da ética e dos direitos de cidadania. 
15 
Vigilância 
Epidemiológica 
é o conjunto de ações 
que proporcionam 
o conhecimento, a detecção ou a 
prevenção de qualquer mudança 
nos fatores determinantes e 
condicionantes de saúde 
INDIVIDUAL ou COLETIVA; 
com a FINALIDADE de recomendar e adotar as medidas 
de PREVENÇÃO e CONTROLE de doenças ou agravos. 
16 
 
através das ações de vigilância 
epidemiológica e vigilância sanitária 
à promoção e à proteção da 
saúde dos trabalhadores; 
A SAÚDE do 
TRABALHADOR 
se destina 
à recuperação e à reabilitação 
da saúde dos trabalhadores. 
Saúde do Trabalhador 
 Visa à promoção da saúde e à redução da 
morbimortalidade da população trabalhadora; 
 
 Por meio da integração de ações que intervenham nos 
agravos e seus determinantes; 
 
 Decorrentes dos modelos de desenvolvimento e de 
processos produtivos. 
17 
4- Princípios do SUS 
I. universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência; 
II. integralidade de assistência, entendida como um conjunto articulado e contínuo de ações e de serviços preventivos 
e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema; 
III. preservação da autonomia das pessoas em defesa de sua integridade física e moral; 
IV. igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie; 
V. direito à informação às pessoas assistidas sobre sua saúde; 
VI. divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de saúde e a sua utilização pelo usuário 
VII. Utilização da epidemiologia para o estabelecimento deprioridades, a alocação de recursos e a orientação 
programática; 
VIII. participação da comunidade; 
IX. descentralização político-administrativa, com direção única em cada esfera de governo: 
 
 
Princípios do SUS (art. 7º) 
18 
a) ênfase na descentralização dos serviços para os municípios; 
b) regionalização e hierarquização da rede de serviços de saúde; 
X- integração, em nível executivo, das ações de saúde, do meio ambiente e do saneamento básico; 
 
XI- conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos da União, dos estados, do Distrito 
Federal e dos municípios na prestação de serviços de assistência à saúde da população; 
 
XII- capacidade de resolução dos serviços em todos os níveis de assistência; e 
 
XIII- organização dos serviços públicos de modo a evitar duplicidade de meios para fins idênticos. 
 
XIV- organização de atendimento público específico e especializado para mulheres e vítimas de 
violência doméstica em geral, que garanta, entre outros, atendimento, acompanhamento psicológico e 
cirurgias plásticas reparadoras, em conformidade com a Lei nº 12.845, de 1º de agosto de 2013. 
 
 
 
19 
5.1- Organização, Direção e Gestão do SUSAs ações e os serviços de saúde, executados pelo SUS, seja diretamente ou com a participação 
complementar da iniciativa privada, serão organizados de forma regionalizada e hierarquizada em 
níveis de complexidade crescente. 
 
 A direção SUS é única, de acordo com o inciso I do art. 198 da Constituição Federal, e 
exercida em cada esfera de governo pelos seguintes órgãos: 
 
I. - no âmbito da União, pelo Ministério da Saúde; 
II. - no âmbito dos estados e do Distrito Federal, pela respectiva Secretaria de Saúde ou 
órgão equivalente; e 
III. - no âmbito dos municípios, pela respectiva Secretaria de Saúde ou órgão equivalente 
(arts. 8º a 14B) 
20 
Os municípios poderão constituir consórcios para desenvolver, em conjunto, as 
ações e os serviços de saúde que lhes correspondam. 
 
Aplica-se aos consórcios administrativos intermunicipais o princípio da 
direção única, e os respectivos atos constitutivos disporão sobre sua observância. 
Em nível municipal, o SUS poderá organizar-se em distritos de forma a 
integrar e articular recursos, técnicas e práticas voltadas para cobrir totalmente as ações 
de saúde. 
 
 
De acordo com os princípios da regionalização e da hierarquização da rede de 
serviços de saúde, o usuário do SUS deve procurar o atendimento de sua necessidade 
de saúde prioritariamente na APS. Caso esse nível de atenção não consiga resolver seu 
problema de saúde, deve ser atendido na média e/ou alta complexidade, a depender da 
necessidade apresentada. 
21 
encaminhamento de usuários do SUS para níveis de maior complexidade é chamado de 
referência. 
 
Quando o estado de saúde dos usuários atendidos na média e na alta complexidade melhora, 
eles devem ser reencaminhados para serviços de saúde da APS, especialmente para as equipes 
da Estratégia de Saúde da Família (ESF) de sua área de abrangência. Isso se denomina 
contrarreferência, ou seja, o caminho de volta. 
 
22 
Art. 12. Serão criadas comissões intersetoriais de âmbito nacional, subordinadas ao 
Conselho Nacional de Saúde, integradas pelos Ministérios e órgãos competentes e por 
entidades representativas da sociedade civil. 
23 
5.2- Organização, Direção e Gestão do SUS 
◦ Em âmbito nacional, funciona a Comissão Intergestores Tripartite (CIT), 
integrada paritariamente por representantes do Ministério da Saúde (MS), 
representantes do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) e 
representantes do Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Saúde 
(CONASEMS). 
 
◦ Em cada estado da Federação, funciona uma Comissão Intergestores Bipartite 
(CIB), composta de forma paritária, por representação da Secretaria Estadual de 
Saúde (SES) e do Conselho Estadual de Secretarias Municipais de Saúde 
(COSEMS). 
24 
◦ Essas comissões, instituídas no início dos anos 1990, são espaços intergovernamentais, 
políticos e técnicos em que ocorrem o planejamento, a negociação e a 
implementação das políticas de saúde pública. São instâncias que integram a estrutura 
decisória do SUS. Constituem uma estratégia de coordenação e negociação do processo de 
elaboração da política de saúde nas três esferas de governo, articulando-as entre si. 
 
◦ As disposições sobre as Comissões Intergestores Bipartite e Tripartite, o Conselho 
Nacional de Secretários de Saúde (CONASS), o Conselho Nacional de Secretarias 
Municipais de Saúde (CONASEMS) e os Conselhos de Secretarias Municipais de Saúde 
(COSEMS) foram incluídas na Lei nº 8.080/90 (arts. 14-A e 14-B) pela Lei nº 12.466, de 
2011. Foi uma regulamentação importante, porque conferiu mais legitimidade a essas 
comissões e conselhos existentes há muito tempo no país. 
25 
26 
27 
 
6- Competências e Atribuições do SUS 
◦ I- definição das instâncias e dos mecanismos de controle, avaliação e de fiscalização das ações e dos 
serviços de saúde; 
II- administração dos recursos orçamentários e financeiros destinados, em cada ano, à saúde; 
III- acompanhamento, avaliação e divulgação do nível de saúde da população e das condições ambientais; 
IV- organização e coordenação do sistema de informação de saúde; 
V- - elaboração de normas técnicas e estabelecimento de padrões de qualidade e parâmetros de custos que 
caracterizam a assistência à saúde; 
VI- elaboração de normas técnicas e estabelecimento de padrões de qualidade para promoção da saúde do 
trabalhador; 
 
 28 
(arts. 15 a 19) 
Inicialmente, vejamos quais são as atribuições comuns da União, dos 
estados, do Distrito Federal e dos municípios no âmbito do SUS (Lei 
nº 8.080/90, art. 15): 
VII- participação de formulação da política e da execução das ações de saneamento básico e colaboração na 
proteção e recuperação do meio ambiente; 
VIII- elaboração e atualização periódica do plano de saúde; 
IX- participação na formulação e na execução da política de formação e desenvolvimento de recursos humanos 
para a saúde; 
X- elaboração da proposta orçamentária do SUS, de conformidade com o plano de saúde; 
XI- elaboração de normas para regular as atividades de serviços privados de saúde, tendo em vista a sua relevância 
pública; 
XII- realização de operações externas de natureza financeira de interesse da saúde, autorizadas pelo Senado 
Federal; 
XIII- para atendimento de necessidades coletivas, urgentes e transitórias, decorrentes de situações de perigo 
iminente, de calamidade pública ou de irrupção de epidemias, a autoridade competente da esfera administrativa 
correspondente poderá requisitar bens e serviços, tanto de pessoas naturais como de jurídicas, sendo-lhes 
assegurada justa indenização; 
 XIV- implementar o Sistema Nacional de Sangue, Componentes e Derivados; 
 XV- propor a celebração de convênios, acordos e protocolos internacionais relativos à saúde, ao saneamento e ao 
meio ambiente; 
 
 
 
29 
XVI- elaborar normas técnico-científicas de promoção, proteção e recuperação da saúde; 
 
XVII- promover articulação com os órgãos de fiscalização do exercício profissional e outras entidades 
representativas da sociedade civil para a definição e controle dos padrões éticos para pesquisa, ações e 
serviços de saúde; 
XVIII- promover a articulação da política e dos planos de saúde; 
 
XIX- realizar pesquisas e estudos na área de saúde; 
 
XX- definir as instâncias e os mecanismos de controle e fiscalização inerentes ao poder de polícia 
sanitária; 
 
XXI- fomentar, coordenar e executar programas e projetos estratégicos e de atendimento emergencial. 
 
30 
6.2- Competências e Atribuições do SUS 
 
31 
Política de insumos, equipamentos e hemoderivados 
32 
Participação complementar da iniciativa privada 
33 
Alimentação e nutrição 
 
 União (art. 16) 
 
• formular, avaliar e apoiar políticas de alimentação e nutrição. 
 
 
Estados (art. 17) 
 
 
• Coordenar e, em caráter complementar, executar ações e serviços de alimentação e nutrição. 
 
Municípios (art. 18) 
 
 
• executar serviços de alimentação e nutrição. 
34 
Vigilância sanitária, epidemiológica e saúde do trabalhador 
35 
Saúde do trabalhador 
36 
 
Execução da 
vigilância 
sanitária de 
portos, 
aeroportos e 
fronteiras 
 
 
Ministério da Saúde 
 
Secretarias 
Estaduais de Saúde 
 
 
estabelece normas 
e executa; 
 
 
Secretarias 
Municipais de Saúde 
 
 
colabora com a União na 
execução; 
 
 
 
 
colabora com a União e estados 
na execução. 
 
37 
38 
Continuação... 
39 
Meio ambiente 
6.3- Competências e Atribuições do SUS 
40 
Saneamento básico 
41 
Financiamento da saúde 
Na esfera federal, os recursos financeiros, originários do Orçamento da Seguridade 
Social, de outros Orçamentos da União e outras fontes, serão administrados pelo Ministério 
da Saúde, através do Fundo Nacional de Saúde (Lei nº 8.080/90, art. 33, § 1°). 
 
Portanto, o FNS é considerado o gestor financeiro, na esfera federal, dos recursos do SUS; 
na esfera estadual, o Fundo Estadual de Saúde (FES); ena esfera municipal, o Fundo 
Municipal de Saúde (FMS). 
42 
Gestão em saúde 
43 
Continuação... 
7 -Subsistema de Saúde Indígena 
44 
Subsistema de Saúde Indígena (arts. 19A a 19H) 
45 
Financiamento do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena: 
Obrigatório União 
Facultativo Estados Municípios 
Outras instituições 
governamentais e 
não governamentais 
46 
Art. 19-F 
Devem-se levar em consideração obrigatoriamente a realidade local e as 
especialidades da cultura dos povos indígenas. 
Contemplando 
os aspectos assistência à 
saúde; 
saneamento 
básico; 
nutrição, habitação, 
meio ambiente; 
demarcação de terras, 
educação sanitária; 
integração 
institucional. 
47 
8 - Subsistema de Atendimento e Internação Domiciliar 
no SUS e Trabalho de Parto 
48 
São estabelecidos, no âmbito do SUS, o atendimento domiciliar e a 
internação domiciliar. 
 
Na modalidade de assistência de atendimento e internação domiciliares, incluem-se, 
principalmente, os procedimentos médicos, de enfermagem, fisioterapêuticos, psicológicos 
e de assistência social, entre outros necessários ao cuidado integral dos pacientes em seu 
domicílio. 
 
O atendimento e a internação domiciliares devem ser realizados por equipes 
multidisciplinares, que atuarão nos níveis da medicina preventiva, terapêutica e 
reabilitadora. 
 
O atendimento e a internação domiciliares só podem ser realizados por indicação 
médica, com expressa concordância do paciente e de sua família. 
 
 
49 
Trabalho de Parto, Parto e Pós-Parto Imediato no SUS (art.19J) 
 A rede própria ou conveniada do SUS deve permitir que a parturiente tenha um 
acompanhante durante todo o período de trabalho de parto, parto e pós-parto 
imediato. 
 
 
 O acompanhamento será indicado pela parturiente. 
 
 
 Ficam os hospitais de todo o País obrigados a manter, em local visível de suas 
dependências, aviso informando sobre o direito referido (incluído pela Lei nº 12.895, 
de 2013). 
9 - Assistência Terapêutica e Incorporações de 
Tecnologia em Saúde no SUS 
50 
 
Assistência terapêutica 
integral do SUS 
 
 
dispensação de medicamentos e 
de produtos de interesse para a saúde; 
 
oferta de procedimentos terapêuticos em 
regime domiciliar, ambulatorial e 
hospitalar. 
 
51 
Assistência Terapêutica e Incorporação de Tecnologia em Saúde 
no SUS (arts. 19M a 19U) 
Atribuições da 
Comissão Nacional 
de Incorporação de 
Tecnologia no SUS 
 
incorporação, exclusão ou 
alteração pelo SUS de 
constituição ou alteração de 
protocolo clínico ou de 
diretriz terapêutica. 
 
novos medicamentos; 
 
novos produtos; 
 
novos procedimentos. 
 
 
A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC) 
elaborará relatório sobre esses aspectos. 
 
 
52 
O Relatório da CONITEC levará em consideração, necessariamente: 
 as evidências científicas sobre a eficácia, a acurácia, a 
efetividade e a segurança do medicamento, produto ou 
procedimento objeto do processo, acatadas pelo órgão 
competente para o registro ou a autorização de uso; 
 
 
 
 I 
 a avaliação econômica comparativa dos benefícios e 
dos custos em relação às tecnologias já incorporadas, 
INCLUSIVE no que se refere aos atendimentos domiciliar, 
ambulatorial ou hospitalar, quando cabível. 
 
 
 
II 
10 - Serviços Privados de Assistência à Saúde 
53 
Os serviços privados de assistência à saúde caracterizam-se pela atuação, 
por iniciativa própria, de profissionais liberais, legalmente habilitados, e de 
pessoas jurídicas de direito privado na promoção, proteção e recuperação da 
saúde (art. 20). 
 
A assistência à saúde é livre para a iniciativa privada (art. 21). 
 
Na prestação de serviços privados de assistência à saúde, serão 
observados os princípios éticos e as normas expedidas pelo órgão de direção 
do SUS quanto às condições para seu funcionamento (art. 22). 
Serviços Privados de Assistência à Saúde 
(arts. 20 a 26) 
54 
Quando as suas disponibilidades forem insuficientes para garantir a cobertura 
assistencial à população de determinada área, o SUS poderá recorrer aos serviços 
ofertados pela iniciativa privada (art. 24). 
 
A participação complementar dos serviços privados será formalizada mediante 
contrato ou convênio, observadas, a respeito, as normas de direito público (art. 24, 
parágrafo único). 
 
Em relação à participação complementar, as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos 
terão preferência para participar do SUS (art. 25 
55 
Estabelecidos 
pelo Ministério da 
Saúde 
 
 
critérios e valores para a 
remuneração de serviços do SUS; 
 
 
 
parâmetros de cobertura 
assistencial do SUS. 
 
 
Aprovados 
pelo CNS 
 
Os critérios e os valores para a remuneração de serviços e os parâmetros de cobertura 
assistencial serão estabelecidos pela direção nacional do SUS e aprovados pelo 
Conselho Nacional de Saúde (art. 26). 
56 
Na fixação dos critérios, dos valores, das formas de reajuste e de 
pagamento da remuneração referidos, a direção nacional do SUS deverá 
fundamentar seu ato em demonstrativo econômico-financeiro que 
garanta a efetiva qualidade de execução dos serviços contratados (art. 26, 
§ 1°). 
 
Os serviços contratados submeter-se-ão às normas técnicas e 
administrativas e aos princípios e às diretrizes do SUS, mantido o 
equilíbrio econômico e financeiro do contrato (art. 26, § 2°). 
 
Aos proprietários, administradores e dirigentes de entidades ou de 
serviços contratados é vedado exercer cargo de chefia ou função de 
confiança no SUS (art. 26, § 4°). 
57 
Intervenção de países estrangeiros na saúde brasileira 
 
A Constituição Federal de 1988 (CF/88) criou proteções para a 
assistência à saúde no Brasil em relação à intervenção de outros países. 
 
Primeiramente, foi assegurado pela CF/88 (art. 199, § 3°) que seria vedada a 
participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na assistência à 
saúde no País, salvo nos casos previstos em lei. Isso significa que, no Brasil, a 
assistência à saúde deve ser prestada apenas pelo poder público, por empresas e capitais 
brasileiros, com a possibilidade de haver exceções determinadas por lei 
58 
Posteriormente, foi determinado pela Lei nº 8.080/90 (art. 23) que seria vedada a 
participação direta ou indireta de empresas ou de capitais estrangeiros na assistência à 
saúde, salvo através de doações de organismos internacionais vinculados à 
Organização das Nações Unidas (ONU), de entidades de cooperação técnica e de 
financiamento e empréstimos (regra antiga). 
59 
O art. 23 da Lei nº 8.080/90 foi alterado pela Lei nº 13.097/2015 e passou a vigorar 
com a seguinte redação: 
 
É permitida a participação direta ou indireta, inclusive, o controle de empresas ou de 
capital estrangeiro na assistência à saúde nos seguintes casos (ampliação considerável): 
 
I - doações de organismos internacionais vinculados à Organização das Nações 
Unidas (ONU), de entidades de cooperação técnica e de financiamento e 
empréstimos; 
II- pessoas jurídicas destinadas a instalar, a operacionalizar ou a explorar: 
a) hospital geral, inclusive filantrópico, hospital especializado, policlínica, clínica geral 
e clínica especializada; e 
b) ações e pesquisas de planejamento familiar; 
III- serviços de saúde mantidos, sem finalidade lucrativa, por empresas, para atender aos 
seus empregados e dependentes, sem qualquer ônus para a seguridade social; e 
IV- demais casos previstos em legislação específica. 
 
60 
Verificamos que, no Brasil, a alteração referida incluiu na saúde praticamente 
todos os serviços e as intervenções internacionais e ampliou consideravelmente as 
exceções previstas no art. 199, § 3° da CF/88, ou seja, essa regra constitucional 
ficou fragilizada. 
 
Acrescentamos que a Lei nº 8.080/90 (art. 15, inciso XII) estabelece que a 
União, os estados, o Distrito Federal e os municípios poderãoexecutar, em seu 
âmbito administrativo, operações externas de natureza financeira de interesse da 
saúde, desde que autorizadas pelo Senado Federal. Isso significa que qualquer 
empréstimo, convênio ou acordo firmado pelos entes federativos com instituições 
internacionais somente poderá ser feito depois de aprovados pelo Senado Federal. 
11 - Recursos Humanos no SUS 
61 
Recursos Humanos no SUS (arts. 27 a 30) 
 
A política de recursos humanos na área da saúde será formalizada e 
executada, articuladamente, pelas diferentes esferas de governo, em 
cumprimento aos seguintes objetivos (art. 27): 
 
- organizar um sistema de formação de recursos humanos em todos os níveis 
de ensino, inclusive de pós-graduação, além de elaborar programas de 
permanente aperfeiçoamento de pessoal; 
 
- valorizar a dedicação exclusiva aos serviços do SUS 
62 
Os serviços públicos que integram o SUS constituem campo de prática 
para o ensino e a pesquisa, com normas específicas elaboradas conjuntamente 
com o sistema educacional. 
 
Os cargos e as funções de chefia, direção e assessoramento, no âmbito 
do SUS, só poderão ser exercidos em regime de tempo integral (art. 28). 
 
Os servidores que legalmente acumulam dois cargos ou empregos 
poderão exercer suas atividades em mais de um estabelecimento do SUS. 
Essa regra também se aplica aos servidores em regime de tempo integral, com 
exceção dos ocupantes de cargos ou função de chefia, direção ou 
assessoramento (art. 28, §§ 1° e 2°). 
63 
As especializações na forma de treinamento em serviço sob supervisão serão regulamentadas 
por Comissão Nacional, instituída de acordo com o art. 12 dessa Lei, garantida a participação das 
entidades profissionais correspondentes (art. 30). 
 
 
12- - Financiamento, Planejamento e Orçamento do SUS 
 
64 
O SUS será financiado, nos termos do art. 195, com recursos do 
orçamento da seguridade social, da União, dos estados, do 
Distrito Federal e dos municípios, além de outras fontes. (CF/88, 
art. 198, § 1°). 
65 
São considerados de outras fontes os recursos para financiamento do SUS 
(art. 32): 
Arts. 31 a 38 Financiamento e Planejamento no SUS 
 
Arts. 39 a 55 Disposições Finais e Transitórias 
 
oCriada em 28/12/1990, dispõe sobre : 
Participação da comunidade na gestão do SUS 
Transferências intergovernamentais de recursos financeiros 
 
Conselhos e Conferências de Saúde 
COMPOSIÇÃO PARITÁRIA 
50% USUÁRIOS 
50% REPRESENTANTES DO GOVERNO 
TRABALHADORES DE SAÚDE 
PRESTADORES DE SAÚDE 
o Regular e Automática Fundo a Fundo 
oOs recursos para cobertura de ações e serviços de saúde serão transferidos de 
forma regular e automática aos Municípios, Estado e DF 
 
oCondições para receber a transferência 
 
Fundo de saúde 
Conselho de saúde 
 Plano de Saúde 
Relatórios de gestão (controle) 
 Contrapartida de recursos da saúde no próprio orçamento 
Comissão de Elaboração de PCCS (plano de carreira cargos e 
salários) 
Referências 
AGUIAR, Zenaide Neto. SUS: Sistema Único de Saúde: antecedentes, percurso, perspectivas e desafios. São Paulo: 
Martinari, 2015. 
MINISTÉRIO DA SAÚDE. 8ª Conferência Nacional de Saúde: relatório final. 1986. 
MINISTÉRIO DA SAÚDE. ABC do SUS: doutrinas e princípios. Brasília. 1990. 
FADEL, Cristina Berger [et al]. Administração pública: o pacto pela saúde como uma nova estratégia de 
racionalização das ações e serviços em saúde no Brasil. Revista de Administração Pública, Rio de Janeiro, 43(2), p. 
445-456, mar./abr. 2009. 
MACHADO, Rosani Ramos [et. al.]. Entendendo o pacto pela saúde na gestão do SUS e refletindo sua 
implementação. Revista Eletrônica de Enfermagem, 11(1), p.181-187, 2009. Leia mais: 
http://www.portalconscienciapolitica.com.br/products/pacto-pela-saude/ TEIXEIRA, Carmen. Os princípios do 
sistema único de saúde. Texto de apoio elaborado para subsidiar o debate nas Conferências Municipal e 
Estadual de Saúde. Salvador, Bahia, 2011. 
Adaptado do Professora Mara Spinola

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