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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
CURSO DE PEDAGOGIA
TATIANE DA CONCEIÇÃO LIMA DOS SANTOS
AUTISMO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
SANTA LUZIA
2019
TATIANE DA CONCEIÇÃO LIMA DOS SANTOS
MATRÍCULA: 201703086759
AUTISMO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Trabalho de Pré-Projeto apresentado como exigência da disciplina PPE – Pré-Projeto 
 Orientador: GEORGIA GOMES VICENTE
SANTA LUZIA 
2019
LINHA DE PESQUISA
TEMA: Práticas Educativas
TÍTULO: Autismo na Educação Infantil
1. INTRODUÇÃO 
 O autismo e demais transtornos do desenvolvimento estão sendo cada vez mais discutidos na área da Educação. Seja pela questão da inclusão ou pela preocupação com a formação profissional, a Educação Infantil se torna a primeira etapa a ser enfrentada pela criança com o diagnóstico comprovado de tais transtornos. Sendo assim, o objetivo deste artigo é discutir com base na literatura existente o que pode ser oferecido por escolas de Educação Infantil para receber e atender esses alunos, e as dificuldades que os autistas enfrentam dia a dia no processo educacional.
1.1. APRESENTAÇÃO 
 Considerando o fato de que atualmente o autismo não é mais considerado uma patologia que estigmatiza a criança para aprender, é possível que a criança autista faça parte do universo pedagógico junto a crianças ditas “normais”. Para isso professores estão sendo preparados para inserir essas crianças no ambiente escolar principalmente através da adaptação curricular. É imprescindível que essas crianças sejam alfabetizadas em escolas normais para que não haja segregação ou isolamento em escolas especializadas. O professor é peça fundamental em desmistificar todo o preconceito que existe em relação à capacidade cognitiva do aluno autista. Muito pode ser feito por essas crianças, mas o principal é acreditar que elas têm potencial para aprender. O papel do professor na pré-escola é bastante relevante, pois através de uma avaliação diagnóstica ele classificará o aluno autista segundo o seu grau de dificuldade para aprendizagem e consequentemente criara estratégias de facilitação de forma que o aluno se sinta inserido no contexto escolar. 
 Pesquisas têm demonstrado que os alunos autistas são fortemente presos a rotina. Esses alunos respondem melhor aos sistemas organizados, sendo assim professores de alunos autistas necessitam organizar e manter certa rotina em sala de aula para efetivamente conseguirem ensinar essas crianças. Organizar a sala de aula ao nível da compreensão do aluno autista faz com que suas dificuldades de aprendizagem sejam diminuídas. Independente da idade de um aluno autista, a organização física, a programação das atividades, os métodos de ensino fazem toda diferença no processo de aprendizagem. Muitas vezes o aluno não compreende a explicação do professor o que pode causar uma reação agressiva ou desmotivação por parte dele; outras vezes é a linguagem do aluno que é insuficiente para manter uma comunicação efetiva com o professor fazendo através de um comportamento inadequado.
 O autismo basicamente é mais conhecido como uma alteração que provoca um afastamento da criança do mudo exterior, encontrando-se sempre centrado em si mesmo o que evidencia sérias perturbações das relações afetivas com o meio. Quando desenvolve a linguagem essa é caracteristicamente descontextualizada em relação ao uso das palavras. O transtorno autista se apresenta como uma desordem que se manifesta desde o nascimento e por toda a vida. Esse transtorno acomete cerca de 20 entra cada 10 mil nascidos e é quatro vezes mais comum entre meninos do que meninas. Porém quando a menina é acometida os sintomas são mais graves. 
 Devido a esse conjunto de sinais, o aluno autista, no contexto de inclusão escolar, necessita de um planejamento específico das práticas pedagógicas conforme o seu desenvolvimento, e o professor ao se deparar com uma criança autista poderá perceber certas características como: Ausência de linguagem verbal ou linguagem verbal pobre e inadequada (incapacidade de manter uma comunicação eficiente) ecolalia imediata ou tardia, hiperatividade ou passividade, contato visual deficiente (raramente olha nos olhos dos professores e dos pais), comunicação receptiva deficiente (apresenta grande dificuldade em compreender o que lhe é dito, não obedecem a ordens nem mesmo simples e muitas vezes também não atendem quando chamados pelo nome), problema de atenção e concentração, ausência de interação social, mudança de humor sem causa aparente, usar adultos como ferramenta, ausência de interesse por matérias ou atividades da sala de aula, interesse obsessivo por um determinado objeto ou coisa.
 O interesse pelo tema abordado surgiu em razão da autora deste pré-projeto ter conhecido uma criança autista, aluno da educação infantil, no qual a família relata a dificuldade de inclusão da criança na escola regular. 
 Sabendo que o ensino inclusivo é um direito conquistado e é dever de toda sociedade aceitar e respeitar as diferenças, é direito da criança autista se apropriar da linguagem escrita, desde a Educação Infantil. 
 A pesquisa para o presente pré-projeto deu-se através de estudo bibliográfico e pesquisa de campo em cujos apontamentos abordam-se a inclusão do educando autista na perspectiva da escola da rede pública.
2. LEVANTAMENTO DO REFERENCIAL DA PESQUISA
 O mais importante nessa proposta de inclusão é que ela precisa necessariamente ser realizada dentro de escolas regulares. É necessário considerar a função social da escola oportunizando cada vez mais vivências pedagógicas que incrementem a inclusão. Uma escola inclusiva implica em oferecer igualdade de oportunidades não só para aprender como também para a participação na vida social e para isso o currículo deve ser apropriado segundo as necessidades de cada um. Vale ressaltar que na inclusão não é a criança que se adapta a escola, mas sim a escola que para recebê-la deve se transformar. Qualificar uma escola a fim de que atenda os preceitos da inclusão necessariamente, implica em medidas de reestruturação de práticas usuais e excludentes. 
 O resultado dessa pesquisa nos mostra que a grande realidade vivida hoje no sistema educacional: O despreparo para lidar com alunos autistas, bem como educá-los e ensiná-los. Tal despreparo é causado pela insuficiente formação profissional nas áreas especiais e pela falta de informações que se tem atualmente sobre o autismo e suas manifestações.
2. REFERÊNCIAS
• ALVES, Fátima. Inclusão: muitos olhares vários caminhos, e um grande desafio, Rio de Janeiro: Wak Editora, 2005. 
• BAPTISTA, Claudio Roberto; BOSA, Cleonice. Autismo e educação: reflexões e propostas de intervenção/ organizado por Claudio Roberto Baptista e Cleonice Bosa. – Porto Alegre: Artemed., 2002. 
• GANDERER, E. Christians. Autismo, uma atualização para os que atuam na área : do especialista aos pais. Brasília: Corde, 1993. 
• GOLDBER, K. (2002). A Percepção do professor acerca do seu trabalho com crianças portadores de Autismo e Síndrome de Down. 
• MELO, F.R.L.V & Ferreira, C.C.A.. (2009). O cuidar do aluno com deficiência física na educação infantil sob a ótica das professoras. Revista Brasileira de Educação Especial, 15 (1), 121- 240. 
• ORRÚ, S.E. (2003). A formação de professores e a educação de autistas. Revista Iberoamericana de Educacion, 31,01-15.