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SP5 – Resumo Hepatite Álcoolica É um doença inflamatória hepática em decorrência do excesso da ingesta de álcool por tempo indeterminado. O abuso de álcool configura-se como a 5º maior causa de morte no mundo, 20.000 mortes anuais por conta de cirrose, cerca de 35% dos usuários do álcool acabam desenvolvendo Hepatite álcoolica. É provocada pelo uso excessivo e prolongado do etanol, sem necessariamente estar ligada a dependência do etanol, outros fatores como o vírus da hepatite B ou C, podem estar ligados (questões ambientais). A ingestão a curto prazo de até 80g/dia (5-6 cervejas) em homens já pode causar lesão hepática em curto prazo. O efeito hepatotóxico do álcool no parênquima hepático pode ser explicado por: 1. O álcool afeta a organização do citoesqueleto, a função mitocondrial e a fluidez da membrana. 2. O Cetoaldeído acaba causando problemas na membrana e afetando o citoesqueleto. 3. Radicais livres são gerados durante a oxidação do etanol, reagindo e danificando membranas. 4. Inflamações causadas por citocinas e dano celular são a principal causa de hepatite alcoolica de forma geral. O excesso de etanol absorvido na circulação é metabolizado na região centrolobular, local onde existe a maior concentração de alcool desidrogenase, O Oxigênio acaba sendo totalmente consumido gerando uma hipóxia centrolobular. Diferentemente da cirrose, a hepatite alcoolica pode ocorrer logo depois de semanas ou meses de consumo excessivo. Cirrose Hepática É o resultado final de um processo de agressão crônica ao fígado pela substituição do tecido hepático normal por tecido fibroso e nódulos regenerativos é um processo irreversível. É uma importante causa de morbidade e mortalidade, as principais causas da cirrose hepática são Hepatite viral crônica (C ou B) ; hepatopatia alcóolica. Consiste na deposição de matriz extracelular (colágeno I e III, proteoglicanos sulfatados e glicoproteínas), morte dos hepatócitos e reorganização celular. A deposição do colágeno tipo I e II ocorre no espaço de Disse e é consequência da ativação das células estreladas do fígado pela lesão. Tal deposição forma septos fibrosos e é acompanhada da perda de fenestrações nas células endoteliais. Impede a troca de solutos entre o plasma e os hepatócitos. Durante todo o processo de lesão hepática e fibrose a regeneração dos hepatócitos sobreviventes é estimulada e estes se proliferam dando origem a nódulos esféricos. Intoxicação por álcool É metabolizado no fígado pela via das desidrogenases , via oxidativo microssomal e via peridoxidase- catalase. Atua potencializando a ação GABA, neurotransmissor inibitório no sistema nervoso central e bloqueando os receptores de NMDA de glutamato, neurotransmissor excitatório. O diagnóstico se baseia na história de exposição ao álcool, juntamente com as manifestações clínicas compatíveis – o hálito etílico, muitas vezes presente, também ajuda. Para auxiliar o diagnóstico, pode-se pedir a alcoolemia sérica. Na admissão desse paciente com intoxicação aguda, deve- se solicitar: • Glicemia capilar e sérica – pelo risco de hipoglicemia e auxílio ao diagnóstico diferencial; • Hemograma; • Eletrólitos (incluindo cálcio e magnésio); • Gasometria; • Função hepática e renal; • Eletrocardiograma – pelo risco de arritmia. Fisiopatologia da Ressaca Sintomas como Nauseas, vômito , tontura, cefaleia, fadiga, sede, fraqueza, sensibilidade a luz e a Ruídos (Sintomas de Veisalgia ) A ressaca alcóolica é obtida em uma dose que produz um pico de 0,11% a 0,12% da concentração de álcool no sangue. Quanto a patologia da ressaca, existe um componente de desidratação, causado por um efeito agudo do etanol sobre o mecanismo de balanço hídrico no organismo. O etanol inibe a liberação do hormônio antidiurético resultando em uma má absorção de água no túbulos distais e coletores do rim por consequência uma maior micção e urina mais diluída. Causando sintomas de boca seca e sede. O sistema imunológico também é afetado pelo uso de álcool ocorre um aumento nas citosinas pró inflamatórias em indivíduos sadios e com ressaca. A ocorrência da ressaca pode ser dada especialmente por conta do Acetaldeído produto da metabolização do álcool, podendo além da desidratação mencionada acima a ocorrência de : Aumento da produção de suco gástrico que pode causar irritação gastrintestinal e resultar em dor abdominal, náusea e vômitos. Hipoglicemia induzida pelo álcool, que pode afetar o funcionamento cerebral, levando ao cansaço e mudanças de humor observados na ressaca. Alterações no padrão do sono, bem como na sua qualidade, levando à fadiga e alterações no ritmo circadiano. Depressão e Hormônios Quando um indivíduo fica deprimido estão ocorrendo em seu cérebro algumas reações que são responsáveis por deixa-lo assim, as regiões do cérebro que possuem a capacidade de controle do humor, utilizam-se de neurotransmissores substâncias produzidas pelos neurônios para enviar substâncias a outras células. Os principais neurotransmissores envolvidos na depressão são a serotonina e a noradrenalina, quando ocorre um desequilíbrio na produção destes a doença se instala. A perda de um ente querido, estresse forte, podem causar o desequilíbrio na produção desses neurotransmissores. Podemos dizer que quimicamente a depressão é causada por um defeito nos neurotransmissores produtores de seratonina e endorfina que dão a sensação de conforto e prazer, quando ocorre algum problema nesses neurotransmissores a pessoa começa a apresentar sintomas como desânimo, tristeza, fadiga, perda de interesse sexual. Nessa patologia ocorre uma diminuição na qualidade de neurotransmissores liberados, mas a bomba de receptação e a enzima continuam trabalhando normalmente, então um neurônio receptor captura menos neurotransmissores e o sistema nervoso funciona com menos neurotransmissores que o normal. No tratamento da depressão são usados antidepressivos que tem o objetivo de inibir a receptação de neurotransmissores e manter um nível elevado dos mesmos na fenda sináptica. Luto Patológico O processo de luto é em qualquer circunstância causa de demanda psicológica, pois é inerente ao ser humano as dificuldades como perdas , principalmente de pessoas significativas. O indivíduo que não consegue realizar a elaboração da perda acaba por desenvolver um luto patológico necessitando de intervenção psicológica para conseguir viver sem antes a pessoa com a qual vivia. Fases do Luto: 1. Negação: recusa em aceitar a realidade que está acontecendo, uma defesa psíquica que faz com que o indivíduo acabe negando o problema, tentando encontrar um jeito de não se deparar com a realidade. 2. Raiva: As pessoas ficam com raiva e frustradas por estarem sofrendo e podem transferir para pessoas próximas ou amigos, o indivíduo se revolta com o mundo e se sente injustiçado. 3. Barganha: Nessa fase a pessoa pode tentar negociar com médicos , amigos ou com deus prometendo fazer doações ou promessas. 4. Depressão: As pessoas sentem sintomas clínicos de depressão, retraimento, retardo mental, perturbação de sono, desesperança. Sente-se impotente e se retira para seu mundo interno isolando-se. 5. Aceitação: Compreendem que a morte é inevitável e aceitam a universalidade da experiência , não possui angustia e consegue ver a realidade como ela realmente é . O Luto Patológico É o processo pelo qual o luto pela perda de alguém se estende por um longo período, caracterizado por uma melancolia profunda , acompanhada por uma tristeza profunda , problemas de saúde , distúrbios psíquicos e diminuição dos contatossociais. O sentimento de culpa é tão forte que o indivíduo passa a se responsabilizar pela morte do parceiro. Alterações Sistêmicas das Desordens Hepáticas Alterações Circulatórias: A hipotensão consequente a hepatopatia avançada pode levar a insuficiência renal, a patogênese da circulação hiperdinâmica (aumento da frequência e do decúbito cardíaco) e da hipotensão que se instalam na hepatopatia avançada ou na cirrose não é bem compreendida, alguns fatores compreendidos na cirrose são alteração no tônus Simpático, produção de óxido nítrico, e outros vasodilatadores endógenos além de alteração em fatores humorais . Anormalidades Endócrinas: Intolerância a glicose, hiperinsulinemia , resistência a insulina e hiperglucagonemia são frequentes em pacientes com cirrose, a elevação nos níveis séricos de insulina reflete a degradação hepática diminuída em vez do aumento da secreção. Doenças hepáticas crônicas podem trazer desordens menstruais e de fertilidade. Em homens pode ocorrer a atrofia testicular , disfunção erétil e diminuição da espermatogênese. Os níveis de testosterona apresentam uma baixa significativa. Anemia é comum em pacientes com doença hepática, fatores como perdas sanguíneas, deficiência de ácido fólico, Hemólise. A insuficiência hepática pode alterar o equilíbrio ácido básico, geralmente provocando alcalose metabólica . Concentração de uréia baixa em razão do déficit na síntese hepática , sangramentos digestivos causam aumento no nível. Síntese deficiente de Bilirrubina desencadeando Icterícia, o fígado não consegue sintetizar adequadamente as proteínas que ficarão presentes no sangue responsáveis pela Coagulação, como resultado pode-se obter uma formação maior de hematomas e sangramentos. Pode ocorrer acúmulo de líquido no abdômen (ascite). Pode ocorrer Encefalopatia Hepática em decorrência do acúmulo de materiais tóxicos no organismo. Síndrome Hepátorrenal : Ocorre em ausência de dano renal, geralmente ocorre em pacientes com cirrose em grau elevado (ascite), ocorrem quedas na filtração glomerular a insuficiência renal não tratada pode ser fatal. Delirium Tremens É um estado confusional, breve resultante da abstinência alcóolica absoluta ou relativa, em usuários gravemente dependentes é o quadro mais grave de síndrome de abstinência alcóolica, que consiste num conjunto de sinais e sintomas que aparecem após a cessação ou redução da ingesta crônica de álcool, caracterizada por tremores, insônia e agitação motora. Menos de 50% dos alcóolatras desenvolvem sintomas que necessitam de tratamento farmacológico. De 5 á 10% apresentarão problemas severos como o delirium tremens. O álcool é um depressor no sistema nervoso central, pois o abuso crônico do uso do álcool acaba por inibir o GABA, que é o principal neurotransmissor inibitório, quando ocorre a diminuição na ingesta de álcool os níveis de GABA caem, diminuindo a retenção de neurotransmissores excitatórios. Os sintomas leves costumam aparecer cerca de 24h á 48h depois de cessar o consumo, e os sintomas graves surgem após 3 á 4 dias. O delirium Tremens é caracterizado por sintomas clássicos de delirium (rebaixamento no nível de consciência, confusão mental, desorientação temporoespacial) juntamente com hiperatividade autonômica (aumento da PA, taquicardia, taquipneia, hipertermia), além de ilusões e alucinações . Convulsões podem ocorrer. É um caso de emergência médica necessitando de internação e em alguns casos até mesmo na UTI. Pelagra Causado por uma deficiência de Niacina (termo que engloba tanto a deficiência de niacotinamida quanto de ácido nicotínico) as coenzimas sintetizadas a partir do ácido nicotínico exercem um papel importante no metabolismo de carboidratos , aminoácidos e lipídios. Acaba causando também uma deficiência de vitaminas do complexo B. Uma das alterações intestinais em etilistas é o aumento da permeabilidade intestinal, um fator determinante para esse processo é a ação dos radicais livres de oxigênio durante o metabolismo do etanol. O aumento da permeabilidade pode gerar uma perda de material do sangue para o lúmen intestinal e desestabilização da mucosa intestinal, o que pode favorecer a absorção de compostos tóxicos e que não são absorvidos normalmente. Síndrome De Wernicke Korsakoff A mal nutrição representa um problema de saúde pública, e o déficit nutricional pode ser um fator determinante para algumas doenças neurológicas. E resulta de uma gama de sintomas neuropsiquiátricos que refletem a deficiência da vitamina Tiamina (B1) Pode ser dividida em duas fases, a Encefalopatia de Wernicke (Aguda) caracterizada por perturbação aguda e flutuante da atenção e do correto processamento dos estímulos originados do meio externo, oftalmoparésia e ataxia (perda de coordenação motora). Pode progredir para um quadro crônico a Síndrome de Korsakoff marcada por amnésia anterógrada ( incapacidade de formar novas memórias) e confabulações (produtos falsos da memória) Dependência de álcool O alcoolismo é a dependência do indivíduo pelo álcool e é considerada uma doença pela OMS, o uso constante e descontrolado de bebidas alcoolicas pode comprometer seriamente o bom funcionamento do organismo levando a problemas irreversíveis . É caracterizada pelo uso repetido o álcool e pode estar associado a Compulsao (Necessidade forte e desejo de beber) , Dificuldade de Controlar o consumo (Não conseguir parar de beber depois de ter começado) Sintomas de Abstinência física (Naúsea , suor, tremores e ansiedade, quando se para de beber) Tolerância (necessidade de doses maiores de álcool para atingir o valor desejado. Consequências a Curto Prazo: Intoxicação, comportamento inadequado, Humor instável, fala arrastada, déficit de atenção. Problemas a Longo Prazo: Gastrointestinais: úlcera, varizes esofágicas, gastrite, gordura no fígado (esteatose hepática), hepatite, pancreatite, cirrose; Neuromusculares: cãibras, perda de força muscular, dormência, distúrbios de coordenação; Cardiovasculares: hipertensão, arritmias, aumento do risco de acidente vascular isquêmico; Sexuais: redução da libido, ejaculação precoce, disfunção erétil, infertilidade. Depressão (álcool é um depressor no sistema nervoso central) Abstinência (pode envolver crises pela falta da substância)
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