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FACULDADE MAURÍ DISCIPLINA ENTES FED TRABALHO S PODER JUDICIÁRIO FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU CURSO DE DIREITO DISCIPLINA ENTES FEDERATIVOS E SEUS PODE TRABALHO SOBRE ÓRGÃOS DO PODER JUDICIÁRIO ALUNA: CAROLINA RIBEIRO MALTA MACEIÓ, 01 DE JUNHO DE 2020 CIO DE NASSAU ERATIVOS E SEUS PODERES OBRE ÓRGÃOS DO IRO MALTA PODER JUDICIÁRIO O poder judiciário é responsável pelo julgamento das causas através de seus órgãos. Possui funções típicas como o exercício da jurisdição e funções atípicas que são de natureza legislativa e outras de caratês administrativo. O Poder Judiciário é uno e indivisível porém suas competências são divididas através de vários órgãos que o integram nos ramos estadual e federal. A competência originária é aquela onde o processo tem início, isto é, foi naquele órgão que o processo iniciou, já a competência recursal é aquela na qual a o ação se iniciou em outro local e depois chegou ao Tribunal. O artigo 92 da Constituição diz que o Judiciário é composto pelos seguintes órgãos: I – o Supremo Tribunal Federal - STF; I – A - o Conselho Nacional de Justiça – CNJ (EC 45/04); II – o Superior Tribunal de Justiça - STJ; II – A - o Tribunal Superior do Trabalho – TST (EC 92/16); III – os Tribunais Regionais Federais (TRF) e os Juízes Federais; IV – os Tribunais e Juízes do Trabalho; V – os Tribunais (TSE e TRE) e Juízes Eleitorais; VI – os Tribunais e Juízes Militares (STM) e auditorias militares; VII – os Tribunais (TJ) e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios. Abaixo será descrito como é a composição de cada órgão, suas funções e suas competências. I – SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Órgão máximo do poder judiciário e guardião da Constituição Federal, o STF é composto por 11 (onze) Ministros, indicados pelo Presidente da República, devendo ser brasileiro nato com mais de 35 e menos de 65 anos de idade, possuir notório saber jurídico e reputação ilibada. A competência é exercida em três níveis: originária, recursal ordinária e recursal extraordinária. Exerce o controle concentrado de constitucionalidade das leis e atos dos poderes públicos. O artigo 102, I, da Constituição diz que cabe ao STF processar e julgar, originariamente: ações diretas de inconstitucionalidade (ADI) de lei ou ato normativo federal ou estadual; ações declaratórias de constitucionalidade (ADC) de lei ou ato normativo federal; ações diretas de inconstitucionalidade por omissão (ADO); a arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF) de lei ou ato do poder público decorrente da própria Constituição e a extradição solicitada por Estado estrangeiro; infrações penais comuns do presidente da República e seu vice, os membros do Congresso Nacional, seus próprios ministros e o procurador-geral da República; as revisões criminais e as ações rescisórias quando o questionamento recair sobre decisões da própria Corte; entre outros. Competência para julgar recurso ordinário De acordo com o artigo 102, inciso II, da Constituição, cabe ao STF julgar, em recurso ordinário (RO): os habeas corpus (HC), mandados de segurança (MS), habeas data (HD) e os mandados de injunção (MI) decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão e o crime político. Competência para julgar recurso extraordinário: Segundo o artigo 102, III, da Constituição, caberá ao STF julgar, em recurso extraordinário (RE), as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida: contrariar dispositivo da Constituição Federal; II – declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; III – julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição Federal; IV – julgar válida lei local contestada em face de lei federal. Sumula Vinculante Na Constituição, a matéria é tratada no artigo 103-A. Ela também foi regulamentada pelo legislador, com a edição da Lei n. 11.417/2006. Seguindo, o STF poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de 2/3 (dois terços) de seus membros, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal. I-A – O CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA Este órgão foi instituído pela emenda constitucional n0 45/2004, EC n. 61/2009 especificou que o Conselho deve ser presidido pelo Presidente do STF. É composto por 15 membros com mandato de 2 anos admitida uma recondução É órgão de caráter administrativo do poder judiciário tem como principais finalidades o controle da atuação administrativa e financeira e fiscalização do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes. Além de ter outras atribuições conferidas pelo Estatuto da magistratura como: zelar pela autonomia do Poder Judiciário e pelo cumprimento do Estatuto da Magistratura, podendo expedir atos regulamentares; aprecia a legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Poder Judiciário; receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Poder Judiciário entre outras disposta no art. 103B. II – SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA – STJ O STJ foi criado pela Constituição de 1988, devido a necessidade de desafogar o STF, que antes competia a este cuidar tanto da matéria constitucional, quanto da infraconstitucional. A principal função do STJ é uniformizar a interpretação e aplicação da legislação federal evitando decisões conflitantes entre os Tribunais de todo o Brasil. É composto por 33 ministros escolhidos e nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do senado, tendo como requisitos necessários: notável saber jurídico, reputação ilibada e idade entre 35 e 65 anos. Suas competências são divididas em três níveis: originária, recursal ordinária e recursal especial. Competências originárias para processar e julgar: crimes comuns cometidos por governadores de estados e DF; nos crimes comuns e de responsabilidade cometidos por: desembargadores dos TJs, membros dos Tribunais de 2ª instância (TRF, TRT e TRE), membros de Tribunais de Contas Estaduais, Municipais e Distrital, membros do MPU que atuem perante Tribunais (2ª instância e Tribunais Superiores); os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de Estado, de Comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica ou do próprio STJ; conflitos de atribuições entre autoridades administrativas e judiciárias ou entre autoridades judiciárias e entre tribunais; revisões criminais e as ações rescisórias de seus julgados e homologação de sentença estrangeira e a concessão de exequatur. Competência recursal ordinária Em caso de decisões desfavoráveis de Habeas corpus e mandado d segurança do TJ ou do TRF, poderá o STJ julgar em recurso ordinário. Causas em que de um lado envolver Estado Estrangeiro ou Organismo Internacional e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no país serão julgadas por juiz federal e caberá recurso ordinário no STJ. Competência recursal especial O principal recurso do STJ é o recurso especial, é atravéso dele que se exerce a missão STJ, de ser o guardião da aplicação uniforme da lei federal em todo o território nacional. Sendo assim caberá a ele julgar, em recurso especial, as causas decididas em única ou última instância pelos TRFs ou TJs, quando a decisão recorrida: contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência; julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal; der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro Tribunal. II-A – TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO Em 2016, a Emenda Constitucional 92 explicitou o TST como órgão do Poder Judiciário, até então era apenas reconhecido como instância máxima da justiça trabalhista. A EC n. 92/2016 previu expressamente ser do Tribunal a competênciapara julgamento de reclamações para preservação da sua competência e para assegurar a autoridade de suas decisões. Essa modificação é relevante porque agora a reclamação está de modo explícito, prevista para o STF, STJ e para o TST. Art. 111-A CF/88 – O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) A principal função do TST é uniformizar a jurisprudência trabalhista no país. Possui o poder de julgar recursos contra decisões de Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs) e dissídios coletivos de categorias organizadas em nível nacional. Também tem competência para julgar mandados de segurança, embargos opostos a suas decisões e ações rescisórias. III - TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS E JUÍZES FEDERAIS Denominada Justiça Federal é composta pelos Tribunais Regionais Federais – TRFs – criados pela Constituição de 1988 e pelos Juízes Federais. Funcionam como segunda instância no âmbito da Justiça Federal, dividindo-se em sessões correspondentes a cada Estado e ao Distrito Federal. De acordo com o artigo 107, da Constituição, os TRFs serão compostos de, no mínimo, sete juízes, que devem ser recrutados, quando possível, na respectiva região e serão nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de 30 e menos de 65 anos. Os Juízes Federais ingressam no cargo inicial da carreira, como juízes substitutos, mediante concurso público de provas e títulos promovido pelos respectivos Tribunais Regionais Federais, com participação da OAB em todas as fases (art. 93, I CF/88). Os Tribunais regionais federais possuem competências originárias e recursais. As competências originárias para processar e julgar estão dispostas no Art. 108 - inciso I. CF/88 e a competência recursal, para julgar, em grau de recurso, as causas decididas pelos juízes federais e pelos juízes estaduais no exercício da competência federal da área de sua jurisdição. No artigo 109 da Constituição estão elencadas as competências para processar e julgar dos Juízes Federais de 1ª instância. IV – TRIBUNAIS E JUÍZES DO TRABALHO Os órgãos da Justiça do Trabalho, de acordo com o art. 111 da Constituição, são os seguintes: Tribunal Superior do Trabalho (TST); Tribunais Regionais do Trabalho (TRT); Juízes do Trabalho. De acordo com o Art.115 CF/88, os TRTs serão compostos de, no mínimo, sete juízes, que devem ser recrutados, quando possível, na respectiva região e serão nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de 30 e menos de 65 anos. Para atender a população que dele necessita. A EC n. 45/2004 estabeleceu que os TRTs podem funcionar de forma descentralizada, constituindo Câmaras Regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo. Os TRTs normalmente correspondem à segunda instância na tramitação, mas detém competências originárias de julgamento, em casos de dissídios coletivos, ações rescisórias, mandados de segurança, entre outros. A EC n0 45/2004 ampliou significativamente a competência da justiça do trabalho. Na redação atual, o Art.114 da CF/88, diz que compete à justiça do trabalho processar e julgar sobre nove itens neles prescritos. V – TRIBUNAIS E JUÍZES ELEITORAIS O art. 118 da Constituição Federal de 1988 define que a estrutura básica da Justiça Eleitoral e composta pelos seguintes órgãos: Tribunal Superior Eleitoral (TSE); Tribunais Regionais Eleitorais (TRE); Juízes Eleitorais; e Juntas Eleitorais. A Justiça eleitoral é composta por juízes de outros tribunais e advogados. O Tribunal Superior Eleitoral é o órgão da cúpula da justiça eleitoral, composto de, no mínimo, sete membros, escolhidos: 3 serão Ministros do STF – eleição por voto secreto do próprio STF; 2, serão dentre os Ministros do STJ – eleição por voto secreto do próprio STJ; 2, dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo STF, que serão nomeados pelo Presidente da República, isto é, o STF elabora uma lista sêxtupla e o Presidente da República escolhe dois nomes. O Presidente e o Vice-Presidente do TSE serão eleitos entre os Ministros do STF. Por sua vez, o Corregedor Eleitoral será um dos Ministros do STJ. Tribunal Regional Eleitoral (TRE), haverá um TRE em cada Capital de Estado e no Distrito Federal. Esses tribunais serão compostos de sete juízes (na prática, Desembargadores Eleitorais). O Presidente e o Vice-Presidente do TRE serão eleitos entre os Desembargadores do TJ. As competências da justiça eleitoral serão dispostas por lei complementar. Cabe a ela julgar: impugnação de mandato eletivo, prestação de contas de partidos políticos, inelegibilidade ou expedição e anulação de diploma, decretação de perda de mandato. Além da competência jurisdicional, que lhe garante ampla atribuição administrativa relacionada ao processo eleitoral. As decisões do TSE são irrecorríveis, salvo as que contrariarem a Constituição Federal e as denegatórias de habeas corpus ou mandado de segurança. Se a parte quiser interpor recurso extraordinário (RE) contra decisão proferida pelo TSE, deve observar o prazo de três dias (STF, Súmula n. 728). É importante salientar que caberá ao TSE e ao TRE recursos contra remédios constitucionais (HC, HD, MS e MI) apenas se a decisão de origem tiver sido desfavorável (denegatória). Em outras palavras, não será possível quando a decisão for concessiva. Acrescentando também que, mesmo a decisão alegando violação à Constituição, não caberá recurso extraordinário diretamente para o STF contra decisão do TRE. A parte deverá recorrer primeiro para o TSE (STF, AI n. 164.491). VI –TRIBUNAIS E JUÍZES MILITARES De acordo com o artigo 122 da CF/88 os órgãos da justiça Militar são: o Superior Tribunal Militar (STM) e os Tribunais e Juízes Militares (TJM) instituídos em lei. O STM conta com quinze Ministros, mesclando dez militares e cinco civis, distribuídos da seguinte forma: 10 dez militares, divididos: quatro, entre oficiais-generais do Exército, da ativa, e do posto + elevado; três, entre oficiais-generais da Marinha, da ativa, e do posto + elevado; três, entre oficiais-generais da Aeronáutica, da ativa, e do posto + elevado. 5 cinco civis, divididos desta forma: três advogados; um juiz auditor; um membro do Ministério Público Militar. Todos devem ser maior de 35 anos e, para os advogados, exige-se o mínimo de 10 anos de atividade profissional. O Superior Tribunal Militar possui funções judiciais e administrativas, mas é especializada em processar e julgar crimes que envolvam militares como da Marinha, Exército e Aeronáutica. VII – TRIBUNAIS E JUÍZES DOS ESTADOS E DO DISTRITO FEDERAL O artigo 125, da Constituição, diz que os Estados organizarão sua Justiça, observados os princípios estabelecidos no texto constitucional. Sendo assim, a definição da competência dos TJs cabe à Constituição Estadual. É também dos Estados a iniciativa legislativa para a edição da lei de organização judiciária. Tendo em vista que o Poder Judiciário no DF é organizado e mantido pela União, sua lei de organização é federal. A competência da Justiça comum Estadual é residual. Aquilo que não estiver a cargo do STF, dos Tribunais Superiores, da Justiça Especializada (Trabalhista, Eleitoral e Militar) ou da Justiça comum Federal pertencerá aos TJs Estaduais. No entanto, é válido lembrar que a competência para julgamento dos crimes dolosos contra a vida está na própria Constituição de 1988, mais especificamente no artigo 5º. Os Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal são dispostos de acordo com os princípios e normas das constituições estaduais e da Lei Orgânica do Distrito Federal. O TJ também poderá funcionar de formadescentralizada, constituindo Câmaras Regionais, com a finalidade de o acesso do jurisdicionado a justiça, seja pleno, em todas as fases do processo. O TJ também poderá instalar a justiça itinerante, com a realização de audiências e demais funções da atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo- se de equipamentos públicos e comunitários. Tentando buscar a solução para os frequentes conflitos nessa área, a EC n. 45/2004 estabeleceu que, para reduzir conflitos fundiários, o TJ proporá a criação de varas especializadas, com competência exclusiva para questões agrárias. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: NOVELINO, Marcelo. Curso de D i re i to Const i tuc iona l .11 ed. rev., ampl. e atual. -Salvado r :Ed.JusPodivm, 2016. Resumo de Organização do Poder Judiciário, https://www.migalhas.com.br/quentes/242112/tst-passa-a-ser- mencionado-na-cf-como-orgao-do-judiciario . ACESSO 30/05/2020 BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988. FERNANDES, Aragonê. DIREITO CONSTITUCIONAL Poder Judiciário, https://www.grancursosonline.com.br/download-demonstrativo/download-aula-pdf- demo/codigo/cdybgxQD%2FnI%3D ACESSO: 30/05/2020
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