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Ap1 - Dependencias quimicas x

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AP1
Curso de Psicologia
Dependências Químicas
Texto 1- Reduzindo o estigma entre usuários de drogas
· O estigma e os serviços de saúde
Os dependentes são mal vistos devido o uso de drogas ser encarado como uma falha de caráter. Por fama de que todos os dependentes não terem forca de vontade, de serem fracos ou violentos, faz com que os profissionais de saúde não tenham motivação para desenvolver estratégias de prevenção e tratamento por pensarem que de nenhuma forma os usuários irão conseguir mudar e parar o consumo.
· Estigma
É uma construção social que ocorre com aqueles indivíduos que tem algumas características indesejáveis e por isso são discriminados e desvalorizados pela sociedade, criando um estigma social ou público.
Os usuários de drogas sofrem efeitos muito prejudiciais por conta da estigmatizarão social, como a perda da autoestima, distanciamento social, reações afetivas negativas e entre outros.
· A percepção dos usuários de drogas do estigma
Quando o usuário começa a ter consciência das visões negativas/estigmas pode ocorrer o estigma internalizado, onde o dependente começa a concordar com essa visão desfavorável e aplica esses estereótipos negativos a si próprio. O processo do estigma internalizado se torna altamente prejudicial no meio social, na saúde e traz também muitas consequências psicológicas.
· Impacto do estigma e enfrentando o estigma
Quando os usuários já se encontram nos efeitos da estigmatização, é difícil que busquem ajuda devido ao sentimento de desvalor e de incapacidade. Enfrentar o estigma é algo que se deve levar muito a sério, desde o início tendo que have parcerias entre a família, comunidade e dependente. A família é importantíssima para o dependente, pois é quem pode fornecer um ambiente seguro, um apoio, segurança e promove também comportamentos saudáveis.
· Estratégias de redução de estigma
Tem que ser feita para trabalhar a visão da população em geral através da educação, mobilização social, trocas de experiências, mídia, trabalhando a autonomia do usuário, trabalhando habilidades de enfrentamento e integração social.
Para avaliar o nível de estigma internalizado, há uma escala chamada ISMI-BR que não permite uma classificação direta, mas é muito importante para a compreensão.
Texto 2- Formação em Álcool e Drogas.
· Historia das drogas
As substancias psicoativas são elementos químicos que se encontram na natureza ou elaborados pelo homem, onde eram usadas para preparação de determinados ritos, usos medicinais ou somente para o prazer. Existem as dicotomias sobre as drogas, onde por um lado influencia no prazer e por outro lado perigoso o vicio, a desmoralização. Existiram em todas as culturas ritos antigos com evidencias simbólicas e materiais que faziam uso intencional de substancias, como o álcool feito a partir da fermentação de frutas, grãos ou mel.
A maconha por sua vez, tem registros de 10.000 a.C. E 5.000 a.C.. Sua fibra já foi e é muito utilizada na fabricação de artigos têxteis. Outra planta semelhante a maconha também era utilizada para extrair seu ópio era a papoula.
A metade do século XX até o proibicionismo internacional de 1961 foi importante para a introdução de drogas psicoativas nas farmácias, nas descobertas arqueológicas e no redesenho de teorias de uso de drogas por todo o mundo. Redesenhou conceitos psicopatológicos e neurocientiíficos com a introdução da psicodelia, revolucionando assim os tratamentos em saúde mental.
No século XVII começou os processos alquímicos, sendo assim, as misturas e extratos começaram a ter um aspecto quantitativo e passava a receber mais atenção nos efeitos que as substancias obtinham.
· Regulação das drogas e o Proibicionismo
De inicio as drogas eram regulamentadas do uso e da oferta; hoje lidamos com a política exibicionista, onde se controla e se regula seu mercado, sua produção e afins, contudo as drogas que mais são usadas no mundo e na historia da humanidade foram plenamente proibidas. Após anos, alguns países descriminalizaram as drogas, diminuindo então os crimes, encarceramentos.
No Brasil, após a lei revogada em 2006 relatou um aumento muito grande em encarceramentos, uso, trafico e também contribuiu para a seletividade social.
· Descoberta medicinal das drogas psicoativas e o antiproibicionismo
Após algumas mudanças, em alguns países as drogas psicoativas começaram a ser usadas como tratamento de alguns transtornos e doenças.
No Brasil, com a legalização de algumas drogas o governo receberia anualmente por volta de 13 bilhões de reais, porem é de grande importância olhar os malefícios que as drogas causariam, como exemplo o numero de aposentadoria devido as drogas.
O antiproibicionismo tem um caminho árduo pela frente, para que ele realmente funcione.
Droga- substancia que modifica o funcionamento do organismo ( segundo a OMS)
Psicotrópicas- modificam o SNC
O biopsicossocial é quem compreende que o uso de droga envolve o fator biológico, psíquico e fator social.
As drogas podem ser licitas ou ilícitas de acordo com a legislação, as que são licitas são as regularizadas e as ilícitas as quais não são regularizadas, com processos proibidos.
1. Drogas depressoras- redução motora, ansiedade, vigília, reações emocionais. (álcool, euforia e depois sonolência)
2. Drogas estimulantes – maior alerta, elevação do humor, inibição de sono e apetite, aceleração dos processos psíquicos. (cocaína, chás e chocolates)
3-Drogas perturbadoras- delírios, oscilação de humor, paradoxalidades, distorções perceptuais. (LSD, MDMA)
Padrões de uso:
1. Experimental: uso para uma nova experiência, usada uma vez na vida, que não demonstra repetir muitas vezes na vida.
2. Social: Uso de vários tipos de drogas de forma esporádica, sem que afete a vida social do sujeito.
3. Nociva: Onde o uso causa danos físicos e mentais, prejudicando não só a si mesmo quando usam algum tipo de substancia.
4. Dependência: consomem drogas e não tem o mínimo de controle sobre o seu uso, apresentando problemas físicos, psicológicos ou sociais.
As informações do DSM-V, CID 10 sobre a funcionalidade (CIF) possibilita uma melhor tomada de decisão.
Nos tempos atuais a maconha vem se regularizando de modo mais acelerado em alguns países, sendo usada medicinalmente e em uso recreativo e trás também vários pontos positivos na sociedade.
No Brasil, os estudos relatam a maior prevalência no uso do álcool, tendo uma estabilidade relativa do consumo e diminuição na dependência e vem diminuindo gradativamente enquanto outras drogas estabilizaram em um período de 6 anos.
Em Pernambuco dados sobre drogas psicotrópicas entre escolas de rede publica apresentam tendência de crescimento do uso da maconha.
As mulheres são mais vulneráveis à exposição a violência, tendo assim o maior numero de estuprados em usuários, são mulheres.
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Texto 4- Apontamentos sobre a construção da política nacional, estadual e municipal sobre drogas: percurso metodológico escolhido pelo CRR Drogas UFPE.
O CRR Drogas UFPE produz trabalhos científicos na área de álcool e outras drogas numa perspectiva interdisciplinar, intersetorial e humanizado para a redução de danos. Trabalham visando a solução de problemas observando a realidade, problematizam, criam hipóteses e estabelece formas criativas para a resolução.
Proibição do consumo de substancias psicoativa- Algumas convenções foram criadas para “regrar” o uso quanto o comercio de drogas.
As políticas públicas no Brasil (para álcool e outras drogas) surgiram em diferentes momentos e com diferentes abordagens. A primeira lei em 1938 foi para a fiscalização de entorpecentes; na década de 70, o governo sancionou mais fortemente a lei de entorpecentes. Depois de um tempo, o Brasil revisou as abordagens das drogas. Em 2001 a PNAD foi aprovada e teve participação de propostas da sociedade Brasileira, em 2003, o Ministério da Saúde adotou a “Política de Atenção integral a Usuários de Álcool e outras Drogas”. Em 2005, com as novas políticasaplicadas, destaca-se a diferenciação entre usuário e traficante, o tratamento igualitário aos usuários de drogas licitas e ilícitas; conhecimento da abordagem de redução de danos como uma estratégia de prevenção, entre outros. A lei continua criminalizando o trafico de drogas, mas dá a liberdade para os usuários e dependentes de drogas, porém, na pratica isso não é feito.
Aumentou-se a preocupação nacional devido o avanço do crack, onde foi criado pelo Governo Federal o PEAD (Prevenção de álcool e outras drogas no SUS); Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas (PIEC) em 2010 e atualmente o Programa Crack é Possível Vencer que atuam em eixos distintos, mas que se integram para a resolução do problema. No SUS, apresenta-se um modelo de atenção em redes e uma das principais é a Rede de Atenção Psicossocial em dezembro de 2011 tendo como alguns objetivos o acesso de pessoas com transtornos mentais e uso recorrente de drogas, ampliarem a atenção psicossocial da população em diferentes níveis de complexidade.
A comissão Estadual de Entorpecentes se juntou com varias instituições, inclusive a UFPE. Foi criado o programa ATITUDE, Programa de Atenção Integral aos Usuários de Drogas e seus familiares, com intuito de oferecer cuidado e proteção aos usuários de crack e outras drogas para que essas pessoas que necessitam de assistência tenha condições necessárias e consigam viver com dignidade.O programa prevê serviços para garantir a proteção integral como a moradia, alimentação, trabalho protegido para quem se encontra em ameaça, dentre outros. O programa ATITUDE funciona atualmente em Recife, Jaboatão dos Guararapes, Cabo de Santo Agostinho e Caruaru; tendo quatro dispositivos em cada município que seria: ATITUDE nas Ruas; ATITUDE Acolhimento e Apoio; ATITUDE Acolhimento Intensivo e Aluguel Social.
A política do município de Recife adotou a redução de danos como a abordagem norteadora e mantém serviços diversificados como o CAPSas (24hrs), UA (unidade de acolhimento), UD (Unidade de desintoxicação, consultório na rua e RAPS municipal que é uma rede especializada em atenção à saúde mental.
Texto5- Prevenção dos Problemas Relacionados ao uso de Drogas.
A prevenção e a promoção de saúde andam juntas, porem, não são as mesmas coisas. A prevenção é evitar que algo ocorra, podendo utilizar a informação. A promoção seria criar coisas para melhorar o bem-estar e de certa forma, tirar o foco das drogas.
Existem três tipos de prevenções: a primária, para evitar o uso de substancias; a secundária para aqueles que já usam moderadamente algum tipo de droga, evitando que se torne um problema e a terciária para aqueles que já apresentam um uso problemático.
Classificação de níveis de risco de exposição às drogas
· Prevenção Indicada- destinadas a sujeitos identificados com comportamento de risco diretamente ou indiretamente com as drogas. (reinserção social)
· Prevenção Seletiva- Voltada a sujeitos com maior risco para o uso de droga, ou seja, para aqueles que têm mais probabilidade de uso de drogas. (programa de prevenção em escola)
· Prevenção Universal- Onde é feita para a população em geral com um intuito de informação, onde não seleciona os mais vulneráveis. (divulgação em mídias, palestras em escolas...)
Não existe regra para quem será consumidor/dependente, no entanto há fatores biológicos que podem aumentar ou diminuir essa chance. O uso e abuso de drogas são geralmente feitos por terem curiosidades nos psicoativos, prazer, pressão social, dinâmica familiar e entre outros fatores.
Os fatores de riscos e proteção são divididos em domínios (agrupados em categorias) que são: família, sociedade, escola e o sujeito.
Os programas de prevenção mesmo com eficácia, a aceitabilidade e a transferência de conhecimento científico para a prática têm sido muito limitadas. Existem doze categorias que norteiam os programas de prevenção, sendo algumas delas a informação, compromisso, metas, treinamentos em habilidades e resistência...
Para a prevenção seria ideal mapear o grupo e adotar abordagens que consigam alcançar o maior número de pessoas, para que modifique o comportamento de forma contínua. Geralmente os programas alicerçados em habilidades de vida costumam ter mais eficácia. Incluir estratégias interativas e discussão com colegas também é uma boa escolha para uma intervenção.
É de grande importância ressaltar que nem sempre esses programas fazem com que as pessoas não queiram ou reduzam as drogas, muitos podem até estimular esse uso.
AP1
 
Curso de Psicologia
 
Dependências Químicas
 
 
Texto 1
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Reduzindo o estigma entre usuários de drogas
 
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O estigma e os serviços de saúde
 
Os dependentes são mal vistos devido o uso de dro
gas ser
 
encarado como 
uma falha 
de caráter. Por fama de que todos os dependentes não 
terem forca 
de vontade, de 
serem fracos ou violentos, faz com que os pr
ofissionais de 
saúde não tenham 
motivação para desenvolver estratégias de prevençã
o e 
tratamento por pensar
em que 
de nenhuma forma os usuários irão conseguir 
mudar e parar o consumo.
 
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Estigma
 
É uma construção social que ocorre com aqueles indivíduos que tem algumas
 
c
aracterísticas indesejáveis e por isso são discriminados e desvalorizados pela
 
sociedade, criando
 
um estigma social ou público.
 
Os usuários de drogas sofrem efeitos muito prejudici
ais por conta da 
estigmatizarão 
social, como a perda da autoestima, distanciamento soc
ial, 
reações afetivas negativas 
e entre outros.
 
è
 
A percepção dos usuários de drogas do e
stigma
 
Quando o usuário começa a ter consciência das visões negativas/esti
gmas 
pode 
ocorrer o estigma internalizado, onde o depende
nte começa a concordar 
com essa 
visão desfavorável e aplica esses estereótipos negati
vos a si próprio. 
O processo do 
estigma 
internalizado se torna altamente prejudicial 
no meio 
social, na saúde e traz 
também muitas consequências psicológicas.
 
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Impacto do estigma e enfrentando o estigma
 
Quando os usuários já se encontram nos efeitos d
a estigmatização, é difícil que 
busquem ajuda 
devido ao sentimento de desvalor
 
e de incapacidade. Enfrentar 
o 
estigma é algo que se deve levar muito a sério
, desde o início tendo que have 
parcerias entre a família, comunidade e dependente. A família é 
importantíssima para
 
o dependente, pois é quem pod
e fornecer um ambiente 
seguro, um apoio, segurança
 
e promove também comportamentos saudáveis.
 
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Estratégias de redução de estigma

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