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Materialismo histórico

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Materialismo histórico 
 É uma abordagem metodológica ao estudo da sociedade, da 
economia e da história que foi pela primeira vez elaborada por 
Karl Marx e Friedrich Engel, apesar de eles próprios nunca terem 
empregado essa expressão. Além disso, o materialismo histórico 
também é um marco teórico que visa explicar as mudanças e o 
desenvolvimento da história, utilizando-se de fatores práticos, 
tecnológicos(materiais) e o modo de produção. 
 O materialismo histórico fundamenta-se, inicialmente, na análise 
da realidade a partir da teoria da infraestrutura e superestrutura 
que circundam um determinado modo de produção. Isto significa 
dizer que a história sempre está ligada ao mundo dos homens 
enquanto produtores de suas condições concretas de vida e, 
portanto, tem sua base fincada nas raízes do mundo material, 
organizado por todos aqueles que compõem a sociedade. Os 
modos de produção são históricos e devem ser interpretados 
como uma maneira que os homens encontraram, em suas 
relações, para evoluir(desenvolver) e dar continuidade à espécie. 
“ não é a consciência que determina a vida, mas a vida que 
determina a consiência” 
 
Meios de produção 
 São o conjunto formado por meios de trabalho e objetos de 
trabalho ou tudo aquilo que medeia a relação entre o trabalho 
humano e a natureza, no processo de transformação da natureza 
em si. 
● Os meios de trabalho incluem os instrumentos de produção: instalações prediais 
(fábricas, armazéns, silos etc), infraestrutura (abastecimento de água, fornecimento de 
energia, transportes, telecomunicações, máquinas, ferramentas, etc). 
● Os objetos de trabalho são elementos sobre os quais é aplicado o trabalho humano- 
recursos naturais (terra, matérias-primas). 
 Segundo a teoria marxista, a força de trabalho (O número de 
pessoas com capacidade para participar do processo de divisão do 
trabalho, em uma determinada sociedade) humana e os meios de 
produção constituem as forças produtivas, as quais, juntamente 
com as relações de produção (sociais e técnicas), constituem o 
modo de produção- comunista primitivo, asiático, escravagista, 
feudal, capitalista ou socialista. A cada modo de produção 
corresponde uma estrutura social – ou seja, um modo de 
organização da sociedade – e um determinado padrão de relacões 
entre os membros da sociedade. De acordo com a teoria marxista, 
ao modo de produção capitalista corresponde uma estrutura de 
classes, na qual a propriedade dos meios de produção determina 
a posição da burguesia como classe dominante. 
 
 
Infraestrutura e superestrutura 
 Ao se dedicar em compreender a organização da sociedade 
capitalista e sua estrutura social, Marx percebeu que a sociedade 
poderia ser dividida em infraestrutura e superestrutura. 
 Para Marx, a infraestrutura trata-se das forças de produção, 
compostas pelo conjunto formado pela matéria-prima, pelos 
meios de produção e pelos próprios trabalhadores (onde se dá as 
relações de produção: empregados-empregados, 
patrões-empregados). Trata-se da base econômica da sociedade, 
onde se dão, segundo Marx, as relações de trabalho; estas 
marcadas pela exploração da força de trabalho no interior do 
processo de acumulação capitalista. 
 A superestrutura é fruto de estratégias dos grupos dominantes 
para a consolidação e perpetuação de seu domínio. Trata-se da 
estrutura jurídico-política e a estrutura ideológica ( Estado, 
religião, artes, meios de comunicação, etc). 
Para essa consolidação da dominação das classes dominantes 
estes utilizaram de estratégias que demandam ora uso da força, 
ora da ideologia. Para Marx, o estado está sempre à serviço da 
classe dominante, buscando manter o status quo

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