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PETIÇÃO PENAL - RESPOSTA A ACUSAÇÃO

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XXV EXAME
EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA __º VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ARARUAMA – RIO DE JANEIRO/RJ 
Nº processo: xxx
PATRICK, brasileiro, estado civil, embarcado, inscrito no CPF de nº xxxx, com endereço na rua xxx, Araruama, Rio de Janeiro, vem, por intermédio de seu advogado constituído, que a esta subscreve, oferecer RESPOSTA Á ACUSAÇÃO, com fundamento no artigo Art. 396-A do CPP, pelas razoes e fundamentos de direito que passo a expor:
I. Das preliminares:
A) Reconhecimento da nulidade no ato da citação
O art. 362, do CPP, prevê a chamada “citação com hora certa”, que será acolhida na suposição de o réu estar se escondendo para não ser citado, devendo tal informação ser devidamente certificada por oficial de justiça. Ocorre que, no caso, não seria possível a citação por hora certa, já que não havia nenhum indício concreto de que o acusado estaria se ocultando para não ser citado. 
Apenas ocorreu que a residência de Patrick encontrava-se fechada pois o mesmo se encontrava trabalhando em embarcação, sendo assim, a conclusão do oficial de justiça foi prematura. 
Dessa forma, a citação foi inválida e certamente houve prejuízo ao exercício do direito de defesa, tendo em vista que o advogado não conseguiu conversar com o réu sobre os fatos antes de apresentar resposta à acusação. 
II. Dos fatos:
Patrick, tio de Natália, estava na varanda de sua casa, quando vê o namorado de sua sobrinha, Lauro, agredindo-a de maneira violenta, em razão de ciúmes. 
Visto que Lauro não cessou as agressões diante do grito que Patrick deu, o mesmo não tinha outra forma de intervir, pois estava com uma perna enfaixada devido a um acidente de trânsito, e foi ao interior de sua residência e pegou uma arma de fogo, devidamente registrada e com autorização para usa-la. 
Com intenção de causar lesão corporal, apertou o gatilho, contudo a arma não funcionou, mas o barulho da arma amedrontou Lauro, que log o empreendeu fuga e foi para delegacia narrar o ocorrido.
III. Dos fundamentos:
Ademais, cumpre esclarecer que o Ministério Publico ofereceu denúncia em face de Patrick com fulcro no Art. 129, §1º, inciso III c/c o Art. 14, inciso II, ambos do Código Penal, contudo não cabe tentativa quando por ineficácia absoluta do objeto, sendo assim impossível consumar o deito, com fulcro no art. 17, do CP.
Vale ressaltar ainda, que por mais que Patrick tenha tido dolo, e não tenha ocorrido por circunstancias alheias a sua vontade, a arma era incapaz de efetuar disparos, conforme consta no laudo pericial em anexo, assim, havendo também a ineficácia absoluta do meio, impedindo que haja punição de tentativa, e gerando absolvição sumaria pelo fato de não constituir crime, de acordo com o artigo 397, III, do CPP.
Consta ainda que Patrick somente agiu com finalidade de lesionar Lauro para proteger a integridade física de sua sobrinha, sendo direito de terceiro e para repelir injusta agressão, já que Lauro estava agredindo Natália em razão de ciúmes.
O meio utilizado foi moderado e necessário, já que Patrick encontrava-se com a perna enfaixada, evitando que entrasse em luta corporal com Lauro, tendo assim, que utilizar-se da arma de fogo, para apenas lesiona-lo e não mata-lo, tendo como testemunhas para provas os vizinhos que presenciaram tudo e na hora estavam conversando do lado de fora de suas casas, Maria e José e a própria Natália. 
Por conseguinte, de acordo com o Art. 25 do Código Penal, existirá legítima defesa quando alguém, utilizando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem, sendo esta a causa de exclusão da ilicitude, nos termos do Art. 23, inciso II, do Código Penal. 
Por fim, devendo ser formulado pedido de absolvição sumária com fundamento no Art. 397, inciso I, do CPP. 
IV. Dos pedidos:
Ante o exposto, requer:
A) Seja concedida absolvição sumaria de Patrick com fundamento nos artigos 397, I e III, ambos do CPP;
B) O reconhecimento da nulidade no ato da citação;
C) A oitiva das seguintes testemunhas: MARIA, inscrita no CPF, nº xxx, vizinha de Patrick; JOSÉ, , inscrita no CPF, nº xxx, vizinho de Patrick e NATÁLIA, , inscrita no CPF, nº xxx, sobrinha de Patrick que sofreu as agressões;
Termos em que pede deferimento,
Araruama, 09 de Março de 2018,
Nome do Advogado
OAB do Advogado

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