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Ovelha Bordaleira Serra da estrela (1)

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Projecto Torrozelo/Portugal - Ovinicultura
Entidade Gestora do Livro Genealógico: 
Associação Nacional de Criadores de Ovinos da Serra da Estrela (ANCOSE)
Quinta da Tapada - Negrelos 3400
Oliveira do Hospital
Telf.: 238 600 720 Fax: 238 600 727
E-mail: geral@ancose.com 
URL: http://ancose.com/
Censos: 2020
· Nª fêmeas: 17617
· Nº: Machos: 986
· Nº Explorações: 215
Secretário Técnico: Eng.º Rui Manuel Moreira Dinis
Raça Bordaleira Serra da Estrela
	Variedades:
		- Branca; e
		- Preta. Solar da Ovelha Bordaleira Serra da Estrela
Padrão da Raça Bordaleira
· Aspecto geral – estatura mediana, esqueleto bem desenvolvido, regularmente musculado, de cor branca ou preta, com aptidão predominantemente leiteira.
· Peso vivo adulto – fêmeas 50 a 55 kg, machos 80 a 100 kg.
· Pele, velo e lã – pele fina, elástica e untuosa, branca e com reduzida pigmentação nas extremidades, ou preta. Velo branco ou preto, pouco extenso não abrangendo a cabeça, a barriga e os membros; pouco tochado de madeixa cilíndrica ou pontiaguda; pelos cábrios mais abundantes na parte dorsal (posterior) do animal. Lã de tipo cruzada fina, pouco ondulado, toque suave ou ligeiramente áspero.
· Cabeça – mediana de forma piramidal, deslanada, fronte estreita e plana, arcadas orbitárias salientes, olhos grandes, face comprida e estreita de forma triangular, chanfro convexo e liso, boca rasgada de lábios grossos; cornos em ambos os sexos, de comprimento variável, de forma espiralada, rugosos, fortes na base, finos e mais claros na ponta.
· Pescoço – comprido, delgado, de forma tronco cónica, sem barbela, garrote largo e pouco destacado, espáduas oblíquas compridas e estreitas, costado bem arqueado.
· Tronco – dorso e lombo compridos e largos, garupa comprida e de regular largura; ventre volumoso.
· Úbere – de forma globosa desenvolvido com sulco mediano evidente; tetos grandes e bem implantados.
· Membros – finos e compridos, bem aprumados, deslanados abaixo do joelho e curvilhão; unhas pequenas e rijas.
Característica Produtivas e Reprodutivas
Produção de leite
A ovelha Serra da Estrela, está incluída por mérito próprio entre as raças boas produtoras da bacia mediterrânica, encontrando-se muito bem adaptadas às condições geoclimáticas em que vive.
Através dos resultados do contraste leiteiro, constata-se as boas produções registadas nestas ovelhas e da evolução que esta tem tido ao longo de cerca de cinco décadas. A evolução na produção leiteira desta raça é fruto não só da seleção praticada, mas também da melhoria das condições de exploração, no que diz respeito a todo o seu maneio. As características produtivas médias atuais da ovelha Serra da Estrela encontram-se representadas na Tabela seguinte.
Características da produção leiteira da Ovelha Serra da Estrela
 Serra da Estrela - tabela 1
A produção de leite é bastante influenciada, quer pelo efeito ambiental das diferentes explorações, quer pelo efeito ambiental dos diversos anos. Assim como existem grandes diferenças entre criadores, o que poderá ser explicado pelas diferentes características das várias explorações, incluindo os efeitos do maneio praticado, condições próprias da exploração, mérito genético dos animais, também se verificam grandes diferenças entre épocas de contraste, que poder-se-á justificar pelas diferentes condições climatéricas ao longo dos anos, o que de certo modo, condiciona as diferentes disponibilidades alimentares de ano para ano, que são determinantes para a produção leiteira, especialmente num tipo de produção extensivo como o da ovelha Serra da Estrela.
Com base nos dados dos contrastes leiteiros realizados entre 93/94 e 98/99, verificaram-se grandes diferenças entre produções de leite aos 150 dias por lactação devido ao efeito do ano de parto, com diferenças máximas entre épocas de contraste na ordem dos 30litros.
Nesse mesmo período constatou-se uma tendência fenotípica positiva da produção leite por lactação, com um aumento médio anual na ordem dos 3.6 litros por lactação (Carolino et al., 1998). Através da análise de dados registados em anos anteriores (campanhas de 1986 a 1991), Gulbenkian (1993) também registou diferenças de produções de leite devido ao efeito do ano de parto, associando este efeito às diferenças em termos de disponibilidades alimentares e ao clima.
A ovelha Serra da Estrela atinge o máximo da sua produtividade ao 5º parto (Gulbenkian, 1993; Carolino et al., 2003a), aproximadamente com 6 anos de idade, e na primeira lactação produzem, em média, menos 6-7 litros que nas lactações seguintes. A produção de leite em função da idade, tal como em função do número de lactações apresenta uma forma aproximadamente quadrática, isto é, a produção de leite aumenta desde a 1ª lactação até lactações intermédias, atingindo um máximo, e começando a decrescer a partir daí (Carolino et al., 1994; 1998 e 2003a).
A produção de leite normalmente é mais elevada em ovelhas com partos múltiplos relativamente às ovelhas de partos simples, observando-se uma superioridade de 8,9 e 7,5, respetivamente na produção total e produção normalizada aos 150 dias. De um modo geral, quanto mais tarde as ovelhas parem, menos tempo dura a lactação e menor será a produção registada. Verifica-se que quanto mais cedo as ovelhas parem maior é produção de leite, uma vez que, segundo o sistema de produção da ovelha Serra da Estrela, as ovelhas secam-se normalmente no mês de Junho. Deste modo, quanto mais tarde iniciarem a lactação, menos tempo têm para produzir leite.
Em 1944, ano em que se efetuaram os primeiros contrastes leiteiros em ovelhas Serra da Estrela, registou-se uma produção total média de 109 litros e uma produção média diária de 0.5 litros. Há produções médias totais em rebanhos geneticamente superiores de 417,2 litros, com uma produção média diária de 1,718 litros. O Livro Genealógico foi instituído em 1984. Desde 1998 tem duas secções: Leite e carne.
Dimensão média do rebanho: 40 ovelhas.
A ovelha atinge o máximo da produção de leite ao 5.º parto, aos 6 anos de idade. A produção de leite é superior nas lactações originadas em partos duplos que em partos simples (+8,9 e 7,5 L na produção total e aos 150 dias, respectivamente). Quanto mais tarde no ano ocorre o parto menor é a lactação e a produção de leite.
Produção de carne
A ovelha Serra da Estrela tem vocação predominantemente leiteira, contudo, nos últimos anos, a produção de carne tem vindo aumentar, contribuindo cada vez mais para o rendimento das explorações. Os borregos de leite têm uma valorização importante, tanto na sua zona de produção, como nos grandes centros urbanos, especialmente nas épocas festivas.
Os borregos nascem em média com 3 a 4 kg, e de um modo geral, são retirados das mães entre os 30 e 45 dias de idade, com um peso entre 7 e 12 kg. O borrego Serra da Estrela, é atualmente reconhecido como produto de Denominação de Origem, prevê-se que ainda poderá ser mais valorizado. Os ganhos médios diários do nascimento ao desmame são na ordem dos 200 a 250 g e o rendimento de carcaça varia entre 40 e 45%. O peso adulto dos machos desta raça varia entre 60 e 80 kg, podendo encontrar-se animais mais corpulentos, atingindo cerca de 100 kg, enquanto as fêmeas adultas atingem 40 a 60 kg de peso vivo. Algumas características de crescimento e da carcaça de animais da Serra da Estrela estão nas tabelas 2 e 3, respetivamente.
Características de Crescimento da raça Serra da Estrela 
 
 
 Serra da Estrela – tabela 2
Características da Carcaça de Borregos Serra da Estrela
 Serra da Estrela – tabela 3
Os borregos Serra da Estrela quando explorados em sistemas intensivos apresentam índices de crescimento elevados, podendo atingir ganhos médios diários na ordem dos 300g por dia. Neste tipo de sistema, se o objetivo for a produção de carcaças com 8 a 10% de gordura subcutânea, os borregos deverão ser abatidos até aos 27 kg de peso vivo originando carcaçascom aproximadamente 13 kg (Santos Silva e Vaz Portugal, 2000).
Produção de lã
A produção de lã, não tem muito significado para o rendimento das explorações de ovinos Serra da Estrela. Os velos destes são poucos extensos e muito heterogéneos, podendo conter várias proporções de fibras meduladas e de pelo morto, dois defeitos característicos e apontados pelos classificadores de lãs (DGP, 1987). A lã pode ser branca (90% do efetivo) ou preta (10% do efetivo) e o peso dos velos é de cerca de 2,0 a 3,5 Kg nos machos e 1,5 a 2,0 Kg nas fêmeas.
Características eriopoéticas da raça Serra da Estrela
 
 Serra da Estrela – tabela 4
Caracteres Reprodutivos
Estes animais são normalmente precoces, pois as malatas têm o seu primeiro parto com cerca de 14 a 17 meses, verificando-se alguns partos antes dos 12 meses. Esta raça é bastante fértil e prolífica. A sua atividade sexual alarga-se por todo o ano, no entanto, há duas épocas de cobrição: a principal na Primavera e a secundária no Outono para malatas e ovelhas vazias da época anterior.
A prolificidade da ovelha Serra da Estrela tem permanecido aproximadamente constante nos últimos anos, registando-se um valor médio de 1,42 borregos nascidos por parto.
Características reprodutivas da raça Serra da Estrela 
 Serra da Estrela – tabela 5
Sistemas de Produção
A sua principal função e objetivo de exploração da ovelha Serra da Estrela é a produção de leite, sendo também apreciável a produção de carne, através do borrego de leite, ou de canastra e ainda, a produção de lã que, infelizmente, por várias razões, hoje em dia constitui o fator de produção com menor peso específico no rendimento da exploração (Dinis, 1998). Em geral o tamanho médio dos rebanhos é de cerca de 50 ovelhas, sendo na maior parte dos casos o pastor o dono dos animais, estando assim bem patente toda a tradição pastoril desta região. A dimensão dos efetivos é bastante variável consoante a região, registando-se, em termos de animais contrastados, uma média de 47 animais por rebanho nos concelhos de Carregal do Sal e Mangualde e de 80 animais por rebanho em Sta. Comba Dão (Carolino et al., 2003b).
Rebanho de Ovinos Serra da Estrela - variedade preta
Possibilidade para o “quintal de baixo”, sem arriscar o pomar.
Ovinos Serra da Estrela - variedade branca.
Repara no pormenor da cerca.
A avaliação genética realizada através do BLUP - Modelo Animal baseou-se nos registos de partos e de contrates leiteiros realizados pela ANCOSE e pelos criadores, assim como em toda a informação genealógica disponível no LG, tendo-se procedido à estimativa dos parâmetros genéticos e dos valores genéticos das seguintes características:
· Produção de leite ajustada aos 150 dias de lactação
· Prolificidade
Parâmetros genéticos e ambientais na raça Serra da Estrela
 
 Serra da Estrela – tabela 6
Nos anos subsequentes de 2009 e 2010 foram realizadas a 2ª e 3ª avaliação genética tendo-se publicado em 2010, pela primeira vez, um catálogo de reprodutores da raça ovina Serra da Estrela com base nas informações da respetiva avaliação genética.
Na avaliação genética de 2012 foram incluídos 302911 animais e 351557 registos de partos e respetivas lactações. Os resultados da avaliação genética são divulgados anualmente aos criadores de diversas formas, em catálogo, em relatórios individuais por exploração e através da Internet, permitindo, assim, que se pratique uma seleção mais objetiva e eficaz da raça.
Instalações
Entre as instalações mais utilizadas na produção de ovinos, as principais são:
· centros de maneio (local utilizado para facilitar a realização de atividades, tais como: pesagem, vermifugação, vacinação, banho acaricida, casqueamento, tosquia, corte de cauda, apartação, entre outros. Recomenda- se a área de 1 m2 /animal adulto. Deve ser coberto, o piso pode ser de terra batida ou cimento e apresentar boa drenagem.) Geralmente é composto por:
• Currais: áreas utilizadas para manter os animais antes e após os procedimentos. 
• Seringa: é uma área que afunila fazendo com que os animais entrem um a um no brete. 
• Bretes: a principal função é a contenção dos animais para realização de práticas gerais de manejo (apartação, venda, desmama, pesagens, tratamentos e outras práticas). As dimensões da construção devem ser correctas para propiciar a realização do trabalho com segurança. Deve apresentar as seguintes medidas: largura superior de 35 a 50 cm, largura inferior de 25 a 35 cm, altura de 80 a 85 cm e comprimento de 5 a 11 m. Se o brete for muito largo os animais podem virar-se dentro e complicar o trabalho. Um brete alto demais não permite uma boa contenção, dificultando aplicações de vacinas e vermífugos, visualização do brinco e tatuagem. As laterais devem ser de tábuas colocadas na horizontal, sem espaço entre elas, para evitar que os animais se magoem ou fracturem os membros. No entanto, deve-se manter um espaçamento entre o solo e a primeira tábua para facilitar a limpeza. 
· aprisco (é uma instalação utilizada para recolher os animais durante a noite ou para confiná-los. Possui grande importância na proteção do rebanho contra predadores. Dependendo do tempo de permanência neste local, os animais devem ter acesso a cochos de ração, sal mineralizado e bebedouros. Deve ser construído em terreno firme, com boa drenagem, declive de 2% a 5%, local de fácil acesso às pastagens, monitorização dos animais, adequada disponibilidade de água e facilidade na limpeza diária. A instalação deve ser dotada de parte coberta e área descoberta para proporcionar exercício e banho de sol (solário). A orientação do aprisco em relação ao seu eixo longitudinal (maior comprimento) deverá ser no sentido nascente – poente, evitando assim a incidência dos raios solares no interior da instalação. O lado do aprisco onde incide os ventos dominantes, deverá ser fechado com alvenaria ou lona, visando impedir a excessiva corrente de ar. O telhado poderá ser construído com diferentes tipos de materiais: telha de barro, bambu, cobertura vegetal (sapê, carnaúba), sendo que a principal preocupação deverá ser a promoção do conforto térmico aos animais, levando sempre em consideração o custo.)
· salas de ordenha (local destinado à ordenha deve estar nas proximidades ou anexas ao aprisco, ser facilmente higienizado, oferecer conforto aos animais, ao ordenhador e assegurar a qualidade do leite. A escolha do tipo da sala de ordenha dependerá da disponibilidade de recursos para esse investimento e do projeto desenvolvido. Existem instalações simples e pequenas com capacidade para até 60 animais, até salas mais sofisticadas providas de ordenha mecânica. A plataforma de ordenha é fixada em torno de 70 a 90 cm do piso, e pode ser construída com materiais existentes na propriedade, tais como: madeiras, varas, estacas ou alvenaria. Em cada uma das suas extremidades, existe uma rampa para a subida e descida dos animais. Como acessórios, são usados cochos para a ração, instrumentos de contenção e materiais para higienização do úbere e do ordenhador. Quando a ordenha é mecânica, são adaptados à essa plataforma, os aparelhos ou equipamentos da ordenha.)
Instalações Específicas para Reprodutores 
· Instalação dos reprodutores (deve-se obedecer ao regime de ventos dominantes, de maneira a evitar que o cheiro do macho chegue até o rebanho de fêmeas e seja assimilado pelo leite. Recomenda-se 3m2 /animal com distância de 100 m das instalações frequentadas pelas fêmeas.) 
· Curral de Parição (é a construção de uma área para as fêmeas em final de gestação, sendo chamada de curral de parição, piquete de parição ou piquete maternidade. Este piquete deverá ser localizado próximo às instalações principais da propriedade, para facilitar a monitorização.)
· Área para Isolamento de Animais (Quarentenário) (consiste em baias (pequenos piquetes) distantes aproximadamente 50 m das demais instalações, destinadas a isolar os animais suspeitos ou portadores de doenças contagiosas. Essa área também é utilizada para deixar sob observação os animaisa serem introduzidos no rebanho, que deverão permanecer sob quarentena durante aproximadamente 40 dias.)
Infraestruturas Complementares 
Comedouros, Creepers e Manjedouras São construções essenciais ao maneio, que podem ser construídos de diferentes materiais, tais como madeira, concreto pré-moldado, tambores de plástico cortados e pneus. 
Os cochos devem ser instalados próximo ao ponto de descanso de rebanho, em locais que favoreçam o bem-estar do animal e mantenha a qualidade do material oferecido. Podem ser construídos com 20 a 30 cm de comprimento por animal, com o fundo a 20 cm de altura do piso. 
O creep feeding ou cocho privativo, nada mais é que um cocho cercado, uma baia, gaiola ou ainda um piquete da pastagem, que permita a entrada somente das crias. Esse cercamento pode ser feito de madeira, tela de arame, grades de ferro, de maneira que permita a visão da mãe. O dispositivo de abertura deve possuir dimensões em torno de 25 a 30 cm de altura e 15 a 17 cm de largura, sendo ajustado à idade e ao tamanho dos cordeiros ou cabritos. No creep feeding, o comprimento de cocho é menor (5 cm lineares /animal), pois nem todos os cordeiros ou cabritos vão para o cocho ao mesmo tempo, como nas outras categorias.
As manjedouras são estruturas destinadas ao fornecimento de volumosos inteiros (feno, capim verde, palha de feijão, etc.), localizados acima da cabeça dos animais, apresentando espaço suficiente para o focinho alcançar o alimento.
Bebedouros são dimensionados em função do número de animais a serem atendidos, considerando o consumo de água de aproximadamente 3 a 5 litros/animal/dia. Devem ser localizados onde permita a vistoria e higienização constante e estrategicamente próximos à área de descanso dos animais, mas não muito próximos dos cochos de sal mineral. Atenção especial deve ser dada ao calçamento da área em volta do bebedouro, mantendo-se uma declividade apropriada, facilitando o escoamento da água excedente.
Saleiros podem ser fixos ou móveis, mas é necessário que possuam superfície bem lisa para facilitar a limpeza e que sejam protegidos da humidade.
As dimensões recomendadas são de 20 cm de profundidade, por 30 cm de largura e comprimento de até 2 metros e suspensos do solo de 20 a 30 cm.
É comum a utilização de pneus e tambores plásticos.
Pedilúvios a finalidade do pedilúvio é fazer a desinfecção espontânea dos cascos dos animais, por isso deverão ser construídos na entrada e saída do Centro de Maneio, apriscos ou chiqueiros, de tal modo a forçar os animais a passarem por eles.
Devem ter as seguintes dimensões: 2,0 m de comprimento com 10-12 cm de profundidade. A largura deve ser a mesma da porteira.
Nos pedilúvios, o nível da solução não deve ficar abaixo dos 7 cm, para que os cascos fiquem totalmente submersos. Pode ser usada solução de formol a 10%; sulfato de cobre a 10% ou a cal virgem. A cal virgem diluída em água funciona como um bom desinfetante sendo mais barato que os demais, porém deve-se ter muito cuidado na sua manipulação para evitar acidentes, como queimaduras.
Cercas um dos maiores pontos de estrangulamento de uma empresa rural é o capital investido na construção de cercas.
Os principais tipos são:
· Cerca de Arame Liso ou Farpado: usam-se cercas de 1,5 m de altura, composta por 8 ou 9 fios, com mourões de madeira de lei ou eucalipto tratado. Os mourões devem ficar a uma distância de 10m entre eles, com balancins (trava de arame ou madeira) a cada 2 metros.
· Cerca Eléctrica: a cerca elétrica custa entre quatro e cinco vezes menos que qualquer cerca convencional. Sua principal limitação é o contato dos fios com a vegetação, que acarreta em perda de carga elétrica comprometendo sua eficiência na contenção dos animais. Assim, é necessária a monitorização contínua da vegetação junto à cerca. A cerca elétrica pode ser combinada de 4 fios, cada um a 0,25 m de distância um do outro e alternando entre fio eletrificado e não eletrificado, pois quando o animal forçar a passagem entre um fio e outro ele automaticamente encostará no fio eletrificado.
· Também são utilizadas cercas vivas, de tela (campestre), de madeira (varas) ou similares. Nos sistemas de produção que visam o aproveitamento da pele, as cercas não devem ser feitas com arame farpado.
O custo varia conforme o tipo e disponibilidade de materiais.
Esterqueira a esterqueira pode ser de alvenaria ou de terra batida, medindo 4,0m de largura X 2,0 m de profundidade e 1,5 m de altura. É uma construção que deve ser de fácil acesso para os tratadores, porém de difícil acesso aos animais, cercada e localizada a uma distância mínima de 50 m das demais instalações. Isso evita a presença de mau cheiro e moscas, assim como a contaminação das pastagens.
Depósito de Ração é a instalação destinada ao armazenamento de concentrado, feno, sal mineral e outros alimentos. O local escolhido para construção deve ser arejado e de fácil acesso para os veículos que irão abastecer a propriedade e próximo ao Centro de Maneio. As janelas devem possuir telas do tipo mosquiteiro e o teto deve evitar a presença de animais indesejáveis (pássaros, ratos, etc.).
Os alimentos devem ser colocados sobre estrados de madeira para evitar contato directo com o chão e humidade.
Farmácia é o local para armazenamento de medicamentos e materiais de curativo e desinfecção. Deve ser livre de excesso de umidade, calor e luz solar. Sempre que possível deverá haver uma geladeira exclusiva para o armazenamento de medicamentos e vacinas.
Aspectos Importantes na Construção das Instalações para Ovinos:
Tamanho ou a área das instalações – O tamanho ou a área de uma instalação diz respeito tão somente ao tamanho do rebanho. Seja para o pastoreio ou alimentação no cocho, seja para o descanso ou repouso noturno dos animais, o que se espera é que a instalação disponibilize espaço apenas o suficiente para propiciar condições favoráveis ao desempenho dos animais. Mais do que isso, é desperdício.
· Tamanho exagerado ou área em excesso têm custos mais elevados, sem trazer maiores benefícios. 
· Tamanho das áreas coberta e descoberta (área de exercício) de um aprisco para caprinos e/ou ovinos, em Cabeças/m2:
- Coberta > Descoberta (Área (m2)):
· Matrizes: 1,0 > 2,0
· Animais jovens: 0,8 > 1,5
· Crias: 0,5 > 1,0
· Reprodutores: 3,0 > 6,0
Obs.: Estas mesmas medidas são recomendadas também para Centros de Maneio e Currais de engorda.
Material utilizado - Para a construção do aprisco, será utilizado, na medida do possível, o material da própria fazenda, durável e resistente como: madeira, varas, palhas para coberta, pedras toscas, etc. sem maior sofisticação, visando a redução dos custos.
Localização das construções - para toda construção, a sua localização é de extrema importância, na medida em que ela deve atender aspectos de ambiente, de espaço, de tempo e de segurança, no desenvolvimento das atividades diárias com um rebanho. Em caso de apriscos, por exemplo: eles devem ser construídos em terreno elevado, bem drenado, ventilado, longe de estradas e próximo à casa do manejador;
Situação – Em algumas instalações, como é o caso dos apriscos, em especial, a sua situação com relação aos pontos cardeais é um fator importante, tendo em vista a predominância dos ventos e das chuvas, em cada localidade, e a redução máxima dos seus efeitos negativos sobre os animais (as correntes de ar e a humidade em excesso, entre outros). Assim, os apriscos deverão situar-se sempre no sentido Norte-Sul, para um melhor aproveitamento da penetração dos raios solares (manhã e tarde), permitir uma boa circulação de ar e resguardar os animais de ventos fortes e encanados;
Funcionalidade – Toda e qualquer instalação tem a obrigatoriedade de ser funcional, isto é, tem que atender bem às necessidades do rebanho, proporcionando proteção e segurança ao mesmo; deve facilitar a alimentação e tratamento dos animais e permitir a divisão dos mesmos em categorias. Atender, também, a uma melhor divisão de pastagens, ou a um melhor armazenamento de alimentos ou, ainda, permitir o livre acesso de manejadores e o trânsitofácil dos animais;
Relação custo-benefício – A fiel observância deste aspecto tem sido recomendado enfaticamente, na medida em que nem sempre fazer uso de uma instalação qualquer significa maior rentabilidade para um rebanho. Pelo contrário, muitas vezes, isto implica numa redução da economicidade. Portanto, a recomendação para a construção de uma instalação é questionar sempre: qual o seu custo? Quais os benefícios? E qual é a relação Custo / Benefício?
Higienização - A higiene das instalações é, sem sombra de dúvida, um aspecto de extrema importância na produção de caprinos e ovinos, sobretudo quando se trata de currais, apriscos e centros de manejo. A maior ou a menor frequência de limpeza está condicionada às condições ambientais como: períodos chuvoso e seco, o tipo da instalação, a categoria de animais e as fazes de produção (gestação, lactação, acabamento, etc.). Todavia, o bom senso do produtor ou do manejador é o melhor referencial indicativo para o estabelecimento da frequência de limpeza das instalações. Em se tratando de salas de ordenha, a higienização deve ser realizada, diariamente, logo após efetuada cada ordenha.
Nota: Os borregos custam entre 60€-70€/cada. 
As forrageiras mais comuns: azevém, festuca, luzerna, trevo branco e trevo morango.
 
 
 
 
APRISCOS ECONÓMICOS tipo “Sinuelo”
O Aprisco Económico Sinuelo é constituído por um Kit com todos os itens necessários à montagem de um módulo básico de 270m2 ( 15 x 18m ), com cobertura impermeável no corredor central (Lona PEAD) e sombreamento térmico (Polysombra 80%) sobre a área dos piquetes, fechado com tela de aço nas laterais, comedouros e bebedouros. 
Não estão incluídos: as madeiras da estrutura que na sua maioria será feita com madeira bruta disponível na propriedade ou na região (eucalipto, pinus, etc.).
Dimensões do Aprisco
Área total do Aprisco (*)    ........... .................................  15 x 18m (270 m2)
Área útil do Aprisco (*)      (2 x)   .................................   6 x 18m (216 m2)        
Largura total (*)     6 + 3 + 6 m     ..............................      15m
Comprimento (*)   6 x 3m  .          ...............................    18m
Corredor central (*)    ................................... 3m largura (entre os piquetes laterais)
Pé direito (laterais     ......................................................   2m altura
Cumeeira    ....................................................................... 5m altura
Distância entre tesouras   ..............................................    3m
Cobertura impermeável PEAD (3 + 3m)  .......................  6m
Cobertura tela Sombreamento (6 + 6m)  ........................  12m      
(*) – As dimensões informadas correspondem ao projeto básico e podem ser alteradas na base das necessidades do cliente.
Capacidade
Semi-Confinados – Pernoite        (1,2 cab./m2)       ......   180animais     
Confinamento – Permanente     (1,5 cab./m2)        .....      140 animais
Custo: 2’500,00 €/cd
Cochos de suplementação alimentar colocados em apriscos
 
Portão interno do aprisco. Quando totalmente aberto transforma duas baias em uma única bem maior. 
Baias maternidades, com capacidade para 5 ovelhas e portões menores com 50 cm de largura. Na época de nascimentos estas baias são forradas com palhadas (cama).
 
Depósito de feno e rolão de milho Rolão de milho 
 
 
 Triturador Farmácia e escritório
 
 Quando a banheira sarnicida não está sendo utilizada, ela pode ser fechada para que o espaço seja mais bem aproveitado no manejo dos animais.
Escorredouro
    O escorredouro é composto por duas baias de 8 m2 cada uma, localizadas na saída da banheira sarnicida. Os animais devem permanecer após o banho neste local, por aproximadamente 10 minutos, para que a água do banho escorra, passe pelos tanques de decantação e volte para a banheira.
Saída da banheira sarnicida e portões das baias que são utilizadas como escorredouros
 
Caracterização do Concelho
Situado na vertente ocidental da serra da Estrela, o concelho de Seia é formado por 21 freguesias (115 localidades), ocupa uma área de 436 km2, pertence administrativamente ao distrito da Guarda e, segundo os censos de 2011, tem uma população de 24.641 habitantes.
Elevada à categoria de cidade a 3 de Julho de 1986, Seia é hoje uma cidade em expansão, apostando numa forte dinamização cultural e do turismo da região.
Seia
É sede de um município com 435,69 km² de área[2] e 24 702 habitantes (2011),[3][4] subdividido em 21 freguesias.[5] O município é limitado a norte pelos municípios de Nelas e Mangualde, a nordeste por Gouveia, a leste por Manteigas, a sueste pela Covilhã, a sudoeste por Arganil e a oeste por Oliveira do Hospital. Neste município está localizado o ponto mais alto de Portugal continental, a Torre, na Serra da Estrela, com 1 993 metros de altitude. O concelho de Seia abrange uma grande parte da Serra da Estrela e é também o único de Portugal onde existe uma estância de esqui natural, a Estância de Esqui Vodafone, localizada dentro dos limites da freguesia de Loriga.
Dista 98 km de Coimbra, 67 km da Guarda, 45 km de Viseu, 298 km de Lisboa e, 163 km do Porto. É servida principalmente pela Nacional 17 e Nacional 231, que permitem uma ligação à A25, A24 e IP3.
Situada na vertente ocidental da serra da Estrela, a cidade de Seia fica a 550 m de altitude. O clima do concelho é temperado, com temperaturas moderadas no Verão e frio no Inverno, com temperaturas muito baixas e ocorrências de neve, por vezes abundantes, nas partes mais elevadas da Serra da Estrela. Quanto ao regime de precipitações, há uma pequena estação seca, que compreende os meses de Verão de Julho e Agosto.
A barragem da lagoa Comprida, construída a partir de uma lagoa natural, constitui o principal reservatório de água da serra da Estrela. É a maior das lagoas do maciço superior e o seu potencial hidroelétrico elevado levou à construção da barragem em 1911, sendo uma das primeiras obras de engenharia desta natureza levadas a cabo em Portugal.
Economia
No que concerne aos setores de atividade e ao emprego, o setor de atividade com mais expressão é o setor terciário. No entanto, não devemos esquecer a forte tradição industrial no concelho, principalmente no que diz respeito aos têxteis, e à distribuição de energia elétrica. A produção de queijo é também muito importante no concelho, que produz queijo Serra da Estrela DOP, queijo artesanal e de produção industrial. Existem 64 produtores, sendo alguns produtores de leite, gerando volumes de facturação anual perto dos 10 milhões de euros.
Devido à sua localização privilegiada, na vertente ocidental da serra da Estrela, a cidade de Seia é uma das suas entradas naturais e, por isso, um centro turístico de interesse, visitada anualmente por milhares de forasteiros. Possui instalações hoteleiras modernas, estabelecimentos de restauração e lojas locais que são uma grande atração turística para aqueles que procuram produtos regionais. 
Actualmente encontra-se em expansão o parque industrial da Vila Chã, que irá incentivar o crescimento económico da região.
Turismo
Museu do Pão: abriu ao público a 26 de setembro de 2002 e dispõe de quatro salas expositivas sobre "O Ciclo do Pão", "O Pão Político, Social e Religioso", "A Arte do Pão" e a "Ala Temática e Pedagógica - O Mundo Fantástico do Pão".
Museu do Brinquedo: apresenta uma colectânea de cerca de 8000 brinquedos de Portugal e do mundo, do passado ao presente.
Museu Natural da Electricidade: resultou do aproveitamento de um edifício de importância regional e nacional, a Central Hidroeléctrica da Serra da Estrela na Senhora do Desterro que, emsituação de inatividade, foi transformada num núcleo museológico que conservou a sua estrutura, exterior e interior.
CISE - Centro de Interpretação da Serra da Estrela
Museu Etnográfico do Rancho Folclórico de Seia, na Rua da Cainha.
Freguesias
Freguesias do concelho de Seia.
O concelho de Seia está dividido em 21 freguesias:
· Alvoco da Serra
· Carragozela e Várzea de Meruge
· Girabolhos
· Loriga
· Paranhos da Beira
· Pinhanços
· Sabugueiro
· Sameice e Santa Eulália
· Sandomil
· Santa Comba
· Santa Marinha e São Martinho
· Santiago
· Sazes da Beira
· Seia, São Romão e Lapa dos Dinheiros
· Teixeira
· Torrozelo e Folhadosa
· Tourais e Lajes
· Travancinha
· Valezim
· Vide e Cabeça
· Vila Cova à Coelheira
Torrozelo e Folhadosa
Torrozelo e Folhadosa (oficialmente, União das Freguesias de Torrozelo e Folhadosa) é uma freguesia portuguesa do concelho de Seia, na província da Beira Alta, região do Centro e sub-região da Serra da Estrela, com 8,3 km² de área e 808 habitantes (2011).
Foi criada aquando da reorganização administrativa de 2012/2013, resultando da agregação das antigas freguesias de Torrozelo e Folhadosa.
Torrozelo/Torroselo (Torre do sêlo)
História
Torrozelo foi uma freguesia de Seia, diocese e distrito da Guarda. Durante centenas de anos, teve a categoria de vila e sede de concelho, funcionando a câmara da vila Torroselo.
Data de 1150 a primeira vez que esta localidade é mencionada num documento. Há também em arquivo uma carta de foral dada a Torroselo, nos fins do século XII, por D. João Teotónio, prior do mosteiro de Santo Cruz de Coimbra. Torroselo obteve foral outorgado por D. Manuel I em 15 de Maio do ano de 1514.
A partir do reinado de D. Manuel I, a freguesia de Torroselo passou a ter justiças próprias, pois já no século XIX a câmara de Torroselo era constituída por um juiz ordinário do civil, um vereador e um procurador.
População
População da freguesia de Torrozelo
1864	1878	1890	1900	1911	1920	1930	1940	1950	1960	1970	
757	761	815	805	790	770	667	842	772	734	717	
1981	1991	2001	2011
625	618	528	481
Património
Torrozelo foi uma freguesia que desfruta de vários centros históricos, como por exemplo a Fonte dos mouros, onde também existe um Pelourinho e o Cruzeiro inaugurado em 1941, tratando-se de um padrão comemorativo do centenário da Fundação e da Restauração de Portugal.
A actual igreja paroquial tem como orago Nossa Senhora do Rosário, com várias datas gravadas em granito desde a era de 1559, 1751 a 1850. Existem ainda algumas capelas, como a de S. João, situada no topo norte da povoação.
A capela de S. Bento é onde todos os anos se realiza a tradicional festa religiosa na 2ª Feira de Páscoa. A capela de Nossa Senhora de Fátima, erguida no bairro da Cruz-Alta, e outra ainda, particular, da casa dos Abranches, também dita casa ou solar de Torrozelo, que foi do Dr. José Maria da Costa Brandão, seu descendente. Esta casa foi fundada nos finais do século XV por Fernando Lourenço de Abranches, que depois de viúvo se ordenou, licenciou em Cânones e foi vigário-geral do bispado de Viseu e primeiro arcipreste e cónego da Sé de Viseu. Os seus descendentes, Abranches, senhores desta casa, mantiveram sempre na família o cargo de capitão-mor de Torrozelo, bem assim como das restantes seis vilas da Universidade de Coimbra (Santa Marinha, Lagares, Vila Nova de Oliveirinha, Ervedal e Percelada). Torrozelo teve cadeia, onde outrora, provavelmente, funcionaram os serviços municipais, depois a escola primária e já mais tarde a casa de ensaios da actual banda Torrozelense estrela D'alva.
Colectividades
A Filarmónica de Torroselo foi fundada em Fevereiro de 1908 por um grupo, mais concretamente pelo relojoeiro, João Batista Domingos. O grupo Torrozelense estrela D'alva, foi fundado em meados de 1924. Mais tarde este grupo também se designou por liga e grémio. Registam-se duas inaugurações muito marcantes em Torrozelo: a luz eléctrica em 14 de Julho de 1935 e a casa paroquial em Agosto de 1965. Ao longo de muitos anos e ainda hoje eventualmente, Torroselo sempre se destacou com pessoas de bem e carácter social. Recordamos o Padre Luís Alves de Campos, o seu irmão Padre José Maria Alves de Campos, o Dr. José de Abranches Homem da Costa Brandão, fidalgo da Casa Real, deputado às Cortes pelo concelho de Seia (1879-1881), presidente da Câmara de Seia e senhor da antedita casa de Torrozelo, seu sobrinho materno e herdeiro da dita casa o Dr. José Maria de Albuquerque da Costa Brandão, que foi juiz na Relação de Coimbra, o Eng.† Alfredo Vaz Pinto, que desempenhou elevadas funções a nível nacional, como ministro de Estado. O capitão António Costa, foi militar em África e em Moçambique, participou na campanha contra Gungunhana. Alberto Fontes, foi um dinâmico proprietário agrícola. Criou em Torroselo várias indústrias relacionadas com a agricultura, foi premiado na exposição agrícola da Real Tapada da Ajuda com a medalha de ouro e honra nacional. O Coronel José Joaquim Mendes Leal, professor da escola do Exército, formado em direito, director do Instituto Superior do Comércio e Economia, tendo sido ainda governador civil da cidade da Guarda e Viseu, presidente da câmara dos deputados e do concelho de estado do rei D. Carlos I.
Outra importante pessoa foi Maria Joana Mendes Leal, muito ligada a várias organizações católicas, possuidora de uma vasta cultura e veia literária. Foi um notável conferencista e directora da revista Menina e Moça. Escreveu vários livros, como por exemplo S. João de Brito, o Santo Padre Cruz, Obra das Mães, etc. Foi presidente nacional da Obra de Protecção á Rapariga, tendo tido várias condecorações. O Eng.† José Mendes Leal formado em engenharia mecânica e professor catedrático no Instituto Superior Técnico. Francisco Mendes Póvoas, grande amigo de Torroselo, foi redactor principal do jornal Estrela D'alva, tendo sido um dos fundadores do grupo Torrozelense Estrela D'alva e escrito várias obras de grande carácter cultural e humano. O coronel Joaquim Mendes Moreira Sacadura, durante a sua longa carreira militar, desempenhou várias funções, entre as quais, a de comandante da Escola Pratica de Artilharia em Vendas Novas, foi ainda, professor de matemática no Colégio Luís de Camões, em Coimbra. Outros nomes ficaram ligados a história e vida da freguesia de Torroselo.
Festas e Romarias
São Bento - Segunda-feira de Páscoa
Festa das Papas - segundo Domingo de Maio
Santo António - segundo domingo de Junho
 
 O QUEIJO DA SERRA DA ESTRELA
O Queijo Serra da Estrela é um queijo produzido na região montanhosa da Serra da Estrela, em Portugal, ao qual foi atribuído o status de DOP (Denominação de Origem Protegida) na União Europeia. A região onde o queijo da Serra da Estrela pode ser fabricado é limitada a uma área que compreende os municípios de Celorico da Beira, Fornos de Algodres, Gouveia, Mangualde, Manteigas, Nelas, Oliveira do Hospital, Penalva do Castelo, Carregal do Sal e Seia.
O legítimo queijo Serra da Estrela é feito com leite de ovelha. O leite é coalhado com sal e com uma planta nativa da região, a flor do cardo. O tempo de cura é de 60 a 120 dias.
É produzido com leite de ovelha, principalmente entre os meses de novembro e março. O seu período de maturação tem normas específicas e é no mínimo de trinta dias. Tem um aroma e paladar inconfundíveis; suave e requintado é a delícia de todo o apreciador. Consoante a sua maturação torna-se amanteigado (de entorna) ou mais denso. É, porém sempre uma festa para os sentidos. É um queijo curado de fabrico artesanal, de pasta semimole, amanteigada, branca ou ligeiramente amarelada, uniforme (sem ou com muito poucos olhos), obtido pelo esgotamento lento da coalhada após coagulação do leite de ovelha cru, com cardo "Cynara Cadunculus". A forma é de cilindro baixo com abaulamento lateral e um pouco na face superior, sem bordos definidos. Apresenta crosta maleável, bem formada, lisa e fina, de cor amarelo-palha uniforme. Exala aroma intenso e o sabor revela um "bouquet" suave, limpo e ligeiramente acidulado.
Tecnologia de FabricaçãoArtesanal
O leite deve estar a 29 a 30ºC. Temperaturas mais elevadas resultarão em queijos duros;
Preparo do coalho (Cardo): Este queijo é coagulado com o cardo, uma flor de cor violeta de um tipo especial de alcachofra que cresce em Portugal. Para a utilização do cardo, toma-se uma certa quantidade deste e põe-se de molho com 10 -15 gramas de sal em 100 a 150 ml de água durante algumas horas sendo logo depois espremido, o macerado resultante é filtrado e o líquido é utilizado como coalho.
Coagulação: Ao leite com temperatura de 29-30ºC é adicionado o coalho sob agitação. A quantidade de coalho deve ser suficiente para coagular o leite num espaço de 10 a 15 minutos devendo a massa estar pronta para cortar ao fim de uma hora. Para se fazer o queijo, mais fino, o tempo para passagem do estado líquido para gel deve ser maior. Quando o tempo é de 20 minutos, o queijo tem mais probabilidade de sair amanteigado. Com o tempo de 5 a 10 minutos, o queijo resultante será duro.
Trabalho da coalhada: Este trabalho é realizado dentro de um cincho do tipo aberto que é colocado sobre a francela e, dentro deste cincho, é vertida a massa. Após o cincho cheio inicia-se a espremedura através das mãos para retirada do soro. Nesta etapa a temperatura não pode ultrapassar a inicial, pois ao contrário, obtém-se um queijo muito duro. Torna-se importante também à temperatura da mão do manipulador, que deve ser frequentemente resfriada em água fria. No fim deste trabalho (1 hora), o queijo deve apresentar homogeneidade, superfícies lisas e sem espaços ocos em seu interior. Ao final o queijo é colocado em repouso com um peso de 3 a 5 Kg sobre ele aguardando por algumas horas:
· Salga: Ao fim de 5 a 6 horas o queijo é retirado do cincho e é esfregado sal grosso nas suas faces para depois ser envolvido com um pano fino que é preso com um alfinete ou nó.
· Cura: O período normal de cura é de 30 a 45 dias para queijos amanteigados. Os tipo “velho” devem ter uma cura mínima de 6 meses, mas os melhores são curados durante um ano. Os queijos são maturados a temperaturas de 10 a 13ºC, porém a qualidade destes depende muito da qualidade inicial da massa que não deve apresentar flutuação, centro duro e zonas externas proteolisadas, porque estes queijos dão sempre origem a crostas muito defeituosas por onde penetram bolores, que inutilizam o queijo.
Assim a massa ideal para obter o tipo “velho” é macia e um pouco seca para o queijo amanteigado, com uma crosta lisa e sem defeitos. Durante toda a cura os queijos são virados, sendo que na primeira fase (fermentação azeda) os queijos são virados de 1 em 1 dia e, na segunda fase, de 3 a 4 vezes por semana. A frequência da sua lavagem depende do aspecto observado na crosta, que deve manter-se sempre lisa e limpa caso contrário, originam-se defeitos que não se eliminam. Durante a primeira fase não se procede à lavagem. A versão amanteigada, “feita para brasileiros”, tem cura de 30 dias ou um pouco mais.
Como comer o queijo Serra da Estrela?
A forma tradicional de se comer o queijo Serra da Estrela é em fatias, evitando assim que a casca do queijo seja desperdiçada. Como em todos os queijos de massa mole e casca lavada, a casca do queijo Serra da Estrela concentra grande parte do sabor e deve ser comida junto com a parte interior.
Neste caso, sugere-se que, a uma temperatura não superior a 18 C, o queijo seja cortado ao meio e que fatias sejam então cortadas alternadamente de cada metade. Assim, as duas metades podem ser novamente unidas com o cinto de pano, evitando que a pasta mole escorra enquanto o queijo estiver armazenado.
Actualmente, o queijo também é servido com a casca cortada no topo para que se possa retirar a pasta mole interior com uma colher. É um desperdício do queijo, já que a casca deixa de ser consumida.
https://pt.wikihow.com/Come%C3%A7ar-uma-Cria%C3%A7%C3%A3o-de-Ovelhas
https://www.mfrural.com.br/detalhe/331065/apriscos-economicos-sinuelo

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