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Segurança na Manutenção de Vagões - Manutenção de Vagões 1 Segurança na Manutenção de Vagões - Manutenção de Vagões 2 POLÍTICA DE SEGURANÇA E SAÚDE DA VALE A segurança do trabalho é uma responsabilidade compartilhada, feita através de ações de implantação de padrões e programas de segurança, que irão orientar os colaboradores quanto a um comportamento disciplinar, buscando promover uma cultura interdependente, na prevenção dos riscos, baseada no compromisso com a conduta individual ou coletiva. A aquisição de novas tecnologias também é um caminho para trilhar na redução desses riscos. A política de Saúde e Segurança Operacional baseia-se em princípios e compromissos, utilizados pela VALE em ações de benchmarting nos itens de saúde e segurança em 2013. PRINCÍPIOS DAS FERROVIAS- CENTRO ATLÂNTICA - FCA, ESTRADA DE FERRO VITÓRIA MINAS- EFVM E ESTRADA DE FERRO CARAJÁS- EFC. Sáude e segurança são responsabilidades de todos – Todos os trabalhadores da empresa são responsáveis pela segurança, cabendo aos líderes, zelar por esses princípios, dando exemplo. Qualquer tomada de decisão deve-se levar em conta os princípios em questão, onde todos devem ser incentivados a se ajudarem mutuamente. Os trabalhadores têm o direito de recusar atividades em condições de segurança inadequadas. Valorizar saúde e segurança significa valorizar as pessoas – as pessoas são o princípio, meio e fim para que tenhamos excelência em saúde e segurança, assim uma boa gestão, nessa área, pressupõe uma boa gestão de pessoas. Melhorar sempre e consistentemente – o desempenho em saúde e segurança precisa ser acompanhado quantitativamente e qualitativamente, melhorando de modo consistente, objetivando superar os padrões internacionais, sendo que o patamar mínimo de desempenho estar baseado nos requisitos legais. O foco em saúde e segurança é a “perda zero” – todas as ações da VALE devem ser conduzidas para alcançar a excelência em saúde e segurança, com a busca pelo zero acidente e doença, ou seja, a perda zero. A prevenção de riscos é sempre privilegiada – devem ser conhecidos e controlados todos os riscos associados às atividades, processos, instalações, produtos ou serviços das operações. Além dos programas de prevenção e controle de riscos, planos de preparação e Segurança na Manutenção de Vagões - Manutenção de Vagões 3 atendimento a emergências e planos de contingência devem ser adequadamente implementados. O gerenciamento de saúde e segurança é amplo: deve ser considerado em todo o ciclo de vida dos empreendimentos da empresa e influenciar toda cadeia produtiva. O gerenciamento de saúde e segurança considera todos os relacionamentos - deve ser considerado no relacionamento com todas as partes interessada, atenção especial aos prestadores de serviço. COMPROMISSOS DAS FERROVIAS - CENTRO ATLÂNTICA- FCA, ESTRADA DE FERRO VITÓRIA MINAS- EFVM E ESTRADA DE FERRO CARAJÁS- EFC. Bem-estar e comportamento, campanhas, responsabilidade em cadeia, controlar todos os riscos associados às atividades desenvolvidas, processos, instalações, produtos ou serviços, atuar previamente no gerenciamento dos riscos à saúde e à segurança das pessoas e das instalações, atender aos requisitos legais de saúde e segurança estabelecidos e aos assumidos voluntariamente, melhorar continuamente o desempenho em saúde e segurança por meio da melhoria de nossas atividades, processos, produtos e serviços, focando o uso de soluções inovadoras e o desenvolvimento das pessoas, incentivar a evolução de desempenho dos prestadores de serviço, manter canais de comunicação com as comunidades onde atua e com outras partes interessadas de forma a estar sempre atenta às influências das suas operações na saúde e no bem-estar das pessoas. Bem-estar e comportamento – é papel da gerência de saúde e segurança do trabalho conduzir os treinamentos iniciais, quando novos empregados são admitidos, e garantir que eles conheçam seus direitos e deveres, recebam todos os benefícios oferecidos pela empresa e realizem, periodicamente, exames de saúde que indiquem a aptidão para o exercício da função. Os treinamentos técnicos ocorrem anualmente ou quando há revisão de diretrizes. Um deles é o de Requisitos de Atividades Críticas (RAC’s), com o objetivo de conscientizar e treinar em atitudes seguras e eliminar riscos nas atividades realizadas. Os funcionários também são envolvidos em capacitações de abordagem comportamental, com o Desenvolvimento de Novas Atitudes (DNA). Campanhas – As campanhas realizadas para informar saúde e segurança têm como foco os empregados diretos e terceiros familiares e comunidades. Internamente, são tratados temas como AIDS, câncer de mama e próstata, diabetes e abordado riscos relacionados as atividades. Para o público externo, a empresa organiza campanhas educativas e melhorias das Segurança na Manutenção de Vagões - Manutenção de Vagões 4 condições de passagem em nível - cruzamentos de rodovias coma linha férrea no mesmo nível. Tipos de Campanha- da família, boa alimentação, cuidado com as mãos, blitz de trânsito, hidratação, SIPAT e abordagem comportamental. Responsabilidade em cadeia – os empregados contratados da FCA e FVM participam das políticas e compromissos de segurança da empresa. Em reuniões semestrais são repassados valores e conceitos com incentivos a relatar os acidentes visando corrigir falhas e condições inseguras, mantendo um canal direto com as áreas de seguranças das empresas contratadas, que por meio de fonoconferência quinzenal, podem tirar dúvidas, compartilharem práticas e buscar alinhamento com os princípios e valores da empresa. RISCOS NAS ATIVIDADES DE MANUTENÇÃO / RG01 Existe um mapa de risco para detectar situações de risco que podem estar nos pontos inseguros no interior da cabine ou na parte externa das locomotivas e vagões. SITUAÇÕES DE RISCO/GESTÃO DE MELHORIA – PARA LOCOMOTIVAS E VAGÕES. Atenção – Cuidado ao descer em degraus desalinhados. Gestão de Melhoria – Alargamento e alinhamento dos degraus das locomotivas e vagões de acordo com a configuração de escadas. Atenção-Procurar evitar o vazamento de areia no estrado durante o abastecimento. Gestão de Melhoria – limpeza do estrado. Atenção-Não transitar em estrado de locomotivas sem a proteção lateral com a mesma em movimento. (Situação de alto risco). Gestão de Melhoria- instalar com urgência a proteção lateral nas locomotivas e distribui EPI’s para os maquinistas e operadores ferroviários. Atenção-cuidado ao transitar no estrado das locomotivas, ficando atento a qualquer elemento ou imperfeição que possa causar tropeços. Gestão de Melhoria- eliminar todos os elementos ou suportes obsoletos na locomotiva que possam ocasionar acidente. Obs.: o estrado impregnado de óleo representa condição de alto risco sujeito a escorregões mesmo para botinas com sola antiderrapante. Atenção-visores de água sujos dificulta a identificação do nível, obrigando o maquinista a ter que subir na capota da locomotiva para abrir a tampa da caixa de expansão e conferir o nível da mesma. (situação de alto risco). Segurança na Manutenção de Vagões - Manutenção de Vagões 5 Gestão de Melhoria- fazer a manutenção dos visores. Atenção-cuidado ao pisar em áreas sujas de óleo, pois o piso escorregadio pode causar acidentes. Gestão de Melhoria- remoção do óleo dos estrados. Atenção- o maquinista deve ter muito cuidado ao subir na capota para conferir o nível de água. Gestão de Melhoria- compor a escada com mais degraus, visto que a sua versão atual tem poucos na sua parte intermediária. Atenção-cuidado ao conferir o nível do óleo do governador da locomotiva MX 620. A tampa do compartimento é muito pesada, podendo ferir o maquinista caso ele perca o equilíbrio. Gestãode Melhoria- implementação de um novo método de acesso ao óleo do governador da locomotiva MX 620. Um exemplo é a abertura de uma janela na própria tampa. Atenção-cuidado ao levantar a tampa para abastecer o governador da loco MX 620. Gestão de Melhoria- ficar atento para não escorregar em partes sujas de óleo e não se queimar em partes superaquecidas. Atenção-durante a inspeção do nível de óleo da engrenagem ou do compressor tenha cuidado ao se aproximar do ventilador (sujeito à sucção). Gestão de Melhoria- instalar gradeamento de proteção no ventilador. Atenção- ausência de tampas das aletas da armadura do gerador principal pode lançar óleo ou outros elementos no corpo do maquinista. Gestão de Melhoria - sempre tampar as aletas da armadura do gerador antes do seu funcionamento. Atenção- evite aproximar-se de componentes rotativos descobertos e postar-se diante deles. Gestão de Melhoria- equipar todos os gerados com tampas apropriadas. Atenção- não expo desnecessariamente a equipamentos de alta rotação sem a grade de proteção. Gestão de Melhoria- adaptar uma grade de proteção em torno dos equipamentos de alta rotação. Atenção- ponto rotativo que representa grande risco de acidente. Evite chegar muito próximo. Gestão de Melhoria- adaptar uma grade ou tampa de isolamento na parte rotativa. Atenção- a chave COPS não pode ser rearmada, pois acarretará uma explosão. Gestão de Melhoria- evitar esta condição de risco. Atenção- a ausência de limpador de para-brisas dificulta a visibilidade em dias chuvosos, aumentando o risco. Gestão de Melhoria- faça a manutenção adequada dos limpadores e das portas, evitando a entrada de umidade pela chuva. Segurança na Manutenção de Vagões - Manutenção de Vagões 6 Atenção-persistir em comunicar deficiências de segurança da locomotiva, evitar transitar em trechos urbanos, com janelas abertas, com riscos de apedrejamento. Gestão de Melhoria- manutenção cuidadosa das janelas. Atenção- zelar pela conservação e uso correto daquilo que lhe proporcionará mais conforto e protegerá sua saúde. Gestão de Melhoria- instalação de poltrona ergonométrica e com capas protetoras. Atenção- ter cuidado ao se movimentar pela locomotiva quando estiver escuro. Gestão de Melhoria- fazer com assiduidade a manutenção das luminárias das cabinas. Atenção- redobrar o cuidado em trens de tração distribuída. Tentar dominar da melhor maneira a sua visão na via, principalmente nas passagens de nível. Gestão de Melhoria- não desviar a sua atenção da operação. Atenção- colocar os extintores que estiverem fora do suporte no seu devido lugar. Extintores soltos podem constituir um alto risco de acidentes pessoais. Sempre conferir sua carga. Gestão de Melhoria- manutenção adequada nos suportes. É extremamente importante os extintores estarem carregados. Atenção- mesmo orientado por técnicos, tenha o máximo de cuidado com os pontos energizados, use EPI’S. Gestão de Melhoria- o técnico que informar o procedimento deve alertar para os possíveis riscos. Atenção- não viajar com locomotivas com sistema de vigilância - sisvem avariado no comando. Gestão de Melhoria- manter uma rotina de manutenção na parte eletroeletrônica Atenção- na eventualidade de ter que auxiliar a partida com carga de outra locomotiva (dar mamadeira), tenha especial cuidado com a exposição ao risco de descarga elétrica. Aderir rigorosamente ao procedimento desta operação. Gestão de Melhoria- obedecer rigorosamente à sinalização dos cabos elétricos, identificando os positivos e negativos. Atenção- no momento de dar a partida com o auxílio de outra locomotiva identificando as polaridades da chave, seguir PRO para executar a tarefa e usar EPI’s. Gestão de Melhoria-pontos de alta tensão ou outros riscos que provocam acidentes pessoais precisam estar sinalizados por plaquetas de advertências ou restrição de manuseio, podendo seguir uma orientação de cores para indicar maior ou menor perigo. Atenção- posicione-se corretamente em postura de proteção para sua coluna e tome cuidados especiais com o desacoplamento de mangueiras, certificando-se de que as torneiras estejam realmente fechadas. Gestão de Melhoria- reposicionamento das mangueiras para o padrão EFC, FCA, EFVM. Segurança na Manutenção de Vagões - Manutenção de Vagões 7 Atenção-esteja atento ao aproximar-se do tangue de combustível da locomotiva. Gestão de Melhoria- observe antes de se aproximar muito do tanque de combustível se há qualquer sinal de perigo- fogo, cigarro, vazamento e etc. Atenção- Quando for fazer força para movimentar o volante, ao apertar ou soltar o freio manual de vagões é necessário muito cuidado para não escorregar de cima do engate. Gestão de Melhoria- manutenção adequada das partes mecânicas do equipamento (catracas), evitando agarramentos. Atenção- ao transpor vagões no momento da revista, previna-se para não escorregar entre os vagões. Gestão de Melhoria- com o trem em movimento nunca transponha a composição (conjunto de vagões que compõe um trem). Atenção- Quando for efetuar revista nos vagões ter muito cuidado ao executar serviços na parte inferior do mesmo. Gestão de Melhoria- use EPI’s. Irá protegê-lo e evitará que algum membro do seu corpo seja atingido, certifique-se de que o trem esteja totalmente parado. Atenção- ao subir pela escada do vagão, muito cuidado ao colocar o aparelho END OF TRAIN- EOT (na cauda do trem), Gestão de Melhoria- uso devidamente os EPI’s e tome as devidas precauções ao subir na plataforma dos vagões. Observação: Além dos cuidados no exercício das funções é preciso buscar o seu equilíbrio emocional. FERRAMENTA DE SSO É a condição do ambiente de trabalho que oferece perigo e/ou risco ao trabalhador. Na Vale, exitem 22 Ferramentas de Gerenciamento de Risco “Ferramentas de SSO” que identificam, classificam, analisam e gerenciam todas as condições inseguras. Observe-as a seguir: Identificação de perigos e danos e classificação de riscos Define critérios para a identificação e caracterização dos riscos e danos, bem como a classificação dos riscos em relação à sua importância, tendo como objetivo determinar aqueles que têm ou possam causar danos sobre a saúde, segurança e patrimônio. Análise Preliminar de Tarefa Identifica os riscos de uma determinada tarefa e recomendar os meios de eliminá-los, minimizá- los ou controlá-los. Busca a conscientização dos empregados quanto à importância de se conhecer e neutralizar os riscos antes da realização das tarefas. Segurança na Manutenção de Vagões - Manutenção de Vagões 8 Inspeção de SSO Identifica, registra e comunica as condições de riscos, propondo ações para sua neutralização e/ou eliminação de forma a prevenir acidentes e doenças ocupacionais. Permissão para trabalhos especiais Estabelece procedimentos que devem ser obedecidos na realização de trabalhos especiais ou em condições especiais de forma a eliminar e/ou controlar os riscos. Trabalhos em altura Padroniza as ações de SSO para prevenir acidentes por quedas de nível diferente. Direito de recusa Assegura aos empregados o direito de recusa ao trabalho quando identificada qualquer situação de risco grave e iminente de acidente. Exames médicos Padroniza os exames médicos ocupacionais que deverão ser solicitados pelo Médico do Trabalho da Vale, visando a promoção da saúde, prevenção das doenças e manutenção da integridade física e mental dos empregados. Comunicação, investigação e análise de acidentes e quase acidentes Padroniza e estabelece requisitos mínimos para a comunicação, investigação e análise de quase acidentes e acidentes do trabalho. Registro de ocorrência de SSO Identifica, registra, comunica e permite ações de neutralizaçãoe/ou eliminação da condição de risco de forma a prevenir acidentes e doenças ocupacionais. Diálogo de segurança Promove a integração e melhoria da comunicação entre os empregados, alertando sobre a necessidade de conhecer e corrigir os riscos no trabalho e sobre a promoção da saúde e a de acidentes e doenças. Plano de emergência Estabelece procedimentos eficazes para controlar emergências que possam ocorrer dentro das instalações da Vale, de forma a evitar ou reduzir ao mínimo o risco potencial de lesões, mortes, danos à propriedade, ao meio ambiente e a toda localidade. Auditoria de SSO Avalia o desempenho das ações de segurança do trabalho e de saúde ocupacional da Vale, verificando a conformidade das ações propostas com as disposições planejadas, a implementação e a manutenção dos planos de ação de SSO. Cadastro de fornecedor, contratação e gestão de SSO para contratadas Padroniza o cadastramento, contratação e gestão de fornecedores de produtos e/ou serviços, considerados críticos em Segurança e Saúde Ocupacional – SSO –, que tenham trabalhadores Segurança na Manutenção de Vagões - Manutenção de Vagões 9 atuando nas áreas internas ou fora da área da Vale, porém em atividades exclusivas para nossa empresa, visando à preservação da integridade física dos trabalhadores e do patrimônio. Indicadores de SSO Demonstra o desempenho em Segurança e Saúde Ocupacional, através de parâmetros estatísticos que permitam a avaliação destas práticas na Vale, junto a outras empresas do mesmo ramo e também de outros segmentos. Bloqueio de dispositivo de manobras Estabelece práticas e instruções mínimas para o bloqueio de dispositivos de manobras - de equipamentos, instalações e/ou circuitos - que liberem energia de origem elétrica, térmica, mecânica, pneumática, hidráulica, radioativa ou outras e cuja ativação inadequada ou indesejada possa resultar em acidentes. Equipamentos móveis e semimóveis Estabelece práticas seguras para operação de equipamentos móveis e semimóveis. Padronização de PCMSO Estabelece critérios para a padronização do PCMSO. Ergonomia Estabelece critérios para a elaboração e implementação de ações de ergonomia para levantamento, avaliação e melhorias dos postos de trabalho. Atividades em espaço confinado Estabelece os requisitos mínimos para prevenir acidentes nas atividades em espaços confinados. Avaliação de SSO em projeto Estabelece procedimentos para que na elaboração de projetos sejam observados critérios de SSO, de modo que suas exigências legais e normas internas, dentro da Vale, sejam atendidas. Atos Inseguros Eliminar apenas as condições inseguras não é suficiente. As pessoas também causam acidentes através de atos inseguros. Por imprudência, negligência, falta de conhecimento e falta de responsabilidade, alguns empregados acabam provocando acidentes de trabalho. Observe a seguir alguns exemplos de atos inseguros: Não usar EPI na execução de suas tarefas; Descer ou subir em trem com o mesmo em movimento; Transpor composições estacionadas sem aviso prévio; Não utilizar dispositivo de emergência em recuo de trens; Fazer teste de cauda com o trem em movimento; Alinhar engates com o trem em movimento; Segurança na Manutenção de Vagões - Manutenção de Vagões 10 Andar sobre a via durante as manobras; Reduzir distância real para acoplamento na comunicação com o maquinista com a finalidade de ganhar tempo; Aplicar freios em composições estacionadas pela torneira de vagões; Brincadeiras ou conversas alheias ao serviço durante as manobras; Não testar o rádio de comunicação; Não informar ocupação de linhas ou marcos para o controle de pátios e terminais ou outras equipes de manobras; Não utilizar linguagem técnica para descrição de ações ou equipamento durante manobras; Não conferir posição de AMV’s antes de autorizar circulação do trem; Não passar serviço adequadamente durante troca de turno; Retirar vazamento de composições estacionadas; Autorizar recuo sem ainda estar na posição para cobertura conforme ROF - Regulamento de Operação Ferroviária; Simular testes de vazamentos e gradiente; Discutir durante o serviço; Sair para o pátio sem as informações necessárias para a manobra; Executar tarefas para a qual não foi treinado; Controlar recuo sentado na borda de vagões; Controlar recuo sem cinto de segurança; “Cortar” o trem com o mesmo em movimento; Não respeitar marco real da via, atingindo limites de segurança; Utilizar “macetes” ou “achismos” em detrimento às normas e regras; Não se apresentar para o serviço em boas condições físicas e psicológicas. O ROF regulamenta toda operação ferroviária baseada na segurança de procedimentos específicos e condutas adequadas dos empregados. Cada empregado deve por si mesmo ser em primeira instância seu próprio fiscal, preservando seu bem mais precioso: a vida. Para tanto, não deve realizar atos inseguros, em especial os relativos à falta de EPIs, utilização incorreta dos mesmos e operações inseguras proibidas pelo regulamento. Sendo assim, cabe destacar que uma postura técnica, educada, orientada e firme favorece a segurança do empregado em seu trabalho diário. Segurança na Manutenção de Vagões - Manutenção de Vagões 11 REQUISITOS DE ATIVIDADES CRÍTICAS (RAC’S) Visa treinar os colaboradores a desenvolverem suas atividades de maneira segura eliminando possíveis riscos e consequentemente protegendo a sua vida e de terceiros. Esses treinamentos contam com 85% de aproveitamento, estão sendo realizados desde maio de 2003 com foco: trabalho em altura, trabalho a quente – solda e corte proteção de máquinas, espaço confinado, eletricidade, equipamentos de proteção individual – EPI’s, transportadores contínuos, escavações, detonação, explosão, rádio proteção, avaliação de projetos, ergonomia, programa de controle médico saúde ocupacional-PCMSO, manuseio, armazenamento e transporte de produtos químicos e inflamáveis, ferramentas manuais e equipamentos hidráulicos PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS ESPECÍFICOS DE SEGURANÇA Segurança do Trabalho – É um conjunto de medidas técnicas educacionais, médicas, operacionais e psicológicas utilizadas para prevenir acidentes. Na segurança do transporte se estabelece um sistema de indicadores e estatísticas que irão mensurar os acidentes, a partir desses dados, formata-se um relatório para tomada de providências, onde serão desenvolvidas regras e procedimentos para intensificar atitudes proativas e desejáveis nos empregados, visando uma operação segura. Procedimentos para realizar operações seguras: Colocar no comando de todos os trens, locomotivas que estejam com todo o sistema de segurança e vigilância em pleno funcionamento e sem que possam ser violados. As condições físicas ou dos equipamentos existentes na operação devem ser protegidas. Usar EPI’s na execução das tarefas. Descer ou subir nos trens somente quando estiverem parados. Maquinista, trabalhadores da estação ou CPT, deverão ser avisados, previamente, quando da necessidade de um TOF ou OFF ter que transpor as composições estacionadas. O objetivo da segurança do trabalho é mudar a acultura dos colaboradores da empresa, conscientizando-os de que produzir com segurança é prioridade e que isto, por consequência, produz qualidade. Segurança na Manutenção de Vagões - Manutenção de Vagões 12 Utilizar dispositivos de emergências (dispositivo de cauda) em recuo de trem. Só realizar teste de cauda quando o trem estiver parado. Alinhar engaste somente com o trem parado. Durante as manobras só andar nas entrevias das linhas. Não reduzir a distância real, no ato da comunicação com o maquinista, para acoplamento das composições, com a finalidade de ganhar tempo. Controlar o recuo dos vagões, sentado nocentro dos mesmos. Controlar recuo de trens com cinto de segurança. Atenção, só é permitida aplicação de emergência em freios de vagões pela torneira, quando estacionados. Não conversar ou permitir conversas alheias ao serviço durante manobras. Testar o rádio de comunicação antes de iniciar manobras. Informar ocupação de linhas e marcos, para a estação e CPT e outras equipes de manobras. Só utilizar linguagem técnica para descrição de ações ou equipamentos durante as manobras. Conferir a posição dos AM’s antes de autorizar circulação de trens. Passar serviço adequadamente durante a troca de turno. Retirar vazamento de composições estacionadas com locomotiva acopladas após separação da locomotiva e após terem sido efetuados os procedimentos de segurança. Só autorizar o recuo de trem estando na posição para cobertura conforme ROF. Efetuar teste de vazamento e gradiente só estando na cauda para observar cilindro de freios e monômetro. Somente sair para o pátio com informações necessárias para a manobra. Só executar tarefas para a qual foi treinado. Se apresentar para realizar o serviço em boas condições físicas e psicológicas. “Cortar” (separar os vagões) o trem após a autorização do maquinista e quando estiver parado Respeitar o marco real da via, não atingindo os limites de segurança. Utilizar módulo de espera durante a manobra quando em tração distribuída. Ao detectar condições inseguras na operação realizar os procedimentos sugeridos. Atuar preventivamente e quando necessário utilizar ordem de serviço e procedimentos. Atuar junto ao Supervisor com parecer informando aos mesmos todas as dificuldades, riscos possíveis no sentido de buscar soluções e colocar a manutenção no processo. Buscar, através de treinamento, conhecimentos técnicos. A atuação junto a Inspetores e Supervisores deve ser de forma de cooperação, conciliação e positiva. Incentivar o respeito, confiança, profissionalismo e conhecimento técnico no grupo que pertence. Segurança na Manutenção de Vagões - Manutenção de Vagões 13 CHECKLIST DE SEGURANÇA NO TRABALHO Data: Supervisor Responsável: Questões sobre segurança no trabalho. 1. Você foi treinado para tarefa? 2. Você está usando todos os EPI’s e ferramentas necessários para a tarefa? 3. Os equipamentos estão em boas condições de segurança? 4. A área está devidamente sinalizada? 5. Se a tarefa exigir cartão de bloqueio, ele foi feito? 6. Se alguma destas questões tiver uma resposta negativa o empregado não está autorizado a executar a tarefa. Questões para reflexão diária. Será que não estamos acostumados a viver com o erro? Como podemos tornar a execução desta tarefa mais segura? PERCEPÇÃO DO RISCO Por estarem inseridas em um ambiente dinâmico e mutável, permeado de riscos de acidentes, as empresas podem sofrer perdas associadas ao seu patrimônio. Assim, é importante que se faça a identificação antecipada de todos os fatores que geram ameaças ao patrimônio organizacional, considerando que esta ação permite que sejam adotadas medidas preventivas, evitando a ocorrência das possíveis perdas. Exemplo: Uma pesquisa realizada em 297 empresas com aproximadamente dois milhões de empregados, onde ocorreram 1.753.498 acidentes durante 10 anos, concluiu-se que os acidentes são programados para acontecerem e que os empregados podem agir antes que eles aconteçam conforme a seguinte proporção: Segurança na Manutenção de Vagões - Manutenção de Vagões 14 FLUXO E INFORMAÇÕES SOBRE ATENDIMENTO A EMERGÊNCIA Aqui será apresentado a você o regulamento para atendimento a acidentes ferroviários da Diretoria de Operações Logísticas (DILO – Registro 0001). Esse regulamento tem como objetivo apresentar diretrizes para a comunicação, acionamento, atendimento e coleta de dados para investigação de acidentes ou ocorrências ferroviárias nos corredores ferroviários da DILO (Estrada de Ferro Carajás, Estrada de Ferro Vitória Minas e Ferrovia Centro-Atlântica). Ele deve ser utilizado por todas as áreas de: operação ferroviária; via permanente; material rodante; meio ambiente; gestão econômica; segurança empresarial; segurança e medicina do trabalho; prevenção de risco e centro de controle operacional; diretoria de logística; suprimentos, comunicação, planejamento, programação e controle, serviço de atendimento ao cliente, financeira, recursos humanos e concessões e arrendamentos. Segurança na Manutenção de Vagões - Manutenção de Vagões 15 O cumprimento das normas desse regulamento proporciona um excelente e eficaz atendimento às ocorrências ferroviárias. Segundo o regulamento, todo trabalho deverá ser realizado com segurança. Nem a caracterização de uma situação de emergência ou qualquer outra razão poderá ser invocada para justificar o não cumprimento dos procedimentos de segurança do trabalho. A segurança é inerente ao trabalho. Serão fornecidos todos os meios e recursos para que o trabalho seja executado corretamente. Consequentemente, caberá ao corpo gerencial proporcionar aos empregados e terceiros a prática destes meios e a utilização dos recursos. Será assegurado a qualquer empregado o direito de questionar ou até de recusar-se a realizar tarefas em que as medidas de segurança não estejam sendo satisfatórias e de recorrer a seus sucessivos níveis de supervisão, caso se sinta pressionado a desobedecê-las. Ocorrendo o acidente, os representantes da Vale que estiverem no local devem obedecer as seguintes orientações quanto à comunicação com órgãos externos, imprensa e comunidade: Não falar com a imprensa, a não ser que esteja devidamente autorizado e orientado pela comunicação; Acionar imediatamente a gerência de comunicação e/ou analista de comunicação, informando a presença de rádios, TVs e/ou jornais na cena do acidente; Manter a gerência de comunicação e/ou analista de comunicação informados do andamento das operações no local para recuperar a área e liberar o tráfego; Caso seja procurado pela imprensa e/ou pela comunidade, informar os telefones ou endereços de contato da comunicação e/ou analista de comunicação; Não proibir o acesso da imprensa e/ou da comunidade ao local da ocorrência, a menos que isso prejudique as operações no local e ameace a segurança dos envolvidos. Os atendimentos às demandas da comunidade e da imprensa devem ser sempre conduzidos pela comunicação e/ou analista de comunicação. Todas as áreas são responsáveis em realizar as ações definidas em seus procedimentos e fornecer as informações necessárias ao trabalho das demais áreas envolvidas. Segurança na Manutenção de Vagões - Manutenção de Vagões 16 ANÁLISE DE RISCO o Situação- Alívio Involuntário dos Freios. Causas : Durante a aplicação de freios interromper o fluxo de ar pela torneira do vagão. Aplicação (frear) pelo fechamento da válvula interruptora. Completar a aplicação de freios pela torneira do vagão. Retirar vazamento da composição com ar no encanamento geral. Manipulação indevida das artes de dreno dos vagões. o Recomendações para evita essa situação: Certifique-se de que o trem esteja aplicado ao fazer cortes na composição.. Informe ao maquinista o momento exato em que vai efetuar o corte na composição.. Aperte os manuais necessários e recomendados para manter o trem parado. Conheça o perfil onde está deixando uma composição. Observação: a segurança da operação de trem em um pátio depende muito do maquinista e do TOF ou OFF cumprindo o ROF e PROS. Envolvendo-se com os programas de segurança certamente conseguiremos reduzir o número de acidentes em nossas ferrovias. SENSIBILIZAÇÃO ACIDENTES OCORRIDOS Símbolo de progresso, as ferrovias multiplicaram-se extraordinariamente em vários países duranteo século XIX. Em 1880 havia em todo o mundo aproximadamente 150 mil milhas de linhas férreas. Dez anos mais tarde já eram 250 mil milhas. No século XX a malha ferroviária continuou aumentando no mundo, e consequentemente também o número de trens em circulação. Por essa razão, não é possível constatar o provável aumento, em termos relativos, do número de acidentes ferroviários deste século em relação ao século anterior. No século XIX ocorreram seis grandes acidentes ferroviários, que deixaram um saldo de 428 mortos. No século XX, até fevereiro de 1996, haviam ocorrido 114 grandes acidentes ferroviários, que mataram perto de dez mil pessoas. Nos primeiros 40 anos deste século (1900 a 1939) houve 43 grandes acidentes, com 2.733 mortes; nos 40 anos seguintes (1940 a 1979), houve 52 grandes acidentes, com 5.149 mortes. Segurança na Manutenção de Vagões - Manutenção de Vagões 17 Se em termos relativos não podemos afirmar categoricamente que tenha havido um aumento do número de acidentes e de mortes, em termos absolutos os números falam por si. Muitas pessoas morreram também, ou ficaram feridas, em numerosos outros acidentes ferroviários considerados pequenos, e que por essa razão não aparecem nas estatísticas. Como acontecem com outros acidentes coletivos, as vítimas foram atingidas conjuntamente por um acontecimento violento e não por uma ação negligente ou inconsequente, própria delas; nada mais fizeram do que entrar na composição e tomar seus lugares lá dentro. Assim, o que as atinge por ocasião do acidente é, com certeza, devido a alguma má ação anterior. Não existem acasos nem provações nos efeitos dessas Leis. Tudo o que atinge a pessoa humana é sempre, mas sempre, fruto de seu próprio querer e agir. Observando-se mais detalhadamente os acidentes ferroviários, pode-se distinguir em vários deles uma singular conjunção de circunstâncias que o desencadearam ou que lhe deram uma forma particular. Em vários acidentes, por exemplo, o trem descarrila exatamente sobre uma ponte, fazendo com que toda a composição caia num desfiladeiro ou mergulhe num rio. Choques de trens correndo em sentido inverso, ou de um trem batendo num outro que estava parado também são comuns. Todas essas circunstâncias fazem com que esses acidentes ferroviários sejam extremamente graves, causando muitas vítimas. Alguns exemplos de acidentes ferroviários, os quais, na formação das circunstâncias do acidente, deixam nitidamente reconhecível a atuação da reciprocidade incontornável: Em 07 de agosto de 1904, uma chuva torrencial fez um trem descarrilar sobre uma ponte no Colorado, Estados Unidos, matando 96 pessoas. No dia 1º de março de 1910, no Estado americano de Washington, dois trens foram arrastados por uma avalanche para dentro de um desfiladeiro. Morreram 96 pessoas. Em 14 de março de 1926, na Costa Rica, um trem lotado de peregrinos descarrilou enquanto atravessava uma ponte, matando mais de 300 pessoas e ferindo outras centenas. Em 02 de março de 1944, em Palermo, Itália, um trem teve um defeito enquanto atravessava um túnel e teve de parar; 521 pessoas morreram sufocadas. Em 3 de maio de 1962, no Japão, nas proximidades de Tóquio, dois trens se chocaram e o conteúdo das cargas ficou espalhado sobre as ferrovias. Um terceiro trem acabou por se chocar com essa carga depositada nos trilhos. Resultado: 163 mortos e 400 feridos. Em 06 de outubro de 1972, na localidade de Saltillo, no México, um trem que trazia peregrinos religiosos descarrilou e pegou fogo, matando 204 pessoas e ferindo mais de mil. Em 06 de junho de 1981, na Índia, o maquinista freou repentinamente o trem para não atingir uma vaca, animal considerado sagrado naquele país. Com a freada brusca o trem descarrilou e caiu de uma ponte sobre o rio Baghnati. Morreram oficialmente 268 pessoas, e pelo menos 300 foram dadas como desaparecidas. Segurança na Manutenção de Vagões - Manutenção de Vagões 18 Em 15 de janeiro de 1989, um trem que transportava peregrinos muçulmanos em Bangladesh bateu de frente com um trem dos correios, matando pelo menos 110 pessoas e ferindo aproximadamente outras mil. No mês de junho de 1989 ocorreu uma explosão de gás numa estação da Sibéria no momento em que dois trens se cruzavam, matando 645 pessoas. Em 20 de agosto de 1989, próximo à localidade de Los Mochis, no México, um trem descarrilou sobre uma ponte e afundou no rio, matando 85 pessoas (estimativa) e ferindo 107. No mês de janeiro de 1993, uma composição caiu num rio do Quênia com 600 pessoas; morreram mais de 140. Em 02 de junho de 1996, um choque entre um trem de passageiros e uma composição de quatro vagões carregados de cimento, causou a morte de pelo menos 17 pessoas numa localidade da Sibéria, na Rússia. O acidente ocorreu porque os quatro vagões de carga, estacionados numa linha auxiliar, tiveram uma pane nos freios e deslizaram sozinhos, até o tronco por onde trafegava o trem de passageiros. Grandes acidentes ferroviários continuam ocorrendo em todo o mundo, e os já conhecidos recordes vão sendo batidos. Como em tantas outras tragédias que se abatem sobre os povos neste final de século, também esses acidentes são laureados com os títulos de "o maior acidente dos últimos anos" ou "a maior tragédia ferroviária da história do país", e assim por diante. Para ilustrar: em 20 de agosto de 1995, na Índia, um trem expresso bateu numa composição cargueira, que havia parado repentinamente depois de atropelar uma vaca. Pelo menos 350 pessoas morreram e mais de 400 ficaram feridas no que foi considerado "o pior acidente ferroviário da história do país." Moradores da região disseram que o ruído do choque foi ouvido a quilômetros de distância2. Em 22 de dezembro de 1995, no Egito, o choque de dois trens de passageiros em meio a uma densa neblina matou 75 pessoas e feriu peno menos 76, "no pior acidente ferroviário no país em mais de 15 anos". Os grandes acidentes ainda merecem algum destaque na imprensa; já os pequenos, em virtude do menor impacto que causam, aparecem, quando muito, numa ou noutra nota de pé de página nos jornais. E, no entanto, apenas em 1995, houve "pequenos acidentes ferroviários" na Indonésia, Egito, Itália, Coréia, Estados Unidos e Espanha, que, juntos, deixaram um saldo de pelo menos 53 mortos e 218 feridos. Também nos trens urbanos e nos metrôs os acidentes se sucedem. Não há necessidade de se mencioná-los aqui, basta dizer que as principais linhas do mundo já registraram graves acidentes. http://www.library.com.br/Filosofia/ferrovi.htm#2