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CESPE - Princípios Orçamentários

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1 
22 
Sumário 
Análise Estatística ................................................................................................................................................ 2 
Aposta estratégica ............................................................................................................................................. 2 
Roteiro de revisão e pontos do assunto que merecem destaque ........................................................................ 6 
Questões estratégicas ....................................................................................................................................... 12 
Questionário de revisão e aperfeiçoamento .................................................................................................... 16 
Perguntas ...................................................................................................................................................... 16 
Perguntas com respostas ............................................................................................................................... 17 
Lista de Questões Estratégicas .......................................................................................................................... 21 
Gabarito ....................................................................................................................................................... 22 
 
 
 
 
 
 
 
2 
22 
ANÁLISE ESTATÍSTICA 
Analisamos 578 questões do CESPE de 2014 a 2019 apenas da área de controle e gestão. Com base na análise. 
Identificamos os seguintes percentuais de cobrança: 
ASSUNTO % DE INCIDÊNCIA 
Lei de Responsabilidade Fiscal 27,7% 
1 Orçamento público. 2 O orçamento público no Brasil. 2.1 Sistema de 
planejamento e de orçamento federal. 2.2 Plano plurianual. 2.3 Diretrizes 
orçamentárias. 2.4 Orçamento anual. 
11,11% 
4 Receita pública. 4.1 Conceito e classificações. 4.3 Fontes. 7 Lei nº 
4.320/1964 e suas alterações orçamentárias. 
10,95% 
Estágios da Despesa, 5.3 Restos a pagar. 5.4 Despesas de exercícios 
anteriores. 5.5 Dívida flutuante e fundada. 5.6 Suprimento de fundos. 
10,33% 
5 Despesa pública. 5.1 Conceito e classificações. 7 Lei nº 4.320/1964 e suas 
alterações. 2.6 Classificações orçamentárias. 2.7 Estrutura programática. 
10,01% 
1.4 Ciclo orçamentário. 1.5 Processo orçamentário. 7 Lei nº 4.320/1964 e 
suas alterações. 
7,98% 
1.3 Princípios orçamentários. 7 Lei nº 4.320/1964 e suas alterações. 7,67% 
2.8 Créditos ordinários e adicionais. 7 Lei nº 4.320/1964 e suas alterações. 6,73% 
1 Orçamento público. 1.1 Conceito. 1.2 Técnicas orçamentárias. 3,29% 
Sistemas de informações. 2,35% 
Estágios da Receita e Dívida Ativa 1,88% 
O tema de hoje possui média relevância em comparação a outros assuntos, porém, possui grandes chances 
de ser cobrado em provas discursivas, como já ocorreu em provas anteriores. Portanto não negligencie o 
assunto, mesmo não sendo tão cobrado em provas anteriores! 
APOSTA ESTRATÉGICA 
Dentro dos princípios orçamentários, a grande aposta está em 3 princípios: exclusividade, não vinculação ou 
não afetação e universalidade ou totalidade. 
PRINCÍPIO DA NÃO VINCULAÇÃO OU NÃO AFETAÇÃO DE IMPOSTOS 
O princípio da não vinculação de receitas afirma que nenhuma receita de impostos (cuidado para não 
confundir com tributo) poderá ser reservada ou comprometida para atender a certos e determinados gastos, 
salvo as determinações constitucionais. Esse princípio está previsto no art. 167, IV da CF/88: 
Art. 167. São vedados: 
 
 
 
 
 
3 
22 
(...) 
IV – a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição 
do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação 
de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento 
do ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado, 
respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às 
operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o 
disposto no § 4º deste artigo. 
De acordo com o art. 16 do CTN, imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação 
independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. Essa definição deixa claro 
que a cobrança do imposto não depende de qualquer atividade ou serviço que o Estado preste à população. 
Por isso ele é conhecido como tributo não contraprestacional. 
Em virtude dessa característica marcante dos impostos, eles não podem ser vinculados a despesa, órgão ou 
fundo, devendo ser utilizados “livremente” pelo titular do Poder Executivo na programação orçamentária. 
Mas esse princípio também possui exceções, vamos ver? 
a) repartição constitucional das receitas, consoante prescreve a Constituição da República, nos arts. 157 a 
162; 
b) manutenção do ensino, nos termos do art. 212 da Constituição da República, o qual determina que a União 
nunca aplique menos que 18% da receita dos impostos em educação, e os Estados e Municípios, nunca 
menos que 25%; 
c) oferecimento de garantia ou contragarantia à União e para pagamento de débitos para com esta; 
d) implementação da saúde, nos percentuais definidos pela LC n.º 141/12; 
e) vinculação de verbas federais, estaduais e municipais a c, consoante rezam os art 81 e 82 do ADCT; 
f) realização de atividades da administração tributária; 
g) vinculação de verbas estaduais a programas de apoio à inclusão e promoção social, até cinco décimos por 
cento de sua receita tributária líquida, consoante preconiza o parágrafo único do art. 204 da CF/88; e 
h) vinculação de verbas estaduais a fundo estadual de fomento à cultura, até cinco décimos por cento de sua 
receita tributária líquida, para fins de financiar programas e projetos culturais, conforme art. 216, 6°, da 
CF/88. 
 
 
 
 
 
4 
22 
 
 
PRINCÍPIO DA UNIVERSALIDADE 
Esse princípio está expresso na Lei 4.320/64. Aliás, essa lei é conhecida como a Lei Geral do Direito 
Financeiro, ou seja, ela, juntamente com a Constituição Federal constitui a base do nosso estudo. 
Art. 2° A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar 
a política econômica financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princípios 
de unidade universalidade e anualidade. 
Art. 3º A Lei de Orçamentos compreenderá todas as receitas, inclusive as de operações de 
crédito autorizadas em lei. 
Parágrafo único. Não se consideram para os fins deste artigo as operações de credito por 
antecipação da receita, as emissões de papel-moeda e outras entradas compensatórias, no 
ativo e passivo financeiros. 
Art. 4º A Lei de Orçamento compreenderá todas as despesas próprias dos órgãos do Governo 
e da administração centralizada, ou que, por intermédio deles se devam realizar, observado 
o disposto no artigo 2°. 
A ideia central desse princípio é que o orçamento não pode deixar de fora nenhuma receita ou despesa, ou 
seja, deverá conter todas as receitas e despesas. 
Princípio da não 
vinculação
Conceito
É vedada a vinculação de receita de impostos a órgão
fundo ou despesa.
Exceções
Repartição constitucional das receitas
Manutenção do ensino
Oferecimento de garantia ou contragarantia à União e 
para pagamento de débitos para com esta
Implementação da saúde
Realização de atividades da administração tributária
Fundos de Combate e Erradicação da Pobreza
Programas de apoio à inclusão e promoção social, até 
cinco décimos por cento de sua receita tributária líquida
Fundo estadual de fomento à cultura, até cinco décimos 
por cento de sua receita tributária líquida
 
 
 
 
 
5 
22 
 
As receitas são previstas na Lei Orçamentária Anual. Como a principal fonte de receita são os impostos, 
sua arrecadação depende da ocorrência do fato gerador. Caso a economia não esteja aquecida a receitaesperada não será arrecadada. Da mesma forma, caso a economia esteja muito bem, nada impede que a o 
Estado arrecade mais do que o previsto. Nessa situação teremos o excesso de arrecadação, o que não viola 
o princípio da universalidade 
Esse princípio permite que se conheça antecipadamente todas as receitas que o Governo pretende 
arrecadar, bem como todos os gastos planejados. Outra concepção desse princípio está na ideia de que 
nenhum órgão ficará de fora do orçamento. 
Como exceção a esse princípio, apenas as receitas e despesas operacionais de algumas estatais, as chamadas 
não dependentes, e as receitas e despesa extraorçamentárias não estão no orçamento. 
PRINCÍPIO DA EXCLUSIVIDADE 
O princípio da exclusividade não cai em prova, despenca!! Ele está previsto no art. 165, § 8º da CF/88: 
Art. 165 (...) 
§ 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à 
fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos 
suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, 
nos termos da lei. 
A concepção básica é que o orçamento somente pode prever receita e fixar as despesas públicas. Como 
possui regras diferenciadas para sua tramitação no Congresso Nacional, como prazo determinado para a sua 
apresentação ao Congresso Nacional, bem como prazo certo para aprovação, ele não pode ser utilizado 
como mecanismo de aprovação de outras matérias. 
Esse princípio foi instituído para evitar as chamadas caudas orçamentárias, ou seja, inclusão de matéria que 
não seja financeira, como a instituição de um tributo. Essa inclusão de matérias estranha no orçamento ficou 
conhecida como orçamento rabilongo. 
ATENÇÃO 
 
 
 
 
 
6 
22 
 
ROTEIRO DE REVISÃO E PONTOS DO ASSUNTO QUE MERECEM DESTAQUE 
1. Vamos começar relembrando o princípio basilar da Administração Pública: legalidade! 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (...) 
Você deve ficar atento à aplicação do princípio da legalidade ao orçamento público. Lembre-se que o 
princípio da legalidade consiste em um instrumento limitador do poder do Estado, uma vez que a receita 
prevista e a despesa fixada devem ser limitadas, não podendo o Estado exceder o necessário para atender 
as demandas da sociedade. 
2. Continuando, o princípio da exclusividade é um dos campeões de prova. Leia o art. 167 § 8º da CF/88 
e se atende às exceções: 
Art. 165 (...) 
§ 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à 
fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos 
suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, 
nos termos da lei. 
 
Princípio da 
Exclusividade
Conceito
A lei orçamentária anual não conterá dispositivo
estranho à previsão da receita e à fixação da
despesa, não se incluindo na proibição a autorização
para abertura de créditos suplementares e
contratação de operações de crédito, ainda que por
antecipação de receita, nos termos da lei.
Exceções
Créditos 
Suplementares
Operações de Crédito, ainda 
que por Antecipação de 
Receita Orçamentária ARO
 
 
 
 
 
7 
22 
 
3. Para o princípio da universalidade, temos os artigos 2º ao 4º da Lei 4.320/64: 
Art. 2° A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar 
a política econômica financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princípios 
de unidade universalidade e anualidade. 
Art. 3º A Lei de Orçamentos compreenderá todas as receitas, inclusive as de operações de 
crédito autorizadas em lei. 
Parágrafo único. Não se consideram para os fins deste artigo as operações de credito por 
antecipação da receita, as emissões de papel-moeda e outras entradas compensatórias, no 
ativo e passivo financeiros. 
Art. 4º A Lei de Orçamento compreenderá todas as despesas próprias dos órgãos do Governo 
e da administração centralizada, ou que, por intermédio deles se devam realizar, observado 
o disposto no artigo 2°. 
3.1. Cuidado com as exceções a esse princípio. Não esqueça que as receitas e despesas 
operacionais de algumas estatais, as chamadas não dependentes, e as receitas e despesa 
extraorçamentárias não estão no orçamento. 
3.2. Outro ponto importante está relacionado ao excesso de arrecadação. Lembre-se de que a 
receita arrecadada em valor superior à prevista não consititui exceção a esse princípio. 
4. O princípio da unidade está, também, previsto no art. 2º da Lei 4.320/64: 
 Art. 2° A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a 
evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos 
os princípios de unidade universalidade e anualidade. 
4.1. Você não pode deixar de estudar a relação entre o princípio da unidade e o da totalidade, ou 
seja, em sua concepção moderna, o princípio da unidade ganhou outra conotação com a 
Princípio da 
Exclusividade
Conceito
A lei orçamentária anual não conterá dispositivo
estranho à previsão da receita e à fixação da
despesa, não se incluindo na proibição a autorização
para abertura de créditos suplementares e
contratação de operações de crédito, ainda que por
antecipação de receita, nos termos da lei.
Exceções
Créditos 
Suplementares
Operações de Crédito, ainda 
que por Antecipação de 
Receita Orçamentária ARO
 
 
 
 
 
8 
22 
CF/88: que a lei orçamentária deve abranger todos os orçamentos previstos, ou seja, os 
orçamentos fiscal, da seguridade social e de investimentos das estatais. 
5. O princípio da anualidade está, também, previsto no art. 2º da Lei 4.320/64: 
Art. 2° A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar 
a política econômica financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princípios 
de unidade universalidade e anualidade. 
5.1. O princípio da anualidade está intimamente ligado ao exercício financeiro. Portanto, leia o 
art. 34 da Lei 4.320/64: 
Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil. 
5.2. Mais um ponto relevante para se lembrar do princípio da anualidade, está ligado aos créditos 
especiais e extraordinários abertos nos 4 últimos meses do exercício financeiro: 
Art. 167 (...) 
§ 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que 
forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses 
daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao 
orçamento do exercício financeiro subsequente. 
6. O princípio do orçamento bruto está previsto no art. 6º da Lei 4.320/64: 
Art. 6º Todas as receitas e despesas constarão da Lei de Orçamento pelos seus totais, vedadas 
quaisquer deduções. 
§ 1º As cotas de receitas que uma entidade pública deva transferir a outra incluir-se-ão, como 
despesa, no orçamento da entidade obrigada a transferência e, como receita, no orçamento 
da que as deva receber. 
6.1. Lembre-se que mesmo os recursos a serem transferidos em decorrência de transferências 
obrigatórias devem consta no orçamento do ente obrigado a transferir e do ente destinatário. 
7. O princípio da especificação, discriminação ou especialização está previsto no art. 5º da Lei 4.320/64: 
Art. 5º A Lei de Orçamento não consignará dotações globais destinadas a atender 
indiferentemente a despesas de pessoal, material, serviços de terceiros, transferências ou 
quaisquer outras, ressalvado o disposto no artigo 20 e seu parágrafo único. 
(...) 
Art. 15. Na Lei de Orçamento a discriminação da despesa far-se-á no mínimo por 
elementos. 
§ 1º Entende-se por elementos o desdobramento da despesa com pessoal, material, serviços,obras e outros meios de que se serve a administração pública para consecução dos seus fins. 
7.1. Veja que existem exceções a esse princípio. Portanto, é importante estudar essa exceção: 
Art. 20. Os investimentos serão discriminados na Lei de Orçamento segundo os projetos de 
obras e de outras aplicações. 
 
 
 
 
 
9 
22 
Parágrafo único. Os programas especiais de trabalho que, por sua natureza, não possam 
cumprir-se subordinadamente às normas gerais de execução da despesa poderão ser 
custeadas por dotações globais, classificadas entre as Despesas de Capital. 
7.2. Também encontramos o referido princípio da Lei de Responsabilidade Fiscal: 
Art. 5º (...) 
§ 4º É vedado consignar na lei orçamentária crédito com finalidade imprecisa ou com dotação 
ilimitada. 
7.3. Além dos programas especiais de trabalho, não se esqueça que a reserva de contingência 
também é uma exceção ao princípio da discriminação. 
8. O princípio da quantificação de créditos está contido na CF/88: 
Art. 167. São vedados: 
(...) 
VII – a concessão ou utilização de créditos ilimitados 
8.1. Esse princípio é reforçado pela regra constante no art. 59 da Lei 4.320/64: 
Art. 59. O empenho da despesa não poderá exceder o limite dos créditos concedidos 
9. O princípio do equilíbrio orçamentário é muito importante para as finanças. Ele está previsto na Lei de 
Responsabilidade Fiscal: 
Art. 4º A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2º do art. 165 da 
Constituição e: 
I – disporá também sobre: 
a) equilíbrio entre receitas e despesas. 
9.1. Cuidado para não confundir o equilíbrio orçamentário com equilíbrio fiscal ou resultado 
primário. São coisas distintas. 
10. O princípio da proibição do estorno ;e muito importante e está previsto na CF/88: 
Art. 167. São vedados: (...) 
VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de 
programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa; 
10.1. Lembre-se de que a essência desse princípio é a de que o administrador público não pode 
transpor, remanejar ou transferir recursos sem autorização. 
10.2. Ele também possui exceção prevista na Emenda Constitucional 85, que deve estar na ponta 
da língua: 
Art. 167 (...) 
§ 5º A transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de 
programação para outra poderão ser admitidos, no âmbito das atividades de ciência, 
tecnologia e inovação, com o objetivo de viabilizar os resultados de projetos restritos a essas 
 
 
 
 
 
10 
22 
funções, mediante ato do Poder Executivo, sem necessidade da prévia autorização legislativa 
prevista no inciso VI deste artigo. 
11. O princípio da não vinculação ou não afetação também é um dos campeões de prova. Ele está previsto 
na CF/88: 
Art. 167. São vedados: 
(...) 
IV – a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição 
do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação 
de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento 
do ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado, 
respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às 
operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o 
disposto no § 4º deste artigo. 
11.1. Não esqueça de que esse princípio está ligado diretamente à natureza jurídica do imposto, 
que é um tributo não contraprestacional. 
11.2. Cuidado: esse princípio, no Brasil, está relacionado apenas aos impostos, não se aplicando às 
demais receitas ou tributos. 
11.3. Ele também possui exceções que merecem atenção no seu estudo: 
 
Princípio da não 
vinculação
Conceito
É vedada a vinculação de receita de impostos a órgão
fundo ou despesa.
Exceções
Repartição constitucional das receitas
Manutenção do ensino
Oferecimento de garantia ou contragarantia à União e 
para pagamento de débitos para com esta
Implementação da saúde
Realização de atividades da administração tributária
Fundos de Combate e Erradicação da Pobreza
Programas de apoio à inclusão e promoção social, até 
cinco décimos por cento de sua receita tributária líquida
Fundo estadual de fomento à cultura, até cinco décimos 
por cento de sua receita tributária líquida
 
 
 
 
 
11 
22 
12. Ainda temos o princípio da publicidade e da transparência. 
12.1. Publicidade e transparência não se confundem. A publicidade é condição necessária para a 
transparência. 
12.2. Enquanto a publicidade necessita da publicação em documentos oficiais, a transparência 
exige que todos os atos de entidades públicas devem ir além da publicidade formal 
(publicação dos atos em meios oficiais), pois determina ampla prestação de contas em 
diversos meios. 
12.3. A LRF exige ampla divulgação, inclusive em meio eletrônico, dos instrumentos de 
planejamento e orçamento, da prestação de contas e de diversos relatórios e anexos: 
Art. 48. São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada ampla 
divulgação, inclusive em meios eletrônicos de acesso público: os planos, orçamentos e leis de 
diretrizes orçamentárias; as prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório 
Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as versões simplificadas 
desses documentos. 
§ 1º A transparência será assegurada também mediante: 
 I – incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante os 
processos de elaboração e discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos; 
 II – liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, 
de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em meios 
eletrônicos de acesso público; 
 II - liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, 
de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em meios 
eletrônicos de acesso público; 
 III – adoção de sistema integrado de administração financeira e controle, que atenda a 
padrão mínimo de qualidade estabelecido pelo Poder Executivo da União e ao disposto no art. 
48-A 
13. O princípio da programação é um princípio doutrinário, portanto cuidado na prova quanto à sua previsão 
lega. 
13.1. O orçamento deve expressar as realizações e objetivos de forma programada, planejada, 
vinculando as normas orçamentárias à consecução e à finalidade do plano plurianual e aos 
programas nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento. 
14. O princípio da uniformidade ou consistência dispõe que o orçamento deve manter uma mínima 
padronização ou uniformidade na apresentação de seus dados, de forma a permitir que os usuários 
realizem comparações entre os diversos períodos. 
15. O princípio da clareza dispõe que o orçamento deve ser expresso de forma clara, ordenada e completa. 
Embora diga respeito ao caráter formal, tem grande importância para tornar o orçamento um 
instrumento eficiente de governo e administração. 
16. Por último o princípio da unidade de tesouraria ou unidade de caixa está previsto na Lei 4.320/64: 
 
 
 
 
 
12 
22 
Art. 56. O recolhimento de todas as receitas far-se-á em estrita observância ao princípio de 
unidade de tesouraria, vedada qualquer fragmentação para criação de caixas especiais. 
QUESTÕES ESTRATÉGICAS 
PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS 
1) (CESPE – Auditor de Controle Interno – CGE/CE – 2019) A lei orçamentária anual (LOA) estabelece a 
previsão de receitas, idealizada a partir de parâmetros históricos associados a outros fatores, e também a 
fixação de despesas para o período relativo a um exercício financeiro, sendo vetada a inclusão de matéria 
diversa. Essa exigência decorre do princípio orçamentário da 
a) exclusividade. 
b) legalidade. 
c) não afetação da receita.d) discriminação. 
e) unidade. 
 
Gabarito: letra A 
O princípio da exclusividade veda a inclusão de matéria estranha à previsão da receita e fixação da despesa, 
evitando as chamadas caudas orçamentárias e os orçamentos rabilongos. 
b) Errado. O princípio da legalidade obriga que o orçamento seja uma lei em sentido formal, não podendo 
realizar despesa que não esteja fixado em seu texto ou em créditos adicionais. 
c) Errado. O princípio da não afetação veda a vinculação de receita de imposto a órgão, fundo ou despesa 
em razão da natureza não contraprestacional desse tributo. Admite exceções previstas na própria Constituição 
Federal. 
d) Errado. O princípio da discriminação veda a inclusão de dotação genérica no orçamento, obrigado o seu 
detalhamento no mínimo por elemento. Admite como exceção a reserva de contingência e os programas 
especiais de trabalho classificados como despesa de capital. 
e) Errado. O princípio da unidade veda a existência de orçamentos paralelos no âmbito de cada ente da 
federação, determinando que haja apenas uma peça orçamentária que contemplo todos os órgãos e 
entidades. 
2) (CESPE – Auditor de Controle Interno – CGM/JP – 2018) Para ser considerada princípio orçamentário, 
a regra deve estar expressamente prevista na Constituição Federal de 1988. 
 
 
 
 
 
 
13 
22 
Gabarito: Errado 
Não mesmo. Existem princípios na legislação infraconstitucional, além de princípios doutrinários, como o da 
programação. 
3) (CESPE – Auditor de Contas Públicas – TCE/PE – 2017) Dado o princípio da anualidade orçamentária, 
os orçamentos públicos das diversas esferas de governo devem ter vigência de um exercício financeiro e 
coincidir com o ano civil. 
 
Gabarito: Errado 
Aqui temos um problema. O princípio da anualidade obriga que o orçamento seja válido por um período de 
tempo chamado de exercício financeiro. Atualmente esse exercício financeiro coincide com o ano civil, conforme 
prevê o art. 34 da Lei 4.320/64. 
De forma genérica (sentido amplo), realmente está errado, uma vez quer nem sempre o exercício financeiro 
vai coincidir com o ano civil, apesar de coincidir atualmente. 
De outro lado, como a regra vigente determina que coincida com o ano civil, poderíamos marcar o item como 
correto e tentar um recurso. O grande problema é que a banca não especificou se era ou não em sentido 
amplo, o que pode gerar ambiguidade na resolução da questão e complicar o candidato. De qualquer forma 
esse foi o gabarito oficial da banca após os recursos. 
4) (CESPE – Auditor de Contas Públicas – TCE/PE – 2017) Em observância ao princípio da universalidade 
orçamentária, devem estar reunidos no orçamento estadual todos os recursos que um estado-membro esteja 
autorizado a arrecadar e todas as dotações necessárias ao custeio de serviços públicos estaduais. 
 
Gabarito: Certo 
O princípio da universalidade obriga que todas as receitas e despesas de uma entidade devem constar no 
orçamento. Dessa forma é possível conhecer a priori todas as receitas e destinações dos recursos geridos pelo 
poder público. 
5) (CESPE – Analista de Controle Externo – TCE/PE – 2017) De acordo com o princípio orçamentário da 
não afetação — que, no Brasil, é aplicável somente às receitas de impostos —, as receitas públicas não podem 
estar vinculadas a qualquer tipo de despesa pública. 
 
Gabarito: Certo 
Aqui temos outra boa questão. Veja que a banca nos induz a pensar no princípio da não afetação em sentido 
amplo. Nesse sentido, o ideal é que nenhuma receita fosse vinculada, dando liberdade para a alocação de 
recursos pelo gestor público. 
 
 
 
 
 
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Porém, como a questão diz, no Brasil, esse princípio está atrelado apenas aos impostos, apesar das exceções 
constitucionais. Excelente item que nos mostra que o CESPE não é uma banca literal. 
6) (CESPE – Auditor – TCE/PR – 2016) Assinale a opção correta a respeito dos princípios orçamentários. 
a) O PPA segue o princípio da periodicidade e seu orçamento é definido bienalmente. 
b) Dado o princípio da exclusividade, cada ente da Federação deverá ter o seu próprio orçamento. 
c) O princípio da unidade visa evitar múltiplos orçamentos dentro da mesma pessoa política. 
d) De acordo com o princípio do orçamento bruto, as receitas devem constar no orçamento pelos seus totais, 
deduzindo-se destes somente os impostos. 
e) Dado o princípio da totalidade, o orçamento de cada estado deverá conter todas as receitas e despesas 
de seus órgãos mantidos pelo poder público. 
 
Gabarito: letra C 
O princípio da unidade veda a existência de orçamentos paralelos no âmbito de cada ente da federação, 
determinando que haja apenas uma peça orçamentária que contemplo todos os órgãos e entidades. 
a) Errado. O PPA, por ser um instrumento estratégico, não deve observar o princípio da anualidade sua 
vigência é de 4 anos. 
b) Errado. Dado o princípio da exclusividade unidade, cada ente da Federação deverá ter o seu próprio 
orçamento. 
d) Errado. De acordo com o princípio do orçamento bruto, as receitas devem constar no orçamento pelos seus 
totais, deduzindo-se destes somente os impostos vedada qualquer dedução. 
e) Errado. Dado o princípio da totalidade universalidade, o orçamento de cada estado deverá conter todas 
as receitas e despesas de seus órgãos mantidos pelo poder público. 
7) (CESPE – Auditor de Controle Externo – TCE/SC – 2016) O princípio orçamentário da uniformidade 
pode ser cumprido ainda que dois entes federativos classifiquem uma mesma despesa de formas diferentes. 
 
Gabarito: Certo 
O princípio da uniformidade ou consistência dispõe que o orçamento deve manter uma mínima padronização 
ou uniformidade na apresentação de seus dados, de forma a permitir que os usuários realizem comparações 
entre os diversos períodos. Portanto, mesmo que dois entes possuam classificações distintas, o princípio pode 
ser cumprido. 
8) (CESPE – Auditor de Controle Externo – TCE/SC – 2016) Apesar de os entes federados serem 
obrigados a elaborar um orçamento fiscal, um orçamento de investimento das empresas estatais e um 
orçamento da seguridade social, é correto afirmar que vigora no Brasil o princípio da unidade orçamentária. 
 
 
 
 
 
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Gabarito: Certo 
Essa é a concepção modera do princípio da unidade: a totalidade. A lei orçamentária deve abranger todos 
os orçamentos previstos, ou seja, os orçamentos fiscal, da seguridade social e de investimentos das estatais. 
9) (CESPE – Auditor de Controle Externo – TCE/PA – 2016) De acordo com o princípio da unidade 
orçamentária, a vigência do orçamento deverá ser limitada a um exercício financeiro. 
 
Gabarito: Errado 
A obrigatoriedade de o orçamento ser válido por um exercício financeiro corresponde ao princípio da 
anualidade ou periodicidade. O princípio da unidade veda a existências de múltiplos orçamentos dentro do 
mesmo ente, exigindo que exista apenas uma peça orçamentária. 
10) (CESPE – Auditor de Controle Externo – TCE/PA – 2016) De acordo com o princípio da exclusividade, 
autorizações para aberturas de créditos suplementares e contratações de operações de crédito, apesar de 
constituírem dispositivos estranhos à previsão de receitas e à fixação de despesas, podem constar da lei 
orçamentária anual (LOA). 
 
Gabarito: Certo 
Aqui temos as exceções ao princípio da exclusividade. De acordo com o art. 165, § 8º da CF/88, a lei 
orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se 
incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações 
de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei. 
11) (CESPE – Auditor de Controle Externo – TCE/PA – 2016) O princípio da universalidade do orçamento, 
consagrado nas constituições brasileiras, estabelece que o montante da despesa autorizada em cada exercício 
financeiro não poderá ser superior ao total de receitas estimadas parao mesmo período. 
 
Gabarito: Errado 
A questão misturou tudo. O princípio do equilíbrio orçamento obriga que o montante das despesas não pode 
ser superior ao montante da despesa. 
12) (CESPE – Auditor de Controle Externo – TC/DF – 2014) Atende ao princípio da unidade orçamentária 
a inclusão, na lei orçamentária, do orçamento de investimento de empresa em que a União detenha 
participação, ainda que sem direito a voto. 
 
Gabarito: Errado 
 
 
 
 
 
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No orçamento, devem constar as despesas das empresas cuja maioria do capital social com direito a voto 
pertença à União. 
13) (CESPE – Técnico em Administração Pública – TC/DF – 2014) Suponha que determinado município tenha 
instituído contribuição de melhoria sobre imóveis localizados próximos de obra pública concluída. Nessa 
situação, em respeito ao princípio da não vinculação, o município estará proibido de determinar a destinação 
do produto da arrecadação da referida contribuição ao atendimento de despesa pública específica. 
 
Gabarito: Errado 
A contribuição de melhoria não se confunde com imposto, embora sejam espécies de tributos. Portanto, pode 
haver vinculação da receita de contribuição de melhoria, o que não pode é vincular a receita de imposto, 
salvo exceções constitucionais. 
14) (CESPE – Técnico em Administração Pública – TC/DF – 2014) O princípio da universalidade está 
expresso no dispositivo constitucional que proíbe a concessão ou utilização de créditos ilimitados. 
 
Gabarito: Errado 
O princípio da universalidade está previsto no art. 2º da Lei 4.320/64. Já o princípio da quantificação de 
créditos, esse sim, está previsto na CF/88. 
15) (CESPE – Técnico em Administração Pública – TC/DF – 2014) A autorização orçamentária deve 
preceder a realização financeira da despesa, mas a realização financeira de determinada receita pode 
preceder sua autorização orçamentária. 
 
Gabarito: Certo 
No caso das despesas extraorçamentárias, temos a realização financeira da despesa antes ou mesmo sem a 
autorização orçamentária. Nesse caso o princípio da legalidade não seria ferido. 
QUESTIONÁRIO DE REVISÃO E APERFEIÇOAMENTO 
Perguntas 
1. Como o princípio da legalidade se aplica ao orçamento público? 
2. Conceitue o princípio da exclusividade e suas exceções? 
3. Qual a razão da existência do princípio da exclusividade? Quais suas exceções? 
4. O que é o princípio da universalidade? 
5. Qual a finalidade o princípio da universalidade? Ele possui exceções? 
 
 
 
 
 
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6. Qual a relação entre o princípio da unidade e da totalidade? 
7. O princípio da anualidade ou periodicidade está relacionado diretamente ao ano civil? 
8. Podemos afirmar que o princípio do orçamento bruto e da universalidade estão correlacionados? Por 
que? 
9. O princípio da especificação está relacionado a qual classificação da despesa? 
10. A existência de déficit fiscal fere o princípio do equilíbrio orçamentário? 
11. Qual a diferença entre estorno, remanejamento e transferência? 
12. O princípio da não afetação está relacionado a qual tributo? 
 
 
Perguntas com respostas 
1. Como o princípio da legalidade se aplica ao orçamento público? 
A legalidade é um princípio que, quando aplicado ao setor público, determina que o agente público deve agir 
conforme a lei, ou seja, podendo fazer o que ela determina ou autoriza. Quando aplicado ao orçamento 
público, as receitas podem ser arrecadadas e despesas executadas somente se estiverem previsão legal. 
2. Conceitue o princípio da exclusividade e suas exceções? 
A concepção básica é que o orçamento somente pode prever receita e fixar as despesas públicas. 
3. Qual a razão da existência do princípio da exclusividade? Quais suas exceções? 
Como possui regras diferenciadas para sua tramitação no Congresso Nacional, como prazo determinado para 
a sua apresentação ao Congresso Nacional, bem como prazo certo para aprovação, ele não pode ser utilizado 
como mecanismo de aprovação de outras matérias. 
Esse princípio foi instituído para evitar as chamadas caudas orçamentárias, ou seja, inclusão de matéria que 
não seja financeira, como a instituição de um tributo. Essa inclusão de matérias estranha no orçamento ficou 
conhecida como orçamento rabilongo. 
4. O que é o princípio da universalidade? 
A ideia central desse princípio é que o orçamento não pode deixar de fora nenhuma receita ou despesa, ou 
seja, deverá conter todas as receitas e despesas. 
5. Qual a finalidade o princípio da universalidade? Ele possui exceções? 
Esse princípio permite que se conheça antecipadamente todas as receitas que o Governo pretende 
arrecadar, bem como todos os gastos planejados. Outra concepção desse princípio está na ideia de que 
nenhum órgão ficará de fora do orçamento. 
Como exceção a esse princípio, apenas as receitas e despesas operacionais de algumas estatais, as chamadas 
não dependentes, e as receitas e despesa extraorçamentárias não estão no orçamento. 
 
 
 
 
 
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6. Qual a relação entre o princípio da unidade e da totalidade? 
Esse princípio determina que exista apenas um orçamento para cada um dos entes da federação, evitando 
orçamentos múltiplos e paralelos, dificultando o controle dos gastos públicos. Essa é a concepção clássica do 
princípio da unidade. 
Em sua concepção moderna, esse princípio ganhou outra conotação com a CF/88: que a lei orçamentária 
deve abranger todos os orçamentos previstos, ou seja, os orçamentos fiscal, da seguridade social e de 
investimentos das estatais. 
7. O princípio da anualidade ou periodicidade está relacionado diretamente ao ano civil? 
O princípio da anualidade, ou periodicidade como também é conhecido, determina que o orçamento seja 
válido por um determinado período de tempo, conhecido como exercício financeiro. 
De acordo com o art. 34º da Lei 4.320/64, o exercício financeiro coincidirá com o ano civil, ou seja, de 1º de 
janeiro a 31 de dezembro. É importante salientar que atualmente o exercício financeiro coincide com o ano 
civil, mas isso pode mudar. 
Vamos supor que uma lei complementar altere o texto da Lei 4.320/64 afirmando que o exercício financeiro 
passe a ter 18 meses. Diante dessa situação hipotética, o princípio da anualidade/periodicidade não deixa 
de existir. 
8. Podemos afirmar que o princípio do orçamento bruto e da universalidade estão correlacionados? Por 
que? 
O princípio do orçamento bruto veda que as despesas ou receitas sejam incluídas no orçamento ou em 
qualquer das espécies de créditos adicionais nos seus montantes líquidos. 
Como o princípio da universalidade obriga que todas as receitas e despesa devam constar no orçamento, o 
orçamento bruto vai além e determina que não pode constar em valor líquido. 
9. O princípio da especificação está relacionado a qual classificação da despesa? 
O princípio da especificação, discriminação ou especialização veda a inclusão de dotação global na LOA, ou 
seja, dotação genérica sem qualquer detalhamento de sua destinação. Além disso, a despesa deve estar 
detalhada no mínimo por elementos, portanto está relacionado à classificação por natureza da despesa. 
10. A existência de déficit fiscal fere o princípio do equilíbrio orçamentário? 
O princípio do equilíbrio orçamentário busca equalizar o montante das despesas segundo a capacidade de 
pagamento do Governo. Portanto, segundo tal princípio, o montante das despesas não pode ser superior ao 
montante das receitas. 
Mas aí você pode perguntar: mas e os déficits públicos acumulados nos últimos anos? Como fica o princípio 
do equilíbrio orçamentário? 
Você deve entender que, quando um telejornal apresenta uma notícia de que o ano de 201X apresentou um 
déficit primário de xx bilhões, o referido resultado considerou apenas as receitas e despesas que não são 
com juros ou empréstimos. Se formos levar tal entendimento para a economia doméstica, o resultado 
primário seria as receitas menos despesas “normais” como aluguel, água, luz, alimentação. Se omontante 
 
 
 
 
 
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dessas despesas for superior ao salário da família, ela deverá “pegar dinheiro emprestado” para cobrir, 
concorda? 
Então, mesmo diante de tal situação (fazendo empréstimo para pagar as contas), o orçamento estará 
equilibrado, uma vez que o total e despesas não é superior ao total de receitas. 
11. Qual a diferença entre estorno, remanejamento e transferência? 
Transposição é a destinação de recursos de um programa de trabalho para outro, por meio de realocações 
do ente público dentro do mesmo órgão. Por exemplo, se o administrador decidir ampliar a construção da 
sede da secretaria de obras realocando recursos da abertura de uma estrada, com ambos os projetos 
programados e incluídos no orçamento. 
Remanejamento é a destinação de recursos de um órgão para outro, por meio de realocações do ente 
público. Por exemplo, a Administração pode realocar as atividades de um órgão extinto. 
Transferência é a destinação de recursos dentro do mesmo órgão e do mesmo programa de trabalho, por 
meio de realocações de recursos entre as categorias econômicas de despesas. Na transferência, as ações 
envolvidas permanecem em execução, por isso não se confunde com os créditos adicionais especiais, nos 
quais ocorre a implantação de uma despesa que não possuía dotação orçamentária. 
12. O princípio da não afetação está relacionado a qual tributo? 
O princípio da não vinculação de receitas afirma que nenhuma receita de impostos (cuidado para não 
confundir com tributo) poderá ser reservada ou comprometida para atender a certos e determinados gastos, 
salvo as determinações constitucionais. 
De acordo com o art. 16 do CTN, imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação 
independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. Essa definição deixa claro 
que a cobrança do imposto não depende de qualquer atividade ou serviço que o Estado preste à população. 
Por isso ele é conhecido como tributo não contraprestacional. 
Em virtude dessa característica marcante dos impostos, eles não podem ser vinculados a despesa, órgão ou 
fundo, devendo ser utilizados “livremente” pelo titular do Poder Executivo na programação orçamentária. 
 
 
 
 
 
 
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E aqui finalizamos nosso relatório de hoje. Segue a lista das questões comentadas no relatório e o gabarito. 
Bons estudos e aguardo você! 
 
 Prof. Vinícius Nascimento 
 @proviniciusnascimento 
 prof. vinícius.nascimento@gmail.com 
 
 
 
 
 
 
 
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LISTA DE QUESTÕES ESTRATÉGICAS 
1) (CESPE – Auditor de Controle Interno – CGE/CE – 2019) A lei orçamentária anual (LOA) estabelece a 
previsão de receitas, idealizada a partir de parâmetros históricos associados a outros fatores, e também a 
fixação de despesas para o período relativo a um exercício financeiro, sendo vetada a inclusão de matéria 
diversa. Essa exigência decorre do princípio orçamentário da 
a) exclusividade. 
b) legalidade. 
c) não afetação da receita. 
d) discriminação. 
e) unidade. 
2) (CESPE – Auditor de Controle Interno – CGM/JP – 2018) Para ser considerada princípio orçamentário, 
a regra deve estar expressamente prevista na Constituição Federal de 1988. 
3) (CESPE – Auditor de Contas Públicas – TCE/PE – 2017) Dado o princípio da anualidade orçamentária, 
os orçamentos públicos das diversas esferas de governo devem ter vigência de um exercício financeiro e 
coincidir com o ano civil. 
4) (CESPE – Auditor de Contas Públicas – TCE/PE – 2017) Em observância ao princípio da universalidade 
orçamentária, devem estar reunidos no orçamento estadual todos os recursos que um estado-membro esteja 
autorizado a arrecadar e todas as dotações necessárias ao custeio de serviços públicos estaduais. 
5) (CESPE – Analista de Controle Externo – TCE/PE – 2017) De acordo com o princípio orçamentário da 
não afetação — que, no Brasil, é aplicável somente às receitas de impostos —, as receitas públicas não podem 
estar vinculadas a qualquer tipo de despesa pública. 
6) (CESPE – Auditor – TCE/PR – 2016) Assinale a opção correta a respeito dos princípios orçamentários. 
a) O PPA segue o princípio da periodicidade e seu orçamento é definido bienalmente. 
b) Dado o princípio da exclusividade, cada ente da Federação deverá ter o seu próprio orçamento. 
c) O princípio da unidade visa evitar múltiplos orçamentos dentro da mesma pessoa política. 
d) De acordo com o princípio do orçamento bruto, as receitas devem constar no orçamento pelos seus totais, 
deduzindo-se destes somente os impostos. 
e) Dado o princípio da totalidade, o orçamento de cada estado deverá conter todas as receitas e despesas 
de seus órgãos mantidos pelo poder público. 
7) (CESPE – Auditor de Controle Externo – TCE/SC – 2016) O princípio orçamentário da uniformidade 
pode ser cumprido ainda que dois entes federativos classifiquem uma mesma despesa de formas diferentes. 
 
 
 
 
 
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22 
8) (CESPE – Auditor de Controle Externo – TCE/SC – 2016) Apesar de os entes federados serem 
obrigados a elaborar um orçamento fiscal, um orçamento de investimento das empresas estatais e um 
orçamento da seguridade social, é correto afirmar que vigora no Brasil o princípio da unidade orçamentária. 
9) (CESPE – Auditor de Controle Externo – TCE/PA – 2016) De acordo com o princípio da unidade 
orçamentária, a vigência do orçamento deverá ser limitada a um exercício financeiro. 
10) (CESPE – Auditor de Controle Externo – TCE/PA – 2016) De acordo com o princípio da exclusividade, 
autorizações para aberturas de créditos suplementares e contratações de operações de crédito, apesar de 
constituírem dispositivos estranhos à previsão de receitas e à fixação de despesas, podem constar da lei 
orçamentária anual (LOA). 
11) (CESPE – Auditor de Controle Externo – TCE/PA – 2016) O princípio da universalidade do orçamento, 
consagrado nas constituições brasileiras, estabelece que o montante da despesa autorizada em cada exercício 
financeiro não poderá ser superior ao total de receitas estimadas para o mesmo período. 
12) (CESPE – Auditor de Controle Externo – TC/DF – 2014) Atende ao princípio da unidade orçamentária 
a inclusão, na lei orçamentária, do orçamento de investimento de empresa em que a União detenha 
participação, ainda que sem direito a voto. 
13) (CESPE – Técnico em Administração Pública – TC/DF – 2014) Suponha que determinado município tenha 
instituído contribuição de melhoria sobre imóveis localizados próximos de obra pública concluída. Nessa 
situação, em respeito ao princípio da não vinculação, o município estará proibido de determinar a destinação 
do produto da arrecadação da referida contribuição ao atendimento de despesa pública específica. 
14) (CESPE – Técnico em Administração Pública – TC/DF – 2014) O princípio da universalidade está 
expresso no dispositivo constitucional que proíbe a concessão ou utilização de créditos ilimitados. 
15) (CESPE – Técnico em Administração Pública – TC/DF – 2014) A autorização orçamentária deve 
preceder a realização financeira da despesa, mas a realização financeira de determinada receita pode 
preceder sua autorização orçamentária. 
 
Gabarito 
1) A 2) E 3) E 4) C 
5) C 
6) C 7) C 8) C 9) E 
10) C 
11) E 12) E 13) E 14) E 
15) C

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