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BPF Boas Práticas de Fabricação Conceito Conjunto de medidas que devem ser adotadas pelas indústrias de alimentos e pelos serviços de alimentação, a fim de garantir a qualidade sanitária e a conformidade dos alimentos com os regulamentos técnicos. Compete aos Serviços de Vigilância Sanitária Estaduais e Municipais o estabelecimento de normas complementares. Importância • Um BPF bem realizado diminui o risco de alimentos contaminados, que são nocivos à saúde do consumidor; • Essa contaminação pode ocorrer em qualquer parte do processamento, por isso torna-se importante o controle em todas as etapas; • A produção da ração animal e a origem de todos seus insumos faz parte da cadeia produtiva de alimentos do campo à mesa. Legislações A legislação sanitária federal regulamenta essas medidas em caráter geral, aplicável a todo o tipo de indústria de alimentos e serviço de alimentação, e também específico, voltadas às indústrias que processam determinadas categorias de alimentos. Legislações Gerais IN no 4/2007 7. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRÕES (POP) a) Qualificação de fornecedores e controle de matérias primas e de embalagens; b) Limpeza/Higienização de instalações, equipamentos e utensílios; c) Higiene e saúde do pessoal; d) Potabilidade da água e higienização de reservatório; Legislações Gerais IN no 4/2007 7. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRÕES (POP) e) Prevenção de contaminação cruzada; f) Manutenção e calibração de equipamentos e instrumentos; g) Controle integrado de pragas; h) Controle de resíduos e efluentes; i) Programa de rastreabilidade e recolhimento de produtos (Recall). Legislações Gerais RDC no 275/2002 Essa resolução foi desenvolvida com o propósito de atualizar a legislação geral, introduzindo o controle contínuo das BPF e os Procedimentos Operacionais Padronizados, além de promover a harmonização das ações de inspeção sanitária por meio de instrumento genérico de verificação das BPF. Portanto, é ato normativo complementar à Portaria SVS/MS no 326/97. Legislações Gerais Portaria SVS/MS no 326, de 30 de julho de 1997 Baseada no Código Internacional Recomendado de Práticas: Princípios Gerais de Higiene dos Alimentos CAC/VOL. A, Ed. 2 (1985), do Codex Alimentarius, e harmonizada no Mercosul, essa Portaria estabelece os requisitos gerais sobre as condições higiênico-sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação (BPF) para estabelecimentos produtores/industrializadores de alimentos. Legislações Gerais Portaria MS no 1.428, de 26 de novembro de 1993 Precursora na regulamentação desse tema, essa Portaria dispõe, entre outras matérias, sobre as diretrizes para o estabelecimento de Boas Práticas de Produção e Prestação de Serviços na área de alimentos. Legislações Específicas LEI No 6.198, DE 26 DE DEZEMBRO DE 1974 Dispõe sobre a Inspeção e a Fiscalização Obrigatórias dos Produtos Destinados à Alimentação Animal, e dá outras Providências. DECRETO No 6.296, DE 11 DE DEZEMBRO DE 2007 Aprova o Regulamento da Lei no 6.198, de 26 de dezembro de 1974, que dispõe sobre a inspeção e a fiscalização obrigatórias dos produtos destinados à alimentação animal, dá nova redação aos Arts. 25 e 56 do Anexo ao Decreto no 5.053, de 22 de abril de 2004, e dá outras providências. Onde encontro Onde encontro Check-List • Consiste em uma lista de verificação de etapas; • Aborda tudo que a legislação dispõe como boas práticas de fabricação. Podemos citar: ambiente, higiene, matérias primas, processos de fabricação e produto final. Check-List Avaliação em CINCO categorias e seus respectivos subitens: 1. AVALIAÇÃO DE EDIFICAÇÕES E INSTALAÇÕES; 2. EQUIPAMENTOS E UTENSÍLIOS; 3. PROGRAMA DE TREINAMENTO DE FUNCIONÁRIOS; 4. POP. • Notificada em S (sim), N (não conforme) ou NA (não se aplica). CONTROLE DE QUALIDADE ALIMENTAR • Conhecer princípios do Codex Alimentarius; • Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC); • Implantar BPF (Boas Práticas de Fabricação); • Conhecer as DTA’s; • Treinamentos educativos aos manipuladores. Fatores que influenciam no processamento • Princípios científicos e técnicos; • Controles legais em todas as etapas; • Cada produto exige métodos de processamento específicos. Indústria de Alimentos e Segurança Alimentar Indústria de alimentos é um conjunto de atividades industriais em que se preparam, normalmente em quantidades que devem ser comercializadas, alimentos ou ingredientes para a preparação de alimentos. Problemas Relacionados à Segurança dos Alimentos • Doenças Transmitidas por Alimentos (DTA’s); • Perigos; • Riscos. DTA’s Doenças Transmitidas por Alimentos (DTA) são aquelas causadas pela ingestão de alimentos e/ou água contaminados. Existem mais de 250 tipos de DTA no mundo, sendo que a maioria delas são infecções causadas por bactérias e suas toxinas, vírus e outros parasitas. DTA’s A ocorrência de DTA relaciona-se com diversos fatores, como: condições de saneamento e qualidade da água para consumo humano impróprios; práticas inadequadas de higiene pessoal e consumo de alimentos contaminados. Os principais causadores das doenças transmitidas por alimentos são: ● Salmonella; ● Escherichia coli; ● Staphylococcus aureus; ● Coliformes; ● Bacillus cereus; ● Rotavírus; ● Norovírus. Como as doenças transmitidas por alimentos (DTA) podem ter várias causas, não há um quadro clínico específico. No entanto, os sintomas mais comuns são: ● náuseas; ● vômitos; ● dores abdominais; ● diarreia; ● falta de apetite; ● febre. = MENU GI I ENU MATO GROSSO DO SUL @ MORENA Cerca de 1,1 mil cabeças de gado morrem por suspeita de botulismo em fazenda de MS lagro suspeita que gado tenha se intoxicado ao consumir ração úmida embolorada. Por Anderson Viegas, G1 MS 08/08/2017 11h06 - Atualizado 0 Nuquali o quali 0 Perigos Os perigos (ou fatores de risco) podem ser de três categorias: químicos, microbiológicos e físicos. • Químicos: resíduos de pesticidas, drogas, ou aditivos; • Microbiológicos: salmonella, enterobactérias, fungos; • Físicos: resíduos de material de embalagens, vidro, pedras, metais e plásticos. Perigos Uma vez que os perigos foram definidos, deve-se estabelecer se há necessidade de controle e quais medidas serão necessárias. As medidas são estabelecidas por: medida de controle específica, medida geral e medida periódica. Matérias primas Ingredientes Transporte Processamento Transporte de Alimentos Perda de qualidade Toxiinfecções alimentares agudas, crónicas PERIGOS BIOLOGICOS. QUÍMICOS e FÍSICOS Armazenamento de alimentos Obitos Consumo Transporte Comercialização Transporte Nuquali D a Riscos • Função da probabilidade de ocorrência de um efeito adverso à saúde e a severidade deste efeito, quando há exposição a um perigo específico; • ISO 31000:2018 – Guia para a Gestão de Risco; • ISO 22000 - Mentalidade de riscos (segurança dos alimentos). Segurança dos Alimentos Segurança dos Alimentos indica que o alimento não causará dano ao consumidor quando preparado e/ou consumido de acordo com o uso pretendido. Inocuidade dos Alimentos (Food Safety) • Alimento seguro para venda e ingestão do consumidor, sem causar danos à sua segurança e saúde; • A ideia do Food Safety é proteger os produtos alimentícios de contaminação por agentes passíveis de ocorrer na cadeia de produção. Ex.: Salmonella, E. Coli, Listeria. Contaminação AcidentalSegurança Alimentar (Food Security) Acesso da população a um alimento inócuo (seguro) e com valor nutritivo adequado para satisfazer às exigências alimentares (saciar a fome e nutrir). • disponibilidade; • continuidade; • quantidade adequada; • preço acessível. Direito por Alimento Proteção dos Alimentos (Food Defense) Padrões, requisitos críticos e medidas de proteção que devem estar bem implementados para assegurar a produção dos alimentos quanto à proteção da contaminação intencional e maliciosa, sabotagem, bioterrorismo e outros pontos de vulnerabilidade às organizações. Contaminação Intencional Proteção dos Alimentos (Food Defense) Para evitar qualquer contaminação intencional: Conheça Seus fornecedores Seus meios de Seu processo transporte As pessoas Seu fornecimento de água As Operações de Seu perímetro Segurança Sua marca Seus clientes A si mesmo Fraude Alimentar (Food Fraud) Fraude alimentar realizada de forma deliberada com a motivação de um ganho econômico. Engana o cliente adulterando o produto por meio de substituição, adição, falsificação, informações falsas e enganosas. Higiene Pessoal e EPI’S ● Treinamento sobre higiene pessoal para os funcionários; ● Uso de uniforme adequado; ● Evitar comer, tossir e fumar na área de manipulação de alimentos; Higiene Pessoal e EPI’s • Exames médicos e laboratoriais dos colaboradores; • Uso de EPI’s em estado adequado de conservação e higiene. Higiene do Ambiente Pisos e paredes: ● O piso deve ser lavado após o término dos intervalos, porém mesmo durante o processo o ambiente deve estar organizado; ● A limpeza e o enxágue deve ser iniciada pelos locais mais altos (1) e só depois ser feita no piso (2); ● Após o enxágue, o piso deve ser desinfetado com solução clorada. ENXAGUE LIMPEZA COM ALCALINO ENXAGUE "а" коятлар маса HTS ENXAGUE SANITIZAÇÃO ENXAGUE LIMPEZA COM ÁCIDO Nuquali o Ambiente Adequado Segundo a IN 4/2007: Manejo de resíduos: - O local destinado para lixo e resíduos não aproveitáveis deve ser isolado da área de produção; - Os POP referentes ao controle de resíduos e efluentes devem discriminar o responsável pelo destino dos resíduos além dos itens obrigatórios de um POP. Equipamentos • Devem ser desenhados, construídos e instalados de modo a permitir uma fácil e completa limpeza, desinfecção e lubrificação; • Devem ser mantidos em bom estado de conservação; • Considerando o sequenciamento da produção, o estabelecimento deverá empregar procedimentos de limpeza dos equipamentos que garantam a inocuidade do produto. Equipamentos • Os materiais usados nos equipamentos devem ser inertes; • Não devem conter pontos mortos, partes soltas ou que possam se desprender com facilidade ou possuir matérias absorventes. Equipamentos Equipamentos que necessitam de lubrificação periódica ou constantemente devem possuir proteção adequada para evitar a queda acidental do lubrificante, levando então à contaminação. CONTROLE DE QUALIDADE EM ALIMENTOS • Avaliar processos; • Detectar riscos; • Implantar soluções viáveis; • Ajustes e feedback. Moagem O produto resultante do processo deve ser uniforme, não devendo permitir segregação quando em mistura com outros ingredientes. Fatores críticos: • Manutenção do moinho; • Teor de umidade do produto a ser moído; • Ajuste das peneiras; • Ajuste da rotação e distância entre peneira e martelete (SILVA, 1998). Dúvidas? Obrigado!
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