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Normas profissionais de auditoriafinal

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15
	Dércia Alda Marcos
Erica Justino
Fernanda Sultane
Gino Francisco
Silva Mondlhane
Vânia Mhula
Zélia Djedje
		
Normas para Pratica Profissional de Auditoria Interna
Licenciatura em Gestão de Empresas
3o Ano – Laboral
Universidade Pedagógica de Maputo
Maputo, Setembro
2019
	
Dércia Alda Marcos
Erica Justino
Fernanda Sultane
Gino Francisco
Silva Mondlhane
Vânia Mhul
Zélia Djedje
Normas para a pratica profissional de auditoria interna
 (
Trabalho de pesquisa feito no âmbito da
 Cadeira de Auditoria Financeira
, 3
o 
Ano – Regular a ser entregue no Departamento de Economia e Gestão, para efeitos de avaliação.
)
 Supervisor:
 Dra. Delfina da Silva Magalo
Universidade Pedagógica de Maputo
		Maputo, Setembro
2019
Índice
I.	Introdução	3
II.	Objectivo	3
2.1.	Objectivo geral	3
2.2.	Específicos	3
III.	Conceito de auditoria	4
IV.	Introdução às normas profissionais de auditoria	4
4.1.	Normas profissionais do auditor interno	4
4.1.1.	Competência técnico-profissional	4
4.1.2.	Autonomia profissional	5
4.1.3.	Responsabilidade do auditor interno na execução dos trabalhos	5
4.1.4.	Relacionamento com profissionais de outras áreas	5
4.1.6.	Cooperação com o auditor independente	5
4.2.	Normas profissionais do auditor externo independente	6
4.2.1.	Competência técnico-profissional	6
4.2.2.	Independência	7
4.2.3.	Responsabilidade do auditor na execução dos trabalhos	8
V.	Normas de auditoria	13
VI.	Controlo de qualidade e supervisão da profissão	14
VII.	A ética e deontologia profissional	14
7.1.	Ética	14
VIII.	Necessidade da ética profissional	15
IX.	Opções e dilemas éticos	16
X.	Conclusão	17
XI.	Bibliografia	18
Introdução
A auditoria interna surge para desenvolver soluções, instrumentos e modelos para que proporcionam mais eficiência e eficácia na gestão e tem como papel avaliar o processo de gestão. Para a prática da auditoria a que ter em conta as normas profissionais, normas estas que todos os auditores devem pautar no exercício da sua actividade. As normas profissionais representam as condições mínimas necessárias a serem observadas pelos auditores no desenvolvimento de seus serviços. O presente trabalho de pesquisa vai abordar de forma resumida as normas para a prática de auditoria interna, e a ética e deontologia profissional.
Objectivo
1.1. Objectivo geral
· Enumerar e descrever as normas para a prática da auditoria interna.
1.2. Específicos
· Indicar as normas do auditor interno
· Descrever os princípios da ética na auditoria
· Enumerar e descrever as necessidades da ética profissional
Conceito de auditoria
Auditoria Interna é uma actividade independente de avaliação e de consultoria que tem como objectivo acrescentar valor e melhorar as operações de uma organização. Ela pretende ajudar a organização na prossecução dos seus objectivos através de uma abordagem sistemática e disciplinada na avaliação da eficácia da gestão de risco.
Introdução às normas profissionais de auditoria
No exercício de suas funções, o auditor deve observar determinadas normas profissionais estabelecidas e aprovadas pelas entidades responsáveis pela regulamentação e fiscalização da actividade.
As normas profissionais representam as condições mínimas necessárias a serem observadas pelos auditores no desenvolvimento de seus serviços e são divididas em três partes:
· Normas relativas à pessoa do auditor;
· Normas relativas à execução do trabalho;
· Normas relativas ao parecer do auditor externo independente.
1.3. Normas profissionais do auditor interno 
· Competência técnico profissional;
· Autonomia profissional;
· Responsabilidade do auditor interno na execução dos trabalhos;
· Relacionamento com profissionais de outras áreas;
· Sigilo;
· Cooperação com o auditor independente.
1.3.1. Competência técnico-profissional
“O contador, na função de auditor interno deve manter seu nível de competência profissional pelo conhecimento actualizado das normas brasileiros de contabilidade, das técnicas contáveis, especialmente na área de auditoria, da legislação inerente à profissão, dos conceitos e técnicas administrativas e da legislação aplicável à entidade.”
1.3.2. Autonomia profissional 
“O auditor interno, não obstante sua posição funcional, deve preservar sua autonomia profissional.”
1.3.3. Responsabilidade do auditor interno na execução dos trabalhos
O auditor interno deve ter o máximo de cuidado, imparcialidade e zelo na realização dos trabalhos e na exposição das conclusões.
A amplitude do trabalho do auditor interno e sua responsabilidade estão limitadas a sua área de actuação.
A utilização da equipe técnica supõe razoável segurança de que o trabalho venha a ser executado por pessoas com capacidade profissional e treinamento requeridos nas circunstâncias.
Cabe também ao auditor interno, quando solicitado, prestar assessoria ao conselho fiscal ou órgãos equivalentes.”
1.3.4. Relacionamento com profissionais de outras áreas
“O auditor interno pode realizar trabalhos de forma compartilhada com profissionais de outras áreas, situação em que a equipe fará a divisão de tarefa segundo a habitação técnica e legal de seus participantes.”
1.3.5. Sigilo
O auditor interno deve respeitar o sigilo relativamente às informações obtidas durante seu trabalho, não as divulgando para terceiros, sob nenhuma circunstância, sem autorização expressa da entidade em que actua.
O dever de manter o sigilo contínuo depois de terminado o vínculo empregatício ou contratual.
1.3.6. Cooperação com o auditor independente
“O auditor interno, quando previamente estabelecido com a administração da entidade em que actua, e no âmbito planeamento conjunto de trabalho a realizar, deve apresentar seus papéis de trabalho ao auditor independentes e entregar-lhe cópias, quando este entender necessário.”
1.4. Normas profissionais do auditor externo independente
· Competência técnicos profissional;
· Independência;
· Responsabilidade do auditor na execução dos trabalhos;
· Honorários;
· Guarda da documentação;
· Sigilo;
· Responsabilidade pela utilização do trabalho do auditor interno;
· Responsabilidade pela utilização de trabalhos de especialistas;
· Informações anuais aos conselhos regionais de contabilidade;
· Educação continuada;
· Exame de competência profissional.
1.4.1. Competência técnico-profissional 
O contador, na função de auditor independente, deve manter seu nível de competência profissional pelo conhecimento actualizado dos princípios fundamentais de contabilidade, das técnicas contábeis, especialmente na área de auditoria, da legislação inerte à profissão, dos conceitos e técnicas administrativas e da legislação específica aplicável à entidade auditada.
O auditor, para assumir a responsabilidade por uma auditoria das demonstrações contábeis, deve ter conhecimento da actividade da entidade auditada, de forma suficiente para que lhe seja possível identificar e compreender as transacções realizadas por ela e as práticas contábeis aplicadas, que possam ter efeitos relevantes sobre a posição patrimonial e financeira da entidade e o parecer a ser por ele emitido sobre as demonstrações contábeis.
Antes de aceitar o trabalho, o auditor deve obter conhecimento preliminar da actividade da entidade a ser auditada, mediante avaliação, com a administração, da estrutura organizacional, da complexidade das operações e do grau de exigência requerido para a realização do trabalho de auditoria, de modo a poder avaliar se está capacitado a assumir a responsabilidade pelo trabalho a ser realizado. Essa avaliação dever ficar evidenciada, de modo a ser comprovado o grau de prudência e zelo na contratação dos serviços. O auditor deve recusar os serviços sempre que reconhecer não estar adequadamente capacitado para desenvolvê-los, contemplada a utilização de especialistas noutras áreas, em face da especialização requerida e dos objectivos do contratante.1.4.2. Independência
O auditor deve ser independente, não podendo deixar-se influenciar por factores estranhos, por preconceitos ou quaisquer outros elementos materiais ou afectivos que resultem em perda, efectiva ou aparente, de sua independência.
Está impedido de executar trabalho de auditoria independente o auditor que tenha tido, no período a que se refere a auditoria ou durante a execução dos serviços, em relação a entidade auditada, sua coligada, controladas, controladoras ou integrantes do mesmo grupo económico:
· Vínculo conjugal ou de parentesco consanguíneo em linha recta, sem limites de grau, em linha colateral até o 3o grau e por afinidade até o 2o grau, com administradores, accionistas, sócios ou empregados que tenham ingerência em sua administração ou nos negócios ou sejam responsáveis por sua contabilidade;
· Relação de trabalho como empregado, administrador ou colaborador assalariado, ainda que esta relação tenha sido indirecta, nos dois últimos anos;
· Participação directa ou indirecta como accionista ou sócio;
· Interesse financeiro, directo, imediata, ou substancial interesse financeiro indirecto, compreendida a intermediação de negócios de qualquer tipo e a realização de empreendimentos conjuntos;
· Função ou cargo incompatível com a actividade de auditoria independente;
· Fixados honorários condicionais ou incompatíveis com a natureza do trabalho contratado; e 
· Qualquer outra situação de conflito de interesse no exercício de auditoria independente, na forma que vier a ser definida pelos órgãos reguladores e fiscalizadores.
O auditor deve recusar o trabalho ou renunciar à função na ocorrência de qualquer das hipóteses de conflitos de interesses previstos nos itens anteriores.
1.4.3. Responsabilidade do auditor na execução dos trabalhos
O auditor deve aplicar o máximo de cuidado e zelo na realização dos trabalhadores e na exposição de suas conclusões.
Ao opinar sobre as demonstrações contábeis não tem por objectivo precípuo a descoberta de fraudes. Todavia, o auditor independente deve considerar a possibilidade de sua ocorrência.
O exame das demonstrações contábeis não tem por objectivo precípuo a descoberta de fraudes. Todavia, o auditor independente deve considerar a possibilidade de sua ocorrência.
Quando eventuais distorções, por fraude ou erro afectam as demonstrações contábeis e forma relevante, cabe ao auditor independente, caso não tenha feito ressalva especifica em seu parecer, demonstrar, mediante a exibição de seus papeis de trabalho ao conselho federal de contabilidade e/ ou conselhos regionais de contabilidade, bem como aos órgãos reguladores e fiscalizadores de actividades especificas, que seus exames foram conduzidos de forma a atender às normas de auditoria independente das demonstrações contábeis e às presentes normas.
1.4.4. Honorários
O auditor deve estabelecer e documentar seus honorários mediante avaliação dos serviços, considerando os seguintes factores:
· Relevância, vulto, complexidade do serviço e custo de serviço a executar;
· Número de horas estimadas para a realização dos serviços;
· Peculiaridade de tratar-se de cliente eventual, habitual ou permanente;
· Qualificação técnica dos profissionais que irão participar da execução dos serviços;
· Lugar em que os serviços serão prestados, fixando, se for o caso, como serão cobrados os custos de viagens e estadas.
Os honorários deverão constar de carta proposta ou documento equivalente, elaborados antes do início da execução do trabalho que também contenha:
· A descrição dos serviços a serem realizados, inclusive referências às leis, regulamentos aplicáveis ao caso;
· O prazo estimado para realização dos serviços;
· Os relatórios a serem emitidos;
· As condições de pagamento dos honorários.
A inobservância de qualquer dos itens anteriores constitui infracção ao código de Ética do Contabilista.
1.4.5. Guarda da documentação 
O auditor, para fins de fiscalização do exercício profissional, deve conservar a boa guarda, pelo prazo de cinco anos, a partir da data de emissão de seu parecer, de toda a documentação, papéis de trabalho, relatórios e pareceres relacionados com os serviços realizados.
1.4.6. Sigilo
O sigilo profissional deve ser observado nas seguintes circunstâncias:
· Na relação entre o auditor e a entidade auditada;
· Na relação entre os auditores;
· Na relação entre os auditores e os organismos reguladores e fiscalizadores;
· Na relação entre o auditor e demais terceiros.
O auditor deve respeitar e assegurar o sigilo relativamente às informações obtidas durante seu trabalho na entidade auditada, não as divulgando, sob nenhuma circunstância, sem autorização expressa da entidade, salvo quando houver obrigação legal de fazê-lo.
Ele somente deverá divulgar a terceiros informações sobre a entidade auditada ou sobre o trabalho por ele realizado caso seja autorizado por escrito, pela administração da entidade, com poderes para tanto, e que contenha de forma clara e objectiva os limites das informações a serem fornecidas, sob pena de infringir o sigilo profissional.
O auditor, quando previamente autorizado, por escrito pela entidade auditada, deve fornecer as informações que forem julgadas necessárias ao trabalho do auditor independente que o suceder, as quais serviram de base para a emissão do último parecer de auditoria por ele emitido.
O auditor, desde que autorizado pela administração da entidade auditada, quando solicitado, por escrito fundamentadamente pelos órgãos reguladores e fiscalizadores de actividades específicas, quando o trabalho for realizado em entidades sujeitas a controle desses organismos, deve exibir as informações obtidas durante seu trabalho, incluindo a fase de pré-contração dos serviços, documentação, papéis de trabalho, relatórios e pareceres, de modo a demonstrar que o trabalho foi realizado de acordo com as normas e demais normas legais aplicáveis.
Os organismos profissionais assumirão a responsabilidade civil por perdas e danos que vierem a ser causados em decorrência da quebra de sigilo pelos profissionais por eles designados para o exame dos trabalhos desenvolvidos pelos auditores.
O dever de manter o sigilo prevalece:
· Para os auditores, mesmo após terminados os compromissos contratuais;
1.4.7. Responsabilidade pela utilização do trabalho do auditor interno
A responsabilidade do auditor não será modificada, mesmo quando o contador, na função de auditor interno, contribuir para a realização dos trabalhos.
1.4.8. Responsabilidade pela utilização de especialistas
O auditor pode utilizar especialistas legalmente habilitados como forma de contribuir para a realização de seu trabalho, mantendo integral sua responsabilidade profissional.
A responsabilidade do auditor fica restrita a sua competência profissional quando o especialista legalmente habilitado for contratado pela entidade auditada, sem vínculo laboral, para executar serviços que tenham efeitos relevantes nas demonstrações financeiras, quando tal facto for mencionado em seu parecer.
1.4.9. Informações anuais aos conselhos regionais de contabilidade 
O auditor deve enviar, até 30 de Junho de cada ano, ao conselho regional de contabilidade, na forma a ser regulamentada pelo conselho federal de contabilidade:
· As informações sobre seus clientes, cuja seja a da jurisdição do respectivo conselho e que o objectivo do trabalho seja a auditoria independente, realizado em demonstrações contábeis relativas ao exercício encerrado até o dia 31 de Dezembro do ano anterior;
· A relação dos nomes de seu pessoal técnico existente em 31 de Dezembro do ano anterior;
· A relação de seus clientes cujos honorários representam mais de 10% de seu facturamento anual, bem como os casos em que o facturamento de outros serviços prestados aos mesmos clientes de auditoria ultrapassarem, na média dos últimos três anos, os honorários dos serviços de auditoria.
Quando solicitado, o auditor deve disponibilizar e fornecer, no prazo de 40 dias, a relação de seus clientes e outras informações necessárias à fiscalização da actividade de auditoriaindependente.
As referidas relações de clientes devem identificar as companhias abertas, instituições financeiras e demais entidades autorizadas a funcionar pelo Banco Central, fundos de investimentos, entidades autorizadas a funcionar pela superintendência de seguros privados, administradoras de consórcio, entidades fechadas de previdência privada, empresas estatais, (estaduais e municipais), empresas públicas, sociedades por acções de capital fechado com mais de 100 accionistas e sociedades limitadas que tenham o controlo societário directo ou indirecto das entidades referidas neste item.
As informações prestadas aos conselhos regionais de contabilidade são resguardadas pelo sigilo, nos termos previstos nessas normas.
1.4.10. Educação continuada
O auditor independente, no exercício de sua actividade, deve comprovar a participação em programa de educação continuada, na forma a ser regulamentada pelo conselho federal de contabilidade.
1.4.11. Exame de competência profissional 
O auditor independente, para poder exercer sua actividade, deve submeter-se a exame de competência profissional, na forma regulamentada.
1.5. Qualificação do auditor para os tempos actuais
Em decorrência das profundas mudanças que estão ocorrendo nos processos produtivos e nas técnicas gerenciais e administrativas, as exigências para o exercício do cargo de auditor tornaram-se complexas e desafiadoras. Já não há espaço para o profissional do passado. Satisfeito apenas em cumprir as tarefas rotineiras.
Actualmente, os conhecimentos exigidos do auditor são:
· Contabilidade e finanças;
· Auditoria;
· Ciências do comportamento 
· Comunicações;
· Sistemas e equipamentos do computador;
· Economia;
· Aspectos legais de negócios;
· Processo administrativo;
· Métodos quantitativos;
· Sistemas e métodos.
Com base na implementação de programas de qualidade e na prática da “filosofia da excelência empresarial” que ocorreu em diversas organizações, mudou, no entanto, e bastante, o nível de conhecimento em áreas até então não muito familiares para o auditor as quais se citam:
· Processos informatizados da produção de bens e serviços;
· Tecnologia de produção;
· Automatização e robotização;
· Praticas comerciais e de negócios;
· Factores motivacionais etc.
Para enfrentar esses novos desafios, o auditor precisa dominar, além de tomados os requisitos anteriormente exigidos, novas habilidades, tais como: computação de dados, práticas internacionais de negócios, métodos quantitativos, além de tornar-se um profissional de fácil relacionamento e extremamente hábil para vender suas ideias e conceitos.
Ainda, devido à crescente globalização dos negócios, profundos contáveis na área do direito internacional são cada vez mais necessários.
Na empresa moderna, a tendência é o maior entrelaçamento entre os departamentos e as unidades de trabalho. As antigas barreiras e divisões entre sectores estanques tendem a desaparecer, com a introdução cada vez maior de trabalho em equipa.
Principalmente o auditor interno, em geral, encontra obstáculos para a execução de suas tarefas, operando em um ambiente de atritos com as demais áreas. Mais do que nunca, a habilidade para a eliminação desses atritos é de fundamental importância para a convivência e a própria sobrevivência da função nas empresas dos tempos actuais.
Ressalta-se também, como qualidade importante, a visão de negócios da empresa. Esse aspecto, de reconhecida preocupação por parte dos empresários, nem sempre tem merecido os devidos cuidados pela equipe de auditores. Trata-se, inquestionavelmente, de um atributo fundamental para a avaliação desse profissional.
Uma alta prioridade também é dada aos conhecimentos dos auditores sobre os negócios da companhia. O comité de auditoria deve olhar para indícios sobre como os auditores compreendem as operações da companhia. Eles estão familiarizados com a organização, a terminologia e o estilo gerencial da companhia? Tem seus comentários e recomendação real substancia? Seus registos de previsões e problemas manuseados evidenciam alto nível de experiência?
 Normas de auditoria 
Entende-se por normas de auditoria, as regras de natureza técnica que os auditores devem observar no exame às demonstrações financeiras de uma organização para que o nível qualitativo do seu trabalho possa ser reconhecido, no mínimo, como satisfatório, ou seja, ajudam a assegurar que as auditorias financeiras são conduzidas de uma maneira minuciosa e sistemática de modo a que o auditor possa chegar a conclusões fiáveis.
As normas de auditoria são de aplicação obrigatória e devem ser seguidas em todas as auditorias financeiras, independentemente da dimensão, do tipo, da forma e da finalidade da empresa. A obrigatoriedade do trabalho ser executado de acordo com as normas de auditoria está patente na secção do âmbito da certificação legal das contas, que estipula o seguinte:
“O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as normas técnicas e as directrizes de revisão/ auditoria da ordem dos revisores oficiais de contas...”
A importância das normas reflecte-se em todos os intervenientes no processo de uma auditoria, a saber:
· Na perspectiva dos profissionais são importantes no que toca à defesa da competência e diligencia, bem como no reforço da sua reputação profissional, o não cumprimento das normas de auditoria pode resultar em inquéritos do organismo que tutela a profissão de auditoria e em eventuais sanções disciplinares;
· Na óptica dos utilizadores da informação auditada são utilizadas como protecção, mesmo que não absoluta, dos seus interesses;
· Para a sociedade em geral as normas de auditoria são vistas como um instrumento de difusão do conhecimento actualizado da auditoria, contribuindo para a redução das diferenças de expectativas em auditoria.
Controlo de qualidade e supervisão da profissão 
O controlo de qualidade do trabalho efectuado pelo auditor reveste uma componente interna e uma componente externa. A primeira consiste no controlo de qualidade dentro da empresa de auditoria, ou seja o controlo, é efectuado por pares; a componente externa envolve o controlo de qualidade por parte dos organismos profissionais.
Trata-se de um assunto que tem merecido grande importância por força dos escândalos financeiros que ocorreram no princípio deste século e mais recentemente em virtude da crise financeira.
A ética e deontologia profissional
1.6. Ética
É o conjunto de regras absolutas as quais o sujeito deve responder, independentemente das consequências (Serafim & Bendassolli). E ética tem por objectivo o juízo de apreciação que distingue o bem do mal, o comportamento correcto e o incorrecto (Moreira & pestana)
É fundamental que os auditores tenham um conjunto de características pessoais bem definidas e estas abrangem o comportamento pessoas e moral isto e, uma cultura de valores éticos que leva os profissionais a actuar numa direcção considerada correcta por eles e pela sociedade.
Para que o trabalho dos auditores seja o correcto e verdadeiro os seus comportamentos deverão ser conduzidos por princípios éticos fundamentais da auditoria plasmados no código de ética, o código de ética tem como objectivo promover uma cultura ética na prática profissional da auditoria interna. Este subdividido em duas partes. A primeira parte diz respeito aos Princípios Básicos que definem os princípios éticos que estruturam a profissão de auditoria interna que são:
· Integridade: ser franco e honesto em todas as relações profissionais e empresariais,
· Objectividade: não permitir que prejuízos, conflito de interesses ou influência de terceiros prevaleçam sobre os juízos profissionais ou empresariais,
· Competência e diligência profissionais: manter o conhecimento e a atitude profissionais ao nível necessário para assegurar que o cliente ou a entidade para a qual trabalha recebam serviços profissionais competentes baseados nos últimos avanços da pratica da legislação,
· Confidencialidade; respeitar a confidencialidade da informação obtida como resultado de relações profissionais e empresariais,em consequência não revelar informação a terceiros em autorização adequada e especifica, salvo se existir um dever legal para o profissional o revelar. 
 Necessidade da ética profissional
A importância de uma conduta ética por parte do auditor deriva do reconhecimento que a sociedade tem em relação à profissão, em virtude das suas principais, exigências para à profissão e necessidade da confiança da sociedade.
Responsabilidade social: o papel do auditor é fornecer uma segurança aceitável de que as demonstrações financeiras apresentam uma imagem verdadeira e apropriada da posição financeira da empresa, servindo de ponte entre o agente e o principal. Neste contexto a independência surge como um pilar fundamental em auditoria.
 Complexidade das matérias abordadas: a grande maioria dos utilizadores da informação financeira não possui os conhecimentos necessários para saber interpretar as demonstrações financeiras. O emaranhado de legislação e de normas contabilísticas tornam a auditoria uma matéria difícil, requerendo uma permanente actualização por parte do auditor. À medida que a envolvente muda também as normas contabilísticas e de auditoria se alteram adaptando-se a essa mudança. 
Necessidade da confiança da sociedade: o requisito maior do trabalho do auditor é a credibilidade, sem a confiança dos utilizadores da informação financeira a função social do auditor é posta em causa. A confiança dos utilizadores da informação financeira na qualidade dos serviços de auditoria é reforçada quando a profissão encoraja os seus profissionais a seguirem elevados padrões de desempenho e de ética.
Exigências para a admissão a profissão: alguns dos requisitos para aceder a profissão são possuir uma licenciatura e realizar com aproveitamento o exame e o estágio de admissão a ordem, após admitidos o seu trabalho deve ser pautado pelo cumprimento das normas e regulamentos bem como do código de ética
Opções e dilemas éticos
Podemos definir um dilema ético como a decisão que qualquer pessoa enfrenta quando tem que ser efectuado um juízo sobre o comportamento a ter, um auditor enfrenta muitos dilemas éticos ao longo da sua carreira: manter ou não um cliente após ter descoberto comportamentos pouco éticos, emitir ou não um relatório com reservas sabendo que se o fizer corre o risco de perder o cliente, etc.
Quando os resultados das decisões têm maiores consequências, é utilizado um processo de decisão mais formal, que envolve 5 passos:
· Identificar o problema;
· Identificar as possíveis acções para o ultrapassar;
· Identificar quaisquer constrangimentos relacionados com as acções;
· Analisar os efeitos prováveis das acções;
· Decidir qual a melhor acção.
Conclusão
Em decorrência das profundas mudanças que estão ocorrendo nos processos produtivos e nas técnicas gerenciais e administrativas, as exigências para o exercício do cargo de auditor tornaram-se complexas e desafiadoras. Já não há espaço para o profissional do passado, satisfeito apenas em cumprir as tarefas rotineiras. Pode-se concluir que um bom auditor é aquele que obedece as normas a os princípios éticos da sua profissão.
Bibliografia
Almeida, B. (s.d.). Manual de Auditoria Financeira: uma analise integrada baseada no risco. Escolar Editora.
Magalhaes, A. d., Lunkes, I. C., & Muller, A. N. (2001). Auditoria das Organizações. Sao Paulo: Atlas Editora.
Oliveira, L. M., & Filho, A. D. (2001). Curso Basico de Auditoria. Sao paulo: Atlas Editora.

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