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VISAGISMO E MAQUIAGEM
CAPÍTULO 1 – O QUE O VISAGISMO 
PROPORCIONA NO ESTUDO DO ROSTO?
Rodrigo Banqueri Serra e Istevânia dos Santos Dantas
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Introdução
Você sabe o que é visagismo? É um conjunto de técnicas utilizado por diversos profissionais, tais como cirurgiões
plásticos, esteticistas, maquiadores, cabeleireiros e micropigmentadores, para valorizar e harmonizar as
principais características de seus pacientes/clientes. Esse conjunto de técnicas permite ao visagista revelar a
melhor versão de cada indivíduo, tanto no âmbito pessoal quanto no profissional.
Sabe por que, na atualidade, o estudo do visagismo é o mais procurado por profissionais que têm interesse em
trabalhar com imagem pessoal? Esse estudo aprimora a capacidade intelectual dos construtores estéticos e de
estilo pessoal e favorece no processo criativo e desenvolvimento de projetos de produção de imagem, o qual
confere segurança aos profissionais que atuam nessa área.
Por que o rosto é o principal foco de estudo do visagista? Porque no rosto o profissional extrai informações
físicas e emocionais que dão origem a um amplo e profundo estudo da personalidade de seus clientes. O rosto é o
alicerce do estudo que dá suporte ao desenvolvimento pleno da imagem pessoal.
Por ser considerado por muitos profissionais como uma arte, o visagismo requer expressão. Por isso, bons
visagistas têm um estilo próprio, porque ele também reflete uma visão de mundo, que é fruto de um conceito e
da observação reflexiva desse mundo. E, por estar trabalhando numa área artística, um visagista só poderá ser
considerado “bom” se for criativo. A maioria dos visagistas terá mais oportunidade de ser criativa no âmbito da
inovação, no entanto, sempre há espaço para os grandes criadores que revolucionaram o visagismo com suas
criações.
Neste capítulo, entre outros assuntos, você vai estudar a história do visagismo e a origem dessa palavra. Vai
conhecer seus precursores, suas aplicações e vai aprender que a beleza pode ser calculada! Sim, e para isso você
vai aprender a estudar o rosto. Vamos lá?
1.1 Você sabe de onde surgiu o visagismo?
Segundo Philip Hallawell (2010), a linguagem visual é um conjunto de signos e símbolos usados para se
comunicar visualmente com harmonia e senso de estética. Essa linguagem começou a ser desenvolvida no século
VI a.C. pelos gregos da Antiguidade – os primeiros a procurar meios para representar a realidade visual, já que
queriam mais do que as imagens simbólicas usadas nos ritos pelos egípcios.
Buscaram na matemática e na ciência o conhecimento para poder criar imagens proporcionais, como volume e
movimento, e descobriram os princípios da perspectiva, da harmonia e da estética, os quais vigoram até hoje.
Portanto, a linguagem visual não foi criada aleatoriamente, mas cientificamente (HALLAWELL, 2010).
O visagismo, em sua base, é o estudo do rosto ramificado para a imagem, a beleza e o equilíbrio estético. Este
VOCÊ QUER LER?
Entre as civilizações da época, a egípcia se destacou no que diz respeito à sua grandiosidade,
principalmente na área da estética. As descobertas feitas pelos egípcios contribuíram para a
elaboração de produtos que ainda hoje existem no mercado, como o lápis para contorno dos
olhos (KAMIZATO, 2014).
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O visagismo, em sua base, é o estudo do rosto ramificado para a imagem, a beleza e o equilíbrio estético. Este
conteúdo irá ensiná-lo a aplicar o visagismo à maquiagem social, de forma profissional. A seguir, você vai saber
como o visagismo surgiu e por quem ele foi criado.
1.1.1 Como surgiu o visagismo?
Segundo Hallawell (2010), os primeiros artistas europeus a utilizar os novos conhecimentos acerca de óptica e
perspectiva foram os italianos do Quattrocento, que transformaram a arte ocidental radicalmente. Logo depois,
os grandes artistas florentinos, como Leonardo da Vinci (1452-1519), Michelangelo Buonarroti (1475-1564) e
Rafael Sanzio (1483-1520) desenvolveram a arte do realismo significativamente, com novas descobertas sobre
anatomia e o uso da luz, da cor e da perspectiva. Pela primeira vez, o ser humano era capaz de criar imagens com
muito realismo, volume e profundidade.
Para o autor, o ensino do desenho não mudou muito até o século XX. A grande ruptura com o ensino acadêmico
ocorreu na Escola de Arte Bauhaus, na Alemanha, que implementou novos conhecimentos sobre a psicologia da
percepção visual e desenvolveu novas técnicas didáticas.
Pelas declarações e pelas fotografias do trabalho de Fernand Aubry, um profissional da beleza do século XX,
percebe-se que ele foi um dos primeiros a procurar criar uma imagem personalizada para seus clientes,
integrando e harmonizando o corte, o penteado e a maquiagem. Dessa forma, combateu a uniformização da
imagem, os padrões de beleza e as imposições de moda e tendências. Para isso, teve de considerar cada trabalho
como novo e único, sem soluções preconcebidas, consultando cada cliente para saber mais a seu respeito:
descobrir suas necessidades, preferências, estilo de vida, características físicas e personalidade. Aubry,
infelizmente, não deixou nenhuma obra publicada, mas seus discípulos e seguidores mantiveram vivo o conceito
ao longo dos últimos setenta anos (HALLAWELL, 2009).
A partir de 1970, muitas descobertas sobre o funcionamento do cérebro e de como o ser humano processa
informações possibilitaram novos desenvolvimentos na educação, que ainda não foram implementados em
grande escala.
1.1.2 Como surgiu o nome visagismo?
“Visagismo” é derivado da palavra francesa , que significa rosto. O termo foi criado por Fernand Aubryvisage
(1907-1976), em 1937, ao explicar que visagista é um escultor que utiliza o rosto como material de trabalho (
KAMIZATO, 2014). É importante anotar que Fernand Aubry criou apenas o termo “visagismo”. Dizer que ele, ou
qualquer outro, criou o visagismo “em si” é tão absurdo como afirmar que Freud criou a psicologia. O que ambos
criaram foram métodos para aplicar esses conceitos, com a diferença que Freud publicou seu método e Aubry
não (HALLAWELL, 2009).
A história do surgimento do nome “visagismo” é bastante curiosa e esclarecedora. Leia o caso, a seguir, em que
VOCÊ O CONHECE?
Você já ouviu falar em Jean Claude Juillard? Ele foi um dos discípulos de Fernand Aubry,
disseminando o visagismo pelo seu conceito do “Total Look”. Leia mais a respeito desse
profissional da beleza nesta matéria de Cristiane Dantas (2016), disponível em:
<https://revistacabelos.uol.com.br/conheca-a-inspiradora-historia-de-claude-juillard-criador-
>.do-visagismo-3-d/
https://revistacabelos.uol.com.br/conheca-a-inspiradora-historia-de-claude-juillard-criador-do-visagismo-3-d/
https://revistacabelos.uol.com.br/conheca-a-inspiradora-historia-de-claude-juillard-criador-do-visagismo-3-d/
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A história do surgimento do nome “visagismo” é bastante curiosa e esclarecedora. Leia o caso, a seguir, em que
ela é contada em detalhes.
Partindo desse ponto, Aubry percebeu que ele também punha intenção em seus trabalhos, para trazer harmonia
estética ao rosto (“rosto”, em francês, é ), por meio dos recursos de maquiagem e serviços de cabelo.visage
Assim, ele concluiu que era um “visagista”.
1.1.3 Como o visagismo é aplicado?
Segundo Hallawell (2009), Aubry sabia que o visagismo era algo especial, mas não imaginava que pudesse ter
um impacto tão grande nas pessoas. O visagismo é aplicado de uma forma na qual possibilita que se crie um
estilo único e pessoal para cada indivíduo. Cada um tem seu estilo próprio e único. Isso significa que, para cada
cliente, o profissional visagista deve criar um estilo personalizado, respeitando a essência particular de cada
pessoa.
De acordo com Hallawell (2009), o trabalho do consultor de imagem consiste em ajudar a definir um estilo, em
CASO
Fernand Aubry, como era um grande profissional da beleza de sua época, tinha o seu ateliê
próprio. Um dia, indo para o trabalho, viu um jardineiro que iniciava um trabalho em uma
pequena fachada de uma residência.
No dia seguinte, ele percebeu que a fachada tinhauma aparência mais expandida, apenas pela
composição do trabalho do tal jardineiro. Não se contendo, foi conversar com o jardineiro.
Tony Gandra, profissional visagista, relata:
Aubry perguntou: — Senhor jardineiro, com licença. Percebo que você conseguiu fazer essa
pequena fachada expandir em seu trabalho, tem uma incrível composição, que valorizou a
imagem dessa casa. Você teve alguma intenção nisso?
O suposto jardineiro respondeu: — Sim, foi um projeto elaborado para dar tal sensação visual.
Aproveitando sua inocência, eu não sou um jardineiro. Eu sou um paisagista, crio projetos
programados a dar intenções de imagem, usando os recursos de um jardineiro.
VOCÊ QUER LER?
No livro “Fundamentos de estética”, Claudio Rufenacht (1998) escreve sobre os aspectos da
linguagem visual e associa os formatos dos dentes aos temperamentos, de acordo com o
sistema de Hipócrates. Ele se apoia na teoria de Kandinsky de que nos relacionamos
emocionalmente com imagens.
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De acordo com Hallawell (2009), o trabalho do consultor de imagem consiste em ajudar a definir um estilo, em
todos os aspectos: cabelo, maquiagem, design de sobrancelhas, roupas e acessórios. Evidentemente, seu trabalho
vai ser beneficiado pelos conhecimentos do visagismo. Depois de estabelecido um conceito de imagem, ele
encaminha o cliente aos diversos profissionais e às lojas de roupas e acessórios indicados.
Quando uma pessoa passa pela consultoria de visagismo, ela inicia um processo de reflexão sobre seus desejos,
princípios e prioridades, e também sobre os rumos que quer dar à sua vida, já que a pergunta constante do
processo é: “O que você deseja expressar por meio da sua imagem?”. O visagismo é um procedimento
absolutamente pessoal e customizado. Essa é uma experiência quase inédita, de valor inestimável,
independentemente do resultado, para o cliente (HALLAWELL, 2009).
1.1.4 Precursores do visagismo
Os precursores do visagismo são profissionais que de alguma forma conseguiram contribuir para o
desenvolvimento do visagismo, determinando o conceito como é conhecido hoje. Esses profissionais
pertenceram às mais variadas áreas, como a arquitetura, o design, as artes visuais, a colorimetria, as estruturas
programadas, a harmonia estética e as proporções métricas. Para conhecê-los, você deverá fazer uma viagem
com início na época de Hipócrates, filósofo grego que formulou a teoria dos temperamentos, chegando à
primeira e única mulher a ensinar na Bauhaus, entre 1920 e 1924, Gertrud Grunow, cuja base da teoria da
harmonização é formada por sons, cores e movimento.
Fernand Aubry adaptou todas essas informações para poder criar uma técnica de maquiagem e de estilos de
cabelos usando a cor, o movimento e as estruturas programadas. Com isso, ele começou a dar mais sentido a
seus trabalhos. Ele percebeu que as linhas e as formas podem ter espessuras variadas e também movimentos.
Com isso, ele foi criando diferentes estilos, o que contribuiu com o visagismo ao longo do tempo.
Segundo Maria Eduarda Campagna e Rodrigo Banqueri (2018), o visagismo vem sendo construído ao longo do
tempo, por meio de várias técnicas comuns relacionadas à arte. A construção de um estilo pessoal segue as
mesmas teorias, também sendo um serviço artesão e único, precisando de mente artística.
1.1.5 Importância do visagismo no estudo facial
O visagismo estabelece que o rosto é a identidade visual das pessoas. É ele o ponto de partida dos visagistas,
mas, para sua plena compreensão, exige um estudo bastante complexo.
De acordo com Hallawell (2009), a análise do rosto fornece as informações mais reveladoras sobre o
temperamento de uma pessoa e também é essencial para a criação de uma imagem estética harmoniosa. Para
ele, no visagismo, é fundamental ter um bom conhecimento da estrutura anatômica da cabeça e dos diversos
formatos do rosto, da cabeça, do pescoço e das partes do rosto (HALLAWELL, 2010).
Para Karina Kamizato (2014), a harmonia dos traços do rosto está na irregularidade, sem excessos, é claro.
VOCÊ QUER LER?
Conheça a biografia de outros precursores do visagismo. Neste artigo de Maria Eduarda
Campagna e Rodrigo Banqueri (2018), além de Hipócrates, Gertrud Grunow, Fernand Aubry e
Claude Juillard, você vai conhecer a história de grandes nomes que contribuíram para o
desenvolvimento do visagismo com seus estudos – entre eles, Johann Wolfgang Von Goethe!
Disponível em:
< >.http://rodrigobanqueri.com/conceitual/biografia-dos-precursores-do-visagismo/
http://rodrigobanqueri.com/conceitual/biografia-dos-precursores-do-visagismo/
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formatos do rosto, da cabeça, do pescoço e das partes do rosto (HALLAWELL, 2010).
Para Karina Kamizato (2014), a harmonia dos traços do rosto está na irregularidade, sem excessos, é claro.
Tempos atrás, a forma oval era o padrão de belo para o rosto feminino por transmitir tal irregularidade. Hoje se
percebe que o belo é o conjunto que alinham os traços da pessoa com sua personalidade.
O visagismo aplicado ao rosto é uma matemática, na qual se reúnem muitas técnicas complementares,
desenvolvidas por profissionais da área da beleza, por meio de suas práticas diárias.
1.2 Você sabe o que é beleza calculada?
A beleza se revela quando as proporções mantêm equilíbrio estético. Buscamos calcular as imagens pessoais
para encontrar o ponto áureo da pessoa e revelar sua beleza plena. Os visagistas concluíram que a beleza pode
ser calculada e manipulada em favor de cada um.
O conceito do que é belo no homem e na mulher mudou muito desde os anos de 1960, por causa da mudança dos
seus papéis na sociedade. A liberdade adquirida pela mulher e a crescente sensibilização do homem foram o que
mais contribuiu para uma visão radicalmente diferente do que é belo (HALLAWELL, 2010).
1.2.1 Conceitos básicos do visagismo
O visagismo tornou-se um conceito como todos os demais agrupamentos de conhecimentos que recebem o
sufixo “ismo”, determinando um objetivo final, por meio de muitas disciplinas e desenvolvimentos técnicos.
Para Kamizato (2014), o visagismo é o estudo que promove a personalização da imagem de forma harmônica,
relacionando estrutura física, biótipo, profissão e idade, a fim de valorizar o estilo próprio e preservar a
personalidade do indivíduo. Para o visagismo, o importante não é apenas estar bonito, mas estar bem consigo.
Por meio de estruturas geométricas, é possível explicar as diferentes formas do rosto e, a partir disso, definir as
VOCÊ SABIA?
A consultoria facial parcial ajuda qualquer profissional a entender os formatos dos elementos
do rosto e as suas proporções físicas. Quando se aprende a calcular as proporções faciais,
adapta-se esse aprendizado ao próprio trabalho.
VOCÊ QUER VER?
Como o visagismo ajudou Margaret Thatcher a se eleger primeira-ministra da Inglaterra?
Assista ao filme (MORGAN, 2011) e descubra como ela trabalhou o próprioA dama de ferro
estilo e imagem, os quais lhe proporcionaram adquirir a confiança necessária para redefinir a
política e a economia do Reino Unido.
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Por meio de estruturas geométricas, é possível explicar as diferentes formas do rosto e, a partir disso, definir as
modificações necessárias para criar uma imagem que revele as qualidades da personalidade e,
consequentemente, transmitir um tipo de emoção.
Clique nos itens a seguir para conhecer os dois conceitos básicos do visagismo.
• 
Beleza plena
• 
Proporção áurea
A seguir, falaremos sobre estes dois conceitos. Acompanhe!
1.2.2 Beleza plena
Segundo Hallawell (2010), por muito tempo prevaleceram os padrões de beleza e, até hoje, quando se fala em
beleza clássica, está se falando de quem tem esses formatos e proporções. Além disso, os padrões de beleza
aplicavam-se principalmente às pessoas de pele branca e não incluíam negros e orientais. Hoje, esse preconceito
é inaceitável, portanto, é preciso expandir o conceito de belo. O que é uma característica normal de um grupo
étnico deve ser valorizado, do contrário afetará negativamente a autoestima das pessoas, que tentarão se
adaptar a um tipo diferente do seu.
ParaGoossens (2005), beleza é um conjunto em harmonia e, antes de tudo, é um estado de espírito. O alcance da
beleza completa depende essencialmente do comportamento, do jeito de ser e de como se enfrentam as
circunstâncias da vida. Ser bonito significa saber ressaltar as suas qualidades, aceitar-se, valorizar-se, ter
autoestima alta.
O que significa ter alcançado a beleza plena? Significa que a pessoa conseguiu atingir esse ápice de qualidade
estética que agrada tanto às outras pessoas como a ela própria.
Figura 1 - A beleza plena é um estado de grandeza, tanto física, quanto mental e emocional. Ela proporciona a 
elevação da autoestima, externalizando a beleza interior de cada pessoa.
Fonte: Kiuikson, istockphoto, 2018.
Existem profissionais que identificam a beleza plena por meio de medidas. Assim também era na Antiguidade.
Era sabido que as proporções exatas agradavam, então vemos as esculturas dos deuses gregos com corpos
harmonicamente agradáveis e bem equilibrados. Há outros profissionais, porém, que acham que a beleza plena é
•
•
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harmonicamente agradáveis e bem equilibrados. Há outros profissionais, porém, que acham que a beleza plena é
aquela que agrada aos olhos, e isso se trata de uma parte mais filosófica, em que o profissional determina que a
beleza não seja só aquilo que agrada apenas aos olhos, mais sim às emoções.
1.2.3 Proporção áurea
Para Hallawell (2009), o conceito de proporção áurea é fundamental para a estética porque se trata de uma
proporção considerada perfeita. “Áurea” quer dizer “dourada”, o que significa “perfeita”. A proporção áurea é
matematicamente e geometricamente perfeita e foi descoberta por matemáticos gregos da Antiguidade. Clique
na interação a seguir para continuar lendo.
O que esses matemáticos descobriram foi como segmentar uma linha de tal modo que o segmento menor, em
relação ao segmento maior, tivesse a mesma proporção que o segmento maior em relação ao todo.
A proporção áurea é a base de toda a estética, porque está no limite da irregularidade. O olho humano fica
entediado quando há regularidade demais e incomoda-se quando há excessiva irregularidade. Portanto, quando
um rosto está fora dessa proporção, sente-se que é muito longo, muito curto, muito largo ou muito estreito
(HALLAWELL, 2009).
Ainda segundo Hallawell (2009), mesmo levando em conta tudo isso, não seria correto classificar somente os
formatos padrões como belo. A proporção não é o único indicador de beleza. O que transmite força, dinamismo
ou sensualidade, entre outras qualidades, também é percebido como belo. Há muitos exemplos de pessoas –
tanto mulheres como homens – que são consideradas belas hoje e que não se enquadram nos “padrões” do
passado.
Veja, na imagem a seguir, a proporção áurea e as suas fórmulas.
Figura 2 - A proporção áurea e as suas fórmulas.
Fonte: Chuhail, Istockphoto, 2018.
A proporção áurea ajuda os profissionais a conhecerem mais sobre equilíbrio estético. Quando o visagista é
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A proporção áurea ajuda os profissionais a conhecerem mais sobre equilíbrio estético. Quando o visagista é
possuidor de um vasto recurso intelectual e visual, ele consegue mapear o todo e encontrar os pontos de
equilíbrio estético para identificar onde ele deve atuar com correções.
Os visagistas usam a proporção áurea para identificar a imagem dos seus clientes em seu todo. Por meio das
medidas faciais eles encontram as medidas ideais, como o enquadramento da arcada dentária e o alinhamento
dos dentes. Cada linha projetada na estética dental remete a uma expressão visual, que pode ser delicada ou
expressiva. Os visagistas dão expressão à imagem, por meio das linhas e formas.
Com o estudo da proporção áurea, conseguimos analisar o rosto em cada parte e o todo no conjunto para, por
meio desse mapeamento facial, encontrarmos os pontos estéticos e proporcionais. Conseguimos enquadrar
todos os elementos e distribuí-los harmonicamente no rosto por meio dos recursos técnicos de embelezamento
facial, para a harmonização da imagem total, incluindo ambientes e adornos.
1.3 Qual a importância de estudar o rosto?
O rosto revela muito sobre as pessoas, tanto em leituras objetivas, quanto em leituras subjetivas. As informações
são coletadas por meio de análises críticas e especulativas. O estudo do rosto é fundamental na formação do
visagista. Este profissional tem que ser especialista em tudo que se relaciona ao rosto.
Em relação às partes do rosto, o que agrada o olhar é a regularidade dentro do formato irregular. Portanto, um
rosto que pode ser dividido em três partes iguais é percebido como belo, assim como aquele que tem
aproximadamente o mesmo tamanho de nariz, de olho e de espaço entre o olho e o nariz – isso se aplica a
qualquer grupo étnico (HALLAWELL, 2010).
1.3.1 Pontos de medidas do rosto
Por meio de fórmulas matemáticas, são definidos os . Depois de estabelecidos, épontos de medidas do rosto
possível descobrir se seus elementos, cada qual com seu formato, se enquadram na totalidade. Esse estudo nos
permite criar a harmonização.
Para Hallawell (2009), em termos gerais, essa análise permite dois pontos importantes. Clique na interação a
seguir para saber quais são eles.
Identificar as linhas inclinadas, verticais, horizontais e curvas, além de seu direcionamento, no formato de rosto
e nas feições.
Verificar o grau de regularidade nas proporções do rosto como um todo e de cada feição em particular, e em
relação às outras feições.
Hallawell explica que, ao examinar feições, sempre observamos se a parte exterior da linha é mais alta (elevação)
ou baixa (caimento) do que a parte interna. Isso é o que determina se o olho é caído, por exemplo. O
direcionamento também é determinado pela localização da linha, segundo o conceito da proporção áurea. As
linhas que contornam a face, por exemplo, direcionam-se para baixo quando localizadas no terço inferior do
VOCÊ QUER VER?
Informe-se um pouco mais sobre o estudo da proporção áurea. Assista a este vídeo em que o
Dr. Olavo Macedo (2018) aborda a proporção áurea na dermatologia estética. Disponível em:
< >.https://www.youtube.com/watch?v=_TzmMQm4FVQ
https://www.youtube.com/watch?v=_TzmMQm4FVQ
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linhas que contornam a face, por exemplo, direcionam-se para baixo quando localizadas no terço inferior do
rosto, e para cima, quando se encontram nos terços médio e superior.
Figura 3 - Pontos para medição do rosto para estudo.
Fonte: Lidiia Moor, Istockphoto, 2018.
Você conhece a (Razão, Emoção e Intuição)? Se a testa ( ), a região entre os olhos emedição REI região superior
o nariz ( ) e a parte da boca e do queixo ( ) estiverem no mesmo tamanho, estarãoregião mediana região inferior
proporcionalmente equilibradas.
Veja, clicando na interação a seguir, como identificar cada região.
Razão
Para encontrar esta região, cria-se um ponto na linha do cabelo ( ). A região central da testa, geralmentehair line
no bico da linha do cabelo, é um ponto. Dele até o ponto na gambela, a região entre as sobrancelhas, é a região
superior ou da razão.
Emoção
O ponto que divide a parte mediana do rosto ou da emoção, fica entre a gambela e a parte da base do nariz.
Intuição
Da base do nariz até o final do queixo é outro ponto, determinando a região inferior do rosto ou da intuição.
Tracejando essas regiões, dividimos o rosto. Ao medir, sabemos o que está irregular e assim podemos efetuar a
correção com maquiagem, penteados e outros recursos estéticos.
Também temos os pontos das orelhas. A orelha tem que iniciar na ponta do nariz e terminar na parte superior na
região das sobrancelhas. Assim, sabemos se a orelha está desequilibrada para o rosto avaliado.
Segundo a fisiognomonia, a parte superior está relacionada ao . Se essa região for mais avantajada,intelecto
trata-se de uma pessoa mais intelectual, administrativa, corporativa. Se a região da parte mediana for mais
dilatada que as demais, trata-se de uma pessoa mais . Já a parte inferioremotiva, caridosa, ligada à família
mais dilatada denota uma pessoa .intuitiva e com boa capacidade de comunicaçãoOutra medida utilizada na face para a definição da proporcionalidade é a divisão do tamanho da cabeça. Por
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Outra medida utilizada na face para a definição da proporcionalidade é a divisão do tamanho da cabeça. Por
exemplo: nos homens, dividimos a cabeça em oito partes. O corpo do homem, contando com a cabeça, precisa ter
oito medidas. Na mulher são sete cabeças que definem a proporção ideal de sua altura. Para o pescoço, tiramos
uma medida entre largura e comprimento do pescoço e sabemos, por uma fórmula matemática, se esse pescoço é
mais fino/largo ou mais curto/grosso para o rosto. Comparamos a região mediana do rosto, que é a região dos
zigomáticos, ao pescoço.
1.3.2 Proporções faciais
Você sabe diferenciar os tamanhos de algo de suas proporções? O é a medida real. Quais são ostamanho de algo
tamanhos médios da altura e da largura de um rosto? Para descobrir, meça a altura e a largura de vários rostos e,
depois, tire a média. Assim, você descobre que, em geral, a largura do rosto, na parte mais larga, é dois terços da
altura. Isso é a “proporção”: duas larguras para três alturas, ou 2:3. Não importa o tamanho real. Se o rosto tiver
18 cm de altura – tamanho médio do rosto da mulher –, a largura será 13 cm, mais ou menos. Se a proporção for
menor que dois terços, isso significa que o rosto é longo; se for maior, o rosto é largo (HALLAWELL, 2009).
Segundo Hallawell (2009), não é necessário pegar uma régua, medir os tamanhos reais do rosto e então compará-
los. Basta usar um lápis. É muito importante para o visagista conhecer as proporções do rosto humano, e a
melhor maneira de lembrar delas é quando se descobre quais são, observando-se pessoas.
Primeiramente, devemos estabelecer a largura do rosto em relação à altura. Geralmente, a largura cabe uma vez
e meia na altura do rosto (não da cabeça) e é igual ao tamanho da distância entre as sobrancelhas e o queixo. A
seguir, estabelecemos a altura da testa (das sobrancelhas até a linha do cabelo) em relação ao comprimento do
nariz e à distância entre a base do nariz e o queixo. Essas medidas são aproximadamente iguais. Depois,
comparamos esse tamanho com a distância entre o meio do nariz e a maçã do rosto, na sua parte mais alta e
larga. Finalmente, comparamos ao tamanho da orelha. Todos têm aproximadamente a mesma proporção
(HALLAWELL, 2009).
Quando se observam as proporções do rosto, é necessário olhar o conjunto e comparar todos os tamanhos entre
si. As soluções de maquiagem devem ser escolhidas de acordo com a correta avaliação das proporções, para que
as correções sejam também feitas de forma correta (HALLAWELL, 2009).
O profissional visagista precisa entender as proporções faciais e ter um olho clínico para poder identificar todas
as assimetrias e, assim, identificar o lado do rosto que pode ser valorizado. Para uma imagem mais alegre,
valorizamos as proporções do lado mais alegre, acompanhando o lado mais sério. Se a pessoa precisa determinar
uma imagem de um rosto mais sério, o visagista pode determinar as proporções do lado mais sério,
acompanhando o lado mais alegre, fazendo o equilíbrio. Há variações nas projeções de trabalho faciais e isso
permite um resultado muito mais satisfatório, muito mais assertivo para determinadas ocasiões.
VOCÊ SABIA?
Com as proporções faciais nós também conseguimos corrigir a distribuição central, na raiz do
nariz que fica entre os olhos. Conseguimos criar, visualmente, equilíbrio de proporções nas
espessuras do nariz, tanto dando efeito de nariz mais fino, quanto mais grosso. Geralmente a
espessura do nariz fica em sua base, região das narinas.
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1.3.3 Leitura subjetiva da face
A permite a avaliação estética realizada rotineiramente pela sociedade. Assim,análise facial subjetiva
classificamos os indivíduos, de acordo com a agradabilidade estética, em esteticamente agradável, esteticamente
aceitável e esteticamente desagradável. Um dos objetivos dessa análise é facilitar a comunicação entre o paciente
e os profissionais envolvidos no tratamento (REIS, 2006).
No visagismo, uma das formas de obter informações para compreender o indivíduo em sua real projeção, tanto
física quanto psicologicamente, é por meio de uma consultoria facial parcial. O objetivo é criar um mapeamento
da face do cliente. Medimos o rosto e arquivamos as informações em fichas técnicas. A consultoria facial parcial
permite a realização de uma foto, que será ampliada, representando as medições aproximadas das medidas reais.
Todo o mapeamento será registrado na imagem projetada da foto, para que se conheçam as medidas da face, o
formato do rosto, a identidade cromática, as formas e as assimetrias dos elementos faciais. Assim, teremos os
dados reais do plano físico da face que iremos trabalhar. O trabalho do visagismo é personalíssimo, logo, não só
as condições físicas devem ser relevantes. Será que a pessoa portadora da beleza irá gostar do trabalho, já que a
beleza é subjetiva? Temos que considerar as relevâncias psicológicas da pessoa, suas crenças, etnia, cultura,
desejos, objeções etc., para que ela se identifique e se agrade de sua imagem.
Assista ao vídeo e aprenda mais sobre como o rosto é uma fonte rica de leituras sobre as pessoas.
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Desse modo, quais atributos são avaliados na leitura subjetiva da face? Avaliamos o formato e a disposição dos
elementos faciais, as linhas de expressão, os sinais de alteração da pele. Buscamos descobrir indícios do padrão
comportamental das pessoas. As de formatos mais expressivos tendem a serem mais rígidas, ativas,
determinantes e objetivas em suas ações. Pessoas de formatos mais delicados tendem a ser mais criativas,
passivas, pensativas e organizadas. Essas são algumas referências subjetivas, pelas quais classificamos os
clientes. A leitura subjetiva da face nos permite fazer as primeiras classificações das personalidades das pessoas,
assim, com outras análises, vamos aprofundando as informações, fazendo comparações. Com as informações
captadas, teremos percepções objetivas do comportamento e personalidade das pessoas.
1.4 O que se deve estudar no rosto
Os visagistas trabalham para a melhor disposição e distribuição física, criando uma composição harmônica
visual. As roupas, acessórios e serviços de beleza serão agregados para criar estilo e beleza, tendo o rosto como
ponto de partida.
VOCÊ SABIA?
O rosto de Angelina Jolie é considerado perfeito em vários lugares do mundo. A Dra. Patrícia
Leite (2015) conta o segredo por trás da beleza da atriz americana. Disponível em:
< >.https://www.youtube.com/watch?v=oKLWdFwLjj0
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https://www.youtube.com/watch?v=oKLWdFwLjj0
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1.4.1 O que o visagista deve estudar?
As pessoas têm personalidades próprias, variações físicas, étnicas, culturais, estruturais, que sempre serão
importantes no processo de criação. Tudo isso concorre para dizer como é cada uma delas. O visagista precisa
fazer um trabalho personalizado para cada cliente, de acordo com essas referências. Clique nos itens a seguir
para saber o que o visagista precisa entender para ter sucesso.
• 
Estruturas corporais.
• 
Morfologia.
• 
Estruturas faciais.
O aprendizado da linguagem visual habilita o profissional a criar uma imagem conscientemente. Ele aprende que
as formas, linhas e cores expressam os princípios de harmonia, estética e equilíbrio. Essa linguagem não é
baseada em regras ou em preferências culturais, mas na física óptica, na matemática, na geometria e na ciência
cognitiva, que estuda como o ser humano processa imagens no cérebroe como funciona a percepção visual. Com
esse conhecimento, uma pessoa pode criar uma imagem que expressa um conceito ou ideia (JONAITIS, 2017).
Ainda que o profissional tenha um alto grau de inteligência visual, ele se beneficiará adquirindo o conhecimento
formal da linguagem visual. Além de proporcionar muito mais opções e liberdade para criar, esse aprendizado
faz com que o trabalho se torne consciente. O profissional saberá explicar o conceito do corte para o cliente, o
que expressará e como o afetará. Também permitirá analisar a imagem do cliente, o que expressa e o que não é
adequado esteticamente para sua personalidade e para suas atividades.
São muitas informações até que os visagistas cheguem à conclusão de um trabalho personalizado. O visagista
precisa compreender que as pessoas têm suas crenças, suas culturas, então ele precisa estudar antropologia e
cultura, por exemplo, para atingir um amplo conhecimento, para quando deparar com as pessoas, interagir de
forma específica a cada uma, na qual ele possa fazer e se dar o melhor para cada trabalho. Sendo assim, ele deve
estudar o comportamento pessoal, a linguagem corporal, a linguagem verbal e a não verbal. Tudo isso interage
com o visagistas.
1.4.2 Formatos do rosto
A partir do momento em que o visagista consegue analisar os traços faciais, ele passa a identificar também
características individualizadas, conhecidas como , ou seja, um conjunto de reações que cadatemperamento
pessoa tem em relação à vida. Isso possibilita o direciona- mento de seu trabalho, valorizando a estética de
acordo com a personalidade do cliente. A partir dessas informações, têm-se os formatos dos rostos e seus
respectivos temperamentos (KAMIZATO, 2014).
O formato do rosto é determinado pela estrutura óssea da pessoa. Por exemplo, se o osso frontal de uma pessoa
for largo e a mandíbula fina, o rosto provavelmente será triangular invertido. Por outro lado, pessoas com arco
zigomáticos grandes têm maçãs do rosto altas e largas, com tendências ao formato hexagonal. Os pontos
principais a serem observados são a altura e a largura da testa, o formato das maçãs do rosto e o formato da
mandíbula. Rosto ovais e redondos tem formas arredondadas, rostos quadrados são constituídos por ângulos
retos, e rostos triangulares e hexagonais tem características angulares (HALLAWELL, 2010). Clique nos itens a
seguir para conhecer os .formatos de rosto
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Rosto oval.
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•
•
•
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Rosto oval.
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Rosto redondo.
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Rosto quadrado ou retangular.
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Rosto triangular.
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Rosto triangular invertido.
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Rosto hexagonal.
• 
Rosto losango.
Veja na figura a seguir, alguns dos formatos de rostos mencionados.
Figura 4 - Variações de formatos de rosto.
Fonte: MicrovOne, Istockphoto, 2018.
Ao estudar o rosto, devemos dividi-lo de uma forma que facilite o entendimento, porque cada rosto tem seus
elementos faciais, e cada elemento facial tem o seu formato. Há pessoas que têm um olho mais caído. Há quem
tenha o olho mais amendoado. Cada rosto é diferente em seus formatos. Quando se tem essas variações, deve-se
entender que cada elemento tem a sua contribuição com aquele conjunto no rosto, em que se revela a imagem da
pessoa.
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•
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•
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Figura 5 - Mapeamento Facial.
Fonte: reklamlar, Istockphoto, 2018.
Com o , criamos recursos estéticos para que se crie equilíbrio entre esses formatos. Émapeamento facial
possível aumentar um olho ou diminuir um nariz por meio de efeitos visuais e, com isso, conseguimos criar uma
harmonia no rosto. Então, quando estudamos o rosto e seus elementos faciais, entendemos que isso vai
contribuir para o resultado.
1.4.3 Identidade cromática
A é muito importante no estudo do rosto. Ela é definida pela reunião da cor da pele, daidentidade cromática
cor dos olhos e da cor do cabelo.
Assim como há uma relação entre os formatos e feições do rosto e a personalidade, a cor da pele também revela
aspectos do temperamento. Johannes Itten (1888-1967) fez essa descoberta quando era professor de pintura na
Bauhaus, em 1928. Ele observou seus alunos durante os exercícios de pintura livre: cada um deles destacava
uma determinada cor, que se relacionava com o próprio tom de pele. Itten era um dos maiores teóricos da cor e
sabia que as cores expressavam emoções distintas. Notou, então, que a personalidade do aluno se manifestava
nas cores que escolhia para pintar no tom de sua pele (HALLAWELL, 2010).
Segundo Hallawell (2010), a partir dessa observação, Robert Dorr (1905-1980) criou, na década seguinte, o 
 (sistema de chaves de cor), identificando as cores em e . EsseColor Key System cores quentes cores frias
sistema também serve para harmonizar as cores entre si, e desde então tem sido usado em diversas indústrias,
inclusive a cosmética, que começou a lançar produtos de tons variados, classificando-os como quentes e frios.
Hallawell também realizou estudos na área das cores e, para ele, o efeito emocional de cada uma é de grande
importância. A cada temperamento, ele relacionou uma determinada cor, conforme são apresentadas a seguir.
Clique para ver.
Sanguíneo Amarelo
Colérico Vermelho
Melancólico Azul
Fleumático Roxo
Como Johannes Itten notou, cada pessoa vai preferir usar a cor do seu temperamento ao pintar um quadro, pois
assim conseguirá se expressar melhor. Mas é provável que quase nunca usará essa mesma cor ao se vestir! O que
parece contraditório tem a seguinte explicação: essa cor fará com que a pessoa se sinta desequilibrada, porque
acentuará suas características inatas ou revelará os aspectos negativos do seu temperamento. O sanguíneo pode
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acentuará suas características inatas ou revelará os aspectos negativos do seu temperamento. O sanguíneo pode
ficar dispersivo e excessivamente brincalhão de amarelo. O melancólico se torna apático e introvertido ao vestir
roupas azuis, e o fleumático ausente, submisso e acomodado com roxas.
Figura 6 - Variações de rostos, etnias, perfis.
Fonte: BLACKDAY, Shutterstock, 2018.
As peles têm uma e uma . Na pintura, a cor da pele branca ou oriental é obtidacor superficial cor de base
misturando-se as cores laranja, amarelo ocre, terra de siena e branco, mas é a cor do fundo da tela que determina
o tom da cor da pele. Os grandes mestres da Renascença, como Michelangelo, muitas vezes pintavam as suas
figuras sobre um fundo verde-terra, um verde quente, para evidenciar tons avermelhados quentes. Essa é a
maneira de pintar um tipo de pele outono. Quando se pinta sobre uma cor fria, o tom da pele se torna frio. A cor
do fundo aparece nas sombras (HALLAWELL, 2010).
Cada cor colocada no cabelo, na maquiagem, na roupa, nos acessórios, pode tanto valorizar ou depreciar a
imagem pessoal. Entendemos que a cor está errada quando ela deixa a imagem da pessoa mais opaca e a pessoa
fica mais envelhecida, com o aspecto negativo. Quando a cor está certa para o rosto, este fica corado, com vida,
enfim, a imagem fica mais alegre.
Por meio desse estudo, o profissional visagista identifica as cores adequadas a cada cliente e pode criar uma
cartela de cores sazonal personalizada para cada um.
1.4.4 Design de sobrancelhas
A área dos olhos é uma das mais sensíveis do corpo. A textura da pele é muito fina e apresenta pouco tecido
adiposo subcutâneo para oferecer suporte. Desse modo, ela pode parecer mais escura. Além disso, a pele é
esticada sobre uma proeminência óssea do crânio, criando uma área côncava entre o osso e o globo ocular. Não
importa o quanto os traços do rosto sejam bonitos, se o cliente possuir círculos escuros embaixo dos olhos, olhos
cansados, sobrancelhas descuidadas ou cílios retos, a beleza dos traços faciais será desvalorizada (IFOULD;
FORSYTHE-CONROY; WHITTAKER, 2015).
As sobrancelhas formam um conjunto com os olhos e a área no entorno deles. Sendo assim, o estudo do design
 também é de muita importância. O trabalho com as sobrancelhas requer que saibamosdas sobrancelhas
previamente a posição dos olhos, a posição dos diâmetros faciais, a estrutura do rosto, seu tamanho e
comprimento.Cada rosto tem suas especificidades, logo, não adianta utilizar um molde de sobrancelhas em
todos os rostos porque, dependendo do formato e das proporções do rosto, o resultado não ficará harmonioso.
Após o estudo do rosto e a definição dos pontos de medidas é que se elabora o das sobrancelhas, com odesign
devido enquadramento destas no rosto.
O desenho escolhido para as sobrancelhas deve estar associado ao formato dos olhos, para que o rosto fique com
uma expressão suave. Ifould, Forsythe-Conroy e Whittaker (2015) apresentam os formatos de olhos mais
comuns. Clique nas abas.
••
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•
Olhos caídos
Pede sobrancelhas altas, ou seja, elas devem ser afastadas dos olhos o máximo possível. Além
disso, é necessário arquear a linha do último terço do desenho.
•
Olhos juntos
Deve-se limpar bem a região entre as sobrancelhas, avançando ligeiramente além da linha da aba
do nariz.
•
Olhos asiáticos
Deve-se limpar apenas a parte de baixo dos pelos e tomar cuidado com o final do desenho, que
costuma apresentar falhas ou ausência de pelos.
•
Olhos separados
As sobrancelhas devem ser mantidas o mais próximo possível, sem diminuir o comprimento. Deve-
se manter o formato reto, ou seja, sem arqueá-las.
•
Olhos grandes
Para esse formato, a regra é manter o desenho natural, porém sem deixá-lo fino demais. Pode-se
arquear levemente.
•
Olhos pequenos
É importante limpar a parte debaixo das sobrancelhas (o que levanta o olhar), deixando o arco
distante dos olhos. Desenhos muito grossos não favorecem o rosto com olhos pequenos.
Sobrancelhas aumentam os olhos e iluminam olhar. Esse formato serve paraarqueadas e arredondadas
qualquer tipo de rosto porque valoriza os traços. Já o formato serve para a maioria das mulheres.arredondado
Porém, o mais usado é o desenho , pois valoriza os traços e serve para quase todos oslevemente anguloso
rostos. Sobrancelhas nas pontas fazem o olhar parecer triste, além de envelhecer um pouco oretas e curvadas
rosto. As são muito curtas e o formato não favorece o rosto porque aumenta muito os olhos. O designangulosas
DAE de sobrancelhas é uma das maneiras mais simples de dar definição à área dos olhos. É necessário remover
somente alguns pelos para criar uma aparência bem cuidada (IFOULD; FORSYTHE-CONROY; WHITTAKER, 2015).
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Figura 7 - Cada formato de sobrancelha valoriza um determinado tipo de olhos.
Fonte: MENEZES, 2011.
Os de sobrancelhas já definiram qual é o formato ideal para elas e, certamente, as sobrancelhas nãodesigners
são dois riscos de pelo no rosto. Elas têm proporções e formato próprios. O desenho da sobrancelha tem três
pontos: o , o e o . Eles devem ser proporcionais e acompanhar osponto inicial ponto de curvatura ponto final
demais elementos dos olhos e do rosto, para que haja um efeito mais harmônico e natural do conjunto.
A sobrancelha inicia com um tamanho proporcional ao rosto. O ponto de curvatura tem um tamanho um pouco
menor em comparação ao ponto inicial. No ponto final, a sobrancelha deve terminar fina, respeitando as
proporções. Ela faz um arqueamento, o que torna o seu muito mais feminino, muito mais elegante.design
Não podemos padronizar os , pois se usarmos uma régua que tem um desenho padrão em todos osdesigns
rostos, alguns deles terão problemas, pois não são todos iguais. Sobrancelhas podem embelezar ou destruir
totalmente a harmonia do rosto. Portanto, para a construção ideal do desenho delas é necessário, em primeiro
lugar, analisá-las observando se o traçado desequilibra o rosto de alguma forma, se ele altera a expressão facial.
Só então devemos fazer as correções necessárias, lembrando que a intenção final deve ser de favorecê-las
(FEIJÓ; TAFURI, 2006).
Como você pode perceber, as sobrancelhas, assim como todos os elementos tratados no capítulo, têm um papel
fundamental no trabalho do visagismo, porque, dependendo da elevação, do formato, da espessura e do
posicionamento delas, conseguimos criar diversas expressões no rosto, favorecendo o resultado pretendido, que
é a harmonia total da imagem que se está trabalhando.
Síntese
Neste capítulo, você iniciou seu estudo pelo conhecimento do conceito do visagismo. Nele, você também
aprendeu os pontos principais para desenvolver a identidade visual individual, a partir do rosto de cada pessoa.
Entre outros aprendizados, você também pôde compreender que a valorização estética é o resultado dos
trabalhos personalizados a que o visagismo se propõe.
Neste capítulo, você teve a oportunidade de:
• conhecer a origem do conceito de visagismo;
• entender o rosto como ponto de partida para a realização da personalização da imagem;
• conhecer os conceitos básicos do visagismo e da beleza plena;
• conhecer os conceitos de proporção e perspectiva para a ampliação da sensibilidade visual;
• aprender quais são os principais pontos de medidas do rosto;
•
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•
- -19
• conhecer os conceitos de proporção e perspectiva para a ampliação da sensibilidade visual;
• aprender quais são os principais pontos de medidas do rosto;
• conhecer a fisiognomonia;
• conhecer as estruturas do rosto;
• entender como os elementos faciais interagem na composição da imagem.
Bibliografia
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http://rodrigobanqueri.com/conceitual/biografia-dos-precursores-do-visagismo/>. Acesso em: 10/01/2018.
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https://www.youtube.com/watch?v=oKLWdFwLjj0
https://www.youtube.com/watch?v=oKLWdFwLjj0
https://www.youtube.com/watch?v=_TzmMQm4FVQ
https://www.youtube.com/watch?v=_TzmMQm4FVQ
http://acessoparagarotas.blogspot.com/2011/06/sobrancelhas-perfeitas-como-conquista.html
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http://acessoparagarotas.blogspot.com/2011/06/sobrancelhas-perfeitas-como-conquista.html
http://www.scielo.br/pdf/dpress/v11n5/a17v11n5.pdf
http://www.scielo.br/pdf/dpress/v11n5/a17v11n5.pdf
	Introdução
	1.1 Você sabe de onde surgiu o visagismo?
	1.1.1 Como surgiu o visagismo?
	1.1.2 Como surgiu o nome visagismo?
	1.1.3 Como o visagismo é aplicado?
	1.1.4 Precursores do visagismo
	1.1.5 Importância do visagismo no estudo facial
	1.2 Você sabe o que é beleza calculada?
	1.2.1 Conceitos básicos do visagismo
	1.2.2 Beleza plena
	1.2.3 Proporção áurea
	1.3 Qual a importância de estudar o rosto?
	1.3.1 Pontos de medidas do rosto
	1.3.2 Proporções faciais
	1.3.3 Leitura subjetiva da face
	1.4 O que se deve estudar no rosto
	1.4.1 O que o visagista deve estudar?
	1.4.2 Formatos do rosto
	1.4.3 Identidade cromática
	1.4.4 Design de sobrancelhas
	Olhos caídos
	Olhos juntos
	Olhos asiáticos
	Olhos separados
	Olhos grandes
	Olhos pequenos
	Síntese
	Bibliografia

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