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Avaliação Cardiovascular Cintia Teixeira Rossato Mora • Definir os problemas do paciente corretamente • Desenvolver um programa de tratamento apropriado • Verificar o efeito do tratamento sobre os pacientes Avaliação Avaliação Subjetiva Listagem dos problemas Objetivos a curto e longo prazo Plano de tratamento Reavaliação Alta Continuidade no tratamento Objetiva • Identificação • História Clínica – 83% do diagnóstico – QP – HMA – HMP – HMF – Hábitos de Vida Avaliação Anamnese • Avaliação clínica • Distúrbios que aumento a incidência de doenças cardíacas • Estudo Framinghan – Exames de sangue – Fatores de risco ambientais, sociais e pessoais – TABAGISMO – HIPERTENSÃO – HIPERLIPIDEMIA Fatores de Risco para Doenças Cardiovasculares Queixas Principais • Dor precordial • Dispneia: súbita, repouso, mudança de decúbito ou com intensidade do esforço (sem ocorrer anteriormente) • Fadiga � Modo de início � Evolução � Fatores desencadeantes � Fatores de alívio � Sintomas associados Dor Precordial • Angina - isquemia miocárdica – O SNC detecta a falta de oxigênio no miocárdio e fibras sensoriais das vértebras torácicas identificam a falta de O2 como estímulo nocivo que se manifesta região anterior do tórax e/ou MSE • “Aperto no peito” Sinal de Levine Angina Dor anginosa • Piora com exercício • Melhora com esforço • Desaparece com nitroglicerina Dor não-anginosa • Muda (aumenta ou diminuição) com a respiração • Muda com a palpação na área referida ou com movimentos articulares • Tipos: – Dispneia de decúbito: quando o paciente deita – Dispneia paroxística noturna: paciente dorme sem e acorda com. – Dispneia aos esforços (pequeno, médio e grande) – Ortopneia: posição sentada adotada para tentar o alívio Dispneia Cianose • Cianose central: diminuição da saturação arterial de oxigênio secundário; • Cianose periférica: geralmente secundária a vasoconstrição cutânea pelo baixo débito; • Cianose mista: característica da ICC, com um componente central e periférico Síncope • Perda súbita ou transitória da consciência e do tônus muscular, seguido de recuperação espontânea • Geralmente devido redução da perfusão cerebral • Arritmias cardíacas, crise convulsiva, FV (assistolia transitória ou BAV) OBS: Lipotimia: Perda de tônus postural, porém, sem perder a consciência • De origem cardíaca: – Frio – Mole – Indolor – Vespertino – Bilateral • Localização • Início • Evolução • Outros sintomas Edema Palpitações • Palpitações: arritmias cardíacas • Sensação desconfortável de batimento rápido e forte do coração, descrita como “pontada”, “disparo”, “coração acelerado” • Outros sintomas • Duração Tosse • Tosse: congestão pulmonar – Seca, que aparece ou se agrava ao deitar ou no exercício intenso – As vezes medicamentosa (captopril ) • Marcha e posição adotada: – Posição genupeitoral: derrame pericárdico – Ortopneia: insuficiência cardíaca – Cócoras: tetralogia de Fallot Exame Geral • Peso • Altura • IMC • Amplitude respiratória – Bradipneico – Taquipneico – Eupneico – Taquidispneico Exame Físico < 20 Abaixo do peso 20-25 Normal 26-30 Sobrepeso 31-35 Obesidade leve 36-40 Obesidade moderada >40 Obesidade mórbida Medida da Circunferência Abdominal (MCA) • Medida realizada na ½ da distância entre a crista ilíaca e o rebordo costal inferior • Índice antropométrico mais representativo Prof. Christiane Riedi Medida da Circunferência Abdominal Risco associado a complicações metabólicas Aumentado Muito aumentado Homens ≥ 94 cm ≥ 102 cm Mulheres ≥ 80 cm ≥ 88 cm Fonte: World Health Organization (1997) Avaliação do Risco Cardiovascular • Baixo risco: – Sobrepeso + ausência de alterações metabólicas + MCA normal • Obesidade de risco aumentado 1: – Sobrepeso + 1 alteração metabólica e/ou MCA >80 e < 88 cm (fem) ou >94 e <102 cm (masc). Avaliação do Risco Cardiovascular • Obesidade de risco médio 2: – Sobrepeso + 2 alterações metabólicas ou circunferência abdominal > 88 (fem) Ou > 102 (masc) – Obesidade I + 1 alteração metabólica e/o MCA > 88 (fem) ou > 102 (masc) • Obesidade de alto risco – Obesidade II e III com ou sem alterações metabólicas. Todas as demais condições excluídas as citadas em 1,2,3 Sinais vitais • Frequência cardíaca (FC) • Frequência respiratória (FR) • Temperatura (t) • Pressão arterial (PA) Frequência Cardíaca • Normal: 60 a 100 bpm • Taquicardia: acima de 100 bpm • Bradicardia: menor que 60 bpm Frequência Respiratória • Normal: 12 a 24 ipm • Taquipneia: acima de 25 ipm • Bradipneia: menor que 12 ipm Temperatura • Normal: 36o C • Febrícula: até 37,5o C • Febre: acima de 37,5o C • Febre alta: acima de 38,5o C • Hipotermia: abaixo de 35,5o C Pressão Arterial • Posição sentada • Explicar o procedimento ao paciente • Certificar que: – Não está de bexiga cheia – Não praticou exercícios intensos – Não ingeriu bebidas alcoólicas. • Deixar o paciente relaxado • Localizar a artéria braquial • Poplítea • Pediosa • Cubital Localização das Artérias – Colocar o manguito de maneira firme cerca de 2 a 3 cm da fossa antecubital, centralizando a bolsa de borracha sobre a artéria braquial – Manter o braço do paciente na altura do ♥ – Palpar o pulso radial e inflar o manguito até seu desaparecimento – Colocar o estetoscópio na artéria braquial na fossa antecubital Pressão Arterial – Solicitar ao paciente que não fale durante a medida – Inflar rapidamente de 10 em 10mmHg até o nível estimado de PA – Proceder a deflação com velocidade constante – Determinar a pressão sistólica no momento do aparecimento do primeiro som, que se intensifica com a velocidade da deflação – Determinar a pressão diastólica no desaparecimento do som. Auscultar cerca da 10 a 2m mmHg para garantia – Informar ao paciente os valores da PA Pressão Arterial Colocação do Manguito OBS: PAS 10-20% maior nos MMII que pela artéria braquial • 1 - TC6 • 2 - Teste do degrau • 3 - Teste ergométrico Testes específicos - funcionais 1 - Teste de caminhada Princípio Básico “Medir a maior distância que o indivíduo é capaz de percorrer num intervalo de tempo fixo” Clínico: TC6 minutos • Adaptação do teste de caminhada de 12 minutos, • Utilizado na década de 60 com pessoas saudáveis e posteriormente com DPOC e ICC AJRCCM 2002:166:111-117 ENRIGHT, P et al.; Chest 2003. ATS, Am J Respir Crit Care Med, 2002. TC6 CAPACIDADE FUNCIONAL TOLERANCIA AO EXERCÍCIO FÁCIL APLICAÇÃO E INTERPRETAÇÃO MEDIDA RÁPIDA E BARATA BEM TOLERADO PELOS PACIENTES AVD’S TC6- Indicações • Comparações pré e pós intervenções: Transplante pulmonar, ressecção pulmonar, reabilitação pulmonar, DPOC, Hipertensão pulmonar, insuficiência cardíaca • Estado Funcional: DPOC, fibrose cística, insuficiência cardíaca, doença vascular periférica, fibromialgia, idosos • Preditor de mortalidade e morbidade: Insuficiência cardíaca, DPOC e hipertensão pulmonar primária AJRCCM 2002:166:111-117 TC6 - Aspectos técnicos • Localização Corredor com 30 metros, marcado a cada 3 m, corredores curtos reduzem a distância percorrida . AJRCCM 2002:166:111-117 X Não existe diferença entre os tipos de teste x Teste de caminhada em esteira reduz a distância caminhada em 14% em relação ao corredor TC6 - Aspectos técnicos • Repetir o teste no mesmo dia para minimizar a variabilidade intra-dia • Não é necessário aquecimento antes do teste • Repouso na cadeira por 30 a 60 minutos entre os testes • Segundo teste sempre maior: efeito de treinamento AJRCCM 2002:166:111-117 • Controle da PA antes e após o teste • Monitorização da FC e SpO2 • Avaliação da dispneia através da Escala de Borg TC6- Aspectos Técnicos • Encorajamento Aumenta significantemente a distância caminhada Padronização do encorajamento a cada minuto com frases padrões “ Você está indo muito bem” AJRCCM 2002:166:111-117 TC6- Aspectos Técnicos Acompanhamento: controvérsias 0 100 200 300 400500 600 sem acompanhamento com acompanhamento m et ro s * TC6- Aspectos Técnicos • SpO2 < 85% • Dor torácica • Dispneia intolerável • Cãibras • Aparência pálida • Tontura AJRCCM 2002:166:111-117 TC6- Critérios de Interrupção � Valor absoluto � Porcentagem � Mudança na porcentagem do valor previsto � Recomendado: expressar a mudança como valor absoluto (>50m) TC6 - Interpretação AJRCCM 1997:155:1278-1282 Diferença de 54 m apresenta significância clínica (IC 95%)Diferença de 54 m apresenta significância clínica (IC 95%) Melhor proposta clínica para expressar mudança no teste, em termos: TC6 • Valor de prognóstico de mortalidade: – Nível I= < 300m – Nível II= até 374,9m – Nível III= até 449,9m – Nível IV= >450m • Quanto menor a DP maior o índice de mortalidade e hospitalização HOMEM DC6m = (7,57 x altura DC6m = 1140m HOMEM DC6m = (7,57 x altura,cm)-(5,02x idade,anos) –(1,76 x peso, Kg) – 300m DC6m = 1140m – (5,61xIMC) – (6,94 x idade, anos) TC6 - Equações Preditivas Enright & Sherri l AJRCCM 2002:166:111-117 MULHER DC6m = (2,11 x altura,cm)-(5,78 x idade,anos)–(2,29 x peso, Kg) +667m DC6m = 1017m – (6,24xIMC) – (5,83 x idade, anos) TC6 � Dê estímulos padronizados �Posicione o acompanhante atrás do paciente �Realize no mínimo dois testes �Utilize corredores >30m �Disponha de equipamentos de segurança �Interprete com valores absolutos �Não superestimule o paciente �Não acompanhe a frente do paciente �Não realize somente um único teste �Evite esteiras e corredores curtos �Não ignore os riscos AJRCCM 2002:166:111-117 Faça Não faça VO2 estimado • Velocidade: – Vel= distância percorrida/tempo (6min) • VO2: velocidade velocidade velocidade 50-100 m/min 100-140m/min acima 140m/min velx0,1+3,5 velx0,15+3,5 velx0,2+3,5 • METS: VO2/3,5 (70 a 80% do valor do METs) 2 – Teste da Escada e degrau Indicações • Preditor complicações cardiopulmonares em pós - operatório ressecções pulmonares • Preditor de mortalidade • Avalia capacidade aeróbica máxima Am J M Sc 1929: 177-223 Olsen et al Chest 1991: 99: 587 Am Heart J 1944: 10:495 1929 Arthur Master � Objetiva-se impor uma carga de trabalho comparável a demanda das atividades diárias. Teste da Escada e degrau • Altura do degrau entre 15 e 20 cm • Duração entre 5 e 6 minutos (divergências) • Paciente deve subir e descer do degrau alternando os MMII (evitar paradas em decorrência da coordenação com os MMII) • Paciente deve descer do degrau com o mesmo pé que subiu • Contagem do número de degraus • MMSS apoiados por um suporte • Mesmos critérios de interrupção que o TC6 TESTE DE ESCADA E DEGRAU Vantagens Neder & Nery - Fisiologia Clínica do Exercício 2003 Baixo custo Mínimo equipamento, portátil Pouco espaço Aplicação clínica Reprodutível SUBMETER O PACIENTE A UM ESTRESSE FÍSICO PROLONGADO E PERSONALIZADO METABÓLICA RESPOSTA CLÍNICA HEMODINÂMICA ELETROCARDIOGRÁFICA 3 – Teste Ergométrico TESTE ERGOMÉTRICO BAIXO CUSTO FÁCIL EXECUÇÃO ALTA REPRODUTIBILIDADE Indicações • Pneumopatas: DPOC, asma • Cardiopatas: DAC, HAS, valvopatias, ICC, arritmias • Atletas • Indivíduos assintomáticos Determinação da capacidade funcional e cardiovascular Contraindicações Absolutas • Embolia pulmonar • Enfermidade aguda, febril ou grave • Limitação física ou psicológica • Intoxicação medicamentosa Contraindicações Relativas • Dor aguda • Estenose valvares moderadas • Arritmias extremas • Insuficiências valvares graves • Distúrbio hidroeletrolítico e metabólico • Afecções não cardíacas capazes de agravamento pelo teste METODOLOGIA Equipe - treinada: � Médicos � Fisioterapeutas � Enfermeiros Área física: Luminosidade, temperatura ambiente e dimensões (3 pessoas); Equipamentos: Ergômetro, monitor cardíaco e eletrocardiógrafo, esfigmomanômetro etc. Material e medicações para emergências: material de suporte básico e avançado. Metodologia: Tipo de Ergômetro: Bicicleta Ergométrica PRÓS • + barata • +compacta • Silenciosa • Segura • > movimentação tronco e MMSS • Fácil aferição da PA • Mensuração precisa da relação potência aplicada-demanda metabólica � CONTRAS • Desempenho pobre de alguns indivíduos (idosos) • Desconforto do selim • Ajuste da altura do selim e do comprimento das alavancas dos pedais Esteira Ergométrica � PRÓS • Exige maior demanda metabólica • Maior estresse cardiovascular e respiratório • Mais se aproxima das atividades de vida diária � CONTRAS • Potência não pode ser acuradamente medida • Depende: massa corporal, velocidade, inclinação • Mais caras, imóveis e volumosas • Dificuldade para as medidas de PA Ergômetro de MMSS • Semelhante à bicicleta, porém, com massa muscular envolvida menor • FCmáx 2-12%menor que na bicicleta • Maior estresse metabólico, cardiovascular. • Usado em indivíduos com impossibilidade de movimentos em MMII • Avavaliação e treinamento de atletas cuja modalidade utiliza MMSS • Demonstrar limitação ventilatória em indivíduos com baixa reserva mecânica respiratória (DPOC) Orientações ao paciente • Motivo do teste ergométrico • Suspensão ou manutenção do medicamento • Procedimento • Vestimento e alimentação • Exames complementares Sinais e Sintomas • Palidez, tonturas, sudorese, estafa física e dispneia; • Dor torácica: detalhar (aparecimento, intensidade, evolução, fenômenos associados e irradiação; • Ausculta cardíaca e pulmonar. Critérios de interrupção do esforço físico • Elevação da PAD até 120 mmHg (normotensos) e até 140 mmHg (hipertensos); • Elevação da PAS até 260 mmHg; • Desconforto torácico exacerbada com o aumento de carga; • Palidez, tonturas, ataxia e pré-síncope; • Dispneia desproporcional ao esforço; • Infradesnível do ST de 3 mm (adicional ao repouso) e supradesnível de 2 mm; • Arritmia complexa; • Alterações na ausculta cardíaca e pulmonar. Escolha do protocolo Tipos de protocolos Tipos de protocolos Incremental • Definir a tolerância máxima ao exercício e seus possíveis fatores limitantes • Estimar não invasivamente o limiar de lactato e outros componentes da resposta submáxima ao esforço progressivo • Triar candidatos a programas de reabilitação cardiopulmonar • Avaliar respostas máximas e submáximas pós-intervenção Constante • Estabelecer precisamente demandas metabólicas para dada carga • Avaliação de respostas pós- treinamento em condições de demanda equivalente • Auxiliar na detecção de broncocontrição induzida pelo exercício • Avaliação de respostas cinéticas repouso-exercicio • Aferir necessidade de oxigenoterapia OBRIGADA!!
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