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POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE E SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE QUESTÕES FUNDAMENTAIS Qual a importância da saúde para o indivíduo e para a sociedade? Quem deve ser responsável pela saúde? Que direitos e garan�as os Estados devem prover a seus cidadãos? Os Estados devem atuar na proteção à saúde? Qual deve ser a extensão desse direito? Os Estados devem proteger quais indivíduos? Qual deve ser a abrangência da proteção? O estado tem por função definir quais são suas prioridades e, a par�r disso, decidir sobre alguns modelos nos quais pode seguir em relação à saúde. 1. MODELOS DE POLÍTICA SOCIAL RESIDUAL: o indivíduo escolhe e paga pelo serviço. MERITOCRÁTICO-PARTICULARISTA: há um mercado privado regulador, porém o estado atende a população mais vulnerável que não pode ser atendida. INSTITUCIONAL REDISTRIBUTIVO: o estado tem papel mais importante regulando/financiando assistência para esses indivíduos. 2. SISTEMAS DE PROTEÇÃO SOCIAL Refere-se a um princípio da jus�ça , em que todos devem ter acesso aos serviços de saúde, educação etc servindo como um meio para a�ngir a igualdade na população. SAÚDE PÚBLICA PRÉ-1988 Nesse contexto, qual é o maior interesse econômico do país? O que ele está produzindo? 1923 - 1930: país dependente de produção agrícola que, nesse caso, representava sua área de inves�mento. SANITARISMO CAMPANHISTA : campanhas de proteção contra febre amarela e malária na Amazônia, por exemplo, já que era região de produção de borracha. Além disso, proteção nos portos, onde havia muita entrada de europeus para trabalhar nessas áreas. 1930 - 1945: há um certo abandono na produção agrícola e começa-se uma era de industrialização tardia no Brasil (Era Vargas). O estado começa a par�cipar das questões de saúde, tomando medidas populistas. MOVIMENTO SANITARISTA Conferência de Alma-Ata: havia uma certa crí�ca ao modelo priva�sta, por conta dos altos níveis de mortalidade infan�l e precariedade da saúde. Simpósio Nacional de Polí�ca de Saúde: pegou-se as crí�cas que já haviam sendo feitas desde a Conferência de Alma-Ata e propôs a reorganização do Sistema de Saúde, a fim de tentar dar força à atenção primária. VII Conferência Nacional de Saúde: discute-se para uma reestruturação do Sistema de Saúde, levando em consideração o conceito amplo de saúde e por ser um direito de todos e dever do Estado. Manuella Soussa Braga - 3p REDEMOCRATIZAÇÃO: ORGANIZAÇÃO POLÍTICA BRASILEIRA PÓS-1988 SISTEMA POLÍTICO FEDERATIVO - estados/regiões com cerca independência econômica, em estruturas não centralizadas , com soberania compar�lhada entre municípios e estados, não restringindo o poder à federação, criando certa flexibilidade ins�tucional. DESCENTRALIZAÇÃO POLÍTICA-ADMINISTRATIVA - é uma estratégia de redemocra�zação para tentar incorporar novos atores sociais (fundamental para construir um sistema público de saúde) com maior par�cipação dos municípios. CONSTITUIÇÃO CIDADà (1988) - antes disso, a saúde era oferecida apenas para quem trabalha e, aqueles que não trabalhavam, recorriam à assistência social ou tentavam custear os serviços. Com a cons�tuição, a saúde ficou estabelecida como um direito universal e dever do Estado . SÓ O BRASIL APRESENTA ESSE LEMA. ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS - sistema único e descentralizado (papel do estado e município, além do governo federal), rede regionalizada (atuar levando em consideração uma maior proximidade com as caracterís�cas daquela população já que influencia na saúde) e hierarquizada, garan�a de atendimento integral (referência e contra-referência) e par�cipação da comunidade. O SUS tem financiamento compar�lhado entre governo federal, estado e município. PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS UNIVERSALIDADE - todos têm acesso. INTEGRALIDADE - acesso à todos os serviços. EQUIDADE - dar mais para quem precisa mais. PRINCÍPIOS DE ORGANIZAÇÃO DO SUS REGIONALIZAÇÃO E HIERARQUIZAÇÃO - limita-se uma área de atuação, devido às caracterís�cas daquela população. RESOLUBILIDADE - diferenças de complexidade (ESF - baixa, CEO - média e HOSPITAL - alta), refere-se a resolução do problema sem precisar sair do sistema único de saúde. DESCENTRALIZAÇÃO POLÍTICA-ADMINISTRATIVA - o maior poder execu�vo é o do município. PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE - nos conselhos regionais e nacionais de saúde. Lei 8080 de 1990. “Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências.” Lei 8.142 de 1990. “Dispõe sobre a par�cipação da comunidade na gestão do SUS e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras providências.” DESAFIOS Superar o modelo de atenção tradicional hospitalocêntrico, medicalizador, excludente (custo elevado), mercan�l (privado) e pouco resolu�vo (trata-se a consequente), implantando uma proposta completamente oposta. Manuella Soussa Braga - 3p PROGRAMA DE AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE Orientam questões de saúde junto à comunidade de uma área restrita, visitando domiciliares. Além disso, os agentes comunitários devem viver na comunidade onde atuam. Tem vínculo com as Unidades Básicas de Saúde e Unidades de Saúde da Família. ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA Caráter subs�tu�vo da Unidade Básica de Saúde, integralidade e hierarquização (porta de entra pro Sistema de Saúde), territorialização e adscrição da clientela, equipe mul�profissional, acolhimento, vínculo e autonomia. MÉDICO + ENFERMEIRO + AUXILIAR/TÉCNICO DE ENFERMAGEM + AGENTES COMUNITÁRIOS atendem no máximo 4.000 habitantes em 40 horas semanais ESB = I - CD + ASB ou TSB II - CD + ASB + TSB atendendo 6.900 habitantes. PROBLEMAS DO SUS: incapacidade técnica, transição demográfica, transição epidemiológica, judicialização, subfinanciamento, interesses do setor privado. Manuella Soussa Braga - 3p
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