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RESUMÃO IESC - 1 PERÍODO

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IESC - Integração Ensino Serviço e Comunidade
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Tirsa Melo Dias - 1º período FASAI
@tirsameloo
O Código de ética do estudante de medicina foi elaborado em 25
de Fevereiro de 2016 especificamente por uma comissão criada
pelo CFM (Conselho Federal de Medicina) e visa elaborar uma
carta de princípios universais, aplicáveis a todos os contextos, para
estimular o desenvolvimento de uma consciência individual e
coletiva propícia ao fortalecimento de uma postura honesta,
responsável, competente e ética, resultando na formação de um
futuro médico mais atento a esses princípios básicos para a
atividade profissional e a vida em sociedade. É constituído por 45
artigos organizados em seis diferentes eixos, os quais, de maneira
didática e clara, ressaltam atitudes, práticas e princípios morais e
éticos que, se observados na rotina das escolas e das relações
humanas por esses jovens, causarão reflexos positivos no ambiente
acadêmico e também na vida de todos, nas esferas pessoal e
profissional.
 - Código de ética do estudante de medicina -
- Sistemas de saúde -
Estudar os sistemas de saúde nos ajuda a conhecer como suas
estruturas estão falhando ou sendo bem-sucedidas no objetivo
de garantir a melhoria das condições de saúde da população.
Estudar um sistema de saúde é conhecer as características de
cada um de seus componentes e como eles se relacionam
entre si.
Os sistemas são complexos e estão em constantes mudanças
Estruturas Orgânicas públicas e privadas de atenção à saúde
 
 
 
 
PODEM INTERFERIR NA ASSISTÊNCIA A SAÚDE:
 
1.Financiamento das ações 
2.Tipo e alcance da regularização do setor privado
3.Relação com o setor público
 
*Os sistemas não funcionam da mesma forma em todos os países,
pois fazem parte da dinâmica social. É possível aprender com as
experiências dos demais.
 
- Conceito de saúde-doença - 
A saúde é vista como a ausência de doença e por sua vez, a
doença é vista como falta de saúde, porém é uma visão muito
limitante.
 
SAÚDE: segundo a OMS é o completo bem-estar físico,
mental e social, funções orgânicas físicas e e mentais em
situação normal e o resultado do equilíbrio dinâmico entre
indivíduo e o seu ambiente.
 
DOENÇA: desajustamento nos mecanismos de adaptação do
organismo, ausência de reação aos estímulos cuja ação esta
exposta e alteração do equilíbrio homem-ambiente.
- Políticas de saúde no Brasil -
Definição: ação ou omissão do estado enquanto resposta social
diante dos problemas de saúde e seus determinantes bem como
produção, distribuição e regulação de bens e serviços em
ambientes que afetam a saúde dos indivíduos e da coletividade. 
 
BRASIL COLÔNIA E BRASIL IMPÉRIO: Nesse período, a
atenção à saúde limitava-se aos próprios recursos da terra
(plantas e ervas) e às pessoas que desenvolviam a arte de curar
através de conhecimentos empíricos, denominados de
curandeiros. A vinda da família real para o Brasil criou a
necessidade de uma estrutura sanitária mínima na cidade do
Rio de Janeiro. Até 1850, as atividades de saúde pública
estavam limitadas em: delegação das atribuições sanitárias às
juntas municipais, controle de navios e saneamento dos portos!
A carência dos profissionais médicos e de uma assistência
médica estruturada, no Brasil Colônia e no Brasil
Império, fez com que proliferassem pelo país os Boticários
(farmacêuticos). Não dispondo de aprendizado
acadêmico, o processo de habilitação consistia em acompanhar
um serviço de uma botica já estabelecida durante certo período
de tempo. Em 1808, Dom João VI fundou, na Bahia, o Colégio
médico-cirúrgico no Real Hospital Militar da Cidade de
Salvador. No mês de novembro do mesmo ano, foi criada a
Escola de Cirurgia do Rio de Janeiro, anexa ao real Hospital
Militar.
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Tirsa Melo Dias - 1º período FASAI
@tirsameloo
BRASIL REPÚBLICA: Com a Proclamação da República, em
1889, observa-se que a falta de um modelo sanitário deixou as
cidades brasileiras a merce das epidemias. O Rio de Janeiro
apresentava um quadro sanitário caótico, caracterizado pela
presença de várias doenças graves, como a varíola, a malária, a
febre amarela, e, posteriormente, a peste, o que acabou gerando
sérias consequências tanto para a saúde coletiva
quanto para outros setores, como o do comercio exterior, visto
que os navios estrangeiros não mais queriam atracar no porto do
Rio de Janeiro em função da situação sanitária existente na
cidade. A necessidade de reordenação dos espaços e de
solucionar a situação sanitária leva as autoridades à
implementação de um programa de saneamento conhecido com
modelo campanhista, liderado pelo médico sanitarista Oswaldo
Cruz. A Lei Federal n° 1261, de 31 de outubro de
1904, instituiu a vacinação anti-varíola obrigatória para todo o
território nacional. Esse modelo foi criado dentro de uma visão
militar, na qual o uso da força e da autoridade eram considerados
os instrumentos preferenciais de ação, resultando em
movimentos repressores em torno de mudanças que deflagram
conflitos, entre eles a Revolta da Vacina.
Apesar dos excessos cometidos, o modelo campanhista obteve
importantes vitórias no controle das doenças epidêmicas, o que o
tornou hegemônico como proposta de intervenção na área de
saúde coletiva durante décadas. Nesse período Oswaldo Cruz
organizou a diretoria geral de saúde pública, criando uma seção
demográfica, um laboratório bacteriológico, um serviço de
engenharia sanitária e de profilaxia da febre-amarela, a inspetoria
de isolamento e desinfecção, e o instituto soroterápico federal,
posteriormente transformado no Instituto Oswaldo Cruz.
Em 1920, Carlos Chagas, sucessor de Oswaldo Cruz,
reestruturou o Departamento Nacional de saude, entao ligado ao
Ministerio da ustiça, e introduziu a propaganda e a educaçao
sanitaria na técnica rotineira de ação, inovando o modelo
campanhista já existente. Importam-se conhecimentos dos
maiores centros de saúde do mundo, entre eles a Escola Jonh
Hopkins? segundo seus modelos, é fundado o
Instituto de Higiene e Saúde Pública, hoje atual Faculdade de
Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP).
 
Gradativamente. com o controle das epidemias nas grandes
cidades brasileiras, o modelo campanhista
deslocou a sua ação para o campo e para o combate das
denominadas endemias rurais, dado ser a
agricultura a atividade hegemônica da economia da época. Ainda
no início do século XX, a economia era
basicamente agroexportadora, assentada na monocultura do cate.
A acumulação capitalista advinda de comercio exterior tornou
possível o inicio do processo de industrialização no pais. que
cedeu principalmente no eixo Rio-São Paulo. A industrialização
resultou de uma urbanização crescente e da necessidade de mão-
de-obra nas indústrias. Os operários da época não tinham
quaisquer garantias trabalhistas, o que resultou em duas greves
gerais no país: uma em 1917 e outra em 1919. Através desses
movimentos, os operários começaram a conquistar alguns direitos
sociais. Em 24 de janeiro de 1923, foi aprovada, pelo Congresso
Nacional, a Lei Eloy Chaves, marco inicial da previdência social
no Brasil. Através dessa lei, foram instituídas as Caixas de
Aposentadoria e Pensões (CAP´s). A Lei Eloy Chaves deveria
ser aplicada somente aos operários urbanos, as caixas deveriam
ser organizadas por empresa e não por categorias profissionais, as
CAP´s não eram criadas automaticamente, dependiam do poder
de mobilização e organização dos trabalhadores de determinada
empresa para reivindicar a sua criação e eram mantidas por
empregados, empresas consumidores dos serviços das mesmas. A
primeira CAP criada foi a dos ferroviários. O que pode ser
explicado pela importância que esse setor desempenha na
economia do país naquela época e pela capacidade de mobilização
que a categoria dos ferroviários possuía. A extensão progressiva
desse sistema, abrangendo cada vez maior número de usuários de
serviços, com a criação de novas Caixas eInstitutos, veio, afinal,
fazer o ônus recair sobre o público em geral e, assim, a se
constituir efetivamente em contribuição da União. O mecanismo
de contribuição tríplice (em partes iguais) refere-se à contribuição
pelos empregados, empregadores e União e foi obrigatoriamente
instituído pela Constituição Federal de 1934.
 A crise dos anos 30 imobilizou temporariamente o setor agrario-
exportador, redefinindo a organização do estado que imprimira
novos caminhos a vida nacional. Assim e a crise do café , a ação
dos setores agrários e urbanos que vão propor um novo padrão de
uso do poder no Brasil.
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Tirsa Melo Dias - 1º período FASAI
@tirsameloo
DITADURA CIVIL ´´ERA VARGAS´´ : Investindo na
Presidência da República pela Revolução de 1930, Getúlio
Vargas instalou a reforma política e administrativa, entre elas, a
criação do Ministério da Educação e Saúde Pública. As
dificuldades encontradas para governar democraticamente a
nação levaram à instalação, a partir de 1937, da ditadura do
Estado Novo, com centralização da máquina governamental e
também bloqueamento das reivindicações sociais. No que se
refere a previdência social, a politica do estado pretendeu
estender a todas as categorias do operariado urbano organizado
os benefícios da previdência. Como resultado, as antiga CAP´s
são substituídas pelos Institutos de Aposentadorias e Pensões
(IAPs). Nesses institutos, os trabalhadores eram organizados
por categoria profissional (marítimos, comerciários, bancários),
e não por empresa. Em 1953, foi criado o Ministério da Saúde,
o que, na verdade, limitou-se a um mero desmembramento do
antigo Ministério da Saúde e Educação sem que isso
significasse uma nova postura do governo. Em 1960, foi
promulgada a lei 3.807, denominada Lei Orgânica da
Previdência Social, que veio estabelecer a unificação do regime
geral da previdência social, destinado a abranger todos os
trabalhadores sujeitos ao regime da Consolidação das Leis do
Trabalho (LI), excluídos os trabalhadores rurais, Os
empregados domésticos e, naturalmente, os servidores públicos
e de autarquias, e que tivessem regimes próprios de
previdência. Os trabalhadores rurais só viriam a ser
incorporados ao sistema 3 anos mais tarde, quando foi
promulgada a lei 4.214 de 2/3/63/, que instituiu o Fundo de
Assistência ao Trabalhador Rural (FUNRURAL).
 
A DITADURA MILITAR: O processo de unificação dos
institutos avança com o golpe militar de 1964, que, nesse
mesmo ano, promove uma intervenção generalizada em todos
os IAP´s, sendo os conselhos administrativos substituídos
por juntas interventoras nomeadas pelo governo revolucionário.
Em 2 de janeiro de 1967, ocorre a efetivação do processo de
unificação com a implantação do Instituto Nacional de
Previdência Social (INPS), proporcionando a unificação dos
diversos benefícios ao nível de IAP´s. Na medida em que todo
trabalhador urbano com carteira assinada era automaticamente
contribuinte e beneficiário do novo sistema, foi grande o
volume de recursos financeiros capitalizados, gerando um
grande volume de recursos financeiros. 
 
 
Foram estabelecidos convênios e contratos com a maioria dos
médicos e hospitais existentes no pais, formando um complexo
sistema médico-industrial.
Esse sistema foi se tornando cada vez mais complexo dentro da
estrutura do INPS, o que acabou levando a criação de uma
estrutura própria administrativa: o Instituto Nacional de
Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS), em 1978.
Nesse momento, o Ministério da Previdência
e Assistência Social ditava as políticas de saúde? juntamente com
esse ministério foi criado o Fundo de Apoio ao Desenvolvimento
Social (FAS), que proporcionou a remodelação e ampliação dos
hospitais da rede privada, através de empréstimos com juros
subsidiados. Incapacitado de atender à extensa massa de usuários
com serviços próprios, recorre às instituições privadas
no sentido de complementar o atendimento à demanda. A medicina
liberal também perde espaço, organiza se em redes de clinicas e
hospitais com caráter lucrativo, passam a conveniar-se com a
previdência e empresas, garantindo assistência a seus funcionários
(surgem aí os primeiros seguros privados de saúde).
 
A CRISE NO MODELO DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE: O
modelo econômico, implantado pela ditadura militar, entra em crise
em 1975, caracterizada pela crise econômica internacional e
diminuição do fluxo de capital estrangeiro e nacional. O país
diminui o ritmo de crescimento resultando em desnivelamento
social, os pobres ficaram mais pobres e os ricos mais ricos, sendo o
país um dos que apresentavam um dos maiores índices de
concentração de renda em nível mundial. A população com baixos
salários passou a conviver com o desemprego e as suas graves
consequências sociais, como aumento da marginalidade, das
favelas, da mortalidade infantil. O modelo de saúde previdenciário
começa a mostrar as suas deficiências. O setor médico privado, que
se beneficiou do modelo médico-privatista durante quinze anos, a
partir de 64, observando que o setor público estava em crise,
passou a formular novas alternativas para sua estruturação.
direcionando o seu modelo de atenção para parcelas da população,
classe média e categorias de assalariados, procurando através da
poupança desses setores sociais organizar uma nova base estrutural.
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Tirsa Melo Dias - 1º período FASAI
@tirsameloo
 
Desse modo foi concebido um subsistema de Atenção Médica-
Supletiva composto de 5 modalidades assistenciais: medicina de
grupo, cooperativas medicas, auto-gestão, seguro-saúde e plano
de administração. Esse sistema baseia-se num universalismo
excludente, beneficiando somente aquela parcela da população
que tem condições financeiras de arcar com o sistema e
investimento na saúde preventiva e na mudança de indicadores
de saúde. Ao subsistema publico compete atender a grande
maioria
da população brasileira com os minguados recursos dos governos
federal, estadual e municipal. Nesse momento, a atuação do
Ministério da Saúde resumia-se às atividades de promoção de
saúde e prevenção de doenças, realizadas em caráter universal, e
à assistência médico-hospitalar para poucas doenças servia a
pessoas que não tinham acesso ao atendimento do INAMPS.
Esses indivíduos eram caracterizados como indigentes e
encaminhados a serviços filantrópicos para atendimento. 
 
ABERTURA POLÍTICA E OS REFLEXOS NO NOVO
MODELO DE ASSISTÊNCIA Á SAÚDE: Ao longo da
década de 1980, o INAMPS passaria por sucessivas mudanças,
até a universalização progressiva do atendimento, prevista pelo
Sistema Único e Descentralizado de Saúde (SUDS), defendida
na 8° Conferencia Nacional de Saúde como estratégia viável
para a eliminação da assistência à saúde excludente, conforme
vinha sendo imposta pelo Sistema de Saúde anterior, já numa
transição para o Sistema Único de Saúde (SUS). No entanto, o
que imprimiu a nova lógica de direitos civis e acesso aos serviços
de saúde advém com a Assembleia Nacional Constituinte de
1986, a qual culminou com a Promulgação da Constituição da
República Federativa do Brasil, em 5 de outubro de 1988, que
garante, no Artigo 196: "A saúde é direito de todos e dever do
Estado, garantido mediante políticas sociais econômicas que
visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao
acesso universal igualitário às ações e serviços para sua
promoção, proteção e recuperação"
 
 
Reforço da ação comunitária/participação, fortalecendo os
cidadãos e comunidades para que participem ativamente da
organização do sistema de saúde, ajudando a tomar
decisões e definir metas e prioridades.
Políticas públicas saudáveis que diminuam as desigualdades
sociais por meio de ações sobre os determinantes dos
problemas de saúde.
Desenvolvimento de habilidades pessoais, apoiando o
desenvolvimento pessoal por meio de educação, cultura e
intensificação das habilidades vitais.
Criação de ambientes favoráveis, melhorandoo meio
ambiente, conservando recursos naturais e fazendo o
acompanhamento sistemático do impacto que as mudanças
no meio ambiente produzem sobre a saúde.
Reorientação dos serviços de saúde, de modo a dar ênfase à
saúde, atuando de forma a atingir a integralidade do
cuidado (a integralidade visa garantir um cuidado que
abranja a promoção, a prevenção, o tratamento
 
O conceito de promoção da saúde tem sido discutido por
especialistas da área de saúde pública desde Winslow, em 1920.
Mais tarde, Henry Sigerist, em 1946, citou a promoção da
saúde entre as quatro funções da Medicina, sendo as outras
três: prevenção de doenças, tratamento dos doentes e
reabilitação. A promoção da saúde não é mesma coisa que a
prevenção, pois não tem o foco na doença, mas sim na alteração
dos determinantes de saúde. Nessa nova visão, foram
revalorizadas atividades promotoras de saúde, como o
estabelecimento e o desenvolvimento de políticas sociais e
ambientais e o combate às desigualdades sociais. Cinco eixos
que devem orientar as ações de promoção da saúde:
e a reabilitação com foco na pessoa, na família e na comunidade,
e não somente no corpo biológico).
Você percebe, assim, que o significado do termo Promoção da
Saúde foi modificado ao longo do tempo. Hoje, está associado a
valores como vida, saúde, solidariedade, equidade, democracia,
cidadania, desenvolvi- mento, participação e parceria.
Relaciona-se também com a ideia de "responsabilização
múltipla", pois envolve as ações do Estado (políticas públicas
saudáveis), dos indivíduos e coletividades (desenvolvimento de
habilidades pessoais e coletivas), do sistema de saúde
(reorientação do sistema de saúde)
 
 
- Conceitos de promoção de saúde e prevenção de doenças -
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Tirsa Melo Dias - 1º período FASAI
@tirsameloo
 
 
O conceito de prevenção faz parte de estrutura temporal linear
que visa impedir acontecimentos futuros indesejáveis. Prevenir é
tomar todas as medidas para evitar o desenvolvimento de doenças
ou estado patológico. As ações preventivas são intervenções
orientadas a evitar o surgimento de doenças específicas,
reduzindo sua incidência e prevalência nas populações, com base
no conhecimento epidemiológico e de outros agravos específicos.
A prevenção abrange ações de detecção, controle e
enfraquecimento dos fatores de risco de enfermidades. O foco
está na doença e nos mecanismos implicados para atacá-la.
Os primeiros conceitos de promoção da saúde foram definidos
pelos autores Winslow, em 1920, e Sigerist, em 1946. Henry
Sigerist definiu quatro tarefas essenciais da medicina: a promoção
da saúde, a prevenção das doenças, a recuperação e a
reabilitação. Existe uma classificação de HND que perdura até os
dias de hoje e guia para os três níveis de ações preventivas: 
 
 Prevenção Primária: ações voltadas para atuar no controle dos
fatores pré-patogênicos, evitando o aparecimento do estímulo e,
consequentemente, da doença. Inclui a promoção da saúde, a
proteção inespecífica (nutrição, água potável, saneamento) e a
proteção específica dirigida a determinada doença 
 por exemplo, imunização.
Prevenção Secundária: o foco é o indivíduo que já adquiriu a
doença e precisa de ações que evitem o agravo ou a morte, como
diagnóstico, tratamento precoce e limitação da invalidez.
Prevenção Terciária: consiste na prevenção ou melhora da
incapacidade, sendo a atividade de reabilitação seu principal
trabalho.
 
Na prevenção primária, estão previstas as ações de proteção
especifica (imunização, educação para a saúde, controle de
vetores, higiene) e também a promoção da saúde, que é a
melhoria das condições de vida. As ações de prevenção
secundária visam evitar piora da situação, como foco no
diagnóstico, no tratamento precoce e na limitação da invalidez.
Na prevenção terciária, a invalidez ou a cronicidade da doença já
estão instalados, e é preciso reabilitar e reinserir o indivíduo na
sociedade.
- Organização sistema de saúde no Brasil -
O contexto da saúde no Brasil antes da criação do SUS era
bastante diferente da conjectura atual. À época, a saúde era
considerada ausência de doença, a assistência era centrada no foco
médico-hospitalar, a promoção da saúde era tarefa exclusiva do
Ministério da Saúde (MS) e todas as ações de saúde eram
centralizadas no estado, não havendo participação das unidades
federativas e dos municipios. Nesse cenário, o acesso dos cidadãos
brasileiros à assistência era restrito. De modo geral, pode-se dizer
que os cidadãos estavam divididos entre: os que podiam pagar pelos
serviços de saúde; os trabalhadores que contribuíam com o Instituto
Nacional de Previdência Médica da Previdência Social (INAMPS)
e, por isso, tinham direito a assistência prestada por esse instituto; e
os que não tinham nenhum direito à assistência, chamados de
“indigentes”, que eram totalmente dependentes de ações
filantrópicas e de caridade. No que tange à promoção da saúde e à
prevenção de doenças, as ações eram desenvolvidas pelo MS e
tinham como ênfase as campanhas de vacinação e controle de
endemias. Essas eram as únicas ações desenvolvidas com caráter
universal, ou seja, sem nenhum tipo de discriminação com relação à
população beneficiária. A realidade social desse período era de
exclusão da maior parte dos cidadãos do direito à saúde e de
aumento de doenças como verminoses e aquelas relacionadas à
escassez de saneamento básico. Essa situação passou a ser
questionada por grupos da sociedade civil e por trabalhadores da
saúde que, de forma articulada, começaram a debater sobre o futuro
da saúde brasileira, resultando em um movimento chamado
Reforma Sanitária. Em âmbito mundial, observava-se uma tendência
a mudanças, claramente indicadas na Declaração de Alma-Ata,
documento esse que foi redigido ao final da Conferência
Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde, em 1978. Esse
documento aponta para a necessidade da participação efetiva dos
Estados na saúde do seu povo através da promoção de políticas de
saúde que visem o bem-estar físico, mental e social como direitos
fundamentais dos seus habitantes, enfatizando que os cuidados
primários em saúde são direitos fundamentais e devem ser a
principal meta social de todos os governos. Esse cenário, paralelo ao
processo de redemocratização e ao amadurecimento das ideias da
Reforma Sanitária, resultou no que é considerado um marco
histórico para a saúde no Brasil: a VIII Conferência Nacional de
Saúde, realizada em 1986.
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Tirsa Melo Dias - 1º período FASAI
@tirsameloo
 
- Sistema Único de Saúde (SUS): Princípios e diretrizes -
A criação do SUS foi o maior movimento de inclusão social já
visto na história do Brasil e representou uma afirmação política
de compromisso do Estado brasileiro para com os direitos dos
seus cidadãos, tendo como importante princípio a universalização
do acesso às ações e aos serviços de saúde.
A nova ordem constitucional instituída em 1988 determina o
direito à saúde como um dos direitos fundamentais,
estabelecendo a obrigação do Estado de garanti-lo. Analisando os
dispositivos constitucionais, tem-se que “a saúde é concebida
como direito de todos e dever do Estado, que a deve garantir
mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do
risco de doenças e outros agravos”, regendo-se pelos princípios
do SUS
 
 
 O princípio da Universalidade estabelece que o SUS deve 
atender a todos, sem distinções ou restrições, sendo esse o
princípio fundamental das mudanças previstas pelo SUS, pois
garante a todos os brasileiros o direito à saúde.
A Integralidade fundamenta-se no entendimento de que as
pessoas têm o direito de serem atendidas no conjunto de suas
necessidades, individuais e coletivas, e que, os serviços de saúde
devem estar organizados de modo a oferecer todas as ações
requeridas por essa atenção integral. A Equidade baseia-se na
disponibilização de serviços que promovam a justiça social,
canalizandomaior atenção aos que mais necessitam,
diferenciando as necessidades de cada um.
 O princípio de equidade do SUS corresponde, portanto, a oferecer
mais a quem mais precisa, de forma a dar condições para que todos
tenham a mesma possibilidade. O princípio de Participação Social
prevê a organização e a participação da comunidade na gestão do
SUS, que ocorre legalmente por meio dos Conselhos e das
Conferencias de Saúde nas três esferas de governo: 
nacional ,estadual e municipal. 
O princípio de Descentralização estabelece a descentralização da
gestão e das políticas da saúde no país. De acordo com esse
princípio, o poder e a responsabilidade sobre a saúde são
distribuídos entre os três níveis de governo, objetivando uma
prestação de serviços com mais eficiência e qualidade e também a
fiscalização e o controle por parte da sociedade. Os municípios
passam a ser os responsáveis pela organização da oferta de todas as
ações e serviços de saúde e por estabelecer as políticas locais de
saúde. O princípio de Hierarquização é uma forma de organização
dos serviços e ações que visa atender as diferentes necessidades de
saúde da população, sendo a atenção básica a responsável pela
resolubilidade da maioria das necessidades em saúde da população e
a ordenadora da rede de atenção à saúde. O princípio de
Regionalização é considerado uma estratégia importante para
a organização do sistema de saúde. É um processo técnico-político
relacionado à definição de recortes espaciais para fins de
planejamento, organização e gestão de redes de ações e serviços de
saúde. Essa diretriz deverá ser operacionalizada por meio da
articulação das ações e dos serviços de saúde para que possam
produzir o cuidado integral da população.
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Tirsa Melo Dias - 1º período FASAI
@tirsameloo
- Abordagem comunitária -
1. Elaborar um protocolo de pesquisa e dos instrumentos. 
2. Seleção de amostra (saber quantas pessoas tem, quantos
homens, mulheres, crianças, etc) 
3. Treinar os entrevistadores, ponto crucial, essa pessoa precisa
ter noção do seu papel para que não se perca informações
4. Fazer um estudo piloto. 
5. Coleta de dados. 
6. Digitalização e análise de dados. 
7. Divulgação dos resultados. 
- Determinantes sociais no processo saúde-doença -
A saúde é silenciosa. Na maioria das vezes, somente a notamos
quando adoecemos. Ouvir o próprio corpo é uma boa estratégia
para assegurar a saúde com qualidade, pois não existe um limite
preciso entre a saúde e a doença, mas talvez uma relação de
reciprocidade entre elas, determinada por certos fatores que nos
permitem viver, como alimento, água, moradia, trabalho,
relacionamentos, clima, saneamento básico, avanços tecnológicos,
entre outros. Essa relação de reciprocidade é marcada pela forma
de vida de cada indivíduo com relação a esses fatores. Alguns
fatores estão em excesso para uns e em falta para outros, o que
determina, na maioria das vezes, o processo saúde-doença, que
ocorre de maneira desigual entre os indivíduos, suas comunidades
e a população. Nesse sentido, com a criação no Brasil da
Comissão Nacional sobre os Determinantes Sociais da Saúde
(CNDSS), em 2006, os Determinantes Sociais da Saúde foram
definidos como “os fatores sociais, econômicos, culturais,
étnicos/raciais, psicológicos e comportamentais que influenciam a
ocorrência de problemas de saúde e seus fatores de risco na
população”. Para entendermos melhor, sabemos que alguns
indivíduos da população são mais saudáveis que outros. Mas qual
a explicação para isso? A resposta está nos determinantes sociais
de saúde. Eles incluem as condições mais gerais(socioeconômicas,
culturais e ambientais) de uma sociedade, e se relacionam com as
condições de vida e trabalho de seus indivíduos, como habitação,
saneamento, ambiente de trabalho, serviços de saúde e educação,
incluindo também as redes sociais e comunitárias. 
Assim, se deixarmos de lado as desigualdades de adoecimento de
acordo com a faixa etária e as diferenças ocasionadas pelas doenças
específicas de cada sexo e fizermos um cruzamento de informações
de saúde com relação aos determinantes sociais, ficarão evidentes as
desigualdades decorrentes das condições sociais em que as pessoas
vivem e trabalham. Ao contrário de herança genética, sexo e idade,
tais desigualdades são injustas e inaceitáveis, e por isso são
chamadas de iniquidades. Exemplos disso são a maior probabilidade
de uma criança morrer no Nordeste se comparada a região Sul, ou
menos em uma mesma região se compararmos uma zona nobre com
uma zona periférica. Conseguem visualizar que, nesse sentido não
estamos falando de saúde pelas características do indivíduo, mas sim
por aquilo que a determina? Nesses contextos, estamos falando de
diferenças em termos de moradia, de estudo, de saneamento básico,
de acesso à saúde, etc., que vão influenciar diretamente na saúde da
população. A saúde vai muito além de acesso à prevenção,
diagnóstico e tratamento de doenças. A análise dos determinantes
sociais de saúde nos permite intervenções no sentido de ampliar
políticas públicas que possam reduzir as iniquidades e avançar para
políticas de saúde com mais equidade. Nessa conclusão, a partir dos
anos 1990, diversos países reformularam seus objetivos relacionados
à melhora da saúde. As metas de redução das taxas de morbidade e
mortalidade passam a ser acompanhadas pela busca de criação de
condições sociais que assegurem boa saúde para toda a população.
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Tirsa Melo Dias - 1º período FASAI
@tirsameloo
- Modelos técnico assistenciais - 
Modelo assistencial hegemônico: os modelos assistenciais em
saúde são construídos dentro de um macro cenário histórico e
social que inclui muitas variáveis: relacionadas aos direitos, ao
conhecimento científico, à cultura, à valorização social, aos
modelos de gestão de serviços e de trabalho em equipe, às
necessidades de saúde baseadas nos dados epidemiológicos,
investimentos e tecnologias disponíveis e às leis relacionadas ao
setor de saúde (FERTONANI et al., 2015) (Figura 1). Todas
essas variáveis juntas levam à construção efetiva de um sistema
assistencial que deve auxiliar a população em todas as questões
de saúde. No Brasil, temos principalmente o sistema hegemônico
de saúde e modelos alternativos.
 
No início do século XX, o Brasil ampliou suas ações de Saúde
voltadas principalmente para a vigilância dos portos, o
saneamento das cidades e o controle das grandes epidemias e das
endemias que assolavam o país com a promoção de campanhas
que aconteciam com estratégias militares de implementação
(FARIA et al., 2010). Dando um pulo nessa linha do tempo,
chegamos aos modelos assistenciais vigentes no Brasil e partimos
do Modelo assistencial hegemônico, que é um modelo biomédico,
e pode ser dividido em dois tipos:
 modelo médico assistencial privatista
 modelo sanitarista
 
As diferenças entre os dois modelos são muito claras (Quadro 1):
enquanto o modelo médico-assistencial privilegia o médico; o
modelo sanitarista privilegia os sanitaristas, cujo trabalho tem por
objeto os modos de transmissão e fatores de risco das doenças
(TEIXEIRA; PAIM; VILASBÔAS, 1998). As formas de trabalho
nesses modelos também variam muito, do trabalho intensivo na rede
de prestação de serviços de saúde, no modelo médico-assistencial,
principalmente na forma do hospital; para o modelo sanitarista, em
que as unidades de saúde são a principal forma de trabalho, a partir
das quais se operacionalizam as campanhas, os programas e as ações
de vigilância epidemiológica e sanitária (TEIXEIRA; PAIM;
VILASBÔAS, 1998)
 Existe em nosso país uma hegemonia do modelo biomédico que
tem influenciado a formação profissional, a organização dos
serviços e a produção de conhecimentos em saúde (FERTONANI
et al., 2015). Esse modelo biomédico foi incorporado nos serviços
de saúde pelos seus benefícios ao promover o alívio da dor e o
tratamento de doenças. Seus limites na atenção àsaúde das
pessoas são amplamente reconhecidos, destacando-se: o foco no
indivíduo indiferenciado e predominantemente com intervenções
no seu corpo e na parte afetada; a ênfase nas ações curativas e no
tratamento das doenças, lesões e danos; a medicalização; e a ênfase
na atenção hospitalar (FERTONANI et al., 2015).
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Tirsa Melo Dias - 1º período FASAI
@tirsameloo
MODELO ASSISTENCIAL ALTERNATIVO: Nos anos 1970
abriu-se um debate sobre modelos assistências no mundo, prevalecendo
os modelos que levassem em consideração a atenção primária à saúde,
também chamada medicina comunitária (SILVA JÚNIOR, 2007). A
partir de 1980, várias experiências de governo originaram tópicos que
contribuíram com a avaliação do que vinha sendo feito e com a
sugestão de elementos importantes à organização de modelos
assistenciais adequados, com escolhas técnicas, éticas e políticas
voltadas para a universalização da saúde (SILVA JÚNIOR, 2007). As
experiências serviram de base para o Movimento de Reforma Sanitária,
que culminou na VIII Conferência Nacional de Saúde, em 1986. As
diretrizes dessa Conferência ganharam forma de lei na Constituição de
1988 e na Lei Orgânica de Saúde (8.080/90), transformando-se na
organização do SUS. Nessa linha de organização dos modelos, foram
criados os modelos assistenciais alternativos, incluindo: Vigilância da
Saúde; Cidades Saudáveis; Promoção da Saúde; Estratégia de saúde da
Família; Ações Programáticas; e Acolhimento, entre outras. Os
modelos assistenciais alternativos incorporam, métodos, técnicas e
instrumentos provindos da epidemiologia, do planejamento e das
ciências sociais em saúde. Essas experiências apontam
possibilidades concretas de construção de um “modelo de
atenção à saúde voltado para a qualidade de vida” da população
(TEIXEIRA; PAIM; VILASBÔAS, 1998). Cada um desses
modelos alternativos tem suas próprias características, e todos
tendem a melhorar a qualidade do atendimento em saúde da
população brasileira.
- Atenção primária à saúde -
A Atenção Primária à Saúde (APS) é o primeiro nível de atenção
em saúde e se caracteriza por um conjunto de ações de saúde, no
âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção
da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a
reabilitação, a redução de danos e a manutenção da saúde com o
objetivo de desenvolver uma atenção integral que impacte
positivamente na situação de saúde das coletividades. Trata-se da
principal porta de entrada do SUS e do centro de comunicação com
toda a Rede de Atenção dos SUS, devendo se orientar pelos
princípios da universalidade, da acessibilidade, da continuidade do
cuidado, da integralidade da atenção, da responsabilização, da
humanização e da equidade. Isso significa dizer que a APS funciona
como um filtro capaz de organizar o fluxo dos serviços nas redes de
saúde, dos mais simples aos mais complexos. No Brasil, a Atenção
Primária é desenvolvida com o mais alto grau de descentralização e
capilaridade, ocorrendo no local mais próximo da vida das pessoas.
Há diversas estratégias governamentais relacionadas, sendo uma
delas a Estratégia de Saúde da Família (ESF), que leva serviços
multidisciplinares às comunidades por meio das Unidades de Saúde
da Família (USF), por exemplo. Consultas, exames, vacinas,
radiografias e outros procedimentos são disponibilizados aos
usuários nas USF. Hoje, há uma Carteira de Serviços da Atenção
Primária à Saúde (Casaps) disponível para apoiar os gestores
municipais na tomada de decisões e levar à população o
conhecimento do que encontrar na APS. Ela envolve outras
iniciativas também, como: o Programa Saúde na Hora e o Médicos
pelo Brasil. Esse trabalho é realizado nas Unidades de Saúde da
Família (USF), nas Unidades de Saúde Fluviais, nas Unidades
Odontológicas Móveis (UOM) e nas Academias de Saúde. Entre o
conjunto de iniciativas da Secretaria de Atenção Primária à Saúde
(Saps) para cuidar da população no ambiente em que vive estão o
Programa Saúde na Hora, o Médicos pelo Brasil , o Previne Brasil e
a Estratégia Saúde da Família, entre outros programas, ações e
estratégias.
- Princípios de apoio matricial -
O apoio matricial é uma proposta de integração entre equipes de
referência, responsáveis pela atenção direta e continuada de uma
população definida, e apoiadores especializados, profissionais com
conhecimentos e habilidades complementares aos da equipe de
referência.
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/casaps_versao_profissionais_saude_gestores_completa.pdf
http://aps.saude.gov.br/ape/saudehora
http://aps.saude.gov.br/noticia/6716
http://aps.saude.gov.br/ape/saudehora
http://aps.saude.gov.br/noticia/6716
http://aps.saude.gov.br/gestor/financiamento
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Tirsa Melo Dias - 1º período FASAI
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 - Lei nº 8080/19 de Setembro de 1990 -
A Lei Orgânica no 8.080/90 tem o objetivo de delinear as
condições necessárias à promoção, proteção e recuperação da
saúde. Aborda também como deve ser a organização e o
funcionamento dos serviços de saúde correspondentes (BRASIL,
1990a). Essa lei tem abrangência nacional e regula as ações e
serviços de saúde, que podem ser executados de forma isolada ou
conjuntamente, de modo permanente ou eventual, por pessoas
físicas ou jurídicas de direito privado ou público. Uma grande
conquista da regulamentação dessa lei é o estabelecimento
da saúde como um direito do ser humano, sendo dever do Estado
garantir a saúde através da formação e da aplicação das políticas
econômicas e sociais necessárias à redução de riscos de doenças e
outras injúrias. O Estado deve estabelecer as condições que
assegurem o acesso universal e de forma igualitária às ações e aos
serviços para a sua promoção, proteção e recuperação. Os deveres
das pessoas, da família, da sociedade e das empresas não devem
ser excluídos. O conceito de saúde, evidenciado na Lei no
8.080/90, traz como fatores fundamentais na determinação e na
condição da saúde o local de domicílio do indivíduo, englobando a
casa, o saneamento e o meio ambiente, além da alimentação, da
educação, do trabalho, da renda, do lazer, do transporte e do
acesso a bens e serviços primordiais (BRASIL, 1990a). É
importante salientar que, através dessa concepção, a organização
social e econômica de um país é expressa pelos níveis de saúde de
uma população. A Lei no 8.080/90 traz, em sua disposição
preliminar, que o SUS é composto por um conjunto de ações e
serviços de saúde, oferecidos por órgãos e instituições públicas
federais, estaduais e municipais, da administração direta e indireta.
Estão incluídas as instituições de controle de qualidade, pesquisa e
produção de insumos, medicamentos, inclusive de sangue e
hemoderivados, e de equipamentos para saúde, ainda que a
iniciativa privada possa participar do SUS, em caráter
complementar (BRASIL, 1990a). Essa lei traz como objetivos do
SUS: a identificação e a divulgação dos
fatores fundamentais a saúde, a criação de políticas de saúde e a
assistência aos indivíduos por meio de ações de promoção,
proteção e recuperação da saúde, de forma integrada às ações
assistenciais e às atividades preventivas. 
- Lei nº 8142/28 de dezembro de 1990 -
A Lei Orgânica no 8.142/1990 foi importante para a regulação dos
serviços de saúde, pois dispõe sobre a participação da comunidade
na gestão do SUS e sobre as transferências intergovernamentais de
recursos financeiros na área da saúde, além de outras providências
(BRASIL, 1990b). Em relação à participação da comunidade, nessa
lei são apresentadas as duas instâncias colegiadas, assim descritas:
1. Conferência de Saúde – deverá acontecer a cada 4 anos,
contando com a representação dos vários segmentos sociais, tendo
por objetivo de avaliar a condição de saúde e recomendar as
diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis
correspondentes; será convocada pelo Poder Executivo ou,
extraordinariamente, por esta ou pelo Conselhode Saúde.
2. Conselho de Saúde – será o órgão colegiado, de caráter
permanente e deliberativo, formado por representantes do governo,
prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários; atua na
criação de estratégias e no controle do cumprimento da política de
saúde na instância correspondente, incluindo os aspectos
econômicos e financeiros, cujas decisões serão aprovadas pelo chefe
do poder legalmente constituído em cada esfera do governo.
Representantes do Conselho Nacional de Secretários de Saúde
(CONASS) e o do Conselho Nacional de Secretários Municipais
de Saúde (CONASEMS) terão participação no Conselho Nacional
de Saúde. Tais Conferências de Saúde e Conselhos de Saúde terão
sua organização e regras de funcionamento definidas em regimento
próprio, aprovadas pelo respectivo conselho. E a representação dos
usuários nos Conselhos de Saúde e Conferências será paritária em
relação ao conjunto dos demais segmentos, isto é, representará 50%.
Em relação aos recursos, os provenientes do Fundo Nacional de
Saúde (FNS) serão alocados como: despesas do Ministério da
Saúde, de seus órgãos e entidades, de investimentos previstos em lei
orçamentária, de iniciativa do Poder Legislativo e aprovados pelo
Congresso Nacional, de investimentos previstos no Plano
Quinquenal do Ministério da Saúde e pela cobertura das ações e
serviços de saúde a serem implementados pelos Municípios, Estados
e Distrito Federal. 
Tirsa Melo Dias - 1º período FASAI
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REFERÊNCIAS:
MOREIRA, Taís de C.; ARCARI, Janete M.; COUTINHO, Andreia O R.; et al. Saúde coletiva. 
 
https://aps.saude.gov.br/smp/smpoquee
 
https://saude.campinas.sp.gov.br/saude/programas/protocolos/apoio_matricial/Manual_orientacoes_apoio_matri
cial_04_2018.pdf
 
https://www.passeidireto.com/arquivo/78618654/conceitos-de-promocao-da-saude-prevencao-de-doencas-e-
reabilitacao-da-saude

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