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RESUMO DE TECNOLOGIA FARMACEUTICA II Unidade 1 e 2 PÓS E COMPRIMIDOS 1. De modo geral, o fármaco deve estar dissolvido antes de ser distribuído pelos fluidos do organismo 2. Pós finos também podem aumentar a adsorção de ar ou de carga estática, levando a problemas de molhagem ou aglomeração. 3. Independente da via de administração o fármaco deve ter solubilidade em água, mesmo que mínima, para que ocorra a absorção e a resposta terapêutica. 4. Fármacos pouco solúveis (< 1mg/mL) = necessidade de formar sais. 5. IMPORTANTE: Solubilidade em..... · Meio ácido: ideal para fármaco com características de base fraca · Meio básico: ideal para fármaco com características de ácido fraco · Fármaco neutro (não ionizável) = é necessário complexação, independente do meio. 6. Assim, um grande aumento na solubilidade pode ser atingido formando-se um sal do composto! 7. Para aumentar a solubilidade pode aumentar a superfície de contato do medicamento 8. Se a dissolução do fármaco é lenta devido às suas propriedades físico-químicas aos seus fatores de formulação, a dissolução pode ser uma etapa limitante para a absorção, influenciando a biodisponibilidade do fármaco. 9. Coeficiente de Partição Kw ou P= óleo/água Log P < 0, são pouco lipossolúveis. São pouco absorvidos após administração oral e podem ser administrado na forma injetável. Log P >0, fármacos lipossolúveis Log P > 3 são muito lipossolúveis. Bem absorvidos, mas suscetíveis a depuração metabólica e biliar. 10. Polimorfismo é o fenômeno em que os sólidos cristalizam-se em mais de uma estrutura cristalina, ou seja, podem ser constituídos de uma mesma molécula e terem estruturas tridimensionais de empacotamento cristalino bastante distinto. Apenas uma das formas de um fármaco puro é estável a uma dada temperatura e pressão, enquanto as outras formas, denominadas metaestáveis, se transformam, a diferentes velocidades, na forma estável. 11. As formas anidras são mais solúveis em água do que as formas hidratadas. 12. Operações unitárias em destaque: 12.1. Moagem: importante uma vez que o tamanho influencia na dissolução e biodisponibilidade da substancia, distribuição em uma suspensão, aspereza de pós que não de uso tópicos ou inalados. Cuidado com as misturas eutéticas 12.2. Tamisação: padronizar o granulométria dos pós, uma vez que isso interfere na fluidez e compressão dos pós e biodisponibilidade. 12.2.1. Determinação da granulométria dos pós ( P1 = Peso da amostra retida em cada tamis (em gramas) P2 = Soma dos pesos retidos em cada tamis e no coletor (em gramas) ) 12.2.2. Caracterização do fluxo de pós · Ângulo de repouso · Densidade · ( Ve < 10 seg = ótimo escoamento ou fluidez Ve entre 10 e 30 seg = escoamento ou fluidez s uficiente Ve > 30 seg = escoamento ruim )Velocidade de escoamento 12.3. Mistura: Para obter misturas ideais devem-se misturar partículas com fluxo semelhante. Havendo diferenças entre o fluxo e granulometria há maiores chances de segregação. Mistura de Pós deve ser feita por diluição geométrica. 12.4. Secagem: Cuidado por perda de substâncias ativas e manchado de comprimidos coloridos. Secadores adiabáticos - secagem pelo ar quente. Secadores por transferência de calor-secagem pela superfície quente de metal. 12.5. Filtração: conhecer o tamanho das partículas e o tamanho dos poros do filtro. 13. Seleção quantitativa e qualitativa dos excipientes: Compatibilidade com excipientes 13.1. DSC: 13.2. CCD 14. Medidas de compressibilidade dos pós · Fator de Hausner · Índice de Compressibilidade 15. Os medicamentos orais são absorvidos no trato gastrointestinal 16. Tipos de ADJUVANTES: diluentes, aglutinantes, desintegrantes, corantes, aromatizantes, antiaderentes, lubrificantes e deslizantes 16.1. Diluentes: dar forma e peso a forma farmacêutica 16.2. Desintegrantes: podem facilitar a penetração da água no comprimido ou promove a ruptura do comprimido. 16.3. Aglutinantes: podendo ser seco ou úmido. Assegurar que os grânulos e comprimidos sejam formados com resistência mecânica desejada 16.4. Agentes Deslizantes: Melhorar o fluxo de materiais particulados. 16.5. Lubrificantes: Assegurar que a formação e ejeção do comprimido ocorram com baixa fricção entre o sólido e as paredes da matriz 16.6. Antiaderentes: Reduzir a adesão entre as partículas e as faces dos punções 16.7. Aromatizantes: Conferir ao comprimido um sabor mais agradável ou mascarar um gosto ruim 16.8. Corantes: Auxiliar a identificação e aumentar a aderência terapêutica 17. Compressão: redução do volume pela eliminação dos espaços vazios, levando as partículas a um contato próximo 17.1. Após compressão as partículas sofrem uma fragmentação ou deformação plástica ou deformação elástica. 17.1.1. Fragmentação: Após comprimir as partículas, se fragmentam 17.1.2. Deformação plástica: Após comprimir as partículas, há uma deformação das partículas que se mantém. É a deformação ideal para trabalho. 17.1.3. Deformação elástica: Após comprimir as partículas, há uma deformação das partículas que não se mantém. 17.2. Tipos de compressão: 17.2.1. Compressão direta: substancias são tamisadas e misturadas aos adjuvantes. Após são compressadas. É o processo mais rápido, entretanto o mais caro, pois é necessários uso de adjuvantes especiais: alta densidade, bom fluxo, tamanho das partículas próximas a do fármaco, boa compressibilidade, fisiologicamente inerte. 17.2.2. Compressão com granulação prévia por via seca: no processo de granulação não se usa líquidos. Processo escolhido quando o material não pode ser submetido a altas temperaturas (de secagem). A granulação é feita por compactação em rolos e depois tem que ser moído. É um processo pouco utilizado. 17.2.3. Compressão com granulação prévia por via úmida: no processo de granulação usa líquido. Esse líquido constitui-se de aglutinante + solvente. Vantagens: Aumenta a densidade bruta, aumenta a fluidez, aumenta a compatibilidade do material, diminui a segregação, aumenta a homogeneidade da mistura e influencia no processo de dissolução de fármacos hidrofóbicos. É considerado o processo mais efetivo, entretanto mais demorado por ter mais etapas como a adição de líquidos, calibração e secagem. 17.3. Problemas de compressão: laminação e descoroação. Causas: excesso de pressão, % de pó fino, falta de aglutinante, granulado muito seco. 18. O revestimento de comprimidos consiste na aplicação de um material sobre a superfície externa de um comprimido com a intenção de conferir benefícios e propriedades à forma farmacêutica em relação a não revestida. 18.1. Porque revestir um comprimido: · Proporcionar a liberação controlada do fármaco · Não desprendimento do pó · Proteção da luz e umidade. Mascarar sabor e odor. · Reforçar a identificação do produto. 18.2. O revestimento é realizado após a compressão do comprimido. 18.3. Os revestimentos são feitos com polímeros. Os polímeros podem ser homopolímeros (unidas idênticas) ou copolímeros (mais de uma unidade). 19. Tecnologias utilizadas para prolongar a liberação de fármacos: 19.1. Evita níveis tóxicos e mantém a concentração em níveis constantes no organismo. 19.2. Tipos de tecnologias 19.2.1. Utilização de revestimentos 19.2.1.1. Solúveis: 19.2.1.2. Insolúveis: O revestimento é insolúvel, sendo assim o fármaco passa através dos poros deste revestimento. (difusão) 19.2.1.3. Bomba osmótica: o comprimido tem em seu interior um compartimento polimérico de empurro. Quando esse compartimento se expande o fármaco é empurrado para fora pelo orifício de liberação. (osmose) 19.2.2. Incrustação do fármaco na matriz de cera ou plástica 19.2.3. Microencapsulação 19.2.4. Ligação química a resinas de permuta iônica 19.2.5. Incorporação em uma bomba osmótica Unidade 3 e 4 DATA: 29/04/2020 – Soluções farmacológicas Vantagens Desvantagens Rápida absorção Dificuldade de obter dose precisa Fármaco uniformemente distribuído Baixa estabilidade (sofre oxidação, hidrolise complexação) Necessita adição de conservantesSabor desagradável · Interação soluto/solvente O soluto precisa superar a força de interação intermolecular (das suas moléculas) para interagir com o solvente. · O que influencia a solubilidade: características físico-químicas:quanto maior o ponto de fusão, menor a solubilidade hidrofobicidade: depende dos grupos funcionais e a classificação de polar a apolar verificar os outros fatores... são 6 fatores. DATA: 06/05/2020 – DATA: 13/05/2020 – FORMAS FARMACÊUTICAS ESTÉREIS · A formulação é a mesma, entretanto as técnicas de preparo são direcionadas para formulações estéreis>> isentas de microorganismos viáveis>> injetáveis colírios e produtos de irrigação Colírios: alto teor de pureza/ aditivos usados; tampões, isotonizantes e antioxidante. Injetáveis definitivos: isotônicos, isentos de pirogênios. Injetáveis extemporâneas: preparadas no momento do uso, isentos de pirogênios. · Sistemas de pressão positiva nas células de produção: entrada de ar por filtros. · Paramentação · RDC Nº 17/2010: as áreas são classificadas por grau /Controles do ambiente: condição “em repouso” ou “em operação” / Controle dos produtos fabricados/ · Sanitizantes: tem prazos para serem guardados · Os produtos podem ser esterilizados após a sua fabricação · Técnicas de esterilização: métodos físicos (calor seco, calor úmido, radiação ionizante, radiação não ionizante, filtração), métodos químicos ( ·