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Bacharelado Em Engenharia Mecânica Disciplina: Introdução à Engenharia Prof. Elton Mendes Alceu Withoeft Bruno H. Faxini João Vitor Silva Lucas Luz Paulo R. Santos 1 Engenharia Nuclear em um cenário de trinta anos Introdução Energia nuclear é a energia liberada em uma reação nuclear, ou seja, em processos de transformação de núcleos atômicos. Alguns isótopos de certos elementos apresentam a capacidade de se transformar em outros isótopos ou elementos através de reações nucleares, emitindo energia durante esse processo; Baseia-se no princípio da equivalência massa-energia, segundo a qual durante reações nucleares ocorre transformação de massa em energia. A energia nuclear foi descoberta por Otto Hahn e Lise Meitner com a observação de uma fissão nuclear depois da irradiação de urânio com neutrons. A tecnologia nuclear tem como uma das principais finalidades gerar energia elétrica, aproveitando-se do calor emitido na reação, para aquecer a água até se tornar vapor, assim movimentando uma turbina a vapor acoplada a um gerador. Introdução A reação nuclear pode acontecer controladamente em um reator de usina nuclear, ou descontroladamente em uma bomba atômica (Causando uma reação chamada reação em cadeia). A reação nuclear é a modificação da composição do núcleo atômico de um elemento, podendo transformer-se em outro ou outros elementos. Esse processo ocorre espontaneamente quando não acontece metamorfose em alguns elementos. O caso mais interessante é a possibilidade de provocar a reação mediante técnicas de bombardeamento de neutrons ou outras particulas. Existem duas formas de reações nucleares: a fissão nuclear, onde o núcleo atômico subdivide-se em duas ou mais partículas; e a fusão nuclear, na qual ao menos dois núcleos atômicos se unem para formar um novo núcleo. História da energia nuclear Ernest Rutherford, o descobridor do núcleo atômico, estava fazendo pesquisas sobre a configuração do átomo em livros de uma biblioteca, e descobriu, através do uso de raios catódicos, que estes poderiam ser modificados através de bombardeamento com partículas rápidas. Com a descoberta do neutron ficou claro que deveriam existir muitas possibilidades dessas modificações. Enrico Fermi suspeitava que o núcleo ficaria cada vez maior acrescentando neutrons. Ida Noddack foi a primeira a suspeitar que “durante o bombardeamento de núcleos pesados com neutrons, estes poderiam quebrar-se em pedaços grandes, que são isótopos de elementos conhecidos, mas não vizinhos dos originais na tabela periódica”. A fissão nuclear foi descoberta por Otto Hahn e Fritz Strabmann em Berlim – 1938 e explicada por Lise Meitner e Otto Frisch (ambos em exílio na Suécia) logo depois, com a observação de uma fissão nuclear depois da irradiação de urânio com neutrons. A primeira reação em cadeia foi realizada em dezembro de 1942 em um reator de grafite de nome Chicago Pile 1 (CP-1), no context do projeto manhattan com a finalidade de construer a primeira bomba atômica, sob a supervisão de Enrico Fermi na universidade de Chicago. Desenvolvimento da tecnologia da Fissão Pesquisas do governo secreto para aplicações militares da Fissão nuclear começaram com a 2º Guerra Mundial. O desenvolvimento de uma arma requeriu que a auto-sustentação da reação de fissão fosse criado e, futuramente, que uma quantidade adequada de material fissionável fosse produzido para ser utilizado na confecção de uma arma. Em 2 de dezembro de 1942, na universidade de Chicago, um grupo dirigido por Enrico Fermi criou (com sucesso) o primeiro reator do mundo a chegar ao estado de auto-sustentação, ou “crítico”. O reator era abastecido com urânio natural embebido em blocos de grafite. A fissão ocorreu no isótopo do urânio, U-235. O urânio natural contém apenas 0.7% de U-235, enquanto o restante dos 99.3% do urânio é U-238, que não se fissiona exceto com neutrons altamente organizados, indisponíveis para o processo de fissão. Na produção de uma bomba, era necessário providenciar concentrações muito maiores de U-235, ou “urânio enriquecido”, e ultimamente, uma forma de difusão gasosa para ser usada na separação de U-235 e U-238. Ultimamente, a solução foi encontrada em uma forma de difusão gasosa que era utilizada na separação dos dois materiais. Uma maneira alternative de se obter materiais para armas é usar um núcleo fissionável diferente. Desta maneira, um material é o isótopo sintético do Plutônio, Pu-239, formado quando o U-238 reage com neutrons para produzir U-239. O U-239 é radiotivo e decai em dois passos para produzir Pu-239. Na produção de plutônio, um grande reator é necessário para irradiar o U-238. Uma vez que Fermi demonstrou que um reator crítico era exeqüível, um esforço maior era necessário na construção de reatores para produzir plutônio. O primeiro desses reatores, em Oak Ridge (Tennessee) foi seguido por usinas de larga escala em Hanford, Washington. Fusão Nuclear Atualmente muitos cientistas tem tentado desenvolver sistemas eficientes que consigam promover a fusão controlada de átomos leves. Esses sistemas são chamados de reatores de fusão nuclear e são alvos de intensas pesquisas, sendo que são, atualmente, a maneira mais adequada de gerar energia para suprir a demanda atual da mesma. A engenharia de mecanismos que promovam a fusão de átomos é bastante complexa e é descrita, em parte, com a máxima transparência possível neste trabalho. Inicialmente são três as exigências para a operação bem sucedida de um reator termonuclear: - Elevada Densidade n de partículas: densidade das partículas integrantes (por exemplo, de deutério) deve ser suficientemente elevada que a taxa de colisões d-d seja bastante alta. Na elevada temperatura requerida, o deutério estará completamente ionizado, e formará um plasma (gás ionizado) neutron, constituído por deuterons e elétrons. - Elevada temperature T do plasma: O plasma deve estar quente, pois de outra maneira os deuterons colidentes não terão energia suficiente para penetrar na barreira coulombina que tende a mantê-los separados. Nas pesquisas de fusão as temperaturas são geralmente dadas em termos do valor de kT. - Um tempo de confinamento t dilatado: Um grande problema éo do confinamento do plasma quente durante um interval de tempo bastante longo para que a densidade e a temperature permaneçam bastante elevadas e haja fusão apreciável do combustível. Energia nuclear no mundo Segundo dados de maio de 2019 da Associação Nuclear Mundial (WNA, na sigla em inglês), existem 447 reatores nucleares em operação no mundo, em 30 países, com capacidade instalada total de 389,154 MWe. Destes, Segundo dados da AIEA (dezembro de 2018), 298 são do tipo PWR (o mesmo de Angra 1 e 2), com capacidade total de 282,443 MW, o que corresponde a cerca de 66% da capacidade instalada mundial. De acordo com o relatório Electricity Information, publicado pela International Energy Agency (IEA), em 2018, os reatores nucleares foram responsáveis por 10,4% da produção de energia elétrica no mundo, mas o objetivo é aumentá-la em 25% até 2050, considerada a energia do futuro, trata-se de uma das mais eficientes formas de obtenção de energia que existem atualmente. As usinas térmicas convencionais (carvão, combustíveis líquidos e gás natural) contribuíram com 65,1% da geração total; as usinas hidrelétricas 16,6%; e a geração de energia por fontes renováveis totalizam 5,6%. As fontes de urânio já identificadas são suficientes para suprir de 60 a 100 anos de operação das usinas existentes no mundo e ainda os cenários de maior expansão previstos até 2035 pela AIEA. As reservas conhecidas estão atualmente em mais de cinco milhões de toneladas e o Brasil é um dos maiores prudutores. Mais de 9% das usinas nucleares estão concentradas nosEstados Unidos, na Europa, no Japão e na Russia. O governo russo inaugurou em abril de 2018 a primeira usina nuclear flutuante do mundo, localizada no mar Ártico. Em alguns países como Suécia, Finlândia e Bélgica a energia nuclear já representa mais de 40% do total de eletricidade produzida. A Coreia do Sul, China, Índia, Argentina e México também possuem usinas nucleares. O Brasil possui usinas nucleares no litoral do Rio de Janeiro, em Angra dos Reis, (Angra 1 e Angra 2). A construção da usina nuclear Angra 3, que estava paralizada desde 1986, teve sua licença ambiental aprovada em julho de 2008. Os cinco países campeões em produção de energia nuclear, Segundo Bussiness Insider, 2014 Principais vantagens da energia Nuclear - É um combustível mais barato que muitos outros como por exemplo o petróleo, o consume e a procura ao petróleo fez com que o seu preço disparasse, fazendo assim, com que o urânio se tornasse um recurso, comparativamente com o petróleo, um recurso de baixo custo. - É uma fonte mais concentrada na geração de energia, um pequeno pedaço de urânio pode abastecer uma cidade inteira, fazendo assim com que não sejam necessários grandes investimentos no recurso. - Não causa nenhum efeito estufa ou chuvas ácidas; - É fácil de transportar como novo combustível; - Tem uma base científica extensiva para todo o ciclo. - Permite reduzir o défice commercial. - É uma fonte de energia segura, visto que até a data só existiram dois acidentes mortais. - Permite aumentar a competitividade. Desvantagens da Energia Nuclear Apesar das suas vantagens esta energia também tem as suas desvantagens. -Ser uma energia não renovável, como referido anteriormente, torna-se uma das desvantagens, visto que o recurso utilizado para produzir este tipo de energia se esgotará futuramente. -As elevadas temperaturas da água utilizada no aquecimento causa a poluição térmica pois esta é lançada nos rios e nas ribeiras, destruindo assim ecossistemas e interferindo com o equilíbrio destas mesmas. - O risco de acidente, visto que qualquer falha humana, ou técnica poderá causar uma catástrofe sem retorno, mas atualmente já existem sistemas de segurança bastante elevados, de modo a tentar minimizer e evitar que estas falhas existam, quer por parte humana, quer por parte técnica. - A formação de resíduos nucleares perigosos e a emissão causal de radiações causam a poluição radioactive, os resíduos são um dos principais incovenientes desta energia, visto que atualmente não existem planos para estes resíduos, quer de baixo ou alto nível de radiotevidade, estes podem ter uma vida até 300 anos após serem produzidos podendo assim prejudicar as gerações vindouras. - Pode ser utilizado para fins bélicos, para a construção de armas nucleares, esta foi uma das primeiras utilizações da energia nuclear, os fins bélicos são a grande preocupação a nível mundial, porque projetos nucleares como o do Irã, que ameaçam a estabilidade económica e social. - Ser uma energia cara, visto que tanto o investimento inicial, como posteriormente a manutenção das energias nucleares são de elevados custos, até mesmo o recurso minério, visto que existem países que não o possuem, ou não em grande abundância, tendo assim que comprar de países externos. - O plutónio 239 leva de 24.000 anos para ter sua radiotividade reduzida à metade, e cerca de 50.000 anos para tornar-se inócuo. - Os seu efeitos, visto que na existência de um acidente, as consequências deste iram fazer-se sentir durante vários anos, visto que a radiotividade continuará a ser libertada durante vários anos. Acidentes nucleares Desde o primeiro acidente, registrado em 1952 em Chalh River, no Canadá, ocorreram muitos outros. Um dos mais graves foi o acidente de Chernobyl, que ocorreu na Ucrânia em 1986, que explodiu devido a uma falha do Sistema de refrigeração. O mais recente foi em 2011 na usina Fukushima 1, na costa leste do Japão, que foi atingida pelo terremoto e pelo tsunami que abalou a região. Houve explosão os prédios que abrigavam dois reatores o que provocou a liberação da radiação. O Brasil também enfrentou o pior acidente nuclear de sua história quando o material Césio-137 não foi descartado corretamente. Calcula-se que 1600 pessoas tenham sido contaminadas e quarto pessoas morreram neste episódio. Referências/Endereços consultados https://www.google.com.br/search?q=energia+nuclear&sxsrf=ALeKk01XoNK3z0v7Osio 55dBuwXC_tvIVQ:1590937811225&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwjpx- OYsd7pAhVBJ7kGHYOQCcgQ_AUoAXoECBQQAw&biw=1366&bih=673#imgrc=wPYhPw vXJDjPJM https://pt.wikipedia.org/wiki/Energia_nuclear https://www.eletronuclear.gov.br/Sociedade-e-Meio-Ambiente/Espaco-do-Conhecime nto/Paginas/Energia-nuclear-no-mundo.aspx http://www.fem.unicamp.br/~em313/paginas/nuclear/nuclear.htm https://www.eletronuclear.gov.br/Sociedade-e-Meio-Ambiente/Espaco-do-Conhecime nto/Paginas/Energia-nuclear-no-mundo.aspx https://www.fragmaq.com.br/blog/entenda-como-e-gerada-energia-nuclear/ https://www.portal-energia.com/vantagens-e-desvantagens-da-utilizacao-da-energia- nuclear/ https://www.todamateria.com.br/energia-nuclear/ https://pt.wikipedia.org/wiki/Energia_nuclear https://www.eletronuclear.gov.br/Sociedade-e-Meio-Ambiente/Espaco-do-Conhecimento/Paginas/Energia-nuclear-no-mundo.aspx https://www.eletronuclear.gov.br/Sociedade-e-Meio-Ambiente/Espaco-do-Conhecimento/Paginas/Energia-nuclear-no-mundo.aspx http://www.fem.unicamp.br/~em313/paginas/nuclear/nuclear.htm https://www.eletronuclear.gov.br/Sociedade-e-Meio-Ambiente/Espaco-do-Conhecimento/Paginas/Energia-nuclear-no-mundo.aspx https://www.eletronuclear.gov.br/Sociedade-e-Meio-Ambiente/Espaco-do-Conhecimento/Paginas/Energia-nuclear-no-mundo.aspx https://www.fragmaq.com.br/blog/entenda-como-e-gerada-energia-nuclear/ https://www.portal-energia.com/vantagens-e-desvantagens-da-utilizacao-da-energia-nuclear/ https://www.portal-energia.com/vantagens-e-desvantagens-da-utilizacao-da-energia-nuclear/ https://www.todamateria.com.br/energia-nuclear/
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