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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO ACADÊMICO: Wytoriane Porath DOCENTE: Clarice Klann Constantino Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI Curso (DIR0351) – Prática do Módulo I 21/04/20 1 ATIVIDADE – RESUMO LIVRO A LUTA PELO DIREITO Na obra de Rudolf von Ihering, a luta pelo direito começa relatando como o direito é a paz social e que só somos capazes de obtê-la por leio da luta, ou seja, é lutando contra as injustiças que se conquista a paz social. É bem exemplificado de maneiras que mostra como nossos antepassados sempre lutaram para conquistar algo, como por exemplo a luta por terras, a luta por novas religiões e a luta pelos direitos de acordo com a necessidade que precisam naquele momento. Entende-se muito bem com a citação do próprio autor “a paz é um termo do direito, a luta é o meio de obtê-lo”. Relata também que apesar de que é preciso a luta para a conquista de direitos, com o passar do tempo é preciso que as normas jurídicas se alterem como os séculos, pessoas, costumes e ações evoluem, por que não mudar ou “atualizar” as leis de acordo com a nova sociedade? Essa importância em alterar as leis já existentes em prol da sociedade que o utiliza, é necessário e visa em muito no equilíbrio da sociedade e que também vem surgindo por meio de lutas e questionamentos sobre a relevância da lei em questão. É muito bem visto que a evolução do direito se tem como Rudolf cita é a energia e o amor com que um povo defende suas leis e seus direitos estão em relação proporcional com os esforços e trabalhos empregados em alcançá-los. Quando se fala do direito na esfera individual, o autor faz comparações e exemplifica a relação do homem com os seus bens, mostrando bem dizer o direito civil, ele utiliza de exemplo o fato de que se o indivíduo possui um objeto e este bem for atingido, também o atingirá. Esta conexão do direito com a pessoa confere a todos os direitos, de qualquer natureza que sejam, o valor incomensurável que temos chamado ideal, em oposição ao valor puramente real. Rudolf von Ihering apesar de relatar que muitos lutaram pelo seus direitos, critica aqueles que não lutam, que deixam de utilizar do seu direito e simplesmente o abdicam, mostra o quanto o direito é de forma individualista, o autor mostra que só utilizam do seu direito que lhe é garantido em lei, quando realmente se importa e o quer para si, para sua luta. Quando o autor fala dos indivíduos que deixam seus direitos de lado, significa que pouco a pouco este direito lhe deixará de existir e o Estado também deixará de existir, ou seja dar- se a entender que o direito existe se a sociedade e/ou Estado existe e vice e versa. Apesar da crítica o autor considera que se deve respeitar o interesse de cada envolvido, devido ao seu livre arbítrio ele pode escolher em abandonar o seu direito ou fazê-lo valer. Pela concepção do Rudolf o direito nada mais é do que o um interesse protegido pela lei, o que se entende bem nos dias de hoje, não o desmerecendo e sim o enaltecendo. O direito é o que organiza a sociedade, é onde se faz valer os valores de uma sociedade em respeitos ao povo, que garante aos homens a igualdade de receber seus benefícios e até de ser julgado de igual para igual. O livro é bem entusiasta refletindo e exemplificando de muitas maneiras como o direito se faz valer no dia a dia ou nos tempos atrás, pois mostra também o porquê evoluiu e vem a melhorar de acordo com a necessidade que a sociedade à utiliza. 2 ATIVIDADE – RELACIONAR A LUTA PELO DIREITO COM O ABORTO O aborto faz parte da vida das mulheres, seja espontâneo ou causado. Precisamos desmitificar que o aborto só é feito pelas mulheres menores de idade e/ou irresponsáveis. Essa é uma luta que vai muita além das normas jurídicas, mas que busca o respeito da sociedade, no típico fato de que cada qual tem sua opinião e merece respeito de igual para igual. A sociedade considera o aborto como um trauma terrível, mas na verdade o trauma que somente as mulheres que passaram pelo aborto vivem, é o julgamento moral, é a sequela que ficou com o procedimento seja advindo do aborto espontâneo ou causado. Nenhuma mulher engravida por esporte e muito menos, aborta por esporte. Ela é muito vista como objeto, mas não é. É um ser humano, tem personalidade, tem as suas lutas e suas conquistas. Nesse momento é que questionamos, ela não tem a opção de controlar seu corpo, de tomar as suas próprias decisões e de lutar por ele? A mulher tem sim o direito de querer e decidir de quando engravidar, já que o Estado não pode obrigá-la a manter uma gravidez indesejada, além de que se isso acontecer, pode afetar seu estado psicológico e físico. As mulheres são pouco valorizadas, ao ponto de serem tratadas como objetos e serem estupradas. E quando isso acontece, o abalo emocional e físico é tamanho, que diversas mulheres não conseguem procurar alguma ajuda médica, ou até mesmo não tem conhecimento sobre o que fazer quanto a isso. E ainda, quando o estupro acontece, pode ocorrer a gravidez. Nos casos de estrupo, no Brasil já existe o artigo 128, II, do Código Penal, “a gravidez advinda de estupro pode ser interrompida através do aborto”. Porém são poucos os hospitais que realizam o procedimento, então é de grande importância que se pense em como fazer com que esse novo direito de poder realizar os abortos de acordo com o artigo 128, alcance as mulheres de baixa renda, que não tem como pagar por um procedimento em uma clínica de renome e qualidade e por assim buscam as clínicas clandestinas, que em muitos momentos o procedimento se resulta em problemas seríssimos, devido a lesões na saúde da mulher e até podendo acarretar ao óbito. É como se a mulher fosse empurrada para a criminalidade em busca do procedimento, onde ela passa pelo medo de morrer, pela desconfiança e pela solidão. Pois como o procedimento não é ofertado de forma fácil, nem de baixo custo e muito menos de rápido acesso, é como se o governo tivesse falhado com ela em mais um momento de grande importância. Outro caso que está começando a ser visto no Brasil, é a prevenção da gravidez na adolescência, pois os índices de gravidez só vêm aumentando. De acordo com os dados publicados em 2018 pela Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) (OPAS/OMS), no Brasil cerca de 18% dos recém-nascidos são filhos de adolescentes. A gravidez na adolescência pode transformar um momento vital, em uma crise e também pode oferecer riscos as adolescentes, aos recém-nascidos, as famílias e para a sociedade. O fato de a mulher poder escolher entre realizar ou não o aborto, tem muita haver com a concepção. De opinião geral, se pensa que só a mulher gerou o feto, mas na verdade responsabilidade da concepção não é só da mulher, parte do homem, é do casal, ninguém faz um feto sozinho. Cientificamente comprovado é preciso das duas partes envolvidas para o ato. Essa realidade é muito vista atualmente, quando nos deparamos com a certidão de nascimento e não consta o nome paterno. Isso não significa que o indivíduo não tem pai, mas que na verdade o pai que teve a mesma responsabilidade de conceber o feto, que deveria estar também realizando seus deveres de acordo com seu papel de pai e de acordo com a certidão de nascimento não o faz como devia. Muito se vem analisando a legalização do aborto no Brasil, mas o primeiro passo deveria ser a conscientização de todo sujeito para ter o conhecimento, de que se legalizar o aborto não significa que é obrigatório faze- lo. Significa que se em algum momento na sua vida passar por essa situação e precisar tomar uma decisão, você terá a opção de realizar o procedimento de acordo com sua necessidade e sua opinião.Legalizar o aborto, também irá significar que terá menos mulheres pobres morrendo, pois proibir o aborto não significa que não vão mais acontecer abortos. Quando se fala de aborto, não é uma questão polêmica e sim uma questão não consensual pela população, pois cada um tem a sua opinião. Mas precisa de normas jurídicas, pois independente das opiniões é uma questão de saúde pública. Muitos tem a opinião de que quando a mulher realiza o aborto é uma violência, e realmente pode ser, falam que a mulher pode se arrepender e sim ela pode, também comentam que ela pode ficar com problema psicológico por ficar pensando se não o tivesse feito. Mas causa muito mais problemas quando é tirado essa autonomia dela, quando você decide por ela!
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