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GRUPO SER EDUCACIONAL UNAMA – CENTRO UNIVERSITÁRIO DA AMAZÔNIA CURSO DE ENGENHARIA CIVIL BRUNO SARMENTO PAZ EDUARDO VITOR DINIZ BARBOSA GILSON MARCOS UCHÔA OLIVEIRA MATHEUS VASCONCELOS SANCHES PEDRO IAGO ALMEIDA PORTELA PEDRO SILVAGNER TAVARES DE OLIVEIRA RICHARD DOS SANTOS PEREIRA VICTOR GABRIEL DE FREITAS SIQUEIRA INTEMPERISMO QUÍMICO Santarém-PA 2020 BRUNO SARMENTO PAZ EDUARDO VITOR DINIZ BARBOSA GILSON MARCOS UCHÔA OLIVEIRA MATHEUS VASCONCELOS SANCHES PEDRO IAGO ALMEIDA PORTELA PEDRO SILVAGNER TAVARES DE OLIVEIRA RICHARD DOS SANTOS PEREIRA VICTOR GABRIEL DE FREITAS SIQUEIRA INTEMPERISMO QUÍMICO Trabalho desenvolvido com a intenção de obtenção de conhecimentos na disciplina de Fundamentos da Geologia ministrada pelo engenheiro Marlyson Jose Silveira Borges. Santarém-PA 2020 INTRODUÇÃO O intemperismo refere-se às alterações físicas e químicas que estão sujeitas as rochas e minerais na superfície da Terra. Diferente de erosão, que consiste no transporte de partículas e matéria, o intemperismo é a quebra e alteração de materiais nas proximidades da superfície para produtos que estão mais em equilíbrio com as novas condições físicas e químicas impostas. O intemperismo é diretamente ligado à média de precipitação e temperatura de uma área. Diferenciado de acordo com determinadas regiões climáticas. Neste trabalho iremos apresentar com maiores detalhes a respeito do Intemperismo Químico Conceitos O intemperismo químico é um conjunto de reações que levam à modificação dos minerais que compõem a rocha devido ao rompimento do equilíbrio do conjunto de íons que os constituem, assim formando os solos. Observa-se que o intemperismo químico se torna mais acelerado à medida que o intemperismo físico avança, devido ao aumento de área superficial específica (ASE) dos minerais. Qual o principal agente do intemperismo químico? A água é o principal agente do intemperismo químico. Ao interagir com o CO2 da atmosfera, acaba por adquirir caráter ácido; Quando a água entra em contato com o solo, tem seu pH diminuído. A degradação incompleta da matéria orgânica forma vários tipos de ácidos orgânicos que se incorporam às águas percolantes, as deixando muito ácidas, e com isso aumenta seu poder de ataque aos minerais. O que é ASE? ASE é a medida da superfície exposta de um objeto em relação ao seu volume, ou à sua massa. Tem extrema importância por estar ligada ao tamanho de suas partículas e reflete diretamente nas reações químicas pelas características de sua superfície. Processos que acontecem durante o intemperismo químico • Oxidação e redução • Carbonatação • Complexação • Hidrólise • Hidratação • Solução OXIDAÇÃO E REDUÇÃO A oxidação pode ser promovida tanto por agentes orgânicos como inorgânicos, já a redução é mais observada em ambiente de putrefação, onde é favorável a formação de H2S e também de hidrogênio nascente, outro agente de grande poder redutor. Oxidação: processo inicial e mais comum: Fe⁺⁺ → Fe⁺⁺⁺ Evidência: coloração avermelhada e amarelada. Ambientes oxidantes. Redução: processo inverso a oxidação. Fe⁺⁺ mantém na forma estável ambientes redutores. CARBONATAÇÃO O ácido carbônico é o responsável por este tipo de intemperismo. O intemperismo por carbonatação é mais acentuado em rochas calcárias por causa da diferença de solubilidade entre o CaCo3 e o bicarbonato de cálcio formado durante a reação. H2O (água) + CO2 (dióxido de carbono) → H2CO3(ácido carbónico). COMPLEXAÇÃO Ligação de um íon metálico com um composto orgânico, podendo aumentar a solubilidade do metal. Chama-se QUELATO quando o composto se liga ao metal formando um anel, também aumentando a solubilidade do metal. Os compostos orgânicos mais abundantes em moléculas formadoras de quelatos são os resultantes do metabolismo anaeróbio, que favorecem a saída de metais no ambiente. HIDRÓLISE É o rompimento das ligações de silício/metais da sua estrutura. Dissociação do H+ e o OH- da água com os minerais. O H+ substituirá o metal, assim, desintegrando a sua estrutura. Baseando-se na intensidade da hidrólise, separa-se três estádios de dessilicação, ou seja, perda de silício durante a transformação dos minerais. Estes estádios indicam o grau de intemperismo de um solo. Bissialitização (ou Dessilicação fraca): Ocorre em ambientes com drenagem lenta, podendo existir um ganho de silício por fluxos laterais. Monossialitização (ou Dessilicação média): Por originar solos cauliníticos e predominância de minerais 1:1 é mais frequente nos trópicos. Alitização (ou Dessilicação forte): Origina Latossolos oxidícos, pela intensa dessilicação e lixiviação ou pela sua atuação durante um longo tempo sem que houvesse um rejuvenescimento do solo pelo ganho de material. HIDRATAÇÃO Baseia-se na adição de água num mineral e sua adsorção dentro do retículo cristalino. Esta reação pode levar à expansão dos minerais, a qual é capaz de exercer pressões com efeitos similares àqueles ocorrentes durante o congelamento da água. Alguns minerais transformam-se não apenas química, mas também fisicamente, por serem mais passíveis de receber as moléculas de água em sua estrutura. SOLUÇÃO Os íons das estruturas cristalinas passam para a solução, gerando perdas e ganhos locais. Estes íons são depositados no oceano, mas durante este trajeto (que é extremamente lento, podendo levar de séculos à milênios para chegar ao destino final, ou seja, o oceano) os íons podem se acumular em algum local, gerando depósitos geológicos, como, por exemplo, minas de potássio CONCLUSÃO. Observa-se então que o principal agente do intemperismo químico é a água da chuva (H+). Sendo assim, o intemperismo químico é mais comum em climas tropicais úmidos. Os diferentes minerais constituintes das rochas originarão solos com características diversas, de acordo com a resistência que estes tenham ao intemperismo local. Há minerais que têm uma estabilidade química e física que normalmente não são decompostas. Em resumo, no intemperismo químico ocorre completa modificação das propriedades físicas e químicas das rochas, assim como o aumento do volume dos minerais formados secundariamente, se comparados com os minerais primários, e a formação de solos. REFERÊNCIAS INTEMPERISMO E SOLOS. Bolonhando, 2013. Disponível em: https://bolonhando.wordpress.com/2013/01/28/intemperismo-e-solos. Acesso em: 14 mar. 2020. MACHADO, Bruna; VIEIRA, Guilherme; ZAMBONATO, Jéssica. Intemperismo Químico. Universidade Federal do Pampa, Itaqui, 2016. Disponível em: https://pt.slideshare.net/jessicazambonato/intemperismo-qumico. Acesso em: 14 mar. 2020. PENA, Rodolfo. Intemperismo. Mundo Educação, c2020. Disponível em: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/intemperismo.htm. Acesso em: 14 mar. 2020.
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