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Aluno: Fabiano Rocha Toledo Matrícula: 201707013454 Direito do Trabalho I – turma CCJ0233 Caso concreto 1 O Sindicato dos Empregados de Bares e Restaurantes de Minas Gerais celebrou convenção coletiva de trabalho com o Sindicato Patronal de Bares e Restaurantes de Minas Gerais. A referida norma coletiva estabeleceu para os integrantes da categoria profissional representada pelo sindicato profissionalo pleno funcionamento dos bares e restaurantes aos domingos com o devido revezamento do repouso semanal dos empregados, sendo uma folga aos seus empregados aos domingos, a cada duas semanas inteiras trabalhadas. Finalmente, as partes estabeleceram um prazo de vigência de 1 (um) ano para a vigência da convenção coletiva. Analisando o caso concreto apresentado, esclareça se esta norma coletiva se caracteriza como fonte material ou formal do direito do trabalho? Esclareça ainda, a diferença entre fontes autônomas e heterônomas. Além disso, esclareça se em caso de divergência entre disposto em acordo coletivo ou convenção coletiva para membros da mesma categoria profissional, qual norma irá prevalecer? R.: No caso em questão trata-se de uma fonte formal autônoma por ter sido criada pelos próprios destinatários da lei através de acordo coletivo, enquanto para que se tratasse de uma fonte material a lei seria consequência de fenômenos sociais como por exemplo a greve. Fonte formal autônoma e heterônoma se diferenciam quanto a quem são os agentes que fazem a lei, enquanto a autônoma os próprios destinatários são agentes influentes como nas normas coletivas, as fontes formais heterônomas são propostas por terceiros, geralmente pelo Estado..No caso de divergência entre disposto em acordo coletivo ou convenção coletiva a norma que prevalecerá é aquela que for mais benéfica ao trabalhador. Jurisprudência: EMBARGOS DE DECLARAÇAO. ERRO NA APRECIAÇAO DOS PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE. EFEITO MODIFICATIVO. ARTIGO 897-A DA CLT. Comprovando-se nos autos que houve erro na apreciação dos pressupostos de admissibilidade do recurso, os embargos de declaração devem ser providos, na forma preceituada no artigo 897-A da CLT, concedendo-se assim efeito modificativo ao julgado. CONVENÇAO COLETIVA DE TRABALHO E ACORDO COLETIVO DE TRABALHO. FONTE FORMAL AUTÔNOMA DE DIREITO. CUMPRIMENTO. Os instrumentos normativos, cujo reconhecimento decorre da Carta Magna, são fontes formais autônomas de direito e, como tal, enquanto tiverem validade, devem ser cumpridos pelas partes convenentes. Logo, se as partes pactuaram que os dias paralisados pela greve deveriam ser compensados e não descontados, isso é lei entre elas e deve ser cumprido à risca, independentemente da necessidade de se elastecer razoavelmente o prazo dado para cumprimento dos termos acordados. (TRT-14 – EDRO: 1420090011400 RO 00014.2009.001.14.00, Relator: DESEMBARGADORA SOCORRO MIRANDA, Data de Julgamento: 20/08/2009, SEGUNDA TURMA, Data de Publicação: DETRT14 n.0155, de 21/08/2009) Múltipla escolha: (VUNESP 2018) Nos termos da Consolidação das Leis do Trabalho, súmulas e outros enunciados de jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho a) não poderão criar obrigações que não estejam previstas em lei. b) poderão criar obrigações que não estejam previstas em lei. c)poderão criar obrigações desde que não haja violação das normas de ordem pública. d)poderão restringir direitos legalmente previstos, desde que haja contrapartida em favor do trabalhador. e)poderão criar obrigações que não estejam previstas em lei, desde que fiquem excepcionadas as empresas em recuperação judicial. R.: Letra C Caso concreto 2 João foi admitido pela empresa ABC Ltda. como auxiliar de serviços gerais em 01/02/2017. Suas funções eram desenvolvidas nas segundas, quartas e sextas das 9:00 às 18:00 h, com intervalo de uma hora para refeição e descanso. Em 04/04/2018 o tomador de serviços informou que os seus serviços não eram mais necessários. Recebia o valor mensal de R$ 1100,00. Ele recebeu somente os dias trabalhados. Acontece que a Carteira Profissional de João não foi anotada e o tomador de serviços disse que não há nenhum direito. Pergunta-se: a) Seria cabível o reconhecimento do vínculo de emprego? Quais os requisitos para configuração do vínculo de emprego? R.: É cabível o reconhecimento do vínculo empregatício pois João atende todos os requisitos da relação de emprego sendo estes a Habitualidade, a pessoalidade, a onerosidade, a subordinação e alteridade de acordo com o art 3 da CLT. b) Qual o princípio do direito do trabalho iria amparar esta pretensão? R.: O princípio da primazia da realidade, pois prevalece a realidade dos fatos que envolvem a relação jurídica, isto é por mais que não tenha um contrato formal escrito e assinado, o que se acontecia era nitidamente uma relação de emprego. Jurisprudência: VÍNCULO EMPREGATÍCIO. NÃO CONFIGURAÇÃO. O vínculo de emprego decorre da conjunção dos requisitos estabelecidos no artigo 3º da CLT, quais sejam: condição de pessoa física do prestador de serviços, pessoalidade, não eventualidade, onerosidade e subordinação. Na hipótese, não comprovada a existência de todos esses elementos, mantém-se a sentença que indeferiu o pedido obreiro de reconhecimento do vínculo empregatício. Apelo obreiro que se nega provimento. (TRT da 23.ª Região; Processo: 0000916-39.2018.5.23.0066; Data: 27/04/2020; Órgão Julgador: 1ª Turma-PJe; Relator: ROSANA MARIA DE BARROS CALDAS) Múltipla escolha: Diana é empregada em uma Multinacional como secretaria; Danilo é caseiro em um sítio de propriedade de Joaquim e cuida da propriedade; Magali é governanta da residência de Mônica e Márcio é trabalha em home office para a Universidade ABC como tutor on line. Nesses casos, a) apenas Márcio é considerado empregado doméstico. b) apenas Magali e Danilo são considerados empregados domésticos. c) apenas Diana, Magali e Márcio são considerados empregados domésticos. d) todos são considerados empregados domésticos. R.: Letra B Caso concreto 6 Anacleto, policial militar, trabalhou para a empresa Indústria Mundo Novo Ltda. como agente de segurança, nos horários em que não estava a serviço da corporação militar. Na referida empresa, Anacleto cumpria expressamente as ordens emanadas da direção, recebia um salário mensal, e trabalhava de forma contínua e ininterrupta, todas as vezes que não estava escalado na corporação. Considerando a situação apresentada e a jurisprudência sumulada pelo TST, esclareça se é possível o reconhecimento de um contrato de emprego entre Anacleto e a Indústria Mundo Novo Ltda? Fundamente. R.: O reconhecimento desse contrato é possível, tendo em vista que a Súmula 386 do TST dispõe ser legítimo o reconhecimento do vínculo de emprego de relação de emprego entre policial militar e empresa privada, independentemente do eventual cabimento de penalidade disciplinar prevista no Estatuto do Policial Militar, desde que preenchidos os requisitos previstos no artigo 3º da CLT. Assim, observando que todos os requisitos foram preenchidos no caso concreto, a onerosidade, a habitualidade, a pessoalidade, a subordinação e a alteridade, é possível o reconhecimento do contrato de emprego entre Anacleto e a Indústria Mundo Novo Ltda. Jurisprudência: RECURSO DE REVISTA – VÍNCULO EMPREGATÍCIO. POLICIAL MILITAR. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE SEGURANÇA. ENTIDADE PRIVADA. SÚMULA 386 DO TST. Reconhecida pelo Regional a prestação de serviços de segurança pelo Reclamante, policial militar, à Reclamada, entidade privada, é legítimo o reconhecimento da relação de emprego, independentemente do eventual cabimento de penalidade disciplinar prevista no Estatuto do Policial Militar. Inteligência da Súmula 386 do TST. Recurso de Revista conhecido e provido. (TST – RR: 1568003120085080001 156800-31.2008.5.08.0001, Relator: Márcio Eurico Vitral Amaro, Data de Julgamento 29/02/2012, 8ª Turma, Data de Publicação: DJET 02/03/2012) Múltipla escolha: 1- (FCC2017)A respeito das formas de invalidade do contrato de emprego, a doutrina e a jurisprudência prevalentes estabelecem que : a)o reconhecimento de relação empregatícia do apontador de jogo do bicho é possível, uma vez que não se trata de objeto ilícito, mas sim de um vício que gera nulidade relativa. b)a contratação do serviço suplementar do trabalhador bancário, seja na admissão ou no curso do contrato, não é considerada nula, logo, não gera efeito pecuniário em razão do princípio da livre autonomia da vontade contratual que determina que as relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das partes interessadas. c)se convalidam os efeitos do contrato de trabalho que, considerado nulo por ausência de concurso público, quando celebrado originalmente com ente da Administração pública indireta, continua a existir após a sua privatização. d)a contratação de servidor público, sem prévia aprovação em concurso público, encontra óbice no art. 37, II e § 2° , da Constituição Federal, sendo afastada a teoria trabalhista das nulidades e restando negada qualquer repercussão justrabalhista, porque o valor protegido é a realização da ordem pública. e)o reconhecimento de relação de emprego entre policial militar e empresa privada não é legítimo, mesmo que presentes os requisitos previstos em lei trabalhista, em razão de exercício de trabalho ilícito por expressa vedação legal, cabendo penalidade disciplinar prevista no estatuto administrativo da corporação milita R.:Letra C
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