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Aplicação das normas jurídicas na Segurança Pública

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ATIVIDADES ESTRUTURADAS 
	NOME DA DISCIPLINA:
	Fundamentos dos Estudos Jurídicos em Segurança Pública
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	CÓDIGO:
	
	HORAS ATRIBUIDAS
	44
	NÚMERO DA ATIVIDADE
	01
	QUANTIDADE DE ATIVIDADES NA DISCIPLINA
	01
	TÍTULO DA ATIVIDADE ESTRUTURADA: 
	A aplicação prática das normas jurídicas no contexto da Segurança Pública
	OBJETIVO:
	Analisar e discutir, em dada situação concreta, as normas jurídicas aplicáveis e a intervenção do agente de Segurança Pública na missão de manutenção da ordem pública. 
	
	
	
	
	COMPETÊNCIAS/HABILIDADES: 
	Identificar como as normas que regem as relações jurídicas no âmbito da Segurança Pública são aplicadas ao caso concreto, visualizar o posicionamento do agente de segurança Pública no contexto apresentado, e definir, na prática, como ocorre esta intervenção, e os limites constitucionais e legais que regulam este procedimento. 
	
	
	DESENVOLVIMENTO:
	1) Pesquisar em sites e jornais como o caso foi apresentado e debatido, bem como as repercussões jurídicas decorrentes da situação.
2) Selecionar e apresentar as normas jurídicas e princípios aplicáveis.
3) Relacionar as normas legais e os princípios jurídicos à situação discutida, apresentando as possibilidades de ação do agente de Segurança Pública, dentro dos limites estabelecidos pela Constituição Federal de 1988 e pelas normas legais.
	
	
	
	
	
	
	
	PRODUTO/RESULTADO:
	Resumo que contenha uma breve exposição da situação concreta em estudo, uma apresentação das normas jurídicas e princípios aplicáveis, e a análise da função do agente de Segurança Pública e sua importância no caso apresentado.
	
	
	
	
ATIVIDADE PROPOSTA
A aplicação prática das normas jurídicas
no contexto da Segurança Pública
Texto 1 – O incêndio na boate Kiss
Fonte: http://oglobo.globo.com/in/7454292-9fb-885/FT500A/fachada-boate-kiss-santa-maria.jpg
O incêndio na boate Kiss foi um evento não intencional que matou 241 pessoas e feriu 123 outras, em uma casa noturna de Santa Maria, no estado brasileiro do Rio Grande do Sul. O incêndio ocorreu na madrugada do dia 27 de janeiro de 2013 e foi causado pelo acendimento de um sinalizador por um integrante de uma banda que se apresentava na casa noturna. As más condições de segurança da casa ocasionaram a morte de diversas pessoas
 (...)
Procedeu-se a uma investigação para a apuração das responsabilidades dos envolvidos, dentre eles os integrantes da banda, os donos da casa noturna e o poder público. O incêndio iniciou um debate no Brasil sobre a segurança e o uso de efeitos pirotécnicos em ambientes fechados com grande quantidade de pessoas. A responsabilidade da fiscalização dos locais também foi debatida na mídia. Houve manifestações em toda a imprensa nacional e mundial, que variaram de mensagens de solidariedade a críticas sobre as condições das boates no país e a omissão das autoridades.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Inc%C3%AAndio_na_boate_Kiss
Alvará de boate incendiada estava vencido desde agosto, diz bombeiro
O alvará de funcionamento da boate Kiss, que pegou fogo na madrugada deste domingo (27) e deixou pelo menos 232 mortos, em Santa Maria (RS), estava vencido desde agosto do ano passado, segundo comandante do Corpo de Bombeiros da Região Central do Rio Grande do Sul, tenente-coronel Moisés da Silva Fuchs. Ele disse que o documento serve para atestar as condições de prevenção e combate a incêndios.
"Está vencido desde agosto. O alvará é necessário para o funcionamento da casa na sua normalidade", disse ao G1.
Fonte: http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2013/01/alvara-de-boate-estava-vencido-desde-agosto-dizem-bombeiros.html
Texto 2 - Menor assume ter disparado sinalizador que matou boliviano
Fonte: http://contenti1.espn.com.br/image/wide/622_ab71ebaa-75ee-3b49-9078-db9ec04c33d7.jpg
O Fantástico localizou o torcedor corintiano que teria detonado o sinalizador naval responsável pela morte do torcedor boliviano. Ele será apresentado nesta segunda-feira à Justiça por orientação do advogado da torcida organizada Gaviões da Fiel.
Sempre ao lado da mãe, o jovem falou com exclusividade ao repórter Valmir Salaro.
Ele tem 17 anos, é o terceiro dos seis filhos de uma família humilde. Quase quatro dias depois da tragédia na Bolívia, o garoto está novamente ao lado da mãe. Ele decidiu contar a versão dele para o que aconteceu na noite da última quarta-feira. Como é menor de idade, não pode mostrar o rosto.
Repórter: O que aconteceu?
Jovem: Bom, naquele exato momento lá que o sinalizador disparou, nós estávamos comemorando o gol. Eu trouxe o sinalizador na minha mochila, estava dentro de uma sacola, eu fui acender, para mim, era como se fosse um igual aos outros. Eu tirei a tampinha em cima, puxei a cordinha embaixo e não aconteceu nada. No momento que eu fui puxar de novo, eu estava manuseando, não sabia como manusear, puxei pela segunda vez e disparou, foi para a torcida boliviana.
Repórter: Você fez mira pra atingir a torcida?
Jovem: Não, não fiz nenhum tipo de mira. Estava apoiado na minha mão assim. Para mim só ia acender e pronto, não sabia que o negócio ia sair voando assim ou algo parecido.
Repórter: Você viu quando acertou no menino?
Jovem: Não, não. No intervalo do jogo, eu perguntei para os policiais lá se tinha machucado alguém, os policiais falaram que estava tudo bem.
Mas a torcida adversária indicava que algo grave tinha acontecido.
Jovem: Começaram a gritar assassino, falou que nós íamos morrer. Eu perguntei para o policial lá, ele falou: ‘Não, está tudo bem e o menino está bem’.
O adolescente conta que esperou a partida terminar.
Jovem: Quando acabou o jogo, nós fomos embora. Nós fomos lá para fora do estádio, esperamos nosso ônibus chegar e embarcamos no ônibus. Só fui ter certeza que ele morreu no ônibus mesmo, só na volta mesmo, que mostraram lá para mim, começaram a falar, entraram na internet. Depois daquele momento, eu falei: ‘minha vida acabou, o que eu vou fazer?’ Eu matei uma criança de 14 anos de idade.
Logo depois do jogo, 12 torcedores brasileiros foram detidos. Mas o jovem que assume ter feito o disparo não estava entre eles.
Jovem: Eu fiquei sentado e os policiais começaram a prender o pessoal que estava lá, mas eles não vieram em mim.
Repórter: E você também não se apresentou como sendo o torcedor que fez o disparo?
Jovem: Não, não porque eu fiquei com medo na hora mesmo de alguma coisa, eu fiquei com medo, não sabia o que fazer, para mim o garoto não tinha morrido, eu pensei que os meninos iam ser soltos no final do jogo.
Ele diz que foi orientado por integrantes da Gaviões da Fiel a não procurar a polícia, na Bolívia.
Jovem: Eu perguntei opinião se eu podia me entregar lá para o pessoal no lugar dos meninos. O pessoal me recomendou: ‘Não, é melhor não se entregar porque nós estamos na Bolívia, você veio com a gente, você é nossa responsabilidade’.
Repórter: Você está confessando que fez o disparo do sinalizador porque realmente você fez isso ou para proteger alguém da torcida?
Jovem: Não, não protegi ninguém não. Eu só quero assumir meu erro mesmo. Porque não é certo as pessoas pagarem por uma coisa que não fizeram, se eu tivesse no lugar delas, também não queria pagar com uma coisa que eu não fiz, ficar preso injustamente.
O adolescente contou que faz parte da torcida organizada há dois anos e que não conhecia os torcedores que ficaram presos.
Jovem: Eu conheço eles de vista.
O jovem diz que comprou o sinalizador naval na Rua 25 de março, área de comércio popular em São Paulo.
Jovem: Fui comprar uns jogos do videogame lá, eu vi um cara vendendo, eu falei: ‘vou comprar um sinalizador para levar para o jogo’.
Para ele, o sinalizador seria usado para chamar a atenção dos outros torcedores da Gaviões.
Jovem: Quis buscar um espaço, quis mostrar que eu que fiz aquilo lá, quis fazer uma festa para o Corinthians. Eu amo o Corinthians.
O advogado da torcida organizada Gaviões da Fiel diz que o adolescente vai ser encaminhado à Justiça na tarde de segunda.“Ele vai ser apresentado juntamente com a mãe dele, mas o juiz da vara Da Infância e Juventude provavelmente aplicará algum tipo de medida sócio-educativa, nesse primeiro momento, e entregará a guarda desse menor à mãe, que responsável e representante legal dele”, afirmou o advogado Ricardo Cabral.
Segundo a especialista em direito internacional Maristela Basso, os dois países têm acordo de extradição, mas isso não se aplica a menores porque Brasil e Bolívia seguem a convenção da ONU sobre os direitos da criança e do adolescente.
“Se trata de uma criança, um menor para não dizer uma criança, e, portanto, ele é submetido a uma legislação especial, tanto aqui quanto na Bolívia, muito semelhante a legislação, protetiva da criança”, ressalta Basso.
O jovem brasileiro pode ter que prestar serviços comunitários ou ficar apreendido por no máximo três anos.
Repórter: O que você diria pra família do garoto?
Jovem: Primeiramente, perdão mesmo. Não só para a família do Kevin, mas para a família dos meninos que estão presos lá também.
A mãe do jovem diz que, se o filho não se apresentasse como autor do disparo, ela mesma o entregaria à polícia.
Mãe do jovem: Ele sabe, ele me conhece, ele sabe que eu entregaria ele.
Repórter: Se a senhora pudesse ter contato com a família desse garoto, o que a senhora diria para a família?
Mãe do jovem: Eu pediria perdão à mãe, eu sei a dor que ela está sentindo. Eu sei que jamais, é uma coisa que mãe nenhuma perdoa, mas eu pediria.
Repórter: A senhora perdoaria se a situação fosse ao contrário?
Mãe do jovem: Eu acho que não.
Repórter: Como você se sente agora?
Jovem: Eu me sinto a pior pessoa do mundo. Não sei mais o que fazer da minha vida. Me arrependo amargamente.
Fonte: http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2013/02/menor-assume-ter-disparado-sinalizador-que-matou-boliviano.html
QUESTIONAMENTO INDUTOR DE APROFUNDAMENTO
Com base nos textos 1 e 2 apresentados e no conteúdo das Aulas 1 a 5, responda os questionamentos abaixo, apontando as semelhanças e diferenças entre os dois casos, os dispositivos legais pertinentes e os princípios e fundamentos jurídicos referentes à Segurança Pública.
· Considerando o Ciclo de Polícia, desenvolvido por Diogo de Figueiredo, analise as etapas do Poder de Polícia e as compare com os casos apresentados, identificando se houve rompimento do ciclo referido, bem como se este concorreu em ambas as tragédias, que envolveram o uso inadequado de sinalizadores. 
· A partir da classificação em Polícia Administrativa, Polícia Ostensiva e Polícia Judiciária, aponte o papel de cada agente policial na prevenção, na apuração e na investigação dos casos.
· Há previsão na legislação brasileira de responsabilização dos atores envolvidos em ambas as tragédias?
Sugestão de atividade de pesquisa 1: Como funciona a concessão de Alvará pelo Poder Público?
Sugestão de atividade de pesquisa 2: Quais medidas seriam cabíveis ao adolescente?
Estácio
Relatório de Atividades Estruturadas 
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