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Modal Aéreo O modal aéreo apresenta baixo custo de instalação e elevado custo operacional. Registra grande flexibilidade e permite o acesso a pontos isolados do país, com alta velocidade operacional. É o meio ideal para o transporte de mercadorias de grande valor e de materiais perecíveis em situações excepcionais. Algumas dessas situações são catástrofes, guerras e epidemias. Devido a seu elevado custo operacional, o transporte aéreo não é apresentado como alternativa, limitando-se sua utilização a casos específicos. É o transporte adequado para mercadorias de alto valor agregado, pequenos volumes ou com urgência na entrega Vantagens: Este tipo de modal apresenta várias vantagens, das quais, apresentamos algumas a seguir, incluindo a rapidez da expedição, transporte e recebimento: Usado com eficácia no transporte de amostras; Ideal para transporte de mercadorias com urgência na entrega Por ter sua emissão antecipada, o documento de transporte é obtido com maior rapidez; Os aeroportos, normalmente estão localizados próximos dos centros de produção, industrial ou agrícola, já que se encontram em grande número e distribuídos praticamente por todas as cidades importantes do mundo ou por seus arredores. Os fretes internos, para colocação de mercadorias nos aeroportos, são menores, e o tempo mais curto, em face da localização dos mesmos; Possibilidade de redução ou eliminação de estoques pelo exportador, uma vez que é possível aplicar mais agressivamente uma política de just in time, propiciando redução dos custos de capital de giro pelo embarque contínuo, podendo ser até diário ou mais vezes ao dia, dependendo dos destinos; Aplicando o just in time, é possível a racionalização das compras pelos importadores, já que não terão a necessidade de manter estoques pela possibilidade de recebimento. Redução de custo de embalagem, uma vez que não precisa ser tão robusta, pois a mercadoria é menos manipulada; O seguro de transporte aéreo é mais baixo em relação ao marítimo, podendo variar de 30% a 50% na média geral, dependendo da mercadoria. Possibilidade de utilização das mercadorias mais rapidamente em relação á produção, principalmente em se tratando de produtos perecíveis, de validade mais curta, de moda, etc.; Maior competitividade do exportador.; Desvantagens: Frete relativamente alto em relação aos demais modais; Capacidade de carga bem menor que os modais marítimo e ferroviário, ganhando apenas do rodoviário; Impossibilidade de transporte de carga a granel, como por exemplo, minérios, petróleo, grãos e químicos; Custo elevado da sua infraestrutura; Impossibilidade de absorção do alto valor das tarifas aéreas por produtos de baixo custo unitário, como por exemplo, matéria-prima, produtos semifaturados e alguns manufaturados; Existência de severas restrições quanto ao transporte de artigos perigosos Órgãos Regulamentadores O transporte aéreo é baseado em normas da Associação de Transporte Aéreo Internacional (IATA – International Air Transport Association). A associação das empresas aéreas na IATA não é obrigatória. A IATA representa as companhias aéreas e estabelece tarifas máximas fixadas anualmente, com base nas rotas e nos serviços prestados. IATA: Associação de Transporte Aéreo Internacional, que regula o transporte aéreo, e ao qual as empresas e os agentes de carga são filiados. Fundada em 1919 na França com o surgimento do transporte aéreo, é uma associação que reúne empresas de todo o mundo, tanto aéreas quanto agentes de carga (Keedi e Mendonça 2000). Suas funções básicas são: Defender os interesses de seus representados; Garantir segurança na prestação de serviços aéreos; Estimular a colaboração entre as empresas de aviação civil; Prestar orientação quanto à construção e modernização de aeroportos; Tornar viável as rotas aéreas, garantindo a realização de um transporte aéreo regular no âmbito internacional; Estabelecer tarifas de fretes uniformes entre as companhias associadas; Regular as três conferências de fretes (áreas 1, 2 e 3). No âmbito nacional, a aviação é regulada pelo Governo Federal através de três órgãos: Ministério da Aeronáutica Departamento de Aviação Civil- DAC INFRAERO – Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária. Os agentes de carga, credenciados pela IATA, fazem a intermediação entre as companhias aéreas e os usuários, prestando informações sobre voos, fretes e disponibilidade de espaços nas aeronaves. Sua receita provém de comissões sobre o frete aéreo; taxas de expediente; prestação de serviços de consolidação e desconsolidação; entrega e coleta entre outros. É obrigatório credenciamento junto ao DAC (Departamento de Aviação Civil). Fretes e Tarifas Entende-se por frete ou tarifa aérea o preço por quilo que as companhias cobram dos usuários pelos serviços de transporte prestados. Nenhuma companhia aérea tem liberdade para fixar tarifas individualmente, pois as mesmas são estabelecidas conjuntamente pelas empresas, com fiscalização e controle da IATA. Alguns fatores influenciam na formação das tarifas, como: oferta e demanda existentes; situação econômica das diferentes regiões; características das mercadorias a serem transportadas (peso, volume e valor); distâncias a serem percorridas, etc. O cálculo de frete aéreo é baseado na relação peso/volume das mercadorias. Segundo Vieira (2003) a regra básica é de que os fretes serão cobrados por peso, desde que o volume não exceda o limite de 6 vezes o peso da carga. Por exemplo, 1.000 gramas podem ocupar o espaço de, no máximo, 6.000 cm3. Portanto, para a aplicação da tarifa correspondente, é necessário determinar o “peso cubado” da mercadoria, que é obtido dividindo-se o seu volume por 0,006. Tipos de Tarifas Tarifa mínima: É um valor mínimo que será cobrado pela carga cujo valor de frete após ser calculado pelas demais tabelas não alcancem o frete mínimo estabelecido. Tarifa Geral: Aplicada na maioria das cargas, possui uma divisão em cinco faixas de peso, onde quanto maior for o peso menor será o frete. As faixas são divididas em até 45kg, 100 kg, 300 kg, 500 kg e acima de 500 kg. Algumas empresas possuem a faixa até 1.000 quilos. Tarifa para mercadoria especifica (specific commodity rates): essa tarifa possui valor reduzido frente a tarifa geral, cada empresa possui a sua tabela, e é normalmente usada quando o embarque é contínuo e combinado. Tarifa Classificada (class rates): é a tarifa que aplica um aumento ou uma redução percentual na tarifa geral. O acréscimo pode variar entre 10% e 200% para, por exemplo, produtos de alto valor agregado, animais vivos, ou cargas perigosas. Tarifa ULD (Unit Load Device): essa tarifa é aplicada em cargas unitizadas, onde o carregamento e o descarregamento serão realizados pelo remetente e destinatário da carga. Conhecimento de Embarque Aéreo: O Conhecimento de embarque tem entre suas finalidades a de provar que a carga foi entregue pelo embarcador ao transportador, servindo como um recibo de entrega da mercadoria. O transporte aéreo comercial de carga é sempre documentado através do conhecimento aéreo (AWB – Airway Bill) que, a exemplo dos demais modais, é o documento mais importante do transporte. Ele pode ser tanto um conhecimento aéreo da companhia (acompanha a carga) quanto um conhecimento neutro (quando é do agente de carga). De acordo com o autor Guilherme Bergmann Borges Vieira, em seu livro Transporte Internacional de Cargas, diferenciam-se três tipos de Conhecimento: Os tipos de AWB existentes são: AWB (Airway Bill): conhecimento aéreo que cobre uma determinada mercadoria, embarcada individualmente numa aeronave, sendo emitido diretamente pela empresa aérea para o exportador. MAWB (Master Airway Bill): é o conhecimento emitido pela companhia aérea, para cargas consolidadas, parao agente de carga. Representa a totalidade da carga recebida pelo agente e entregue para o embarque, e que permanece com ele, não chegando aos embarcadores. (Master = Mãe, neste caso) HAWB (House Airway Bill): é o conhecimento emitido pelo agente de carga, relativo a uma carga que tenha sido objeto de uma consolidação. Normalmente são emitidos vários destes conhecimentos para cada Master. A soma dos HAWB será igual ao MAWB. (House = Filhote, neste caso). Além das funções normais este documento ainda pode representar fatura de frete e certificado de seguro. O AWB é composto de três originais: o primeiro original fica com o transportador; o segundo, acompanha a mercadoria durante o transporte e é entregue ao destinatário, no destino final; o terceiro é dado ao expedidor, comprovando o embarque da mercadoria. Principais Rotas Aéreas Internacionais: Europa/América do Norte: oferece todas as alternativas atualmente imagináveis. Europa/África: praticamente todos os países são ligados por rotas aéreas. América do Norte/Ásia: Montreal, Vancouver, San Francisco e Los Angeles fazem as pontes de ligação com o Japão, China e Coréia. América do Norte/África: ligam a costa leste americana com a África Ocidental. África/Ásia: ligam a África Oriental com a Índia, Austrália e Ásia. Sistema Aeroportuário Brasileiro: O Brasil tem 34 aeroportos internacionais e 2 464 aeroportos regionais; O Aeroporto Internacional de São Paulo, localizado nas proximidades de São Paulo, é o maior e mais movimentado aeroporto do país, grande parte dessa movimentação deve-se ao tráfego comercial e popular do país e ao fato de que o aeroporto liga São Paulo a praticamente todas as grandes cidades de todo o mundo; O crescimento vigoroso do setor aéreo no país tem estimulado o apetite das companhias estrangeiras pelo mercado brasileiro, aponta um levantamento feito pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Maior Aeroporto do Brasil – Guarulhos em SP O maior terminal de Cargas do Brasil e da América do Sul é o Aeroporto de Viracopos / Campinas (SP). O Terminal de Logística de Carga de Importação e Exportação tem capacidade de processar até 720 mil toneladas de carga aérea por ano. Terminal de cargas de Viracopos/SP O transporte aéreo brasileiro ainda está em expansão, e todas as projeções apontam para esta direção – devemos triplicar a capacidade em 20 anos 0,59 viagem/hab X 1,7 viagem/hab em mercados desenvolvidos Tipos de Aeronaves Aeronave PAX ou Passageiro Narrowbody Aeronaves nas quais a carga compartilha o voo com passageiros em cabines separadas. Os passageiros são acomodados na parte superior e as cargas no compartimento inferior. Usualmente utilizado para voos com duração de até 5 horas por sua autonomia e espaço interno reduzidos. O compartimento de cargas e porta possuem dimensões reduzidas, limitados de uma forma geral de 160x140x120 cm. Como o levantamento da carga e acomodação no compartimento é realizado por um operador logístico e não por maquinário, há uma limitação de peso de 150kg a 200kg por volume individual. Aeronave PAX ou Passageiro Widebody Tal como as aeronaves Narrowbody, a carga compartilha o voo com passageiros em cabines separadas. Os passageiros são acomodados na parte superior e as cargas no compartimento inferior. Utilizada para voos de maior duração e transcontinentais, por sua ótima autonomia e espaço interno amplo, normalmente em voos acima de 5 horas. Compartimento de cargas e porta possuem dimensões maiores, limitados de uma forma geral a 300x200x160 cm. Levantamento da carga e acomodação no compartimento é feito por operadores logísticos, maquinário e sistema de rolamentos no piso do compartimento, logo temos uma capacidade de até 4500kg por volume individual. Aeronave CAO ou Cargueira Nas aeronaves cargueiras, a carga não compartilha o espaço com passageiros: toda cabine está disponível para o transporte de cargas. Utilizada para voos de maior duração e transcontinentais e também sob demanda para voos curtos dentro de um mesmo continente. Compartimento de cargas e porta possuem dimensões maiores e podem, inclusive, contar com abertura total traseira ou frontal da fuselagem. Tratando das aeronaves cargueiras mais comuns utilizadas temos o MD-11 e o B777F com limite de dimensões de 330x220x300 cm. Assim como nas aeronaves Widebody, o levantamento da carga e acomodação no compartimento é realizado por operadores logísticos, maquinário e sistema de rolamentos no piso do compartimento, logo temos uma capacidade de até 6000kg por volume individual. Referências FILHO, Edelvino Razzolini. Transporte e Modais: Com Suporte de TI e SI. 1º. ed. Curitiba: Ibpex, 2013. MODAL Aéreo. [S. l.], 21 ago. 2017. Disponível em: https://logisticaeomundo.wordpress.com/2017/08/21/modal-aereo/. Acesso em: 13 maio 2020. MODAL Aéreo. [S. l.], 21 ago. 2017. Disponível em: https://logisticaeomundo.wordpress.com/2017/08/21/modal-aereo-orgaos- regulamentadores-conhecimento-de-embarque-aereo-tarifas-de-frete-etc/. Acesso em: 13 maio 2020. MODAL Aéreo. [S. l.], 21 ago. 2017. Disponível em: https://logisticaeomundo.wordpress.com/2017/08/21/modal-aereo-principais- aeroportos-e-rotas-sistema-aeroportuario-brasileiro/. Acesso em: 13 maio 2020. TRANSPORTE Aéreo: O tipo ideal de aeronave para a sua carga. [S. l.], 14 nov. 2017. Disponível em: http://www.royalcargo.com.br/blog/2017/11/14/transporte- aereo-o-tipo-ideal-de-aeronave-para-sua-carga/. Acesso em: 13 maio 2020. MODAL Aéreo. [S. l.], 10 maio 2018. Disponível em: https://calhambequi.wordpress.com/2013/05/10/transporte-aereo/. Acesso em: 13 maio 2020.
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