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Trabalho do semestre - Serviços Públicos

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UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL
Brenda Gislaine de Oliveira
Fernanda Franceschini
 
SERVIÇOS PÚBLICOS
Trabalho apresentado para avaliação na disciplina de Direito Administrativo II, do curso de Direito, noite, da Universidade de Caxias do Sul
Professor: Sérgionei Corrêa
Caxias do Sul
2019 
SUMÁRIO
1.0. Introdução.......................................................................................................................1
2.0. Noções Gerais..................................................................................................................1
3.0. Classificação
3.1. Definição..............................................................................................................1
3.2. Serviços de Utilidade Pública............................................................................2
3.3. . Serviços Próprios do Estado............................................................................2
3.4. Serviços Impróprios do Estado.........................................................................2
3.5. Serviços Administrativos...................................................................................2
3.6. Serviços Industriais............................................................................................2
3.7. Serviços Gerais...................................................................................................3
3.8.Serviços Individuais............................................................................................3
4.0. Competências:
	4.1. Competência da União (CF, art. 21 e incisos)..................................................3
	4.2. Competência dos Estados (CF, art. 25, §§ 1º e 2º)...........................................4
	4.3. Competência dos Municípios (CF, art. 30).......................................................4
5.0. Serviços essenciais e serviços públicos imprescindíveis à preservação da ordem pú-
blica e serviços de utilidade pública………………..............................................................5
6.0. Formas de atribuição da execução dos Serviços Públicos:
6.1. Conceito de serviço adequado…………………………….................................6
6.2. Dos direitos e obrigações dos usuários………………………………………...6
6.3. Da política tarifária…………………………..………………………………...7
6.4. Concessão de serviço público…………………………………………………..7
6.5. Da licitação prévia……………………………………………………………....7
6.6. Permissão de Serviço Público…………………………………………………..8
6.7. Autorização de serviço público………………………………………………...8
6.8. Delegação………………………………………………………………………...9
7.0. Parcerias Público-Privadas (PPP’s)…………………………………………………….9
8.0. Jurisprudências………………………………………………………………………....11
9.0. Conclusão………………………………………………………………………………..13
10.0. Referência Bibliográfica……………………………………………………………....13
1.0. Introdução
 	O presente trabalho tem por objetivo analisar o conteúdo estudado na disciplina de Direito Administrativo II, com o enfoque para o tema de Serviços Públicos, no qual será exposto aspectos pertinentes sobre o tema, considerando como fundamentação o uso de doutrinas e jurisprudências.
2.0. Noções Gerais
 
A Constituição Federal dispõe expressamente que incumbe ao Poder Público, na forma da lei, a prestação de serviços públicos. Dessa forma, a lei disporá sobre o regime de delegação, os direitos dos usuários, a política tarifária, a obrigação de manter serviço adequado e as reclamações relativas à prestação (arts. 175, parágrafo único, e 37, § 3º).
 
3.0. Classificação
 
Os serviços públicos, conforme sua essencia­lidade, finalidade, ou seus destinatários podem ser classificados em: públicos, de utilidade pública, próprios do Estado, impróprios do Estado, administrativos, industriais, gerais e individuais.
3.1. Definição
 	
Os serviços públicos podem ser definidos com a atividade econômica ou não, essencial ou não essencial, cuja titularidade pertence à Administração Pública, que empreende a sua execução de forma direta ou indireta, podendo ainda atribuí-la aos particulares, para realizar o interesse público previsto em lei em que se materializa por meio do oferecimento de utilidades e/ou do atendimento das necessidades da coletividade ou das conveniências do Estado. Exemplos: serviço de polícia, de saúde pública, de segurança, o ensino público, o de transporte coletivo, o de telecomunicações, etc.
 	Nesse sentido, ensina Celso Antônio Bandeira de Mello:
“Serviço Público é toda atividade de oferecimento de utilidade ou comodidade material destinada à satisfação da coletividade em geral, mais fruível singularmente pelos administrados, que o Estado assume como pertinente a seus deveres e presta por si mesmo ou porque lhe faça as vezes, sob um regime de Direito Público, portanto, consagrador de prerrogativas de supremacia e de restrições especiais, instituídos em favor dos interesses definidos como público no sistema normativo”. (31, p.612).
 
Hely Lopes Meirelles afirma que serviço público é:
“todo aquele prestado pela Administração ou por seus delegados, sob normas e controles estatais, para satisfazer necessidades essenciais ou secundárias da coletividade, ou simples conveniência do Estado”.
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Para Marçal Justen Filho, serviço público é:
 
“uma atividade pública administrativa de satisfação concreta de necessidades individuais ou transidividuais, materiais ou imateriais, vinculadas diretamente ao um direito fundamental, destinado a pessoas indeterminadas executa sob regime de direito público”.
3.2. Serviços de Utilidade Pública
 
São os que são convenientes à comunidade, mas não essenciais, e o Poder Público pode prestá-los diretamente ou por terceiros (delegados), mediante remuneração dos usuários. A regulamentação e o controle é do Poder Público. Os riscos são dos prestadores de serviço. Exemplos: fornecimento de gás, de energia elétrica, telefone, de transporte coletivo, etc. Estes serviços visam a facilitar a vida do indivíduo na coletividade.
3.3. Serviços Próprios do Estado
 
São aqueles que se relacionam intimamente com as atribuições do Poder Público (segurança, polícia, higiene e saúde públicas etc.) e para a execução dos quais a Administração usa da sua supremacia sobre os administrados. Por esta razão, só devem ser prestados por órgãos ou entidades públicas, sem delegação a particulares. Tais serviços, por sua essencialidade, geralmente são gratuitos ou de baixa remuneração, para que fiquem ao alcance de todos os membros da coletividade.
3.4. Serviços Impróprios do Estado
 	São os de utilidade pública, que não afetam substancialmente as necessidades da comunidade, isto é, não são essenciais. A Administração pres­ta-os diretamente ou por entidades descentralizadas (Autar­quias, Empresas Públicas, Sociedades de Economia Mista, Fundações Governamentais), ou os delega a terceiros por concessão, permissão ou autorização. Normalmente são rentáveis e são prestados sem privi­légios, mas sempre sob a regulamentação e controle do Poder Público. Exemplos: serviço de transporte coletivo, conservação de estradas, de fornecimento de gás, etc.
3.5. Serviços Administrativos
 
São os que a Administração executa para atender às suas necessidades internas ou preparar outros serviços que serão prestados ao público, tais como os da imprensa oficial, das estações experimentais e outros dessa natureza.
3.6. Serviços Industriais
 
São os que produzem renda para quem os presta, mediante a remuneração da utilidade usada ou consumida, remuneração, esta, que, tecnicamente, se denomina tarifa ou preço público, por ser sempre
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fixada pelo Poder Público, quer quando o serviço é prestado por seus órgãos ou entidades, quer quando por concessionários, permissionários ou autorizatários. Exemplos: transporte, telefonia, correios e telégrafos. 
Os serviços industriais são impróprios do Estado, por consubstancia atividade econômica que só poderá ser explorada diretamente pelo Poder Público quando "necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conformedefinidos em lei" (CF, art. 173).
3.7. Serviços Gerais
 
Serviços "uti universi" ou gerais são aqueles que a Administração presta sem ter usuários determinados, para atender à coletividade no seu todo, como os de polícia, iluminação pública, calçamento e outros dessa espécie. Esses serviços satisfazem a população, sem que se erijam em direito subjetivo de qualquer administrado à sua obtenção para seu domicílio, para sua rua ou para seu bairro.
Estes serviços são indivisíveis, isto é, não mensuráveis na sua utilização. Daí por que, normalmente, os serviços “uti universi” devem ser mantidos por imposto (tributo geral), e não por taxa ou tarifa, que é remuneração mensurável e proporcional ao uso individual do serviço.
 
3.8. Serviços Individuais
 
Serviços “uti singuli” ou individuais são os que têm usuários determinados e utilização particular e mensurável para cada destinatário, como ocorre com o telefone, a água, esgoto e a energia elétrica domiciliares. Esses serviços, desde que implantados, geram direito subjetivo à sua obtenção para todos os administrados que se encontrem na área de sua prestação ou fornecimento e satisfaçam as exigências regulamentares. São sempre serviços de utilização individual, facultativa e mensurável, pelo que devem ser remunerados por taxa (tributo) ou tarifa (preço público), e não por imposto.
 
4.0. Competências
 
A titularidade da Administração Pública sobre os serviços públicos está distribuída entre as entidades estatais (União, Estados, Distrito Federal e Municípios), conforme disposto na Constituição Federal que, dessa forma, define as respectivas competências para a regulamentação dos diversos serviços públicos.
A matéria está prevista nos arts. 21, 25, §§ 1º e 2º, e 30 da Constituição Federal.
 
4.1. Competência da União (CF, art. 21 e incisos)
 
A competência da União para a organização, manutenção e atribuição de serviços públicos está prevista no art. 21 da Constituição Federal. Entre elas estão a de manter o serviço postal e o correio aéreo nacional, de explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços
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de telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos serviços, a criação de um órgão regulador e outros aspectos institucionais, explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, etc. 
4.2. Competência dos Estados (CF, art. 25, §§ 1º e 2º)
São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição”. Portanto, são da competência dos Estados a prestação dos serviços que não sejam da União e do Município. Os Estados têm competência residual.
Com relação à competência dos Estados, a Constituição Federal prevê, em seu art. 25, o seguinte:
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição.
[..]
§ 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação.
 
 
4.3. Competência dos Municípios (CF, art. 30)
 
Aos Municípios compete a prestação dos serviços públicos de interesse local, incluindo o de transporte coletivo. Competem-lhe também os serviços de educação pré-escolar e de ensino fundamental (com a coope­ração técnica e financeira da União e do Estado). Competem-lhe ainda os serviços de atendimento à saúde da população (com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado).
Por fim, quanto à competência dos municípios, a Constituição Federal, em seu art. 30, estabelece o seguinte:
Art. 30. Compete aos Municípios:
[..]
V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial;
VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação infantil e de ensino fundamental;
VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de atendimento à saúde da população.
 
 
Note-se a lição de Marçal Justen Filho a respeito:
Tal como inúmeras vezes apontado, a titularidade estatal do serviço público não impede o desenvolvimento de instituições da sociedade civil, que assumem prestação de algumas atividades de serviço público. Essas atividades equivalentes ao serviço público deverão sujeitar-se a regime jurídico similar. As atividades de educação e de saúde, embora desempenhadas por particulares estão sujeitas a 
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regime jurídico próximo ao do serviço público. Por isso, há a tendência a reconhecer que, em alguns setores, o serviço público pode ser exercitado por particulares. (25, p.488).
Não obstante isso, assevere-se que tais atividades anteriormente referidas, identificadas como serviço público, devem sujeitar-se à regulação jurídica estatal, bem como o controle da Administração Pública, nos termos da lei aplicável, não sendo possível pretender a sua submissão, pura e simples, ao regime aplicável às atividades estritamente privadas.
5.0. Serviços essenciais e serviços públicos imprescindíveis à preservação da ordem pública e serviços de utilidade pública
Conforme a Lei n. 7.783, de 28-6-1989, consideram-se serviços ou atividades essenciais elencados no Art. 10, I a XI:
I) tratamento e abastecimento de água; produção e distribuição de energia elétrica, gás e combustíveis; II) assistência médica e hospitalar; III) distribuição e comercialização de medicamentos e alimentos; IV) funerários; V) transporte coletivo; VI) captação e tratamento de esgoto e lixo; VII) telecomunicações; VIII) guarda, uso e controle de substâncias radioativas, equipamentos e materiais nucleares; IX) processamento de dados ligados a serviços essenciais; X) controle de tráfego aéreo; XI) compensação bancária. 
Portanto quando houver greve os sindicatos, os empregados e os trabalhadores obrigatoriamente devem a garantir, a prestação dos serviços indispensáveis, sendo estas as que coloquem em perigo a sobrevivência, a saúde ou a segurança da população, na qual se não forem atendidas é o Poder Público deve garantir.
Nesse sentido, conforme previsto no art. 13 da referida lei, na possibilidade de haver greve em serviços ou atividades essenciais, as entidades sindicais ou os trabalhadores, devem comunicar aos empregadores setenta e duas horas antes da paralisação. 
Porém cabe destacar que nos termos do art. 3º da Lei n. 11.473, de 10-5-2007, as atividades e serviços imprescindíveis são: I) o policiamento ostensivo; II) o cumprimento de mandados de prisão; III) o cumprimento de alvarás de soltura; IV) a guarda, a vigilância e a custódia de presos; V) os serviços técnico-periciais, qualquer que seja sua modalidade; VI) o registro de ocorrências policiais. 
É necessário destacar que os serviços essenciais, não são obrigatoriamente serviços públicos, assim como o cuidado com o uso da utilidade pública. 
Nesse sentido Hely Lopes Meirelles, afirma:
“embora reflexamente interessem a toda a comunidade, atendem precipuamente às conveniências de seus membros individualmente considerados”.
Sobre as necessidades públicas Maria Sylvia Zanella Di Pietro, estabele:
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“todo serviço público visa atender a necessidades públicas, mas nem toda atividade de interesse público é serviço público”.
6.0. Formas de atribuição da execução dos serviços Públicos
A titularidade dos serviços públicos pertence à Administração Pública direta, podendo esta a atribuir a outras pessoas jurídicas de direito público ou privado, ou ainda a pessoas físicas, quando for admitido em leia, a execução de serviços públicos, conforme previsto no art. 175 da Constituição Federal.
Sendo possível caracterizar em quatro formas de atribuição da execução dos serviços públicos: a) concessão, b) permissão, c) autorização e d) delegação. 
Há a Lei de Concessões e Permissões de Serviços Públicos – LCP, Lei n. 8.987, de 13-2-1995 que, dispõesobre a concessão e permissão para execução de serviços públicos. É considerado o poder concedente a União, os Estados-membros, o Distrito Federal ou os Municípios, na qual o serviço público, tenha ou não a execução de obra pública, sendo esta o motivo de haver concessão ou permissão. É o poder concedente que se responsabiliza pela fiscalização da execução e da prestação dos serviços públicos pelos concessionários ou permissionários.
6.1. Conceito de serviço adequado
Conforme o Art. 60, toda concessão ou permissão pressupõe a prestação de serviço adequado ao pleno atendimento dos usuários. Sendo considerado adequado quando satisfaz as condições de regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia na sua prestação e modicidade das tarifas, de modo que se encontra em perfeita consonância com os princípios norteadores da prestação dos serviços públicos.
6.2. Dos direitos e obrigações dos usuários
Os direitos e obrigações dos usuários estão elencados no Art. 70 da Lei de Concessões e Permissões de Serviços Públicos, sendo eles de: a) receber o serviço adequado; b) receber do poder concedente e da concessionária informações necessárias à defesa de interesses individuais ou coletivos; c) obter e utilizar o serviço, com liberdade de escolha entre vários prestado- res de serviços, quando for o caso, observadas as normas do poder concedente; d) levar ao conhecimento do Poder Público e da concessionária as irregula- ridades de que tenham conhecimento, referentes ao serviço prestado.
6.3. Da política tarifária
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Está prevista no Art. 90 da Lei de Concessões e Permissões de Serviços Públicos que a tarifa do serviço público sera determinada pela aposta vencedora da licitação e mantida através das regras de revisão previstas no edital e no contrato estes podendo ainda prever clausulas sobre revisão.
Não serão revisados os impostos sobre a renda, a criação, a alteração ou a extinção de quaisquer tributos ou encargos legais, após a apresentação da proposta. E se houver alteração unilateral do contrato que gere um desequilíbrio econômico-financeiro, o poder concedente deverá restabelecê-lo.
6.4. Da licitação prévia
Toda concessão de serviço público conforme o art. 15 da Lei de Concessões e Permissões de Serviços Públicos, deve precendir de licitação na qual terá os seguintes critérios:
a)	 o menor valor da tarifa do serviço público a ser prestado;
b) 	a maior oferta, nos casos de pagamento ao poder concedente pela outor- ga de concessão;
c)	 a melhor proposta técnica, com preço fixado no edital;
d)	 a melhor proposta em razão da combinação dos critérios de menor valor da tarifa do serviço público a ser prestado com o de melhor técnica;
e) 	a melhor proposta em razão da combinação dos critérios de maior oferta pela outorga da concessão com o de melhor técnica; 
f) 	a melhor oferta de pagamento pela outorga após qualificação de propostas técnicas;
g) 	a combinação, dois a dois, dos critérios referidos nos itens a, b e f (admitida somente for prevista no edital de licitação.
6.5. Concessão de serviço público
É a atribuição precedida de licitação (na modalidade de concorrência) na qual possui prazo determinado. Sua validação através de contrato, que deve observar a Lei de Concessões e Permissões de Serviços Públicos além do edital de licitação.
Entre suas características gerais pode-se citar as seguintes: a) caráter mais estável (se comparada à permissão e à autorização); b) previsão legislativa; c) licitação exclusivamente na modalidade concorrência; d) formalização mediante contrato.
Sobre o contrato de concessão, deve ser observado o Art. 23 da Lei de Concessões e Permissões de Serviços Públicos, nas quais as cláusulas essenciais se referem ao objeto, à área e ao prazo da concessão, o modo, forma e condições de prestação do serviço, aos critérios, indicadores, fórmulas e parâmetros definidores da qualida- de do serviço, ao preço do serviço e aos critérios e procedimentos para o reajuste e a revisão das tarifas, aos direitos, garantias e obrigações do poder concedente e da 
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concessionária, etc. 
Ainda deve se observar o art. 26 na qual possibilita a subconcessão, desde que ex- pressamente autorizada pelo poder concedente, devendo a outorga da subconcessão ser sempre precedida de concorrência. Porém no caso de haver transferência de concessão ou do controle societário da concessionária sem a notificação anterior do poder resultará na caducidade da concessão.
A hipóteses de extinção da concessão, estão previstas no art. 35 da Lei de Concessões e Permissões de Serviços Públicos sendo elas: a) advento do termo contratual: decorrido o prazo previsto no contrato; b) encampação: O poder concedente retoma as atividades durante o prazo da concessão, mediante lei autorizativa específica, conforme previsto no art. 37 da lei; c) caducidade: é a declaração através de decreto do poder concedente, quando for verificado a inexecução total ou parcial do contrato, podendo aplicar punições se forem previstas no contrato; d) rescisão do contrato pelo concessionário: nos termos do disposto no art. 39 da lei; e) anulação; f) falência de sociedade ou firma individual concessionária; g) extinção de sociedade ou firma individual concessionária; h) falecimento ou incapacidade do titular de firma individual concessionária.
6.6. Permissão de Serviço Público
Permissão é uma atribuição, por meio de llicitação prévia, da prestação de serviços público, realizada pelo poder concedente, em seu nome e por sua conta e risco, porém este não necessita promover investimentos em tempo determináveis. A LCP, em seu art. 2°, IV, define como sendo a “a delegação, a título precário, mediante licitação, da prestação de serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco”. 
Assim a permissão pode ser considerada como outorgada na qual não possui prazo determinado. Sendo formalizada através de contrato, conforme disposto no art. 40 da LCP, devendo ser elaborado as disposições da lei em questão onbservando também outras normas pertinentes além do edital de licitação. 
Com base no art. 40 da LCP, pode se afirmar que há possibilidade da permissão ser precária ou não, na qual a precariedade só será admitida se estiver prevista expressamente no edital ou no contrato. Da mesma forma, em sede de atribuição para execução de serviços públicos, é obrigatória a realização da licitação prévia à outorga da permissão, conforme estabelece o art. 175 da Constituição Federal.
6.7. Autorização de serviço público
A Autorização de serviço público é um ato administrativo podendo ser vinculado ou discricionário, no qual a Administração Pública pode atribuir a uma pessoa física ou jurídica, de modo precário e por prazo indeterminado a prestar um serviço.
Está prevista na Constituição Federal, em seu art. 21, XI, porém a inexistência de uma lei federal 
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que disciplinasse a autorização para a execução de serviços públicos em geral resultou na incumbência de normas esparsas, facilitando para haver variações legislativas e consequentemente insegurança jurídica sobre tal ato administrativo.
6.8. Delegação
Delegação vem sido utilizada como atribuição de algumas modalidades de serviços públicos na qual não necessita de licitação prévia, nessa hipótese se encontra na Constituição Federal ou em lei específica, onde possui caráter de exclusividade.
Porém é imprescindivel ressaltar que a delegação de serviço público é diferente da delegação de funções públicas de tabelião, na qual possui caráter privado em utilidades extrajudiciais, que caracteriza os agentes públicos por delegação (tabeliães de cartórios extrajudiciais), e que, nos termosdo art. 236 da CF, deve ser precedida de concurso público de provas e títulos, e somente pode ser outorgada a pessoas físicas.
7.0. Parcerias Público-Privadas (PPP’s)
Parceria Público Privada é o contrato administrativo de concessão por meio do qual a Administração Pública transfere a uma pessoa jurídica de direito privado a obrigação de realização de determinada obra pública e/ou prestação de determinado serviço público, assegurando-se à pessoa jurídica privada (parceiro privado) o direito de exploração comercial do referido empreendimento, independentemente de qualquer outra remuneração que possa ser pactuada entre as partes, sendo ainda que a Administração Pública contratante pode ser obrigada, nos termos do contrato de parceria, à prestação de determinada garantia prevista em lei e no contrato, a ser utilizada pela mesma pessoa jurídica privada para obtenção de recursos de financiamento no mercado.
A Parceria Público Privada (PPP) encontra-se disciplinada pela Lei n. 11.079, de 30.12.2004 (Lei de PPP’s), podendo ser realizada nas modalidades de concessão patrocinada ou administrativa.
Concessão Patrocinada é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que trata a Lei n. 8.987, de 13.02.1995 (Lei de Concessões e Permissões de Serviços Públicos), quando envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários, contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado.
Concessão Administrativa é o contrato de prestação de serviços de que a Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou fornecimento e instalações de bens.
Deve-se entretanto observar que, conforme o art. 2º, § 3º, da Lei de PPP’s, não constitui parceria 
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público-privada a concessão comum, assim entendida a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que trata a Lei de Concessões e Permissões de Serviços Públicos (Lei n. 8.987, de 13.02.1995), quando não envolver contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado, sendo vedada a celebração de contrato de parceria público-privada:
a) 	cujo valor do contrato seja inferior a 20 milhões de reais;
b) 	cujo período de prestação do serviço seja inferior a 5 anos; ou
c) 	que tenha como objeto único o fornecimento de mão-de-obra, o fornecimento e instalação de equipamentos ou a execução de obra-pública.
A celebração dos contratos de parceria público-privada deverá obrigatoriamente ser precedida de licitação, na modalidade concorrência, conforme previsto no art. 10 da Lei de PPP’s. Uma vez realizada a licitação e selecionado o contratante, a celebração do contrato de parceria deverá ainda ser precedida da constituição da sociedade de propósito específico (SPE), que terá por objeto exclusivamente a prática de atividades relacionadas à execução do contrato de PPP, incumbida de implementar e gerir o objeto da parceria, conforme dispõe o art. 9º da citada lei.
Os contratos administrativos de PPP’s deverão conter, nos termos do art. 5º da Lei de PPP’s, além das cláusulas essenciais aos contratos de concessão previstas na Lei de Concessões e Permissões de Serviços Públicos, também e especificamente as seguintes previsões:
a) 	o prazo de vigência do contrato, compatível com a amortização dos investimentos realizados, não inferior a 5, nem superior a 35 anos, incluindo eventual prorrogação;
b) 	as penalidades aplicáveis à Administração Pública e ao parceiro privado em caso de inadimplemento contratual, fixadas sempre de forma proporcional à gravidade de falta cometida, e às obrigações assumidas;
c) 	a repartição de riscos entre as partes, inclusive os referentes a caso fortuito, força maior, fato do príncipe e álea econômica extraordinária;
d) 	as formas de remuneração e de atualização dos valores contratuais.
e) 	os mecanismos para a preservação da atualidade da prestação dos serviços;
f) 	os fatos que caracterizem a inadimplência pecuniária do parceiro público, os modos e o prazo de regularização e, quando houver, a forma de acionamento da garantia;
g) 	os critérios objetivos de avaliação do desempenho do parceiro privado;
h) 	a prestação, pelo parceiro privado, de garantias de execução suficientes e compatíveis com os ônus e riscos envolvidos, observados os limites legais;
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i) o compartilhamento com a Administração Pública de ganhos econômicos efetivos do parceiroprivado, decorrentes da redução do risco de crédito dos financiamentos utilizados pelo parceiro privado;
j) a realização de vistoria dos bens reversíveis, podendo o parceiro público reter os pagamentos ao parceiro privado, no valor necessário para reparar as irregularidades eventualmente detectadas.
 
Deve-se ainda observar que, nos termos do art. 6º da lei, a contraprestação da Administração Pública ao parceiro privado pode ser feita com a utilização dos seguintes meios:
a) 	ordem bancária;
b) 	cessão de créditos não tributáveis;
c) 	outorga de direitos em face da Administração Pública;
d) 	outorga de direitos sobre bens públicos dominicais;
e) 	outros meios admitidos em lei.
 
Pode ainda o contrato prever o pagamento de remuneração variável vinculada ao desempenho do parceiro privado, conforme metas e padrões de qualidade e disponibilidade definidos no contrato.
Por outro lado, conforme o art. 8º, as obrigações pecuniárias contraídas pela Administração Pública em contrato de parceria público-privada podem ser garantidas mediante:
 
a) 	vinculação de receitas, observado o disposto no inc, IV do art. 167 da Constituição Federal;
b) 	instituição ou utilização de fundos especiais previstos em lei;
c) 	contratação de seguro-garantia com as companhias seguradoras que não sejam controladas pelo Poder Público;
d) 	garantia prestada por organismos internacionais ou instituições financeiras que não sejam controladas pelo Poder Público;
e) 	garantias prestadas por fundo garantidor ou empresa estatal criada para essa finalidade;
f) 	outros mecanismos admitidos em lei.
8.0. Jurisprudências
REMESSA NECESSÁRIA. ADMINISTRATIVO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. MUNICÍPIO DE JAGUARÃO. PRESTAÇÃO DE SERVIÇO PÚBLICO DE TRANSPORTE COLETIVO SEM LICITAÇÃO. NULIDADE. IMPRESCINDIBILIDADE DO PROCEDIMENTO LICITATÓRIO. ART. 175 DA CRFB/88. - Desde o advento da Constituição da República, em 05.10.1988, a prestação de serviços públicos deve ser feita 
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diretamente pelo Poder Público ou delegada a particulares, sob regime de concessão oupermissão, sempre precedida de licitação. SENTENÇA CONFIRMADA EM REMESSA NECESSÁRIA. (Reexame Necessário Nº 70081585200, Vigésima Segunda Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Marilene Bonzanini, Julgado em 04/06/2019).
REMESSA NECESSÁRIA. DIREITO PÚBLICO NÃO ESPECIFICADO. AÇÃO POPULAR. CONTRATO DE CONCESSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO DE FORNECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTO FIRMADO ENTRE O MUNICÍPIO DE SAPUCAIA DO SUL E A CORSAN. ALEGAÇÃO DE VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA UNIVERSALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS. AUSÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO DOS REQUISITOS DA ILEGALIDADE E LESIVIDADE DO ATO AO ERÁRIO. A ação popular se destina a invalidar atos praticados com ilegalidade de que resultou lesão ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural. Necessária a verificação da presença desses dois requisitos. No caso, o autor não de se desincumbiu de seu ônus probatório, pois não demonstrada ilegalidade ou lesividade no contrato celebrado. Extinção da ação. Manutenção. SENTENÇA CONFIRMADA EM REMESSA NECESSÁRIA. (Reexame Necessário Nº 70080993702, Vigésima Segunda Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Francisco José Moesch, Julgado em 07/05/2019).
RECURSO INOMINADO. PRIMEIRA TURMA RECURSAL DA FAZENDA PÚBLICA. MUNICÍPIO DE SÃO JERÔNIMO. PROCESSO ADMINISTRATIVO DE CASSAÇÃO DA PERMISSÃO DO SERVIÇO DE TÁXI. INOBSERVÂNCIA AO PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA E AOS PROCEDIMENTOS PREVISTOS NA LEI Nº 9.784/99. NULIDADE VERIFICADA. ANULAÇÃO DO PROCESSO ADMINISTRATIVO. SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA MANTIDA. Sentença de procedênciaconfirmada por seus próprios e jurídicos fundamentos, à luz do permissivo contido no artigo 46 da Lei 9.0099/95. RECURSO INOMINADO DESPROVIDO. UNÂNIME. (Recurso Cível Nº 71007964224, Turma Recursal da Fazenda Pública, Turmas Recursais, Relator: José Pedro de Oliveira Eckert, Julgado em 26/02/2019).
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9.0. Conclusão
Através do trabalho é possível concluir que os serviços públicos, conforme sua essencia­lidade, finalidade, ou seus destinatários podem ter diferentes classificações como por exemplo, serem públicos, 
de utilidade pública, próprios do Estado, impróprios do Estado, administrativos, industriais, gerais e individuais. Podendo ainda serem definidos como atividade econômica ou não, desde que possa cumprir sua função que consiste em atender as necessidades da sociedade em geral, na qual o Estado é o responsável por assumir tais serviços, executando-os diretamente ou transferindo a sua titularidade.
10.0. Referência Bibliográfica (TEM QUE TER 4 DOUTRINAS)
Gomes, Fábio Bellote, Elementos de Direito Administrativo / Fábio Bellote. 
Maria Sylvia Zanella Di Pietro, 12ª edição, Direito Administrativo.
Hely Lopes Meirelles
Gomes. – 2. ed. – São Paulo : Saraiva, 2012.
LEI Nº 8.987, DE 13 DE FEVEREIRO DE 1995 - Lei de Concessões e Permissões de Serviços Públicos. 
Constituição Federal de 1988. 
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