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iStock 2017 Unidade 1 Seção 3 Direito Eletrônico 1 Webaula 3 Neutralidade da rede A Neutralidade da Rede foi concebida como verdadeiro princípio para o uso da Internet no Brasil (art. 3º, inciso IV da Lei nº 12.965/2014), sendo também um princípio de arquitetura da rede, que endereça aos provedores de acesso o dever de tratar os pacotes de dados que trafegam em suas redes de forma isonômica, não os discriminando em razão de seu conteúdo ou origem (RAMOS, 2015, p. 138). Fonte: https://goo.gl/57qtMM. Acesso em: 12 jun. 2017. 2 https://goo.gl/57qtMM Há pelo menos três formas de discriminar um conteúdo ou aplicação específica na internet: Bloqueando Reduzindo a velocidade Cobrando um valor diferenciado pelo acesso àquele conteúdo ou aplicação. 3 Apesar do Marco Civil da Internet garantir a Neutralidade da Rede como princípio de arquitetura e uso da internet, cumpre trazer à tona o posicionamento dos especialistas técnicos em Tecnologia da Informação, que são unânimes em dizer que não pode haver uma neutralidade absoluta, por questões de segurança da rede. iStock 20174 A principal exceção à Neutralidade reconhecida por esses experts diz respeito ao bloqueio de caminhos que sejam considerados portas de entrada para o envio de vírus e spam. iStock 20175 Assim, o bloqueio de uma porta de entrada, de forma a impedir ataques que causem a instabilidade da rede por excesso de tráfego malicioso, torna-se necessário quando se detecta o uso desta porta predominantemente por agentes mal-intencionados. É certo que práticas desta natureza somente seriam possíveis se comprovada a inexistência de prejuízo para a efetiva entrega de pacotes para uso de aplicações por usuários pela via de outras portas de acesso à rede. 6 O Decreto 8.771/2016 vedou “condutas unilaterais ou acordos entre o responsável pela transmissão, pela comutação ou pelo roteamento e os provedores de aplicação que: (explore a galeria) 7 Comprometam o caráter público e irrestrito do acesso à internet, os fundamentos, os princípios e os objetivos do uso da internet no País. Dentre tais vedações, a mais polêmica certamente diz respeito ao inciso II do artigo 9º (“acordos que priorizem pacotes de dados em razão de arranjos comerciais”). Isto porque tal vedação abarcaria os chamados aplicativos “zero rating”. Fonte: Pixabay 20178 A princípio, não nos parece correto o enquadramento do "zero rating" nas hipóteses de quebra da neutralidade estabelecidas pelo MCI e pelo Decreto 8.771/2016, uma vez que não decorre de questões de natureza técnica e nem de implicações emergenciais. A título de exemplo de modelos “zero rating” no Brasil, podemos citar o caso de algumas operadoras brasileiras que possuem planos em que o tráfego de dados de alguns aplicativos – como o WhatsApp ou Facebook – não contam para o consumo mensal da franquia. 9 Para os defensores da possibilidade de acordos “zero rating”, tal prática não implicaria necessariamente violação ao princípio da Neutralidade da Rede, uma vez garantiria a possibilidade de acesso à internet para os usuários, mesmo após o esgotamento de sua franquia de dados, o que geraria inclusão digital na sociedade. Fonte: Pixabay 2017 10 Por outro lado, aqueles que defendem que esta prática fere o MCI argumentam que “restringir o alcance da garantia da neutralidade a aspectos exclusivamente técnicos, expurgando reflexões mais amplas e de natureza jurídica, significa ignorar a realidade de que os agentes econômicos que atuam na cadeia da Internet estão cada vez mais concentrados, prestando os serviços de forma vertical, associando-se para explorar a infraestrutura de telecomunicações e comercializar serviços de acesso à internet e fornecimento de aplicações e conteúdos, com o objetivo de impedir a concorrência efetiva e manter altos preços de forma cartelizada, colocando em risco o caráter democrático da rede” (LEFÈVRE, 2015). 11 Vídeo de encerramento 12 https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cef0e36cb56bc0d80571195a9e6072ec/09e6711581e1ec486c9a533b317fbf14 Android: https://goo.gl/yAL2Mv iPhone e iPad - IOS: https://goo.gl/OFWqcq Aqui você tem na palma da sua mão a biblioteca digital para sua formação profissional. Estude no celular, tablet ou PC em qualquer hora e lugar sem pagar mais nada por isso. Mais de 250 livros com interatividade, vídeos, animações e jogos para você. Você já conhece o Saber? 13 https://goo.gl/yAL2Mv https://itunes.apple.com/br/app/saber/id1030414048?mt=8 https://itunes.apple.com/br/app/saber/id1030414048?mt=8 https://play.google.com/store/apps/details?id=br.com.kroton.saber https://www.dedmd.com.br/webflow/slide-saber-webaula/apresentacao_app_saber_novo_3_1.mp4 Bons estudos! 14
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