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1 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ MBA EM ENGENHARIA BIOMÉDICA COM ÊNFASE EM ENGENHARIA CLÍNICA Resenha Crítica de Caso Aiana Nunes Chagas Trabalho da disciplina Instrumentação Médico Hospitalar I Tutor: Profa. Mirna Miguel Passos Godoy Valença - Bahia 2020 http://portal.estacio.br/ 2 A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO SOBRE RADIOPROTEÇÃO PELOS PROFISSIONAIS DA RADIOLOGIA Referência: SEARES, Marcelo Costa. A importância do conhecimento sobre radioproteção pelos profissionais da radiologia. Núcleo de Tecnologia Clínica, CEFET/SC. Disponível em: http://www.pos.estacio.webaula.com.br/ead/works. Acesso em: 15 de abril de 2020. O artigo proposto para a análise crítica, elucida sobre os efeitos biológicos das radiações ionizantes. De forma introdutória, aborda a história da descoberta dos raios – x e seus variados âmbitos de atuação ao longo do tempo. Essa conquista trouxe à área da saúde grandes avanços tecnológicos que proporcionaram o aprimoramento de diagnósticos e tratamentos para determinadas enfermidades. Apesar dos benefícios, o uso dos raios – x, revelou efeitos nocivos aos profissionais que utilizavam essa técnica. A partir disso, surge a necessidade de estudos mais profundos considerando a necessidade da proteção radiológica e seus princípios, bem como, a importância do pleno conhecimento da radioproteção pelos profissionais da área radiológica. A radiação X (compostas por raios – x) é um tipo de radiação ionizante de alta energia, esta possui a capacidade de penetrar em organismos vivos e atravessar os tecidos de menor densidade. Diferentemente ocorre com as partes mais densas do nosso corpo que absorve essa radiação. Essa característica de transpassar por tecidos faz dos raios, anteriormente citados, um perigo em potencial pois a exposição prolongada a eles pode gerar danos as células. Os efeitos biológicos induzidos pelas radiações ionizantes podem ser classificados quanto a dose e forma de resposta, tempo de manifestação e quanto ao nível de dano. Em relação a dose e forma de resposta, surge a radiobiologia com a finalidade de estudar os efeitos danosos trazendo à luz da ciência, os efeitos determinísticos, estocásticos e o risco fetal. Tendo conhecimento desses efeitos, 3 fez-se necessário elaborar os princípios da proteção radiológica, que por sua vez tem como princípio base a seguinte assertiva, todas as exposições devem ser mantidas tão baixas quanto possivelmente exequíveis. Estes norteiam as atividades operacionais que utilizam radiação ionizante, fornecendo segurança a saúde do público, paciente, meio ambiente e do próprio profissional de radiologia. Moléculas importantes como o DNA, podem ser danificadas pelo tipo de radiação aqui analisado, a radiação ionizante. O DNA é um composto orgânico cujas moléculas contêm as instruções genéticas que coordenam o desenvolvimento e funcionamento de todos os seres vivos e transmitem as características hereditárias de cada ser vivo. Por sua vez, as radiações podem quebrar essa molécula de DNA ou ocasionar uma lesão em parte dessa molécula, como resultado, observa-se um dano somático (apenas no indivíduo) ou genético (nos descendentes), isso se dá de forma direta no DNA ou indireta onde há formação de radicais livres, que por meio de reações, geram íons no citoplasma e atingem o DNA. É de ampla compreensão que o efeito da radiação nas células pode ocasionar, morte celular, incapacidade de reprodução ou modificação celular permanente. Adicionalmente, há fases celulares mais sensíveis à radiação são as do período em que a multiplicação celular é mais intensa essa sensibilidade estende ainda às células com baixas taxas de oxigênio, células hipóxias. Os efeitos determinísticos estão diretamente relacionados com a dose e a gravidade do dano. Neste tipo de efeito entende-se que há um limiar, em quem, ultrapassando o mesmo, o prejuízo à célula é clinicamente observado. A diferença de tempo entre o momento que extrapola o limiar e os efeitos depende da taxa da dose (relação tempo e intensidade), do órgão irradiado e do efeito clínico. Já os efeitos estocásticos compreendem a probabilidade de ocorrência do dano em função da exposição à radiação. O estocástico ocasiona os efeitos somáticos e hereditários com taxas menores e sem limiar, pois são cumulativos. O risco fetal refere-se intimamente com período de gestação em que ocorreu a exposição. Quando o número de células do embrião é pequeno, a probabilidade do efeito é maior, explica- se é a fase de maior intensidade de multiplicação das células, fato previamente elucidado. 4 Os efeitos, danos e interações das radiações ionizantes com organismo vivos apresentados no artigo foi discorrido de forma simples, direta e de fácil compreensão. Com as mesmas características, serão analisadas as formas de proteção radiológica e os princípios de radioproteção. Os esforços estão direcionados para a utilização das radiações ionizantes sempre em fator de benefício. De maneira que se faz necessária a proteção dos trabalhadores, do paciente e do meio ambiente. O primeiro princípio a ser comentado é a Justificativa, para que pacientes não recebam radiações de forma indiscriminada ou negligente, toda solicitação de exame radiológico precisa ser justificada. Caso haja possibilidade de averiguar determinada enfermidade por outro exame que não utiliza radiações ionizantes, é preferível a realização deste. O princípio da otimização abrange o planejamento das atividades com radiações ionizantes para alcançar o menor nível de exposição possível, sem a perda da qualidade do exame/imagem. No princípio da limitação da dose, como próprio nome esclarece, não se deve irradiar doses superiores aos limites estabelecidos pelas normas de radioproteção. Neste último princípio é possível verificar uma relação imediata com os efeitos determinísticos, pois se exceder este limite será verificado os danos clínicos, ou seja, prejuízos à saúde humana. Para que os trabalhadores que se expõe aos raios – x minimizem os efeitos prejudiciais à saúde, os mesmos precisam fazer uso das formas de radioproteção, são elas: tempo de exposição, distância da fonte e blindagem (individual e da área). De maneira prática, quanto menor tempo de exposição menor probabilidade de dano. O menor tempo pode ser alcançado pela minimização do tempo em determinada técnica de exame e rodízios de técnicos da Unidade de Saúde. Em relação a distância da fonte, quanto mais distante da fonte de radiação, menor intensidade recebida. A blindagem é feita de duas formas, primeiro pelos equipamentos de proteção individual do operador dos aparelhos que utilizam raios – x, são: óculos pumblífero, protetor de tireóide, dosímetro TLD, avental pumblífero, e saiote também de chumbo. A utilização do elemento chumbo é devido sua característica de “barrar” as radiações, configurando uma baixa taxa de penetração. Já o dosímetro é um material sensível ao espectro eletromagnético das radiações, 5 com ele é possível verificar a dosagem de radiação que o técnico de radiologia recebeu. No projeto da sala para exames radiológicos devem ter calculados e planejados paredes e portas blindadas com chumbo ou barita como uma opção mais econômica. Os assuntos abordados no artigo traz um entendimento específico ao leitor sobre a saúde, não somente dos profissionais envolvidos nas atividades com radiações, bem como a saúde do próprio leitor. Sendo assim, é evidente a importância do esclarecimento acerca dos efeitos biológicos da radiação ionizantes e as devidas formas de radioproteção.
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