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Direito Eleitoral Carlos Eduardo Frazão Aula 01
Direitos Políticos
Direitos Políticos são espécies do gênero Direitos Fundamentais.
Todo direito político é um direito fundamental, mas nem todo direito fundamental é um direito político.
Ex.: Liberdade de expressão – é um direito fundamental, mas não é um direito político.
CF:
CAPÍTULO IV - DOS DIREITOS POLÍTICOS CAPÍTULO V – DOS PARTIDOS POLÍTICOS
Cespe TRF 1ª Região: Embora não se insiram entre os direitos e garantias fundamentais previstos na CRFB/88, os 
direitos políticos possuem o caráter instrumental de proteção do princípio democrático e investem o indivíduo no 
status activae civitati.
Este item está errado, pois os direitos políticos se inserem nos direitos fundamentais da CF. Regime Jurídico dos 
Direitos Políticos
Os direitos políticos possuem aplicação direta e imediata.
São cláusulas pétreas – se o legislador quiser alterar a CF na parte dos direitos políticos o STF deverá declarar 
inconstitucional por violar uma cláusula pétrea.
Cespe TJ DFT 2016 Juiz de Direito: Os direitos políticos insculpidos na Constituição possuem eficácia limitada, ante a 
necessidade da edição de legislação infraconstitucional para concretizá- los.
Este item está errado, pois os direitos políticos não possuem eficácia limitada.
Direitos Políticos: positivos e negativos.
Conceito de Direitos Políticos Positivos: conjunto de normas que asseguram o direito subjetivo de participação no 
processo político e nos órgãos governamentais.
Para fins didáticos, compreende o direito de:
Votar;
Direito de ser votado;
Direito de participar da formação da vontade política – pessoas podem participar ativamente por meio de plebiscito, 
referendo, participação em audiências públicas, etc.
Distinções conceituais importantes em Direitos Políticos
Sufrágio  Direito Público (relação Estado x indivíduo), subjetivo (titularizado por cada um de nós) e de natureza 
política;
Voto (direto, secreto e com igual valor para todos)  é o exercício do direito ao sufrágio. Escrutínio  modo de 
exercício desse direito (aberto ou secreto).
Cespe TRE/PI 2016: O sufrágio é um direito público subjetivo democrático, que cabe ao povo, respeitados o princípio 
da universalidade e o princípio da igualdade de voto e de elegibilidade.
Correto
Cespe TRE/PI 2016: No direito brasileiro, os conceitos de voto e de sufrágio são equivalentes Incorreto
Formas de Sufrágio
Universal pelo texto da CRFB/88, o sufrágio é (tendencialmente) universal (art. 14)
Restrito:
1
⦁ Censitário  a exclusão do indivíduo se dá com base em critérios econômicos ou de renda, posse de bens etc. Foi 
o critério adotado pela Carta de 1824
⦁ Capacitário  o ordenamento jurídico exclui o indivíduo com base em critérios intelectuais, de capacidade
cognitiva.
P.ex: excluir analfabeto ou dizer que quem estudou no ITA ou USP teria peso 2 seu voto.
Titulares do direito de Sufrágio
Capacidade eleitoral ativa (ius suffagii)  direito de votar (alistabilidade)
Capacidade eleitoral passiva (ius honorum)  direito de ser votado (elegibilidade)
Caracteres (ou características) do voto
Personalidade  o próprio indivíduo titulariza o exercício do voto e deve pessoalmente votar, não se admitindo votos 
por procuração ou por correspondência;
Obrigatoriedade formal de comparecimento  deve comparecer às urnas, não sendo compelido a emitir um 
necessariamente um voto. No voto no Brasil, obrigatório é o comparecimento às urnas, e não o voto em si.
Liberdade: o indivíduo pode votar em quem quiser (preferência), mas também abrange manifestações apolíticas como 
votar em branco ou nulo;
Sigilosidade: o indivíduo não pode ser obrigado a expor o voto, tampouco terceiro pode divulgar o voto de alguém 
fraudulentamente. É uma opção do indivíduo.
Direto: Em regra, no Brasil o voto é direto. Exceções:
⦁ Art. 81, §1º CF – será feita eleição indireta pelo Congresso Nacional se a vacância no cargo de presidente e vice-
presidente ocorrer nos dois últimos anos de mandato. 1
P.ex.: Dilma sofreu impeachment, Temer renúncia – será feita eleição indireta.
Eleição indireta não consulta o povo Eleição direta consulta o povo.
⦁ Art. 224, §4º, I Código Eleitoral- eleição indireta acontecerá se essas hipóteses de indeferimento do registro, 
cassação do diploma ou perda do mandato acontecer nos últimos 6 meses do mandato. 2
Periodicidade – voto é periódico
Igual valor para todos
Cespe TRE/PI 2016: A liberdade do voto manifesta-se pela preferência a um candidato, mas não pela anulação do voto 
ou pela opção de depositar cédula em branco na urna.
Item incorreto. A liberdade do voto abrange manifestações apolíticas como votar em branco ou nulo.
Direito de votar (alistabilidade)
CF
1 Art. 81. Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-se-á eleição noventa dias depois de 
aberta a última vaga.
§ 1º - Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita 
trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei.
2 Art, 224 § 3o A decisão da Justiça Eleitoral que importe o indeferimento do registro, a cassação do diploma ou a 
perda do mandato de candidato eleito em pleito majoritário acarreta, a realização de novas eleições, independentemente 
do número de votos anulados
2
§ 4o A eleição a que se refere o § 3o correrá a expensas da Justiça Eleitoral e será
I - indireta, se a vacância do cargo ocorrer a menos de seis meses do final do mandato
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para 
todos, e, nos termos da lei, mediante:
I - plebiscito; II - referendo;
III - iniciativa popular.
§ 1º O alistamento eleitoral e o voto são:
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos; II - facultativos para:
⦁ os analfabetos;
⦁ os maiores de setenta anos;
⦁ os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos
Inalistáveis – não podem alistar-se como eleitores:
Estrangeiros – os que se naturalizarem brasileiros não serão mais estrangeiros
Conscritos: são aqueles que estão prestando serviço militar obrigatório
Atenção: Podem, também, ser considerados conscritos os médicos, farmacêuticos, dentistas e veterinários que 
estejam prestando serviço militar obrigatório, nos termos da Lei nº 5.292/67
FGV Juiz de Direito TJ AM 2013: No modelo adotado pela Constituição Federal de 1988, o voto se caracteriza por ser 
direto, igual para todos, periódico, livre e personalíssimo, sendo vedado aos menores de 16 anos e aos conscritos, 
durante o período do serviço militar obrigatório
Item correto.
Direito de ser votado (elegibilidade)
- Condições de elegibilidade (art. 14, § 3º, CRFB/88), na forma da lei (ordinária):
Nacionalidade brasileira – brasileiros natos e naturalizados
Equiparação de direitos com brasileiros naturalizados – portugueses residentes. Se Portugal der aos brasileiros o
direito de votar e ser votado, no Brasil esse direito também será franqueado aos portugueses.
Pleno exercício dos direitos políticos: ausência de restrição na sua cidadania ativa ou passiva – cidadão que não 
cumpre com suas obrigações eleitorais não está em pleno exercício dos direitos políticos.
Alistamento eleitoral – para ser votado precisa ter o direito de votar
Domicílio eleitoral na circunscrição: conceito de domicílio mais que o do direito civil. Comprovação da existência de 
vínculos sociais, econômicos, políticos e comerciais com a localidade.
Lei das Eleições. Art. 9º. Para concorrer às eleições, o candidato deverá possuir domicílio eleitoral na respectiva 
circunscrição pelo prazo de seis meses e estar com a filiação deferida pelo partido no mesmo prazo (redação dada 
pela Lei nº 13.488/2017)
Conceito de circunscrição:
Código Eleitoral. Art. 86. Nas eleições presidenciais, a circunscrição serão País; nas eleições federais e estaduais, o 
Estado; e nas municipais, o respectivo município
Filiação partidária: no Brasil não existe candidatura avulsa, independente. Para concorrer deveser filiado a partido 
político.
Repercussão Geral (pendente de julgamento): ARE 1054490, rel. Min. Luís Roberto Barroso – STF irá discutir se 
candidatura avulsa é constitucional.
⦁ Candidato com dupla filiação: prevalece a mais recente (que manifestou a vontade por último, mais próximo do
3
pleito), nos termos do art. 22, § único, da Lei nº 9.096 (lei dos Partidos Políticos)
⦁ Prazo de filiação: 6 meses (Lei nº 13.165/2015, alterou o art. 9º, da Lei dasEleições);
⦁ Membros da magistratura e Tribunais de Contas para se filiarem a partido político devem pedir exoneração ou 
após aposentar-se – possuem inelegibilidade absoluta
⦁ Membros do Ministério Público que ingressaram na carreira antes de 1988 podem escolher submeter-se ao 
regime anterior (previsão do ADCT, art. 29, §3º)
⦁ Após a EC 45/2004, o regime jurídico dos membros do MP equipara-se ao da magistratura e membros dos 
tribunais de contas (inelegibilidade absoluta - terá que exonerar ou aposentar).
⦁ Membros do MP que ingressaram entre 1988 e a EC n 45/2004 não possuem direito adquirido a optar pelo regime 
a qual se submete
Jurisprudência do STF:
Art. 281 da LC nº 75/93 não se aplica aos membros do MP estadual, de modo que a opção pelo regime jurídico 
anterior à Carta de 1988 pode ser formalizado a qualquer tempo
LC nº 75/93. Art. 281. Os membros do Ministério Público da União, nomeados antes de 5 de outubro de 1988, 
poderão optar entre o novo regime jurídico e o anterior à promulgação da Constituição Federal, quanto às garantias, 
vantagens e vedações do cargo
(Para membros do MP nomeados antes da CF/88)
Parágrafo único. A opção poderá ser exercida dentro de dois anos, contados da promulgação desta lei complementar, 
podendo a retratação ser feita no prazo de dez anos
⦁ Segundo a jurisprudência do STF isso não se aplica aos membros do MP estadual.
Promotor de Justiça MP GO 2016: Para aqueles que ingressaram na carreira do Ministério Público antes do advento da 
Constituição Federal de 1988, é permitida a candidatura a cargos eletivos, desde que tenham optado pelo regime 
anterior, sempre respeitados os prazos de desincompatibilização. A referida opção, quanto aos membros do Ministério
Público dos Estados, pode ser feita a qualquer tempo
Item correto.
Idade Mínima:
Art. 14. (...). § 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei:
VI - a idade mínima de:
⦁ trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;
⦁ trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;
⦁ vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz;
⦁ dezoito anos para Vereador.
As condições de elegibilidade devem ser apresentadas na data do registro da candidatura. A exceção para isso é a 
idade mínima, que deverá ser comprovada na data da posse.
Foi criada a exceção da exceção:
Lei das Eleições. Art. 11. § 2º. A idade mínima constitucionalmente estabelecida como condição de elegibilidade é 
verificada tendo por referência a data da posse, salvo quando fixada em dezoito anos, hipótese em que será aferida 
na data-limite para o pedido de registro de candidatura.
Condições de elegibilidade que devem ser apresentadas na data do registro da candidatura: Nacionalidade brasileira;
Pleno exercício dos direitos políticos; Alistamento eleitoral;
Domicílio eleitoral na circunscrição; Filiação partidária
Idade mínima para vereador.
4
Já as idades mínimas, exceto para o cargo de vereador, devem ser apresentadas na data da posse
FCC Consultor Legislativo Assembleia Legislativa MS 2016: Jair pretende candidatar-se ao cargo de vereador e 
completará 18 anos um dia após a data-limite para o pedido de registro da candidatura. Neste caso, Jair não poderá se
candidatar, pois a idade mínima constitucionalmente estabelecida como condição de elegibilidade será aferida na data-
limite para o pedido de registro. Item correto.
Direitos Políticos Negativos
Restrições que são impostas ao seu estado jurídico. Estas restringem o direito de votar ou ser votado.
 Inelegibilidades – restringe-se a cidadania passiva, isto é, sobre o direito de ser votado.
⦁ Absolutas: Apenas a CF pode tratar
⦁ Relativas: Estão previstas, tanto na CF, quanto na legislação infraconstitucional.
 Privações – restringe-se tanto o direito de votar, como o de ser votado. Não pode sequer participar dos atos
partidários.
⦁ Suspensão – tem esses direitos políticos, mas existe alguma causa impeditiva de exercício.
⦁ Perda – caráter definitivo
Privações de Direitos Políticos
CRFB/88. Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:
I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado; II - incapacidade civil absoluta;
⦁ - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;
⦁ - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII;
⦁ - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.
⦁ A cassação de direitos políticos tem a ver com atos arbitrários, estado de exceção. Cuidado:
⦁ A Cassação de direitos políticos é diferente de cassação do mandato parlamentar e executivo. A Cassação do 
Mandato Parlamentar é autorizada pela Constituição (CRFB/88, art. 55, I, II e IV, c/c
§ 1º). A Cassação de Mandato no Executivo também tem amparo constitucional. Perda é diferente de cassação.
Perda de mandato:
Art. 55. Perderá o mandato o Deputado ou Senador:
⦁ - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior;
⦁ - cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar; (...)
VI - que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado. (...)
§ 2º Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda do mandato será decidida pela Câmara dos Deputados ou pelo Senado 
Federal, por maioria absoluta, mediante provocação da respectiva Mesa ou de partido político representado no 
Congresso Nacional, assegurada ampla defesa.
Modalidades:
⦁ Suspensão de direitos políticos - temporariedade na restrição da cidadania passiva.
⦁ Perda dos Direitos Políticos – definitividade (ou tendência de definitividade) na restrição da cidadania passiva.
⦁ A hipótese de perda dos direitos políticos tende a ser definitiva, mas pode não ser.
Suspensão dos Direitos Políticos
Hipóteses.
1ª Incapacidade civil absoluta (art. 15, II, da CRFB/88 c/c art. 3º do CC/2002).
CC/2002. Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 
(dezesseis) anos.
⦁ os 3 incisos que existiam no art. 3º do CC foram revogados pela Lei nº 13.146/2015 (Lei Brasileira de Inclusão da 
Pessoa com Deficiência)
5
Esse diploma de 2015 revoga os 3 incisos do CC que traziam as 3 hipóteses de incapacidade civil absoluta. Hoje, esse 
dispositivo não tem âmbito de incidência.
⦁ Incapacidade civil absoluta (art. 3º do CC/2002) – hipótese de suspensão dos direitos políticos
De acordo com a legislação infraconstitucional não remanescem mais hipóteses autorizativas da suspensão de direitos 
políticos por incapacidade civil absoluta.
Art. 76. O poder público deve garantir à pessoa com deficiência todos os direitos políticos e a oportunidade de exercê-
los em igualdade de condições com as demais pessoas.
§ 1o À pessoa com deficiência será assegurado o direito de votar e de ser votada, inclusive por meio das seguintes 
ações:
⦁ - garantia de que os procedimentos, as instalações, os materiais e os equipamentos para votação sejam 
apropriados, acessíveis a todas as pessoas e de fácil compreensão e uso, sendo vedada a instalação de seções 
eleitorais exclusivas para a pessoa com deficiência;
(...)
⦁ - incentivo à pessoa com deficiência a candidatar-se e a desempenhar quaisquer funções públicas em todos os
níveis de governo, inclusive por meio do uso de novas tecnologias assistivas, quando apropriado;
⦁ - garantia de que os pronunciamentos oficiais, a propaganda eleitoral obrigatória e os debates transmitidos pelas
emissoras de televisãopossuam, pelo menos, os recursos elencados no art. 67 desta Lei;
⦁ - garantia do livre exercício do direito ao voto e, para tanto, sempre que necessário e a seu pedido, permissão
para que a pessoa com deficiência seja auxiliada na votação por pessoa de sua escolha.
⦁ Condenação criminal transitada em julgado, enquanto perdurarem seus efeitos (art. 15, III, da CRFB/88).
Suficiente a condenação penal, pouco importando a natureza do crime (i.e., se doloso, culposo, preterdoloso etc.);
Irrelevante identificar a penalidade imposta: inexiste diferença entre pena privativa de liberdade, restritiva de direitos, 
ou pagamento de multa para fins de suspensão de direitos políticos;
TSE. Súmula nº 9. A suspensão de direitos políticos decorrente de condenação criminal transitada em julgado cessa com 
o cumprimento ou a extinção da pena, independendo de reabilitação ou de prova de reparação de danos
Promotor de Justiça MP GO 2016: O término da suspensão dos direitos políticos decorrente de condenação criminal 
transitada em julgado independe de reabilitação, ou seja, para cessar essa causa de suspensão, basta o cumprimento 
ou a extinção da pena.
Item correto
⦁ Condenação em improbidade administrativa (art. 15, V, da CRFB/88).
Cuidado com o art. 1º, inciso I, alínea l, da LC nº 64/90: causa de inelegibilidade legal 3, e não de suspensão de direitos 
políticos.
3 Art. 1º, I, l os que forem condenados à suspensão dos direitos políticos, em decisão transitada em julgado ou proferida 
por órgão judicial colegiado, por ato doloso de improbidade administrativa que importe lesão ao patrimônio público e 
enriquecimento ilícito, desde a condenação ou o trânsito em julgado até o transcurso do prazo de 8 (oito) anos após o 
cumprimento da pena;
Causas de inelegibilidade: os que forem condenados por ato doloso de improbidade administrativa que importe em 
suspensão dos direitos políticos e que tenha gerado enriquecimento ilícito e lesão ao erário.
Decisão transitada em julgado ou decidida por órgão colegiado.
Jurisprudência TSE: AgR-REspe nº 11.166, rel. Min. Napoleão Maia, redator para o acórdão Min. Henrique Neves:
“2. Não há eficácia da filiação partidária, para atender o prazo de seis meses antes da eleição, durante o período em 
que perdurou a suspensão de direitos políticos decorrente do trânsito em julgado da condenação por improbidade.
⦁ Na espécie, o posterior exaurimento do prazo da suspensão não altera o fato de os direitos políticos do candidato
estarem suspensos no momento da convenção para escolha dos candidatos e do registro de candidatura. Votação por
maioria”
6
Não preencheu um dos requisitos de inelegibilidade, pois na data da formalização do registro estava com os direitos 
políticos suspensos.
Perda de Direitos Políticos
Hipóteses
⦁ Cancelamento de naturalização por sentença transitada em julgado  ocorre em virtude de atividade nociva ao 
interesse nacional (art. 15, II, da c/cart. 12, § 4º, I, da CRFB/88);
Perda-punição: só atinge brasileiros naturalizados.
⦁ Recusa de cumprir obrigação a todos imposta e prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII;
Instituto da escusa de consciência – autoriza-se invocar uma crença religiosa para se eximir de uma obrigação legal a 
todos imposta.
⦁ Perda-mudança (interpretação sistemática da Constituição) da nacionalidade. Quando se adquire outra 
nacionalidade, em regra, perde-se sua nacionalidade.
Art. 12. (...). § 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:
⦁ - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional;
⦁ - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos:
⦁ de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira;
⦁ de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como 
condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis;
Conclusão: toda hipótese de perda de nacionalidade, é consequentemente uma hipótese de perda de direitos 
políticos.
Reaquisição de Direitos Políticos
Hipóteses
Nos casos de suspensão de direitos políticos: restabelecimento automático – exauriram-se os efeitos tem se 
automaticamente os direitos políticos novamente.
Nos casos de perda de direitos políticos:
Perda-punição (cancelamento de naturalização transitada em julgado): somente há o restabelecimento em caso de 
procedência do pedido deduzido em ação rescisória;
Perda-mudança: com eventual processo de naturalização;
No caso da recusa ao cumprimento de prestação alternativa nos termos do art. 5º, VIII, da CRFB/88, somente se o 
indivíduo cumprir a prestação alternativa na forma da lei
Inelegibilidades Constitucionais
Por motivos funcionais
⦁ Reeleição – CRFB/88, art. 14, §5º (EC nº 16/97) – autoriza uma única eleição para mandato subsequente.
Art. 14. § 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver 
sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subsequente.
Reelegibilidade – fundamento no postulado de continuidade administrativa: “É dizer a permissão para a reeleição do 
Chefe do Executivo, nos seus diversos graus, assenta-se na presunção de que a continuidade administrativa, de regra,
é necessária” (ADI-MC 1.805, trecho do voto do Ministro Carlos Velloso, j. 26.03.1998).
⦁ Proíbe-se 3 mandatos consecutivos para evitar o continuísmo familiar.
7
⦁ Trata-se de condição de elegibilidade ou hipótese de inelegibilidade? (ADI-MC 1.805, Rel. Min. Néri da Silveira: “6. 
Na redação original, o § 5º do art. 14 da Constituição era regra de inelegibilidade absoluta. Com a redação resultante 
da Emenda Constitucional nº 16/1997, o § 5º do art. 14 da Constituição passou a ter a natureza de norma de
elegibilidade.”.
Para o STF trata-se de norma de elegibilidade, pois o cidadão pode ser eleito para mais um mandato.
⦁ O parâmetro constitucional para se aferir a inelegibilidade são cargos no Executivo - não se aplica ao Poder 
Legislativo - pois o chefe do Executivo é quem tem a máquina administrativa nas mãos.
(Cespe Consultoria Legislativa Área I Câmara dos Deputados 2014) A titularidade de mandato eletivo e a candidatura à 
reeleição, quando cumuladas, atuam, no ordenamento jurídico brasileiro, como condições de elegibilidade.
Item correto.
⦁ Fundamento subjacente da vedação ao 3º mandato consecutivo  Princípio republicano (temporariedade ou 
periodicidade dos mandatos) e
⦁ Teleologia (finalidade da vedação): evitar a perpetuação de uma mesma pessoa ou mesmo grupo familiar no 
exercício do poder local (continuísmo familiar) e inviabilizar a utilização da máquina administrativa em benefício de 
parentes detentores de poder.
⦁ Prefeito Itinerante: RE nº 637485, rel. Min. Gilmar Mendes, DJ. 21.05.2013: “o art. 14, § 5º, da Constituição, deve
ser interpretado no sentido de que a proibição da segunda reeleição é absoluta
e torna inelegível para determinado cargo de Chefe do Poder Executivo o cidadão que já exerceu dois mandatos
consecutivos (reeleito uma única vez) em cargo da mesma natureza, ainda que em ente da federação diverso.”.
⦁ O comando da CF visa evitar o continuísmo, portanto, o prefeito não pode ficar mudando de cidade – se proibiu 
um 3º mandato de prefeito, ainda que em outro município.
Questão sobre prefeito itinerante pendente de julgamento – cônjuge de prefeito pode concorrer em outro município, 
mas não no mesmo.
⦁ Renúncia do titular da chefia do Executivo no primeiro mandato: “Prefeito que renuncia ao primeiro mandato 
pode se candidatar à reeleição” (REspe nº 23.607, rel. Min. Gilmar Mendes, 11.10.2004).
Será considerada reeleição do candidato.
⦁ E a situação do Vice?
Caso de substituição no primeiro mandato e sucessão no curso do segundo mandato: “I. - Vice- governador eleito 
duas vezes para o cargo de vice-governador. No segundo mandato de vice, sucedeu o titular. Certo que, no seu 
primeiro mandato de vice, teria substituído o governador. Possibilidadede reeleger-se ao cargo de governador, 
porque o exercício da titularidade do cargo dá-se mediante eleição ou por sucessão. Somente quando sucedeu o 
titular é que passou a exercer o seu primeiro mandato como titular do cargo” (RE nº 366.488, rel. Min. Carlos Velloso, 
28.10.2005; Ver ainda Cta nº 1.047, Re. Min. Fernando Neves, 11.05.2004).
⦁ Caso Geraldo Alckmin em que sucedeu o governador Mario Covas. No primeiro mandato substitui o governador
em viagens e no segundo mandato o sucede em razão da morte de Covas. STF entendeu que ele poderia reeleger-se ao 
cargo de governador, porque o exercício da titularidade do cargo dá-se mediante eleição ou por sucessão
Substituição antes dos 6 meses anteriores ao pleito: “O vice que substitui o titular antes dos seis meses anteriores à 
eleição pode se candidatar ao cargo de titular e, se eleito, pode disputar a reeleição no pleito futuro” (REspe nº 
22.232/SC, Rel. Min. Henrique Neves,16.11.2016).
⦁ Não há que se considerar o primeiro mandato - mesmo precedente do caso GeraldoAlckmin.
Sucessão ou substituição nos (dentro dos) 6 meses anteriores ao pleito: “O vice que assume o mandato por
sucessão ou substituição do titular dentro dos seis meses anteriores ao pleito pode se candidatar ao cargo titular, mas,
se for eleito, não poderá ser candidato à reeleição no período seguinte” (REspe nº 22.232/SC, Rel. Min. Henrique Neves,
16.11.2016). - Se considerará o primeiro mandato.
Sucessão no primeiro mandato e nova sucessão no segundo mandato: “Impossibilidade de candidatar-se a prefeito, o 
vice-prefeito que sucedeu ao chefe do Executivo no exercício do primeiro mandato e também sucedeu ao titular no 
exercício do segundo mandato consecutivo, em virtude de falecimento. Hipótese que configuraria o exercício do 
8
terceiro mandato consecutivo no mesmo cargo, vedado pelo art. 14, § 5º, da CF” (REspe nº 21.809, rel. Min. Francisco 
Peçanha Martins, 17.08.2004).
3 mandatos consecutivos na Vice Chefia do Executivo: “2. A candidatura somente lhe é vedada para o próprio cargo 
de vice-prefeito, por caracterizar um terceiro mandato consecutivo [ainda que em chapas distintas], o que é vedado 
pelo art. 14, § 5º, da Constituição Federal.” (Cta nº 1.047, Re. Min. Fernando Neves, 11.05.2004; Cta nº 46.748, rel. 
Min. Henrique Neves, 1º.12.2005).
Entendimento do Prof.: se titular do mandato eletivo, não se abrange o vice.
Cta nº 46.748, rel. Min. Henrique Neves, 1º.12.2005: “O vice-prefeito que renunciou ao cargo na metade do período 
para exercer mandato de deputado estadual, cumprindo-o integralmente, e que, em pleito posterior ao término do
mandato de deputado estadual, foi novamente eleito vice- prefeito pode candidatar-se à reeleição, pois nessa hipótese 
os mandatos de vice-prefeito não foram exercidos sucessivamente.”.
⦁ Determinado candidato a vice resolve sair e se lançar para deputado, ganha e o cumpre integralmente – rompeu 
o vínculo. Novamente eleito vice-prefeito pode candidatar-se à reeleição.
⦁ Interinidade e mandato-tampão – encerrar ou completar o mandato do titular
REspe nº 12.860, rel. Min. Nelson Jobim, 21.11.2000: “A interinidade não constitui um ‘período de mandato
antecedente’ ao período de ‘mandato tampão’. O "período de mandato tampão" não constitui um’ período de mandato 
subsequente’ ao período de interinidade. O período da interinidade, assim como o "mandato tampão", constituem 
frações de um só período de mandato.” (Ver ainda Cta nº 1.505, rel. Min. José Delgado).
No mesmo sentido: “A eleição suplementar [rectius: renovação da eleição] tem mera aptidão de eleger candidato para 
ocupar o período remanescente do mandato em curso, até a totalização do quadriênio, não configurando, portanto,
novo mandato, mas fração de um mesmo mandato”. (Cta nº 11.726, rel. Min. Luiz Fux).
⦁ Há a complementação de mandato que já existia, não se tem um mandato novo.
⦁ Substituto eventual e reeleição: “Se se conclui que o vice que não substitui o titular nos seis meses antes do 
pleito poderá candidatar-se ao cargo de prefeito e, se eleito, almejar a reeleição (único substituto legal e potencial 
sucessor), com maior razão a possibilidade de o presidente da Câmara de Vereadores, substituto meramente eventual 
e sempre precário em casos de dupla vacância, pleitear a eleição e, se eleito, a reeleição. (...). Seria uma verdadeira
contradição jurídica criar para o substituto eventual (presidente de Câmara) uma restrição em sua capacidade eleitoral 
passiva maior que aquela definida no ordenamento jurídico e na jurisprudência eleitoral para o substituto legal do 
titular, pois as regras de inelegibilidades, enquanto limitação dos direitos políticos, devem sempre ser interpretadas 
restritivamente.” (REspe nº 109-75, rel. Min. Luciana Lóssio, redator para o acórdão Min. Gilmar Mendes, 14.12.2016).
⦁ Substituto eventual pode pleitear a eleição e, se eleito, a reeleição.
Direito Eleitoral André Luiz Cunha 
Aula 02
Direitos Políticos II
Inelegibilidades
Constituem obstáculos ou impedimentos postos pela Constituição da República ou por lei complementar ao exercício 
da cidadania passiva (capacidade eleitoral passiva), o que significa dizer limitações à capacidade de ser representante 
dos cidadãos, em razão de certas condições ou certas circunstâncias.
⦁ Atingem a capacidade política passiva
Segundo Niess, a palavra inelegibilidade tem no nosso direito um sentido amplíssimo, amplo e estrito.
Amplíssimo: abrange falta de condições de elegibilidade, as inelegibilidades propriamente ditas e as 
incompatibilidades, sendo utilizada nesse sentido pela alínea j, do inciso I, do art. 22, do Código Eleitoral (ação 
rescisória eleitoral em caso de inelegibilidade), e também, pelo art. 13, da Lei nº 9.504/1997 (substituição de 
candidato pelo partido, considerado inelegível).
Amplo: são integradas pelas inelegibilidades propriamente ditas e ora pelas incompatibilidades, ora ainda pela falta de 
condições de elegibilidade, conforme o caso, podendo-se recordar o inciso II, do art. 1º, da Lei Comp. n. 64/90 
(incompatibilidade para a Presidência) e o recurso contra a expedição de diploma eleitoral previsto no inciso I, do art. 
262, do Código Eleitoral (revogado 2013).
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Sentido estrito: não se confunde com as condições de elegibilidade, nem com as incompatibilidades, caracterizando-
se, então, como “embaraço incontornável à elegibilidade” (Niess), lembrando-se do § 7º, do art. 14, da CF 
(inelegibilidade por parentesco).
Fundamento e finalidade - § 9º, do art. 14, CF: princípio da moralidade eleitoral: “Lei complementar estabelecerá 
outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a 
moralidade para o exercício do mandato, considerada a vida pregressa do candidato, e a normalidade e a legitimidade 
das eleições contra influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na 
administração direta ou indireta (Emenda de Revisão n. 4/94). Súmula 13, do TSE, considera que o dispositivo não é 
autoaplicável.
-Mesmo que a CF estabeleça que para que possa ser eleito deve cumprir o mandado da moralidade e probidade, é 
necessária uma lei complementar para esmiuçar os casos específicos de inelegibilidades.
Classificação das inelegibilidades
⦁ Quanto à origem: constitucionais ou infraconstitucionais (legislação complementar, § 9º, art. 14, da CF).
Constitucionais não precluem Infraconstitucionais precluem
⦁ Quanto à abrangência: amplas (gerais, totais ou absolutas – todos os cargos em disputa) e restritas (parciais, 
especiais ou relativas – referem-se a um cargo ou alguns dos cargos, com limitação apenas territorial).
⦁ Quanto à duração: Temporárias (ou transitórias – cuidam de uma situação de tempo ou à permanência de uma 
situação temporal superável pelo desaparecimento do óbice à inelegibilidade). Ex.: Conscritos, condenação penal, etc.
Duradouras (ou permanentes).Ex.: a perda dos direitos políticos.
⦁ Quanto ao conteúdo: próprias (inelegibilidades em sentido estrito)e impróprias (condições de elegibilidade).
Inata (ou original): é a comum a todos os nacionais, decorrente da ausência de elegibilidade. Não pressupõe nenhuma 
conduta da pessoa. Já nasce com o indivíduo.
Ex.: analfabeto; não filiado a partido político.
Cominada: é a aplicada como sanção, após regular processo judicial, ao nacional para que ele fique impossibilitado de 
obter a elegibilidade, ou se já a tiver, para que a perca, podendo ser cominada simples (vale para a eleição em que o 
fato ilícito aconteceu) e cominada futura ou potenciada (vale para as próximas eleições).
Quanto à produção:
-Endógenas: nasce no e do processo eleitoral. Decorrem do abuso do poder econômico ou político eleitoral, 
constituindo sanção.
⦁ Exógenas: todas as demais hipóteses, pois nascem fora do processo eleitoral, mas repercutem na capacidade 
eleitoral passiva do cidadão
Quanto ao modo de incidir:
⦁ Diretas (causa o impedimento do próprio envolvido no fato que a desencadeia);
⦁ Indiretas ou reflexas (causa o impedimento de terceiros, como cônjuges e parentes). Incompatibilidades para 
candidatura:
Niess: são situações decorrentes do exercício de certas funções que, permanecendo, poriam em risco o equilíbrio das 
eleições. São superadas com o afastamento oportuno dos interessados das funções indicadas no texto constitucional 
ou legal (desincompatibilização), por exemplo o § 6º, do art. 14, da CF.
Walter Costa Porto: é o impedimento a que o representante acumule o mandato, com certos encargos que ele detinha 
antes da eleição ou que ele assuma depois, ou os acumule durante a eleição, privilegiando-se. Não torna a eleição 
nula, desde que haja desincompatibilização na época certa. Caso contrário, a pessoa é inelegível e pode ter sua 
candidatura impugnada.
É preciso distinguir duas espécies de incompatibilidades:
⦁ Para o exercício do mandato – impede o mandato. É posterior à eleição. Não é da esfera do Direito Eleitoral. É 
matéria constitucional (art. 54, CF, por exemplo)
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Incompatibilidade para o exercício do mandato.
⦁ Para concorrer ao mandato – impede a candidatura, mas é relativa, porque pode ser evitada, se houver a
desincompatibilização.
É esta que estamos tratando na aula. Incompatibilidade para candidatura. Alistamento
É o ato pelo qual as pessoas que não tiverem vedação legal, em caráter obrigatório ou facultativo, se inscrevem no 
corpo eleitoral, adquirindo a condição de eleitor, mediante o recebimento da inscrição e do título eleitoral (Joel 
Candido).
Inabilitação
É a inaptidão para o exercício de cargos ou função público, que pode estar inserida no direito eleitoral, ou não, pois a 
função pública pode originar-se de eleição ou de outra forma de provimento, podendo-se lembrar que a inabilitação, 
absorvida pela suspensão dos direitos políticos, é resultado da prática de ato de improbidade administrativa, podendo 
surgir, também, como resultado da prática de crime de responsabilidade, ensejando implicações nos direitos políticos 
do cidadão. Decorre de sanção.
Ficha Limpa
Início 2006 – Fundamento art. 14, § 9º, CF.
Vedação Súmula 13 TSE (não é autoaplicável). – veda que se aplique por si só o art. 14, § 9º, CF que traz os princípios 
das inelegibilidades: moralidade administrativa, probidade administrativa e probidade eleitoral.
RECURSO ORDINÁRIO N.º 1069 – CLASSE 27ª – RIO DE JANEIRO (Rio de Janeiro). Relator:
Ministro Marcelo Ribeiro. Eleições 2006. Registro de candidato. Deputado Federal. Inelegibilidade. Idoneidade moral. 
Art. 14, § 9º, da Constituição Federal. 1. O art. 14, §9º, da Constituição não é autoaplicável (Súmula n.º 13 do Tribunal 
Superior Eleitoral). 2. Na ausência de lei complementar estabelecendo os casos em que a vida pregressa do candidato 
implicará inelegibilidade, não pode o julgador, sem se substituir ao legislador, defini-los. Recurso provido para deferir 
o registro. Acordam os Ministros do Tribunal Superior Eleitoral, por maioria, vencidos os Ministros Carlos Ayres Brito, 
Cesar Asfor Rocha e José Delgado, em conhecer e prover o recurso.
⦁ TSE entendeu que por conta da redação do art. 14, § 9º, CF. e súmula 13 do TSE não pode aplicar a teoria da ficha 
limpa se não tiver lei específica, por isso foi feita a Lei da FichaLimpa.
Retroação da Lei Ficha Limpa
ADC nº 29 e 30; ADIN 4578, em 2012: Lei Ficha Limpa é constitucional e pode alcançar atos e fatos ocorridos antes 
da sua vigência.
⦁ Depois, STF, chegou a decidir que a Lei Ficha, nas hipóteses de inelegibilidades geradas por abuso de poder, não 
alcançaria situações anteriores a 2010, contrariando o que ele próprio já decidira no passado (Cf. Rcl 24.224, Ação 
Cautelar n. 4.079/RJ), pois se entendeu que naquele julgamento de 2012 não fora enfrentada a questão sob todos os 
seus aspectos.
STF, em 04.10.2017,decidiu, por 6 a 5, no RE 929.670, no qual fora reconhecida repercussão geral, gerando o Tema de 
Repercussão Geral 860, que é possível a aplicação da alínea d), do inciso I, do art. 1º, da Lei de Inelegibilidades, com a 
redação dada pela Lei Ficha Limpa, aos fatos anteriores à lei, suspendendo-se, no entanto, o julgamento final para 
análise de proposta de modulação da decisão.
Sistema:
⦁ Prazo sempre de 8 anos para as inelegibilidades cominadas (decorrentes de condenações). Lei da Ficha Limpa 
unificou os prazos para 8 anos.
Exceção: i) os que, em estabelecimentos de crédito, financiamento ou seguro, que tenham sido ou estejam sendo 
objeto de processo de liquidação judicial ou extrajudicial, hajam exercido, nos 12 (doze) meses anteriores à respectiva 
decretação, cargo ou função de direção, administração ou representação, enquanto não forem exonerados de 
qualquer responsabilidade.
⦁ Todas as inelegibilidades dependentes de condenações judiciais incidem com o trânsito em julgado ou com 
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decisões proferidas por órgãos colegiados.
*Se satisfaz com a decisão de órgão colegiado.
⦁ Art. 26-C. O órgão colegiado do tribunal ao qual couber a apreciação do recurso contra as decisões colegiadas a 
que se referem as alíneas d, e, h, j, l e n do inciso I do art. 1o poderá, em caráter cautelar, suspender a inelegibilidade 
sempre que existir plausibilidade da pretensão recursal e desde que a providência tenha sido expressamente 
requerida, sob pena de preclusão, por ocasião da interposição do recurso.
*Quem poderá, em caráter cautelar, suspender a inelegibilidade não será a Justiça Eleitoral, mas na Justiça comum 
onde aconteceu a condenação (STJ ou STF).
§ 1o Conferido efeito suspensivo, o julgamento do recurso terá prioridade sobre todos os demais, à exceção dos de 
mandado de segurança e de habeas corpus.
§ 2o Mantida a condenação de que derivou a inelegibilidade ou revogada a suspensão liminar mencionada no caput, 
serão desconstituídos o registro ou o diploma eventualmente concedidos ao recorrente.
§ 3o A prática de atos manifestamente protelatórios por parte da defesa, ao longo da tramitação do recurso, 
acarretará a revogação do efeito suspensivo.
Súmulas TSE
Súmulanº 33 Somente é cabível ação rescisória de decisões do Tribunal Superior Eleitoral que versem sobre a 
incidência de causa de inelegibilidade.
Súmulanº 36 Cabe recurso ordinário de acórdão de Tribunal Regional Eleitoral que decida sobre inelegibilidade, 
expedição ou anulação de diploma ou perda de mandato eletivo nas eleições federais ou estaduais (art. 121, § 4º, 
incisos III e IV, da Constituição Federal).
Súmula nº 41 Não cabe à Justiça Eleitoral decidir sobre o acerto ou desacerto das decisões proferidas por outros 
Órgãos do Judiciário ou dos Tribunais de Contas que configurem causa de inelegibilidade.
Súmulanº 44 O disposto no art. 26-C da LC nº 64/90 não afasta o poder geral de cautela conferido ao magistrado pelo 
Código de Processo Civil.
Súmulanº 45 Nos processos de registro de candidatura, o Juiz Eleitoral pode conhecer de ofício da existência de causas 
de inelegibilidade ou da ausência de condição de elegibilidade, desde que resguardados o contraditório e a ampla 
defesa.
Súmulanº 47 A inelegibilidadesuperveniente que autoriza a interposição de recurso contra expedição de diploma, 
fundado no art. 262 do Código Eleitoral, é aquela de índole constitucional ou, se infraconstitucional, superveniente ao 
registro de candidatura, e que surge até a data do pleito.
*As inelegibilidades supervenientes infraconstitucionais que não forem alegadas no momento de impugnação ao 
pedido de registro de candidatura não poderão ser mais alegadas, mas se forem supervenientes ao deferimento do 
registro, até a data do pleito, poderão ser alegadas.
Súmula nº 66 A incidência do § 2º do art. 26-C da LC nº 64/90 não acarreta o imediato indeferimento do registro ou o 
cancelamento do diploma, sendo necessário o exame da presença de todos os requisitos essenciais à configuração da 
inelegibilidade, observados os princípios do contraditório e da ampla defesa.
*TSE tem entendido que não é um efeito automático tornar o sujeito inelegível, devem ser observados os princípios 
do contraditório e da ampla defesa.
Súmulanº 70 - O encerramento do prazo de inelegibilidade antes do dia da eleição constitui fato superveniente que 
afasta a inelegibilidade, nos termos do art. 11, § 10, da Lei nº 9.504/97.
*Se o prazo da inelegibilidade encerrar antes da eleição, está afastada a inelegibilidade e poderá ser candidato.
Súmulanº 62 Os limites do pedido são demarcados pelos fatos imputados na inicial, dos quais a parte se defende, e 
não pela capitulação legal atribuída pelo autor.
*Princípio do direito processual penal – o sujeito se defende dos fatos e não da capitulação legal.
Inelegibilidades Infraconstitucionais ou Legais Absolutas
Inalistáveis (art. 14, § 4º, CF, Art. 1º, I, alínea a), da Lei das Inelegibilidades) – se não está alistado no corpo de eleitores 
é inelegível.
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Analfabetos (art. 14, § 4º, CF, Art. 1º, I, alínea a), da Lei das Inelegibilidades)
Súmula-TSE nº 15 O exercício de mandato eletivo não é circunstância capaz, por si só, de comprovar a condição de 
alfabetizado do candidato.
Súmula-TSE nº 55 A Carteira Nacional de Habilitação gera a presunção da escolaridade necessária ao deferimento do 
registro de candidatura.
A prova de alfabetização pode ser suprida por declaração de próprio punho preenchida pelo interessado, em 
ambiente individual e reservado, na presença de servidor da Justiça Eleitoral (art. 28, IV, c/c § 3º, Resolução n. 
23.548/2018).
-Se ainda assim houver dúvida da alfabetização o juiz não está habilitado a realizar provas de alfabetização. Deve 
nomear um professor de língua portuguesa para estabelecer parâmetros do exame a ser aplicado no indivíduo.
Somente o absolutamente analfabeto poderá ser inelegível.
Ac.-TSE nos 318/2004, 21707/2004 e 21920/2004, entre outros: nas hipóteses de dúvida fundada, a aferição da 
alfabetização se fará individualmente, sem constrangimentos; o exame ou teste não pode ser realizado em audiência 
pública por afrontar a dignidade humana.
Ac.-TSE nº 24343/2004: ilegitimidade do teste de alfabetização quando, apesar de não ser coletivo, traz 
constrangimento ao candidato.
ALISTAMENTO ELEITORAL:
É o ato de integração do indivíduo, quando preenchidos os requisitos constitucionais, ao corpo de eleitores, 
viabilizando o exercício efetivo da soberania popular, consagrando a cidadania.
Comprova-se pelo título eleitoral ou por certidão da Justiça Eleitoral. O alistamento é obrigatório para os maiores de 
18 anos de idade.
O alistamento é facultativo para:
os analfabetos;
maiores de 16 e menores de 18 anos de idade; e, para os maiores de 70 anos de idade.
Estão impedidos de se alistar:
Estrangeiros – devem se naturalizar.
Exceção: portugueses, pela reciprocidade, podem alistar-se eleitores.
Conscritos (os que estão prestando o serviço militar obrigatório, sem integrar as forças armadas profissionalmente).
Inelegibilidades Infraconstitucionais
⦁ Inelegibilidade decorrente da perda de mandato legislativo(art. 1º, I, alínea “b”, da Lei Comp.
n. 64/1990):
⦁ Dura pelo tempo remanescente do mandato e mais oito anos, contados do término da legislatura.
⦁ Aplicável por infração aos artigos 55, incisos I e II, da CF (decoro parlamentar e art. 54, CF), a todos os 
parlamentares (pelos artigos 27, § 1º, 32, § 3º e 29, inciso IX, CF).
⦁ Originariamente era 3 anos, mas Lei Comp. 81/94 mudou para 8 anos.
⦁ Ac.-TSE nº 20349/2002: aplicabilidade do novo prazo também àqueles cujo mandato foi cassado anteriormente à 
vigência da LC nº 81/1994.
⦁ Inelegibilidade decorrente da perda de mandato executivo (art. 1º, I, alínea “c”, da Lei Comp.
n. 64/1990):
⦁ Aplicável aos Governadores, Prefeitos e vices.
⦁ Dura o período remanescente do mandato e mais 8 anoscontados do término do mandato (Lei Comp. 135/2010);
- Art. 28, § 1º, art. 29, inciso XIV, CF, Lei 1079/1950, Lei 7.106/1983, Dec.-Lei 201/67.
⦁ Está fora do elenco a perda do mandato do Presidente (art. 85, da CF), que só sofre, portanto, perda do cargo e 
inabilitação, por 10 anos (Lei 1079/1950).
P.ex.: Fernando Collor – perda do cargo e inabilitação; Dilma Roussef – apenas perda do cargo.
⦁ Inelegibilidade dos que tenham contra si representação julgada procedente pela Justiça Eleitoral, em decisão 
13
transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado, cuja apuração seja abuso do poder econômico ou político
(art. 1º, I, alínea “d”, da Lei) (Lei Comp.135/2010).
Incide sobre as eleições que sofreram o abuso e sobre as próximas no prazo de 8 anos;
Há quem ache que a representação é apenas a da investigação judicial eleitoral, que tenha apurado o abuso, e quando 
se tratar de ação de impugnação de mandato eletivo ou recurso contra a diplomação, desde que tenham por origem a 
investigação judicial eleitoral. Outros acreditam que só a da IJE. Outros, qualquer uma, desde que originada em abuso 
de poder.
Jurisprudência:
7. A alínea d do art. 1º, I, da LC nº 64/90 refere-se apenas às "representações" julgadas procedentes pela Justiça 
Eleitoral, não incluindo, portanto, o recurso contra expedição de diploma. (Ac. de 16.11.2010 no RO nº 60283, rel. Min. 
Aldir Passarinho Junior.)
Ac.-TSE, de 17.12.2014, no REspe nº 15105 e, de 20.11.2012, no AgR-Respe nº 2361: o vocábulo “representação” 
constante da redação desta alínea corresponde à própria ação de investigação judicial eleitoral, prevista pelo art. 22 
desta lei.
Ac.-TSE, de 8.2.2011, no AgR-RO nº 371450: não incidência da inelegibilidade desta alínea quando proferida em sede 
de RCED ou AIME.
-A Justiça Eleitoral entende que só irá gerar a inelegibilidade a representação por abuso de poder econômico e político 
decorrente de uma investigação judicial eleitoral. E pelo sistema da ficha limpa vai incidir a inelegibilidade se for 
decisão transitada em julgado ou de órgão colegiado.
Súmulanº 19 O prazo de inelegibilidade decorrente da condenação por abuso do poder econômico ou político tem 
início no dia da eleição em que este se verificou e finda no dia de igual número no oitavo ano seguinte (art. 22, XIV, da 
LC no 64/90).
⦁ Verifica-se a data de calendário da eleição onde o abuso de verificou, daqui 8 anos.
Ac.-TSE, de 29.5.2014, na Cta nº 43344: o prazo de inelegibilidade desta alínea inicia-se na data da eleição do ano da 
condenação e expira no dia de igual número de início do oitavo ano subsequente.
Retroação
Ac.-TSE, de 30.9.2010, no RO nº 86514: não incidência da lei nova (LC nº 135/2010) sobre os efeitos produzidos pela lei 
anterior, principalmente quando exauridos ainda na vigência da norma antiga.
Ac.-TSE, de 4.9.2012, no REspe nº 18984: incidência da norma prevista nesta alínea ainda que se trate de condenação 
transitada em julgado referente a eleição anterior à vigência da LC nº 135/2010. – incidência da inelegibilidade.
Inelegibilidade dos que foram condenados criminalmente, por sentença transitada em julgado ou proferida por órgão 
colegiado, pelos crimes (art. 1º, I, alínea “e”, da Lei Comp. 64/1990) (Lei Comp. 135/2010):
⦁ contra a economia popular, a fé pública, a administração pública (TSE já excluía desacato e resistência, agora 
excluídosporque são infrações de menor potencial ofensivo);
⦁ contra o sistema financeiro, o mercado de capitais e os falimentares (antes só mercado financeiro), bem como os 
contra o patrimônio privado (criticava-se a ausência de tais delitos);
⦁ contra o meio ambiente e a saúde pública;
⦁ crimes eleitorais, para os quais a lei comine pena privativa de liberdade (a segunda parte é Ficha Limpa);
⦁ crimes de abuso de autoridade, quando houver condenação à perda do cargo ou à inabilitação para a função 
pública (Ficha Limpa);
⦁ lavagem ou ocultação de bens, direitos ou valores (Ficha Limpa);
⦁ tráfico de drogas.
⦁ Racismo, tortura, terrorismo e hediondos (Ficha Limpa);
⦁ Crimes de redução à condição análoga à de escravo (Ficha Limpa);
⦁ Contra a vida (Ficha Limpa);
⦁ Contra a dignidade sexual (Ficha Limpa);
⦁ Praticados por organização criminosa, quadrilha ou bando (Ficha Limpa).
⦁ Desde a condenação até o transcurso do prazo de 8 anos após o cumprimento da pena.
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⦁ Não se confunde com a suspensão dos direitos políticos por condenação criminal.
Com o trânsito em julgado haverá a suspensão dos direitos políticos (não poderá votar e ser votado). Cumprida a 
pena, voltará a ter capacidade política, mas ainda terá 8 anos de inelegibilidade, se for um crime previsto na lei de 
inelegibilidade.
⦁ Não se aplica aos crimes culposos (já foi assim por analogia com a suspensão dos direitos políticos por 
condenação criminal: TSE (RExt. 179.502/SP); TRE/SP (Rep. 9.447, Acórdão 112.985); aos crimes de menor potencial 
ofensivo (chegou a não se aplicar às contravenções penais por analogia com a suspensão dos direitos políticos por 
condenação criminal); nem aos de ação penal privada (§ 4º, do art. 1º, da Lei Comp. 64/1990).
Para os crimes na lei das inelegibidades, não se aplica a lei da ficha limpa quando forem culposos, de menor potencial 
ofensivo e de ação penal privada.
Ac.-TSE, de 14.2.2013, no AgR-REspe nº 36440: a conversão da pena privativa de liberdade em pena restritiva de 
direitos não afasta a incidência da causa de inelegibilidade prevista nesta alínea.
Ac.-TSE, de 17.12.2012, no AgR-REspe nº 29969: incompetência da Justiça Eleitoral para analisar o acerto ou desacerto 
da decisão condenatória.
*Não cabe à Justiça Eleitoral analisar o acerto ou desacerto da condenação criminal.
"Eleições 2012. Registro de candidatura. [...] Inelegibilidade. Art. 1º, I, e, da LC nº 64/90. Condenação criminal 
transitada em julgado. [...] 1. Para fins de incidência da exceção prevista no
§ 4º do artigo 1º da LC nº 64/90, acrescido pela LC nº 135/2010, considera-se crime de menor potencial ofensivo 
aquele cujo quantum máximo da pena privativa de liberdade abstratamente cominada não seja superior a dois anos, 
sendo indiferente a indicação de multa alternativa nos casos acima desse patamar. Precedente do STJ. [...]"
(Ac. de 4.10.2012 no AgR-REspe. nº 10045, rel. Min. Laurita Vaz.)
*Pena superior a 2 anos não pode deixar de aplicar a inelegibilidade.
[...] Eleições 2014. Deputado federal. Registro de candidatura. Inelegibilidade. Art. 1º, I, e, 9, da LC 64/90. Condenação 
criminal. Tribunal do júri. Órgão colegiado do poder judiciário. [...]1. A inelegibilidade do art. 1º, I, e, 9, da LC 64/90 
incide nas hipóteses de condenação criminal emanada do Tribunal do Júri, o qual constitui órgão colegiado soberano, 
integrante do Poder Judiciário. Precedentes: [...].”
(Ac. de 11.11.2014 no RO nº 263449, rel. Min. João Otávio de Noronha, red. designado Min. Maria Thereza Rocha de 
Assis Moura;no mesmo sentido oAc. de 21.5.2013 no REspe nº 61103, rel. Min. Marco Aurélio e oAc. de 23.10.2012 no 
REspe nº 15804, rel. Min. Dias Toffoli.)
Pessoa condenada pelo Tribunal do Júri já está inelegível. Súmulas TSE
Súmula-TSE nº 9 A suspensão de direitos políticos decorrente de condenação criminal transitada em julgado cessa com 
o cumprimento ou a extinção da pena, independendo de reabilitação ou de prova de reparação dos danos.
Súmula-TSE nº 58 Não compete à Justiça Eleitoral, em processo de registro de candidatura, verificar a prescrição da 
pretensão punitiva ou executória do candidato e declarar a extinção da pena imposta pela Justiça Comum.
Quem vai declarar extinta a pena imposta pela justiça comum é a própria justiça comum, em declarando extinta por 
prescrição terá consequências na suspensão dos direitos políticos e da inelegibilidade.
Súmula-TSE nº 59 O reconhecimento da prescrição da pretensão executória pela Justiça Comum não afasta a 
inelegibilidade prevista no art. 1º, I, e, da LC nº 64/90, porquanto não extingue os efeitos secundários da condenação.
-A prescrição executória não extingue os efeitos secundários e continua incidindo a inelegibilidade.
Nesse sentido, o acórdão:
“Eleições 2014. [...]. Registro de candidatura. Alínea e, I, art. 1º, da LC n. 64/90. Condenação transitada em julgado. 
Prescrição da pretensão executória. Reconhecimento. Justiça Comum. Inelegibilidade. Incidência. Prescrição da 
pretensão punitiva. Decretação. Justiça Eleitoral. Incompetência. [...] 1. O reconhecimento da prescrição da pretensão 
executória pela Justiça Comum não afasta a inelegibilidade prevista no art. 1º, I, e, da LC nº 64/90, porquanto não 
extingue os efeitos secundários da condenação, na linha da orientação jurisprudencial desta Corte. 2. A Justiça 
Eleitoral não detém competência para reconhecer a prescrição da pretensão punitiva e declarar a extinção da pena 
imposta pela Justiça Comum, notadamente em sede de processo de registro de candidatura. Precedentes. [...]”(Ac. de 
22.10.2014 no ED-RO nº 96862, rel. Min. Luciana Lóssio.)
Súmula-TSE nº 60 O prazo da causa de inelegibilidade prevista no art. 1º, I, e, da LC nº 64/90 deve ser contado a partir 
da data em que ocorrida a prescrição da pretensão executória e não do momento da sua declaração judicial.
⦁ Conta-se a data da inelegibilidade quando for crime previsto na lei da inelegibilidade porque a prescrição da 
pretensão executória causa a extinção da pena.
15
Ac.-TSE, de 2.10.2014, no RO 58743: o prazo desta alínea deve ser contado a partir da data em que ocorrida a 
prescrição da pretensão executória, e não do momento da sua declaração judicial.
Súmula-TSE nº 61 O prazo concernente à hipótese de inelegibilidade prevista no art. 1º, I, e, da LC nº 64/90 projeta-se 
por oito anos após o cumprimento da pena, seja ela privativa de liberdade, restritiva de direito ou multa.
Ac.-TSE, de 23.4.2015, no PA nº 93631: o prazo de inelegibilidade projeta-se por oito anos após o cumprimento da 
pena, seja ela privativa de liberdade, seja restritiva de direito ou multa.
Ac.-TSE, de 4.11.2014, no RMS nº 15090: o indulto presidencial não equivale à reabilitação para afastar a 
inelegibilidade decorrente de condenação criminal, sendo mantidos os efeitos secundários da condenação.
Inelegibilidade dos militares declarados indignos do oficialato ou com ele incompatíveis (art. 1º,
I, alínea “f”, da Lei).
Prazo de 8 anos, contados da decisão irrecorrível (Lei Comp. 135/2010);
Indignidade ou incompatibilidade com o oficialato são penas acessórias na legislação militar (CPM, art. 98, II e III) e 
pressupõem processo próprio, com trânsito em julgado, de competência da Justiça Militar.
Inelegibilidade decorrente da rejeição de contas do Administrador Público (art. 1º, I, alínea “g”,
da Lei Comp. 64/1990) (Lei Comp. 135/2010):
A rejeição deve ser por irregularidade insanável, que configure ato doloso de improbidade administrativa;
A decisão deve ser irrecorrível do órgão competente (Executivo = T. Contas + Legislativo – 2/3; Legislativo = T. Contas; 
TCU – definitiva, quando for municipal e estadual).
8 anos a contar da data da decisão.
Contas de Governo: TCU ou TCE + Legislativo (Art. 71, I, CF) – são as contas da administração pública.
Contas de gestão: só são analisadas pelo TCU ou TCE (art. 71, II, CF e § 3º) – contas específicas de um contrato 
administrativo, convênio, parceria, licitação, etc.
Contas de verbas federais repassadas aos outros entes, auditadas pelo TCU:só TCU (art. 71, I, § 3º, CF). – não são 
submetidas ao poder legislativo.
Súmula cancelada do TSE:
Salvo se a questão houver sido suspensa ou anulada pelo Poder Judiciário, em ação que vise desconstituir a decisão 
administrativa – (Súmula 1, TSE, cancelada, suspendia a inelegibilidade com o mero ajuizamento da ação, mas por 
nova leitura da Corte, só suspende se houver sido concedida tutela antecipada na ação. Agora com a Lei Ficha Limpa, 
está claro que deve ter sido suspensa em liminar ou anulada a decisão);
“o Tribunal de Contas da União é o órgão competente para julgar contas relativas à aplicação de recursos federais 
recebidos por prefeituras municipais em razão de convênios” (RO n° 1172/AL, Rel. Min. Francisco Cesar Asfor Rocha, 
DJ de 13.12.2006).
STF, 10.08.2016. por maioria, 6 X 5 (Barroso, Fux, Zavascki, Rosa Weber, Toffoli) , decidiu que as contas do Executivo 
precisam ser avaliadas pelo Poder Legislativo, não bastando a decisão do Tribunal de Contas.
Decisão: Tanto faz se contas de gestão ou contas de governo – todas as contas rejeitadas do administrador público 
devem ser submetidas à analise do Poder Legislativo.
Julgados sobre o tema:
RE 848.826
RE 729.744
Recursos Extraordinários (REs) 848826 e 729744, ambos com repercussão geral reconhecida.
Por maioria de votos, o Plenário decidiu, no RE 848826, que é exclusivamente da Câmara Municipal a competência 
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para julgar as contas de governo e as contas de gestão dos prefeitos, cabendo ao Tribunal de Contas auxiliar o Poder 
Legislativo municipal, emitindo parecer prévio e opinativo, que somente poderá ser derrubado por decisão de 2/3 dos 
vereadores.
“[...] Registro de candidatura. [...] Rejeição de contas. Órgão competente. Prefeito. Câmara de vereadores. Exame. 
Sanabilidade. Competência. Justiça eleitoral. Conforme entendimento do TSE, o julgamento proferido pela Câmara 
Municipal prevalece, mesmo que novo parecer pela aprovação das contas do prefeito tenha sido emitido pelo Tribunal 
de Contas do Estado. [...]”
(Ac. de 25.11.2008 no REspe nº 32.595, rel. Min. Fernando Gonçalves.)
“[...] Inelegibilidade. Rejeição de contas. LC nº 64/90, art. 1º, I, g. Prefeito. Decisão. Câmara municipal. Lei de licitações. 
Violação. Irregularidade insanável. Liminar. Efeito suspensivo. Ausência. [...] 2. A Justiça Eleitoral é incompetente para 
examinar a motivação de decisão da Câmara Municipal que rejeita contas. [...]”
(Ac. de 19.11.2008 no REspe nº 30.684, rel. Min. Marcelo Ribeiro.)
"[...] Eleições 2012. Registro de candidatura. Deferimento [...] Rejeição de contas. TCM. Prefeito. Competência para 
julgamento. Câmara municipal. Aprovação. Inelegibilidade afastada. [...] 1. A despeito da ressalva final contida na 
alínea g do inciso I do art. 1º da LC nº 64/90, alterada pela LC nº 64/90, é da competência da Câmara Municipal o 
julgamento das contas de prefeito que atue na qualidade de gestor ou ordenador de despesas. Precedentes. Ressalva 
do ponto de vista do relator. 2. Na linha da jurisprudência deste Tribunal, tendo sido as contas do então prefeito 
municipal aprovadas pela Câmara de Vereadores, não cabe a incidência da inelegibilidade da alínea g do inciso I do art. 
1º da LC nº 64/90, ainda que a Corte de Contas tenha rejeitado as contas de gestão e de ordenação de despesas, 
deliberando pela imputação de débito, ou emitido parecer pela desaprovação das contas anuais. [...]"
(Ac. de 21.2.2013 no AgR-REspe. nº 15085, rel. Min. Dias Toffoli, no mesmo sentido o Ac. de 5.10.2010 no AgR-RO nº 
420467, rel. Min. Marcelo Ribeiro.)
“Registro. Inelegibilidade. Rejeição de contas. - A jurisprudência desta Corte é uníssona no sentido de que a ausência 
de decreto legislativo relativo à rejeição de contas de prefeito impede o reconhecimento da incidência do art. 1º, I, g, 
da Lei Complementar nº 64/90. [...]”
(Ac. de 29.9.2010 no AgR-RO nº 417262, rel. Min. Arnaldo Versiani;no mesmo sentido oAc. de 3.11.2008 no AgR-REspe 
nº 31.284, rel. Min. Arnaldo Versiani.)
Inelegibilidade dos detentores de cargo na Administração Pública que praticaram abuso de poder (art. 1º, I, alínea “h”, 
da Lei) (Lei n. 135/2010):
Cargo na Administração direta e indireta (fundacional); Que beneficiaram a si ou a terceiros;
Condenados por abuso do poder, econômico ou político, apurado em processo, com sentença transitada em julgado 
ou proferida por órgão colegiado;
Para a eleição na qual concorreram ou tenham sido diplomados e para as que se realizarem nos 8 anos seguintes.
Abuso em benefício próprio ou de terceiros;
⦁ Se o abuso for durante o pleito eleitoral, configura a alínea “d”; - durante o pleito eleitoral: convenções até 
eleição e diplomação – hipótese da alínea d – inelegibilidade se tiver sido atacado o abuso em uma investigação 
judicial eleitoral.
⦁ Se o abuso constituir também improbidade administrativa, incide a LIA com a suspensão dos direitos políticos e a 
nova alínea “l” se presente o enriquecimento ilícito e a lesão ao patrimônio público;
*Aqui, como na alínea “d”, precisa ter finalidade eleitoral ou partidária para incidir, mas a que ocorre fora do micro 
processo eleitoral;
*Se se tratar de contas rejeitadas por vício insanável, aplica-se a alínea “g”, que pode ter ou não
finalidade eleitoral ou partidária;
Aplica-se, segundo opinião majoritária, nas ações populares, desde que o ato atacado tenha finalidade eleitoral.
*O abuso de poder político ou econômico pode gerar improbidade administrativa. Se for decorrente desta só vai 
incidir se estiver presente enriquecimento ilícito e dano ao erário.
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*Se o abuso de poder econômico for com finalidade eleitoral, mas dentro do processo eleitoral terá que fazer 
investigação eleitoral e incidirá a inelegibilidade da alínea d.
Propaganda eleitoral antecipada
“[...] Artigo 1º, I, h, da LC nº 64/90. Inaplicabilidade às hipóteses de condenação por propaganda eleitoral antecipada 
(artigo 36, Lei nº 9.504/97). Desprovimento. 1. Não há falar na inelegibilidade do artigo 1º, inc. I, alínea h, da LC nº 
64/90 em razão de imposição de multa por propaganda eleitoral antecipada, reconhecida em publicidade institucional 
(Lei nº 9.504/97, artigo 36 e Constituição Federal, artigo 37, § 1º) [...]"
(Ac. de 1º.10.2010 no AgR-RO nº 303704, rel. Min. Hamilton Carvalhido.)
Não é qualquer condenação por ação popular que irá incidir a aplicação deste inciso.
“[...] Candidatura. Condenação. Ação popular. Ressarcimento. Erário. Vida pregressa. Inelegibilidade. Ausência. 
Aplicação. Súmula-TSE no 13. Suspensão. Direitos políticos. Efeitos automáticos. Impossibilidade. Ação popular. Ação 
de improbidade administrativa. Institutos diversos. Não-incidência. Art. 1o, inciso I, alínea h, da LC no 64/90. 
Necessidade. Finalidade eleitoral. Art. 1o, inciso I, alínea g, da LC no 64/90. Não-caracterização. [...] 2. O objeto da ação 
popular é a anulação ou a declaração de nulidade de atos lesivos ao patrimônio público, bem como a condenação do
responsável
pelo ato ao pagamento de perdas e danos (arts. 1o e 11 da Lei no 4.717/65). Dessa maneira, não se inclui, entre as 
finalidades da ação popular, a cominação de sanção de suspensão de direitos políticos, por ato de improbidade 
administrativa. Por conseguinte, condenação a ressarcimento do Erário em ação popular não conduz, por si só, à 
inelegibilidade. 3. A ação popular e a ação por improbidade administrativa são institutos diversos. 4. A sanção de 
suspensão dos direitos políticos, por meio de ação de improbidade administrativa, não possui natureza penal e 
depende de aplicação expressa e motivada por parte do juízo competente, estando condicionada a sua efetividade ao 
trânsito em julgado da sentença condenatória, consoante expressa previsão legal do art. 20 da Lei no 8.429/92. [...]”
(Ac. de 22.9.2004 no REspe no 23.347, rel. Min. Caputo Bastos.)
Não foi comprovada a finalidade eleitoral nesta hipótese
“[...] Prefeito. Improbidade administrativa. Inelegibilidade. Art. 1o, inc. I, alínea h, da Lei Complementar no 64/90. Não-
configuração.1.A jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que, para configuração da inelegibilidade 
prevista no art. 1o, inc. I, alínea h, da LC no 64/90, é imprescindível que o ato de improbidade possua fins eleitorais. 
Precedentes. [...]” NE: Condenação de candidato por improbidade administrativa com base no art. 11 da Lei no
8.429/92.
(Ac. de 21.2.2002 no REspe no 19.533, rel. Min. Fernando Neves.)
Inelegibilidade dos diretores, administradores ou representantes de estabelecimentos de crédito, financiamento ou 
seguro objetos de liquidação judicial ou extrajudicial, terminado ou em curso, que exerceram os cargos nos 12 meses 
anteriores à liquidação, enquanto não forem exonerados de responsabilidade no procedimento de liquidação (art. 1º, 
I, alínea “i”, da Lei)
Pelo simples fato de ter exercido o cargo nos 12 meses anteriores à liquidação, até que no processo de liquidação 
tenha sido eximido de qualquer responsabilidade, estará inelegível.
⦁ O prazo é até a exoneração de responsabilidade pela quebra;
⦁ Como não requer dolo, nem culpa, mas pune a pessoa por responsabilidade objetiva, pelo simples fato de ocupar 
o cargo. Há quem o considere inconstitucional, enquanto outros considera válido porquanto teria um caráter
acautelatório.
Ac.-TSE nº 22739/2004: este dispositivo não é inconstitucional ao condicionar a duração da inelegibilidade à 
exoneração de responsabilidade, sem fixação de prazo.
Não é inconstitucional mesmo que não ponha prazo à inelegibilidade.
Inelegibilidade aos condenados em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado da Justiça Eleitoral 
(art. 1º, inciso “j”, da Lei Comp. 64/1990), por:
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⦁ corrupção eleitoral (art. 299, do Código Eleitoral),
⦁ captação ilícita de sufrágio (art. 41-A, da Lei n. 9504/1997),
⦁ doação, captaçãoou gastos ilícitos de recursos de campanha (art. 30-A, da Lei n. 9.504/1997),
por conduta vedada aos agentes públicos em campanhas eleitorais, que impliquem cassação do registro ou do 
diploma (art. 73, caput e seus incisos e o § 10º, da Lei n. 9.504/1997), pelo prazo de 8 anos a contar da eleição.
Captação Ilícita do Sufrágio
Constitui captação de sufrágio, vedada por esta Lei, o candidato doar, oferecer, prometer, ou entregar, ao eleitor, com 
o fim de obter-lhe o voto, bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive emprego ou função pública, 
desde o registro da candidatura até o dia da eleição, inclusive, sob pena de multa de mil a cinquenta mil Ufir, e 
cassação do registro ou do diploma, observado o procedimento previsto no art. 22 da Lei Complementar no 64/90.
§ 1o Para a caracterização da conduta ilícita, é desnecessário o pedido explícito de votos, bastando a evidência do 
dolo, consistente no especial fim de agir. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)
§ 2o As sanções previstas no caput aplicam-se contra quem praticar atos de violência ou grave ameaça a pessoa, com o 
fim de obter-lhe o voto. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)
§ 4o O prazo de recurso contra decisões proferidas com base neste artigo será de 3 (três) dias, a contar da data da 
publicação do julgamento no Diário Oficial.
Corrupção Eleitoral
Art. 299. Dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si ou para outrem, dinheiro, dádiva, ou qualquer outra 
vantagem, para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer abstenção, ainda que a oferta não seja aceita:
Pena - reclusão até quatro anos e pagamento de cinco a quinze dias-multa.
Condutas vedadas
Condenações quando importarem em cassação do registro da candidatura ou do diploma, tornarão o sujeito inelegível 
por 8 anos.
Art. 73, caput, e § 10, da Lei n. 9.504/1997.
Doações
Qualquer partido político ou coligação poderá representar à Justiça Eleitoral, no prazo de 15 (quinze) dias da 
diplomação, relatando fatos e indicando provas, e pedir a abertura de investigação judicial para apurar condutas em 
desacordo com as normas da Lei 9.504/1997, relativas à arrecadação e gastos de recursos.
Exemplo de captação ilícita de sufrágio:
"Eleições 2012. [...] Indeferimento. Registro de candidatura. Vereador. Inelegibilidade. Art. 1º, I, "j", da LC nº 64/90. 
Condenação. Multa. Captação de sufrágio. Afronta. Inexistência. Irretroatividade legal. [...] 2. Incide a inelegibilidade 
da alínea j do inciso I do art. 1º da LC nº
64/90, ainda que a condenação por captação de sufrágio tenha sido somente à pena de multa. [...]"
(Ac. de 12.3.2013 no ED-AgR-REspe. nº 11540, rel. Min. Dias Toffoli.)
“[...]. Eleições 2012. Indeferimento do registro. Inelegibilidade verificada nos termos do art. 1º, I, "j" da LC nº 64/90, 
com redação dada pela LC nº 135/2010. Inexistência de afronta à irretroatividade das leis. [...] 2. ‘A aplicação da Lei 
Complementar nº 135/10 com a consideração de fatos anteriores não pode ser capitulada na retroatividade vedada 
pelo art. 5º, XXXVI, da Constituição" (ADI nº 4578/DF, Rel. Min. Luiz Fux, Tribunal Pleno, DJe 29.6.2012). 
[...]"NE: Trecho do voto do Relator: “[...] nos termos da decisão do c. STF, não há direito adquirido ao regime de 
inelegibilidades, de sorte que os novos prazos, previstos na LC 13512010, aplicam-se mesmo quando os anteriores se 
encontrem em curso ou já tenham se encerrado"
Ac. de 18.12.2012 no ED-REspe.nº 11540, rel. Min. Dias Toffoli.)
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“Registro. Inelegibilidade. Art. 1º, inciso I, alínea j, da Lei Complementar nº 64/90. Prazo. Contagem. Término. [...] 2. O 
prazo de oito anos previsto na alínea j do inciso I do art. 1º da Lei Complementar nº 64/90, segundo o atual 
entendimento deste Tribunal, tem como termo final a data de igual número a partir da eleição na qual se deu a 
condenação. 3. A cessação da inelegibilidade é fato superveniente à data do registro de candidatura, a teor do § 1º do 
art. 11 da Lei nº 9.504/97 [...]” NE: Trecho da decisão agravada: “O Tribunal a quo entendeu estar configurada a 
inelegibilidade da alínea j do inciso 1 do art. 1º da LC n° 64190, por ter o recorrente ‘sido condenado nos termos do 
art. 41-A da Lei n° 9.504197, à cassação de diploma e multa de R$ 20.000,00, por fato praticado nas eleições de 2004, 
cujo trânsito em julgado se deu em 28.3.2007’"
(Ac. de 13.3.2014 no AgR-REspe nº 19557, rel. Min. Henrique Nevese no mesmo sentido oAc de 20.6.2013 no REspe nº 
9308, rel. Min. Marco Aurélio.)
“[...]. Registro de candidatura. Agravo regimental em recurso ordinário. Deputado estadual. Artigo 1º, I, j, Lei 
Complementar nº 64/90. Inelegibilidade. Provimento negado. [...] 2. Comprovada, por acórdão transitado em julgado 
proferido por esta Corte, a prática da violação ao artigo 30-A da Lei nº 9.504/97, há incidência da inelegibilidade 
prevista no artigo 1º, I, j, da Lei Complementar nº 64/90. [...]”
(Ac. de 1º.2.2011 no AgR-RO nº 110215, rel. Min. Hamilton Carvalhido)
Inelegibilidade do Presidente da República, do Governador de Estado e do Distrito Federal, do Prefeito, dos membros 
do Congresso Nacional, das Assembleias Legislativas, da Câmara Legislativa, das Câmaras Municipais, que renunciarem 
a seus mandatos desde o oferecimento de representação ou petição capaz de autorizar a abertura de processo por 
infringência a dispositivo da Constituição Federal, da Constituição Estadual, da Lei Orgânica do Distrito Federal ou da 
Lei Orgânica do Município, para as eleições que se realizarem durante o período remanescente do mandato para o 
qual foram eleitos e nos 8 (oito) anos subsequentes ao término da legislatura.
⦁ Prevista para a hipótese de quando se instaura o processo político administrativo de cassação de um mandatário 
eleito, para escapar, renunciava. Esta renúncia não lhe favorece pois ficará inelegível por 8 anos da mesma forma.
Ac.-TSE, de 20.3.2013, no AgR-REspe nº 46017; e Ac.-TSE, de 1º.9.2010, no RO nº 64580:
compete à Justiça Eleitoral tão somente verificar se houve a renúncia nos termos deste dispositivo legal.
Ac.-TSE, de 31.8.2010, no RO nº 161660: possibilidade de a Justiça Eleitoral examinar se renúncia de candidato no 
Senado Federal está sujeitaaos efeitos da inelegibilidade desta alínea, ainda que interfira em decisão daquele órgão
determinando o arquivamento da representação.
J. Eleitoral poderá não aplicar a inelegibilidade à renuncia efetuada.
Ac.-TSE, de 2.10.2014, no RO nº 73294: representação por quebra de decoro parlamentar, apreciada e arquivada, nos 
mesmos fundamentos de representação anterior, na qual o candidato havia renunciado, afasta a incidência da
inelegibilidade.
⦁ Os que forem condenados à suspensão dos direitos políticos, em decisão transitada em julgado ou proferida por 
órgão colegiado, por ato doloso de improbidade administrativa, desde a condenação ou o trânsito em julgado até o 
transcurso do prazo de 8 anos após o cumprimento da pena de suspensão dos direitos políticos (art. 1º, inciso “l”, da 
Lei Comp. 64/1990).
-Só vale para os atos de improbidade que importarem em enriquecimento ilícito (art. 9º, da Lei
n. 8429/1992) e lesão ao patrimônio público (art. 10, da Lei n. 8429/1992).
Período de suspensão dos direitos políticos (8 a 10 anos – art. 9º; 5 a 8 anos – art. 10 = art. 12, incisos I e II). Agora: 
mais 8 anos de inelegibilidades.
*A condenação deve ser cumulativa, por dano ao erário e enriquecimento ilícito.
*Apenas a condenação por violação aos princípios da administração não gera inelegibilidade.
“Eleições 2014. [...]. Candidato a deputado estadual. Registro de candidatura deferido. Suposta incidência na causa de 
inelegibilidade prevista no art. 1º, inciso I, alíneas j e l da LC nº 64/1990. Ausência de requisitos. [...] 1. A causa de 
inelegibilidade referida no art. 1º, inciso I, alínea l, da LC nº 64/1990 exige a condenação cumulativa por dano ao 
erário (art. 10) e por enriquecimento ilícito (art. 9º), sendo insuficiente a censura isolada a princípios da administração 
pública (art. 11). 2. A causa de inelegibilidade referida no art. 1º, inciso I, alínea j, da LC nº 64/1990 decorrente da 
prática de conduta vedada a agente público exige seja o representado condenado à cassação do registro ou do 
diploma, não se operando ante a sanção isolada em multa. Precedente. 3. As causas de inelegibilidade devem ser 
20
interpretadas restritivamente. Precedente. [...]”
(Ac. de 27.11.2014 no AgR-RO nº 292112, rel. Min. Gilmar Mendes.)
Ac.-TSE, de 20.9.2012, no REspe nº 27558: “O ato doloso de improbidade administrativa pode implicar o 
enriquecimento ilícito tanto do próprio agente, mediante proveito pessoal, quanto de terceiros por ele beneficiados.”
Ac.-TSE, de 22.10.2014, no RO nº 140804 e, de 11.9.2014, no RO nº 38023: indefere-se o registro de candidatura se, a 
partir da análise das condenações, for possível constatar que a Justiça Comum reconheceu a presença cumulativa de 
prejuízo ao Erário e de enriquecimento ilícito decorrente de ato doloso de improbidade administrativa, ainda que não 
conste expressamente na parte dispositiva da decisão condenatória.
Ac.-TSE, de 17.12.2014, no AgR-RO nº 22344: a análise do enriquecimento ilícito pode ser realizada pela Justiça 
Eleitoral, a partir do exame da fundamentação do decisum, ainda que não tenha constado expressamente do 
dispositivo.
Ac.-TSE, de 1º.10.2014, no RO nº 180908 e, de 6.12.2012, no AgR-REspe nº 6710: as condenações por ato doloso de 
improbidade administrativa fundadas apenas no art. 11 da Lei nº 8.429/1992 não são aptas à caracterização da causa 
de inelegibilidade prevista nesta alínea.
Súmula-TSE nº 69 Os prazos de inelegibilidade previstos nas alíneas j e h do inciso I do art. 1º da LC nº 64/90 têm 
termo inicial no dia do primeiro turno da eleição e termo final no dia de igual número no oitavo ano seguinte.
⦁ Todos aqueles que forem excluídos do exercício da profissão, por decisão sancionatória do órgão profissional 
competente, em decorrência de infração ético-profissional, pelo prazo de 8 anos, salvo se o ato houver sido anulado 
ou suspenso pelo Poder Judiciário (art. 1º, inciso “m”, da Lei Comp. 64/1990).
*Todos que forem excluídos do exercício de sua profissão, ficarão inelegíveis.
“Eleições 2012. Registro de candidatura. Recurso Especial. Alínea m do inciso I do art. 1º da Lei Complementar nº 
64/90. Incidência. - Eventuais vícios procedimentais que contaminem a decisão que culminou na exclusão do 
candidato do exercício da profissão não são passíveis de análise pela Justiça Eleitoral no processo de registro de 
candidatura, sem prejuízo de eles serem alegados em sede própria para que, a partir da obtenção de provimento 
judicial do órgão competente, a inelegibilidade prevista na alínea m do inciso I do art. 1º da Lei Complementar nº 
64/90 possa ser afastada [...]”
(Ac. de 19.2.2013 no REspe nº 34430, rel. Min. Henrique Neves.)
Súmula-TSE nº 41 Não cabe à Justiça Eleitoral decidir sobre o acerto ou desacerto das decisões proferidas por outros 
Órgãos do Judiciário ou dos Tribunais de Contas que configurem causa de inelegibilidade. Publicada no DJE de 24, 27 e 
28.6.2016.
⦁ Os que foram condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado, em razão de 
terem desfeito ou simulado desfazer vínculo conjugal ou de união estável, para evitar caracterização de 
inelegibilidade, pelo prazo de 8 anos, após a decisão que reconhecer a fraude (art. 1º, inciso “n”, da Lei Comp.
64/1990).
*Inelegibilidade aos que simuladamente extinguiam o vínculo conjugal e de união estável.
Ac.-TSE, de 21.8.2014, no REspe nº 39723: a incidência desse dispositivo pressupõe ação judicial que condene a parte 
por fraude.
⦁ Todos os que forem demitidos do serviço público em decorrência de processo administrativo ou judicial, pelo 
prazo de 8 anos, contado da decisão, salvo se o ato houver sido suspenso ou anulado pelo Poder Judiciário (art. 1º, 
inciso “o”, da Lei Comp. N. 64/1990).
⦁ só não vai incidir a inelegibilidade se o processo houver sido suspenso ou anulado pelo Poder Judiciário.
Ac.-TSE, de 12.9.2014, no RO nº 29340: a inelegibilidade prevista nesta alínea somente é afastada no caso de 
absolvição criminal que negue a existência do fato ou da autoria
“Eleições 2014. Registro de candidatura. Indeferimento. Cargo. Deputado federal. [...].
Inelegibilidade. Demissão de serviço público. Art. 1º, I, o, da Lei Complementar nº 64/1990. [...]
⦁ A demissão de servidor de cargo público em decorrência de processo administrativo ou judicial atrai a hipótese de 
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inelegibilidade insculpida no art. 1º, inciso I, alínea o, do Estatuto das Inelegibilidades (LC nº 64/90), salvo se houver 
decisão judicial determinando a suspensão ou a anulação de tais efeitos. 2. Os vícios formais ou materiais 
eventualmente existentes no curso do procedimento administrativo disciplinar não são cognoscíveis em sede de 
registro de candidatura, devendo ser apreciados na seara própria. Precedentes (AgR-REspe nº 27595/SP, Rel. Min. 
Nancy Andrighi, PSESS de 27.11.2012; e AgR-REspe nº 42558/SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, PSESS de 11.10.2012). 3. In 
casu, a) Trata-se de demissão de servidor de cargo público em decorrência de processo administrativo ou judicial 
atraindo a hipótese de inelegibilidade insculpida no art. 1º, inciso I, alínea o, do Estatuto das Inelegibilidades (LC nº 
64/90). b) A inexistência de decisão judicial determinando a suspensão ou a anulação dos efeitos do ato demissionário 
inviabiliza a pretensão do Agravante no sentido de afastar a aplicação da hipótese de inelegibilidade encartada na 
alínea o, do inciso I, do art. 1º, da LC nº 64/90 (incluída pela LC nº 135/2010). c) A demissão da Agravante do serviço 
público é inequívoca, não havendo, ademais, notícia nos autos de suspensão ou anulação dessa decisão. [...]”
(Ac. de 30.9.2014 no AgR-RO nº 39519, rel. Min. Luiz Fux.)
. Os vícios formais ou materiais eventualmente existentes no curso do procedimento administrativo não 
desconstituídos pela justiça eleitoral.
“Eleições 2012. Registro de candidatura. Recurso Especial. Demissão do serviço público. Inelegibilidade. Alínea o do 
inciso I do art. 1º da Lei Complementar nº 64/90. Incidência. 1.

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