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Da gripe espanhola à covid-19

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Da gripe espanhola à covid-19. Ser leitor faz diferença?
A gripe espanhola infectou mais de um 5º da população mundial. Uma média de 40 a 50 milhões de pessoas perderam a vida pra essa doença. Foram 3 ondas. A 1ª aconteceu de abril a junho de 1918, devastando Estados Unidos, Japão e China. No começo foi chamada de gripe dos 3 dias. A segunda onda foi de agosto a dezembro quando atingiu Manaus em 24 de outubro do mesmo ano. A terceira onda que durou de janeiro a março de 1919, atingiu o interior da capital, trazendo um contexto similar à primeira guerra mundial. Pessoas morriam no meio da rua sem nenhuma assistência. Era difícil até mesmo enterrar os corpos porque os coveiros entraram em greve por falta de pagamento. Para o governo, restou obrigar os presos a realizar os enterros. Numa crise financeira sem igual, houve uma retomada do patriotismo. Discurso dos médicos sanitaristas, confusão de grupos políticos que eram apoiados por distintos grupos jornalísticos. Quase tudo foi fechado, à exceção das igrejas já que os religiosos afirmavam que tudo aquilo se tratava do fim dos tempos. O próprio governo chamava a pandemia de gripezinha e alarido.
Exatos 100 anos depois, o mundo é assolado por uma nova pandemia, mas, dessa vez, a humanidade vive um processo mais aberto de acesso à informação. Mesmo em meio à muita confusão, é possível a verificação do que é estudado pela ciência de forma universal. Estudos e pesquisas são maximizados em prol de uma vacina com efetiva solução. Todas as informações estão a um toque da mão. No Brasil, o vírus chega após o carnaval de 2020 e se alastra em menos de 3 meses por todo o País. O isolamento é requerido e, muitas vezes compulsório, entre as pessoas numa forma de evitar a propagação rápida da doença para se tentar evitar o colapso nos hospitais, o comércio fechado e os religiosos afirmam que vivemos o fim do mundo. O governo se digladia entre quem manda e quem obedece Mais uma vez é observado o sentimento de um patriotismo exacerbado, grupos políticos entram em guerra contra si e contra todos com o apoio distinto de grupos de simpatizantes ou mesmo da mídia. Pessoas morrem à mingua. O desespero se propaga entre as nações. Apesar de vivermos na maior era da informação jamais experimentada até aqui, as desinformações e fakes são extremamente comuns entre a grande maioria da população. 
Quais sentimentos veem à tona em meio a essa loucura toda em que nossas vidas foram transformadas dentro dessa pandemia? Há de observar que há 100 anos, não tínhamos informações tão acessíveis como hoje. Mas como explicar tamanha ignorância no meio da população? Simples, a educação é a única ferramenta verdadeiramente libertadora e capaz de fazer com que as pessoas desenvolvam pensamento crítico sobre aquilo que lhes cerca. .E, como já é sabido, nossa forma de educação atual não compactua muito com a ideia de libertar as mentes mas de lhes manter em total cárcere. Quando se observa a limitação que volta a acontecer no acesso às faculdades, percebe-se claramente que a liberdade só existe no ir e vir desde que sejam observados de forma veemente os critérios de aceitação daquilo que é imposto para que a liberdade do pensamento crítico não permita que as pessoas percebam que tudo que lhes impede de voar, é o seu medo de abrir as asas.
						Aylee Silva Lima
Língua inglesa, 7º período

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