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01_AGREGADOS E AGLOMERANTES

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AGREGADOS E 
AGLOMERANTES
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BELO HORIZONTE
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO
SISTEMAS ESTRUTURAIS E CONSTRUTIVOS
PROFESSOR: RAFAEL CRISTELLI
1. AGREGADOS:
Definição: “Material granular, sem forma ou volume definido, de atividade química
geralmente inerte”. (AMBROZEWICZ, 2012). Em geral, são acrescidos ao cimento e à
água, para se obterem as argamassas e os concretos.
Usos dos Agregados:
• Lastro de vias férreas
• Bases de calçamento
• Drenagem
• Rodovias
• Argamassas
• Concretos
0
10
20
30
40
50
AGREGADO
GRAÚDO
(BRITA)
AGREGADO
MIÚDO
(AREIA)
CIMENTO ÁGUA ADITIVOS
QUÍMICOS
Cerca de 70% a 80% do
concreto é constituído de
agregados. Decorre daí a
importância em termos
econômicos do uso de
agregados com especificações
técnicas adequadas.
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
Quais as finalidades dos agregados nos concretos e argamassas?
Classificados segundo ensaios específicos, os agregados definem algumas
características desejadas em um concreto ou argamassa, como por exemplo o
controle de retração e resistência, a um custo baixo. Destacam-se as funções:
 Transmitir as tensões aplicadas ao concreto através dos grãos.
Geralmente, a resistência à compressão dos agregados é superior à do concreto;
 Reduzir o efeito das variações volumétricas causadas pela retração.
Quanto maior o teor de agregados em relação à pasta de cimento, menor será a retração.
Fonte: adaptação de http://www.tecnosilbr.com.br/conteudo/?p=119
http://www.tecnosilbr.com.br/conteudo/?p=119
1.1 CLASSIFICAÇÃO DOS AGREGADOS:
1.1.1
QUANTO À ORIGEM:
AGREGADOS NATURAIS
São encontrados na natureza sob a forma definitiva de utilização: 
areia de rios, seixos rolados, cascalhos, pedregulhos, etc.
AGREGADOS ARTIFICIAIS
(modo de obtenção)
São os que precisam de um trabalho de afeiçoamento pela ação do 
homem, a fim de chegarem à situação de uso como agregado: as 
areias artificiais e as pedras obtidas por moagem de fragmentos 
maiores.
AGREGADOS 
INDUSTRIALIZADOS
Aqueles que são obtidos por processos industriais: argila expandida, 
escória britada, vermiculita, etc.
1.1.2
QUANTO ÀS 
DIMENSÕES DAS 
PARTÍCULAS
(GRANULOMETRIA)
AGREGADOS MIÚDOS
(areia grossa, areia média, 
areia fina)
Areia de origem natural ou resultante do britamento de rochas 
estáveis, ou a mistura de ambas, cujos grãos passam pela peneira 
ABNT de 4,8 mm (peneira de malha quadrada com abertura nominal 
de “x” mm, neste caso 4,8 mm) e ficam retidos na peneira ABNT 
0,075 mm.
AGREGADOS GRAÚDOS
(pedrisco, brita 0, brita 1,
brita 2, brita 3, brita 4, 
pedra de mão)
O agregado graúdo é o pedregulho natural, ou a pedra britada 
proveniente do britamento de rochas estáveis, ou a mistura de 
ambos, cujos grãos passam pela peneira ABNT 152 mm e ficam 
retidos na peneira ABNT 4,8 mm.
1.1.3
QUANTO À MASSA 
UNITÁRIA / 
DENSIDADE
(kg/m3)
AGREGADOS LEVES
< 1120 kg/m³. 
Utilizados em concretos e argamassas leves. Exemplos: pedra pomes, 
vermiculita, escória de alto-forno, granulados de cortiça e EPS, argila 
expandida.
AGREGADOS NORMAIS
De 1500 a 1800 kg/m³
Areias, seixos e pedras britadas em geral, geralmente utilizados na 
produção de concretos convencionais, com 2250 a 2450 kg/m³.
AGREGADOS PESADOS
> 1800 kg/m³. 
Utilizados em argamassas e concretos pesados, conforme demanda. 
Exemplos de agregados pesados: barita, limonita e magnetita. 
Exemplo de uso: substituição à painéis de chumbo, locais de raio X.
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
1.2 EXEMPLOS DE AGREGADOS
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
Argila Expandida Seixos Rolados Vermiculita Barita
1.2 EXEMPLOS DE AGREGADOS
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
1.2 EXEMPLOS DE AGREGADOS
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
2. AGLOMERANTES:
Definição: Aglomerante é o material ativo, com propriedades ligantes, geralmente
pulverulento (que se apresenta em estado de pó fino), que promove a união entre os
grãos dos agregados. Os aglomerantes são utilizados na obtenção de argamassas e
concretos e quando misturados com a água formam uma pasta que se solidifica
endurece devido à reações químicas ou por simples secagem com o passar do tempo.
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
PRINCIPAIS AGLOMERANTES:
CIMENTO CAL GESSO BETUME ARGILA
Definição 02: “...materiais pulverulentos que se hidratam na presença de água formando uma pasta resistente
capaz de aglutinar agregados, dando origem a argamassas e concretos” (RIBEIRO, PINTO, STARLING, 2011).
2.1 CLASSIFICAÇÃO DOS AGLOMERANTES:
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
2.1.1
QUANTO À 
COMPOSIÇÃO DO 
MATERIAL:
SIMPLES
Material puro que funciona como aglomerante.
Exemplo: Cimento, cal e gesso.
MISTO
É a mistura de dois ou mais aglomerantes simples.
Exemplo: Mistura pronta de cimento e cal.
COM ADIÇÕES ATIVAS
Mistura de dois ou mais aglomerantes com materiais reativos.
Exemplo: Cal pozolânica, sílica ativa.
COM ADIÇÕES INERTES
Mistura de dois ou mais aglomerantes com materiais inertes, ou seja, 
não influenciam as reações de secagem e pega.
Exemplo: Cimento com adição de corante
2.1.2
QUANTO AO
PROCESSO DE PEGA 
E ENDURECIMENTO
HIDRÁULICOS (ATIVO)
SIMPLES OU COMPOSTOS
“REAÇÕES QUÍMICAS
PELO PROCESSO DE 
HIDRATAÇÃO”
Aglomerante cuja pasta apresenta a propriedade de endurecer apenas 
pela reação com a água e que, após seu endurecimento, resiste 
satisfatoriamente quando submetida à ação da água (NBR 11172/90). 
Os hidráulicos simples são constituídos de um único aglomerante, 
podendo ser misturados a outras substâncias, em pequenas 
quantidades, com a finalidade de regular sua pega. Já os hidráulicos 
compostos possuem adição de materiais com propriedades 
cimentícias, tais como a Pozolana, Escórias, etc. 
Ex.: Hidráulico Simples: Cimento Portland Comum, Cal Hidráulica.
Ex. Hidráulico Composto: Cimento Portland Pozolânico.
AÉREOS (ATIVO)
Aglomerante cuja pasta apresenta propriedade de endurecer por 
reação de hidratação ou pela ação química do CO2 presente na 
atmosfera e que, após endurecer, não resiste satisfatoriamente 
quando submetida a ação da água (NBR 11172/90).
Exemplos: Gesso e cal aérea.
INERTES
Aglomerantes que endurecem por simples secagem.
Exemplo: Argila e betume.
2.2 CONCEITOS 
IMPORTANTES:
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
PROPRIEDADES DOS AGLOMERANTES:
Hidratação (NBR 11172/90):
Processo químico pelo qual um aglomerante 
de origem mineral reage com a água.
Hidraulicidade (NBR 11172/90).
Propriedade que caracteriza os aglomerantes 
hidráulicos de endurecer por hidratação, com 
desenvolvimento de resistência mecânica.
Início de Pega: definida como sendo o tempo 
de início do endurecimento. A pega se dá, 
quando a pasta começa a perder sua 
plasticidade. Solidificação da pasta.
Fim de Pega: o fim da pega se dá quando a
pasta se solidifica totalmente, não
significando, no entanto, que ela tenha
adquirido toda a sua resistência, o que só será
conseguido após anos.
2.3 CIMENTO:
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
Definição: “Cimento Portland é um pó fino com propriedades aglutinantes, que
endurece sob ação da água. Depois de endurecido, permanece estável, e mesmo sob
ação de água, não se decompõe mais, , sendo portanto, um aglomerante hidráulico”
(AMBROZEWICZ, 2012).
O cimento Portland é composto de clínquer, com adições de substâncias que
contribuem para suas propriedades ou facilitam o seu emprego. Na realidade, são as
adições que definem os diferentes tipos de cimento. As principais adições são: gesso
(gispsita – sulfato de cálcio), escória de alto-forno, sílica ativa, metacaulim, materiais
pozolânicos, fíler calcário, cinza volante e cinza de casca de arroz.
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
O calcário e a argila são moídos finamente e com eles prepara-se uma mistura contendo aproximadamente 1 parte de argila para 4 partes
de calcário. Em seguida, a mistura é cozida até a temperatura de 1450ºC, obtendo-se um material granulado chamado clínquer portland. O
clínquer é então moído com pequena porção de gesso (+ ou – 5%), sendo o pó fino resultante, de cor cinza, o Cimento Portland. Para obter
os diferentes tipos de cimento adicionam-se outros materiais ativos anteriormente mencionados.Fonte: AMBROZEWICZ, 2012. p77
2.3.1 PROCESSO DE FABRICAÇÃO DO CIMENTO:
2.3.2 COMPONENTES DO CIMENTO (ADIÇÕES):
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
2.3.3 DENOMINAÇÃO, ADIÇÕES E CLASSES DOS CIMENTOS:
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
CPBnão estrutural
Cimento Portland Branco
Cimento Portland de Baixo Calor 
de Hidratação
estes cimentos são designados pela sigla original acrescida de “RS”. Ex. 
CP V-ARI-RS, CP III-32 RS
estes cimentos são designados pela sigla original acrescida de “BC”. Ex. 
CP IV-32 BC
estrutural CPB – 32
Cimento Portland Resistente a 
Sulfatos
material carbonático 
(até 5%)
Cimento Portland de Alta 
Resistência Inicial
pozolana (15 – 50%)Cimento Portland Pozolânico
escória (35 – 70%)Cimento Portland de Alto-Forno
CP II F – 32
CP II-F – 40
CP III – 32
CP III – 40
CP IV – 32
CP V – ARI
filer (6 – 10%)
CP II-Z – 32pozolana (6 – 14%)
escória (6 – 34%)
Cimento Portland Composto
CP I-S – 32
CP I-S – 40
CP II-E – 32
CP II-E – 40
Escória, pozolana ou filer (até 5%)Cimento Portland Comum
Sigla Tipo – ClasseTipo de AdiçãoDenominação
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
2.3.4 PROPRIEDADES DO CIMENTO:
Finura: influencia sua reação com a água, quanto mais fino, mas rápida será a reação e maior será a
resistência a compressão, principalmente nos primeiros dias. Aumenta também a impermeabilidade
trabalhabilidade e a coesão dos concretos. Diminui a exsudação (migração da água - subida da água -
existente na composição para a superfície deste material) (AMBROZEWICZ, 2012).
Expansibilidade: a existência de cal livre ou magnésia livre em , teores elevados em sua composição,
ao serem combinadas com água, produzindo Ca(OH)2 e Mg(OH)2, podem provocar fissuração
excessiva em um concreto com esse cimento.
Pega do cimento: Classificação brasileira com relação ao tempo de início de pega:
 cimentos de pega normal tempo > 60 minutos
 cimentos de pega semi-rápida < 60 minutos
 cimentos de pega rápida tempo < 30 minutos
No caso dos cimentos de pega normal, o fim da pega se dá, de cinco a dez horas depois do
lançamento da água ao aglomerante. Nos cimentos de pega rápida, o fim da pega se verifica poucos
minutos após o seu início.
Calor de hidratação: Reações exotérmicas
Resistência a compressão: Medida a partir da ruptura de corpos de prova cilíndricos, com traços
normalizados. De acordo com sua composição e finura, tem curvas Resistência x Idade distintas,
determinando seu emprego em determinados serviços (AMBROZEWICZ, 2012).
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
2.3.5 PRINCIPAIS ADIÇÕES E IMPACTOS NO CIMENTO:
Gesso: controlar o tempo de pega, sendo assim, este é adicionado a todos os tipos de
cimento Portland, em geral na proporção de 3% de gesso para 97% de clínquer.
Escória de alto-forno: Subproduto de alto-fornos com propriedade de ligante muito
resistente. Eleva a resistência final e durabilidade do concreto (dosagens adequadas).
Fíller Calcário: composto basicamente de carbonato de cálcio (CaCO3), encontrado
abundantemente na natureza. Elemento de preenchimento, capaz de penetrar nos
interstícios das demais partículas e agir como lubrificante, tornando o produto mais
plástico e não prejudicando a atuação dos demais elementos. Trabalhabilidade.
Materiais pozolânicos: as argamassas e concreto adquirem maior impermeabilidade.
“As diferenças estão na composição do material, o que pode impactar suas
características e propriedades de resistência, trabalhabilidade, durabilidade e
impermeabilidade. A disponibilidade dos tipos de cimento depende primordialmente
da demanda de mercado e da região.”
Dica para consulta: https://www.aecweb.com.br/cont/m/rev/cimento-diferentes-tipos-e-aplicacoes_11959_0_1
https://www.aecweb.com.br/cont/m/rev/cimento-diferentes-tipos-e-aplicacoes_11959_0_1
2.4 CAL:
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
Definição: “Aglomerante cujo constituinte principal é o óxido de cálcio ou então o
óxido de cálcio em presença natural do óxido de magnésio, hidratados ou não”
(YAZIGI, 2013). É um material pulverulento de cor esbranquiçada obtido a partir de
rochas calcárias com elevados teores de carbonato de sódio de cálcio, como é o caso
da calcita (CaCO3) e, dolomita (CaCO3 MgCO3), além de resíduos de ossos e calcários
marinhos. É utilizado em forma de pasta ou de argamassa.
O produto que se obtém com a calcinação do carbonato de cálcio recebe o nome de cal virgem, ou cal viva, que 
ainda não é o aglomerante usado em construção. O óxido deve ser hidratado para virar hidróxido de cálcio 
denominado de cal extinta ou cal queimada. O processo de hidratação da cal virgem pode ser executado no 
canteiro de obras. As pedras são colocadas em tanques onde ocorre a sua extinção ao se misturarem com a 
água.
CAL EXTINTA: O fenômeno de transformação de cal virgem em cal extinta é exotérmico, isto é, se dá com grande 
desprendimento de calor (250 cal/g, podendo em alguns casos a temperatura atingir 400 0C), o que torna o 
processo altamente perigoso. Após a hidratação das pedras, o material deverá descansar por 48 horas no 
mínimo, antes de ser utilizado na obra. 
CAL VIRGEM: A cal viva ou cal virgem é distribuída no comércio em forma de pedras, como saem do forno ou 
mesmo moídas e ensacadas. Preço menor que a cal hidratada.
CAL HIDRATADA: Há algumas dezenas de anos, toda obra tinha lá seu tanque de queima de cal, onde as pedras 
de cal virgem eram moídas, misturadas com água e deixadas a “curtir”, preparando a chamada “cal hidratada”. 
Este processo era necessário para que se obtivesse as vantagens que só a cal hidratada pode oferecer em termos 
de poder aglomerante e plasticidade. Hoje, a Cal hidratada é um produto manufaturado que sofreu em usina o 
processo de hidratação. É apresentada como um produto seco, na forma de um pó branco de elevada finura. A 
cal é encontrada no mercado em sacos de 20 kg. A cal hidratada oferece sobre a cal virgem algumas vantagens, 
entre elas: maior facilidade de manuseio, por ser um produto pronto, eliminando do canteiro de obras a 
operação de extinção e maior facilidade de transporte e armazenamento.
A cal pode ser utilizada como único aglomerante em argamassas para assentamento de tijolos ou revestimento 
de alvenarias ou em misturas para a obtenção de blocos de solo/cal, blocos sílico/calcário e cimentos 
alternativos. Durante muito tempo a cal foi largamente empregada em alvenarias, que vêm atravessando muitos 
séculos de vida útil. Atualmente o maior emprego da cal se dá misturada ao cimento Portland.
Calcinação: Processo que consiste em submeter o calcário (CaCO3), já preparado, a
temperaturas que chegam a 1200°C, obtendo-se o óxido de cálcio (cal viva), com
desprendimento de gás carbônico (RIBEIRO, PINTO, STARLING, 2011). A partir da "queima"
da pedra calcária em fornos, obtemos a "cal viva" ou "cal virgem". Esta não tem aplicação
direta em construções, sendo necessário antes de usá-la, fazer a "extinção" ou "hidratação"
pelo menos com 48 horas de antecedência.
Hidratação ou Extinção da CAL: Para ser utilizada na construção civil, a cal deverá ser
hidratada, obtendo-se o hidróxido de cálcio e desprendimento de calor, trata-se de uma
reação exotérmica (RIBEIRO, PINTO, STARLING, 2011). A hidratação consiste em adicionar
dois ou três volumes de água para cada volume de cal. Há forte desprendimento de calor e
após certo tempo as pedras se esfarelam transformando-se em pasta branca, a que se dá o
nome de "CAL HIDRATADA" .
CaO + H2O –> Ca(OH)2 + calor
Ca(OH)2 – Hidróxido de cálcio (cal hidratada ou extinta)
Aplicação: A cal hidratada tem o uso bem difundido na construção civil, especialmente em
argamassas para assentamento de tijolos (adobes e tijolos cerâmicos), pedras (pedra + cal -
sistemas construtivos do colonial), revestimentos de paredes, devido à sua trabalhabilidade
e durabilidade e acabamentos de parede (pintura à cal – sistemas construtivos do colonial)
Endurecimento da cal aérea: Ocorre pelo contato com o ar
2.4.1 Processos de preparação da CAL:
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
 Argamassa de assentamento e revestimento – emboço e reboco– pintura,
misturas asfálticas, materiais isolantes, misturas solo – cal, estuques, etc.;
 Proporciona economia por ser um aglomerante mais barato que o cimento;
 Permite maior capacidade de incorporação de areia;
 Tem maior plasticidade;
 Apresenta maior capacidade de retenção de água;
 Possibilita certo grau de isolação térmica devido à maior refletibilidade;
 Como aglomerante, tem capacidade razoável de resistência à tração e compressão;
 Melhora as condições de resistência ao aparecimento de fissuras e trincas;
 Apresenta ausência de eflorescências;
 Pequena capacidade de reconstituição autógena (mesmo material) das fissuras;
 Tem maior resistência à penetração de água;
 Detém propriedades assépticas por desenvolver um meio alcalino;
 É compatível com diversos sistemas de pintura;
 Permite efeito estético e de acabamento muito bons;
 Proporciona durabilidade.
2.4.2 Usos e propriedades da cal (Yazigi, 2013):
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
2.4.3 Classificação das cales hidratadas:
Qualidade: As cales hidratadas são classificadas de acordo com sua composição,
recebendo o título de CH-I, CH-II ou CH-III. A sigla “CH” significa “cal hidratada” e as
indicações I, II e III diferenciam o material pelo seu o grau de pureza, sendo que a CH-I
é a mais pura, e a CH-III é a mais econômica. Porém isso reflete diretamente na
qualidade do produto, pois poderá apresentar presença de material não calcinado e
impurezas da rocha.
2.5 GESSO:
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
Definição: “Aglomerante obtido pela britagem e desidratação da gipsita, que é constituída
predominantemente de sulfato de cálcio – CaSO4. Após a hidratação, o gesso é triturado,
peneirado e embalado” (RIBEIRO, PINTO, STARLING, 2011). O gesso é um aglomerante de
pega rápida, obtido pela desidratação total ou parcial da gipsita, seguido de moagem e
seleção em frações granulométricas em conformidade com sua utilização. Dos
aglomerantes utilizados na construção civil, o gesso é o menos utilizado no Brasil. No
entanto, ele apresenta características e propriedades bastante interessantes e particulares.
Características e Propriedades:
 Início de Pega e Endurecimento rápido;
 3 a 16 minutos e fim de pega entre 5 a 24 minutos;
 Apresenta boa plasticidade da pasta fresca;
 Apresenta extrema lisura da superfície endurecida;
 O gesso é um aglomerante de baixo consumo energético.
A temperatura para processamento do cimento Portland é da ordem de 1450 0C, a
da cal entre 800 e 1000 0C, a do gesso não chega a 300 0C.
Aplicações:
 material de revestimento (estuque); 
 placas para rebaixamento de teto (forro); 
 painéis para divisórias; 
 elementos de ornamentação, como: sancas, florões, etc.
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
2.5.1 Aplicações como revestimento (gesso liso):
PROF.: RAFAEL CRISTELLI
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ALBUQUERQUE, A. S. “Agregados”. In: BAUER, L.A.F. Materiais de construção. 4ª ed. 
Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1994. v.1. p.63- 120.
AMBROZEWICZ, P. H. L. Materiais de construção. São Paulo: Pini, 2012. p. 459.: il.
KULAIF, Yara. Análise dos mercados de matérias-primas minerais: estudo de caso da 
indústria de pedras britadas do Estado de São Paulo. São Paulo, 2001.
OLIVEIRA, Mário Mendonça de. Tecnologia da conservação e restauração: materiais e 
estruturas. 3 ed. Salvador: EDUFBA, 2006.
RIBEIRO, C. C.; PINTO, J. D. S.; STARLING, T. Materiais de construção civil. 3ª ed. Belo 
Horizonte: Editora UFMG; Escola de engenharia da UFMG, 2011. p. 112.: il.
SILVA, M. B. C. Agregados e aglomerantes. SEC: Construções de pequeno porte. 
Arquivo powerpoint. 
TANNÚS (et al.) Agregados para a construção civil no Brasil. Contribuição para a 
formulação de políticas públicas. MG: MME/SGM/CETEC, 2007.
YAZIGI, W. A técnica de edificar. 13 ed. rev. e atual. – São Paulo: Pini: Sinduscon, 2013.

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