Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Sumário 1. Objetivo .......................................................................................................... 02 2. Introdução ............................................................................................................................... 02 3. Equipamentos ................................................................................................. 03 4. Metodologia .................................................................................................... 05 5. Resultados ...................................................................................................... 08 6. Análise dos Resultados .................................................................................. 12 7. Conclusões e Considerações Finais .............................................................. 14 2 1. Objetivo Atingir o movimento permanente e uniforme e determinar o coeficiente de rugosidade n de Manning na fórmula de Chézy. 2. Introdução Os cálculos em canais abertos estão baseados em equações de resistência, que ligam a perda de carga em um trecho a velocidade ou a vazão, através da geometria, da rugosidade e do perímetro molhado. Em 1968 um engenheiro francês chamado Chézy, desenvolveu uma equação ao projetar o abastecimento de água em Paris, conhecida como: (Equação 1) Onde C é o coeficiente de resistência ou coeficiente de rugosidade de Chézy. Essa formula é indicada para escoamentos turbulentos rugosos em canais. Diversas fórmulas empíricas são propostas para calcular o coeficiente C de Chézy. Em 1889 Manning propôs a seguinte relação: (Equação 2) Que posteriormente foi simplificada para: (Equação 3) Para a determinação da vazão pode-se utilizar um vertedor, ou uma placa de orifício. O vertedor é um “obstáculo” geralmente colocado de margem a margem da seção transversal do canal. Conhecendo a carga do vertedor (H), sua altura (P) e sua largura (l), pode-se determinar através da Equação 4, de Francis, o coeficiente de vazão CQ, e posteriormente a vazão. 3 Imagem 01 – Esquema do vertedor retangular. Fonte: Material de apoio da disciplina de Hidráulica do IMT A placa de orifício é um orifício que interrompe o fluxo transversalmente provocando uma contração do jato a jusante da abertura. Imagem 02 – Esquema da placa de orifício. Fonte: Material de apoio da disciplina de Hidráulica do IMT 3. Equipamentos 4 Imagens 03 e 04 – Fotos do canal aberto Fonte: Alunos do IMT Imagem 05 – Fotos da ponta milimétrica. Fonte: Alunos do IMT 5 Imagem 07 – Seção do Canal. Imagem 08 – Placa de Orifício. Fonte: Alunos do IMT Imagem 09 – Régua. Imagem 06 – Manivela. Fonte: Alunos do IMT 4. Metodologia Com a bomba ligada e o registro aberto, inicia-se o experimento. Trata-se de um canal aberto de seção retangular com o fundo rugoso. A primeira etapa do experimento consiste em garantir que o regime seja permanente (para isso mantêm- se a vazão constante) e uniforme. 6 Para garantir a uniformidade é necessário encontrar a declividade perfeita. Para tal, é necessário realizar diversas tentativas girando a manivela sentido anti- horário com o intuito de aumentar a declividade uma vez que, a declividade inicial do canal era a menor possível. A cada tentativa, utilizando uma régua, é feito cinco medições em cada seção do canal. A uniformidade estará garantida quando essas medidas forem muito próximas. Foram necessárias sete tentativas, sendo que da primeira até a sexta deu-se meia volta na manivela no sentido anti-horário (aumentado à declividade) e mediu-se utilizando uma régua, para a última tentativa girou-se um quarto da manivela no sentido anti-horário e mediu-se utilizando a ponta milimétrica. Mediu-se os valores da altura inicial e final do canal com intuito de posteriormente calcular a inclinação através da formula: (Equação 4) Imagem 10 – Desenho ilustrativo das medidas feitas no canal 18,3 m 3,6 m Θ 18,2 0,01 3,6 m Θ Fonte: Autores do trabalho. Anotou-se os dados da geometria do canal, largura (b), comprimento, bem como a altura do vertedouro (P), a altura entre o nível d’agua e o vertedor (H), as pressões nos manômetros (P1 e P2) e a diferença de pressão (ΔHm). Obteve-se então a Área (A) - Equação 5, o perímetro molhado (P) - Equação 6, o Raio hidráulico (Rh) - Equação 7 e a altura hidráulica (YM) média (média das cinco medições da tentativa 6). 7 (Equação 5) (Equação 6) (Equação 7) Determinou-se então a vazão através do método do vertedouro. Para isso calculou-se o coeficiente de vazão (CQ) através a formula de Francis - Equação 8 - e então calcula-se a vazão (Q) - Equação 9. (Equação 8) (Equação 9) Em seguida, calculou-se a vazão utilizando o método da Placa de Orifício: (Equação 10) Onde: : Área do orifício da placa (m²); ∆ : Diferença das leituras nos dois termos do manômetro (m); : Densidade do mercúrio (kg/m³); : Densidade da água (kg/m³); : Coeficiente de vazão. Para obter o valor de C, deve-se observar o diagrama da figura 7 após encontrar a razão: (Equação 12) Com o conhecimento dos valores da seção geométrica, área e perímetro molhado, da declividade e da vazão, calcula-se então o coeficiente n de Manning. [ (Equação 13) 8 5. Resultados Tabela 01 – Dados coletados no experimento. A partir dos dados da tabela 01 obteve-se o YM: Tabela 02- Dados para a determinação da inclinação. Altura inicial (m): 1,83 Altura Final (m): 1,82 Comprimento (m): 3,60 A partir dos dados da tabela 02 obteve-se a inclinação ( : Tabela 03 – Dados para a obtenção do Coeficiente de vazão (CQ) e da vazão pelo método do vertedor. Carga do vertedouro H (m) 0,1012 P(m) 0,0708 Largura l (m) 0,2000 A partir dos dados da tabela e das equações 08 e 09, respectivamente, obtém-se o Coeficiente de vazão (CQ) e a vazão pelo método do vertedor. S1 S2 S3 S4 S5 Tentativas Declividade 1 18,6 18,2 18,1 17,9 17,7 - Aumentar 2 18,4 18 17,9 17,8 17,7 0,5 volta Aumentar 3 18,3 18,1 18 17,9 17,7 0,5 volta Aumentar 4 18,1 17,9 17,9 17,8 17,7 0,5 volta Aumentar 5 17,9 17,8 17,8 17,8 17,7 0,5 volta Aumentar 6 17,8 17,8 17,7 17,7 17,7 0,5 volta Aumentar 7 17,1 17,1 17,1 17,22 17,22 0,25 volta Aumentar 9 Tabela 04 – Dados para o calculo do coeficiente de vazão (C). Do- Diâmetro do orifício da placa (m) 0,05 A0- Área do orifícioda placa (m 2) 0,00196 D0- Diâmetro do tubo (m) 0,075 A1- Área do tubo (m2) 0,00442 Para o cálculo do coeficiente de vazão primeiro calcula-se a área do orifício da placa (A0) e a área do tubo (A1). Faz-se então a relação entre A0 e A1. 10 Figura 1- Diagrama de C em função de Fonte: Material de Apoio ETC413- Hidráulica, Instituto Mauá de Tecnologia. Da análise do gráfico obtêm-se: Tabela 05 – Dados para o cálculo da vazão pela placa de orifício C 0,68 A0 (m 2) 0,00196 ∆ (m) 0,401 (kg/m³) 13456 (kg/m³) 1000 Q (m3/s) 0,01319 A partir da Equação 10, obtêm-se a vazão utilizando a placa de orifício: 11 Tabela 06 – Dados para o calculo do coeficiente n de Manning – Vertedor. Q1 (m 3/s) 0,0129 A (m2) 0,0343 P (m) 0,5430 Io 0,0028 N 0,0033 Calcula-se a área através da Equação 5: m2 Obtêm-se então, da Equação 6 o perímetro molhado : m Finalmente através da Equação 13, obtêm-se o coeficiente de rugosidade n. Tabela 07 – Dados para o calculo do coeficiente n de Manning – Placa de orifício. Q2 (m 3/s) 0,0132 A (m2) 0,0343 P (m) 0,5430 Io 0,0028 N 0,0218 Conhecendo a área (A), o perímetro molhado (P), e a vazão obtida através da placa de orifício, pode-se calcular o n através da Equação 13. 12 6. Análise dos Resultados Através da tabela abaixo pode-se analisar os resultados obtidos resumidamente. Tabela 08 – Resultados vertedor retangular: Placa de orifício Q (m3/s) 0,0121 0,0132 n (sm-1/3) 0,0237 0,0218 Figura 02 – Coeficiente de rugosidade de Manning Fonte: Porto (1998) e Cirilo at al. (2001). Disponível em http://deg.ufla.br/professores/jacinto_carvalho/eng191/tabelas.pdf 13 Figura 03 – Valores de n para a formula de Manning, segundo Horton Fonte:http://sinop.unemat.br/site_antigo/prof/foto_p_downloads/fot_7070manning_pdf.pdf Analisando a figura 02, segundo os valores encontrados por Porto (1998) e Cirilo (2001) o experimento em questão se enquadra em “Canais com leito pedregoso e talude vegetado” e apresenta valores de n entre 0,025 e 0,040. Na figura 03, a tabela segundo Horton mostra o mesmo intervalo do coeficiente de rugosidade para “Canais com leito de pedras rugosas”, que é o mais próximo ao caso analisado. Os valores obtidos pelo experimento foram de 0,024 e 0,022. 14 Tendo em vista que, embora as situações se enquadrem, nenhuma das duas tabelas é fiel à situação real do canal em questão e, portanto o resultado é coerente tanto entre si quanto em relação a referências na literatura. 7. Conclusões e Considerações Finais Sabendo que o objetivo do experimento era atingir o movimento permanente e uniforme e determinar o coeficiente de rugosidade n de Manning na fórmula de Chézy, pode-se dizer que ele foi alcançado. A uniformidade do canal foi atingida na sétima tentativa, onde os valores medidos nas seções do canal foram próximos entre si. O movimento permanente foi garantido uma vez que a vazão foi mantida constante durante todo o experimento. Tabela 09 – Valores obtidos na sétima tentativa do experimento. Como já discutido no item 6 (análise dos resultados) os valores encontrados para o coeficiente de rugosidade são coerentes tanto entre si, valores muito próximos, quanto em relação a literatura, sendo assim, tudo leva a crer que o objetivo foi atingido. 7 17,1 17,1 17,1 17,22 17,22 0,25 volta Aumentar
Compartilhar