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60016MaterialAula1Leis-Penais-Extravagantes

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Direito Penal – Legislação Extravagante 
 
MPF/Juiz Federal 
 
 Hebert Reis Mesquita 
 
 
MPF 
 
 Como é a prova objetiva de Penal do MPF? De acordo com as quatro últimas provas objetivas do MPF (28° 27°, 26° 
e 25° Concursos), Penal e Processo Penal compõem o Grupo IV. Das 30 questões do G IV, 15 são de Penal. Das questões 
de Penal, 38,58% foram sobre Parte Geral (art. 1 ao 120 do CP); 38,57% foram sobre crimes da Parte Especial do Código 
Penal (art. 121 ao 359-H do CP); e 22,85% foram sobre legislação extragavante. No 28°, caíram três questões de crimes 
das leis extravagantes (20%). 
 
 Como deve ser a prova de Penal do 29° Concurso? 15 questões, com marcação de letras a, b, c, d; 4 ou 5 questões 
de crimes da Parte Especial do CP (art. 121 a 359-H), o que dá 20 ou 25 assertivas. 3 a 4 questões sobre crimes da 
legislação extravagante, o que dá 12 ou 16 assertivas. 
 Número de questões e respectivos temas de Parte Especial do CP e leis extravagantes que caíram sobre cada crime 
nos três últimos concursos: 
 
 Estelionato previdenciário (art. 171, §3°): oito assertivas; 
 Crimes contra as Finanças: seis assertivas; 
 Lei 7492/86 (basicamente art. 4°): cinco assertivas; 
 Peculato: quatro assertivas; 
 Corrupção: quatro assertivas; 
 Crimes de violação de segredos: quatro assertivas; 
 Tráfico internacional de armas: quatro assertivas; 
 Moeda falsa: quatro assertivas; 
 Falsificações: quatro assertivas; 
 Denunciação caluniosa: quatro assertivas; 
 Supressão de documentos: quatro assertivas; 
 Lei de licitações: quatro assertivas; 
 Falsa identidade: quatro assertivas; 
 Lavagem de dinheiro: quatro assertivas; 
 Falso testemunho: quatro assertivas; 
 Crimes tributários (sentido amplo): três assertivas; 
 Demais crimes federais ou comuns na JF: uma assertiva. 
 
Como foi a prova do 27° Concurso? 
Grupo IV – 15 questões de penal com 60 assertivas no total. Parte especial do CP: 10 assertivas. Legislação extravagante: 
12 assertivas. 
 
Questão 92 
Lei 8137/90: jurisprudência. SV 24. 
Descaminho: jurisprudência de informativo. Insignificância. 
Lei 8137/90: jurisprudência de informativo. Pagamento parcial do tributo. 
Lei 8137/90 e Lei do Salário mínimo. Jurisprudência de informativo e lei seca. 
 
Questão 96 
Lei de execução penal: lei seca mais súmula vinculante. 
 
Questão 98 
Falso testemunho: jurisprudência e doutrina. 
Falso testemunho: jurisprudência e lei seca. 
Falso testemunho: jurisprudência. 
Falso testemunho: lei seca. 
 
Questão 99 
Estelionato previdenciário: jurisprudência. 
Estelionato previdenciário: jurisprudência. 
Estelionato previdenciário: jurisprudência. 
Estelionato previdenciário: jurisprudência. 
 
Questão 100 
Lei 7492/86: jurisprudência. 
Lei 7492/86: jurisprudência. 
Lei 7492/86: jurisprudência. 
Lei 7492/86: jurisprudência. 
 
Questão 101 
Lei 7170/83: jurisprudência. 
Art. 231 (tráfico de pessoas) do CP: lei seca. 
337-B e 337-C (corrupção internacional) do CP: lei seca. 
Art. 241-A e B do ECA (pornografia infantil por computador): lei seca. 
 
Questão 103 
Lavagem de dinheiro: lei seca. 
Lavagem de dinheiro: lei seca. 
Lavagem de dinheiro: lei seca. 
Lavagem de dinheiro: lei seca. 
 
 
Como foi a prova do 26° Concurso? 
Grupo IV – Penal 
15 questões com 60 assertivas, das quais 24 foram da Parte Especial do CP e 11 foram sobre legislação extravagante. 
 
Questão 94 
Lei 7492/86, art. 4°: jurisprudência. 
 
Questão 96 
Peculato (art. 312 do CP): lei seca. 
Peculato (art. 312 do CP): lei seca e doutrina. 
Peculato (art. 312 do CP): doutrina. 
Peculato (art. 312 do CP): doutrina. 
 
Questão 97: 
 
Corrupção: lei seca de Convenção. 
Corrupção: lei seca. 
Corrupção: doutrina. 
Corrupção: lei seca. 
 
Questão 98: 
 
Estelionato previdenciário: jurisprudência. 
Estelionato previdenciário: lei seca. 
Estelionato previdenciário: lei seca. 
Estelionato previdenciário: lei seca. 
 
Questão 99: 
 
Lei 10.826/2003 (tráfico internaciona): lei seca. 
Lei 10.826/2003 (tráfico internaciona): lei seca. 
Lei 10.826/2003 (tráfico internaciona): lei seca. 
Lei 10.826/2003 (tráfico internaciona): lei seca. 
 
Questão 100 
Estelionato previdenciário: jurisprudência de informativo. 
8072/90: lei seca. 
 
Questão 102: 
Art. 307 (falsa identidade): jurisprudência de informativo. 
Art. 307 (falsa identidade): jurisprudência de informativo. 
Art. 307 (falsa identidade): jurisprudência de informativo. 
Art. 307 (falsa identidade): jurisprudência de informativo. 
 
Questão 103: 
DL 201/67: lei seca. 
Crimes contra as finanças (tratamento unitário do título, sem especificar crime): lei seca. 
Crimes contra as finanças (tratamento unitário do título, sem especificar crime): lei seca. 
Lei 1079/50: lei seca. 
 
Questão 104: 
Moeda falsa: lei seca. 
Moeda falsa: doutrina. 
Moeda falsa: lei seca. 
Moeda falsa: lei seca. 
 
Questão 105: 
Lei 11.343/06: lei seca. 
Lei 8072/90: lei seca. 
Genocídio: lei seca. 
Quadrilha ou bando: lei seca. 
 
 
Como foi a prova do 25° Concurso? 
Grupo IV – Direito Penal: foram 10 questões, 40 assertivas. Dessas, 20 foram da parte especial do CP e 9 foram de 
legislação extragavante. 
 
Questão 101: 
Lei 8666/90: lei seca. 
Lei 8666/90: lei seca. 
Lei 8666/90: lei seca. 
Lei 8666/90: lei seca. 
 
Questão 102: 
Art. 296 do CP: lei seca. 
Art. 296 do CP: jurisprudência e súmula vinculante. 
Art. 296 do CP: doutrina. 
Art. 296 do CP: lei seca. 
 
Questão 103: 
Denunciação caluniosa: doutrina. 
Denunciação caluniosa: lei seca. 
Denunciação caluniosa: doutrina. 
Denunciação caluniosa: lei seca. 
 
Questão 104: 
Crimes contra as finanças: lei seca. 
Crimes contra as finanças: lei seca. 
Crimes contra as finanças: jurisprudência. 
Crimes contra as finanças: lei seca. 
 
Questão 105: 
Crime de perigo comum: lei seca. 
Crime de atentado contra segurança de serviço de utilidade pública: lei seca. 
Crime de interrupção ou perturbação de serviços de comunicação: lei seca. 
 
Questão 106: 
Crime de supressão de documento: doutrina. 
Crime de supressão de documento: doutrina. 
Crime de supressão de documento: doutrina. 
Crime de supressão de documento: lei seca. 
 
Questão 107: 
Crimes de violação de sigilo: lei seca. 
Crimes de violação de sigilo: doutrina. 
Crimes de violação de sigilo: lei seca. 
Crimes de violação de sigilo: lei seca. 
 
Questão 108: 
Lei de tortura: lei seca. 
Lei 11.343/06: lei seca. 
Art. 327 do CP: lei seca. 
 
 
JUIZ FEDERAL 
 
1a Região (concurso XVI): das 100 questões da prova, 7 questões de Penal, sendo 4 de legislação extravagante 
4a Região (concurso XVI): das 100 questões da prova, 7 questões de Penal, sendo 2 com itens envolvendo crime em 
legislação extravagante. 
4a Região (concurso XV): das 100 questões da prova, 7 questões de Penal, sendo 4 cobrando legislação extravagante. 
2a Região (concurso XV): das 100 questões da prova, foram 7 questões de Penal, sendo 3 cobrando legislação 
extravagante. 
2a Região (concurso XIV): das 100 questões da prova, foram 7 questões de Penal, sendo 3 cobrando legislação 
extravagante. 
5a Região (concurso XIII): das 100 questões da prova, foram 9 questões de Penal, sendo 7 cobrando legislação 
extravagante. 
 
 
 
 
LEI DOS CRIMES HEDIONDOS (8.072/90) 
 
 Art. 1o São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei no 2.848, de 7 de 
dezembro de 1940 - Código Penal, consumados ou tentados: (Redação dada pela Lei nº 8.930, de 1994) (Vide Lei nº 
7.210, de 1984) 
I – homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por 
um só agente, e homicídio qualificado (art. 121, § 2o, incisos I, II, III, IV, V, VI e VII); (Redação dada pela Lei nº 13.142, 
de 2015) 
I-A – lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, § 2o) e lesão corporal seguida de morte (art. 129, 
§ 3o), quando praticadas contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes 
do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou 
contra seu cônjuge,companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição; (Incluído pela 
Lei nº 13.142, de 2015) 
II - latrocínio (art. 157, § 3o, in fine); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 1994) 
III - extorsão qualificada pela morte (art. 158, § 2o); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 1994) 
IV - extorsão mediante seqüestro e na forma qualificada (art. 159, caput, e §§ lo, 2o e 3o); (Inciso incluído 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8930.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7210.htm#art9a
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7210.htm#art9a
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13142.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13142.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art142
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art144
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13142.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13142.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8930.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8930.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8930.htm#art1
pela Lei nº 8.930, de 1994) 
V - estupro (art. 213, caput e §§ 1o e 2o); (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) 
VI - estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1o, 2o, 3o e 4o); (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) 
VII - epidemia com resultado morte (art. 267, § 1o). (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 1994) 
VII-A – (VETADO) (Inciso incluído pela Lei nº 9.695, de 1998) 
VII-B - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais 
(art. 273, caput e § 1o, § 1o-A e § 1o-B, com a redação dada pela Lei no 9.677, de 2 de julho de 1998). (Inciso 
incluído pela Lei nº 9.695, de 1998) 
VIII - favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de 
vulnerável (art. 218-B, caput, e §§ 1º e 2º). (Incluído pela Lei nº 12.978, de 2014) 
Parágrafo único. Considera-se também hediondo o crime de genocídio previsto nos arts. 1o, 2o e 3o da Lei no 
2.889, de 1o de outubro de 1956, tentado ou consumado. (Parágrafo incluído pela Lei nº 8.930, de 1994) 
Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo 
são insuscetíveis de: (Vide Súmula Vinculante) 
I - anistia, graça e indulto; 
II - fiança. (Redação dada pela Lei nº 11.464, de 2007) 
§ 1o A pena por crime previsto neste artigo será cumprida inicialmente em regime fechado. (Redação dada 
pela Lei nº 11.464, de 2007) DECLARADO INCONSTITUCIONAL. 
§ 2o A progressão de regime, no caso dos condenados aos crimes previstos neste artigo, dar-se-á após o 
cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se o apenado for primário, e de 3/5 (três quintos), se 
reincidente. (Redação dada pela Lei nº 11.464, de 2007) 
§ 3o Em caso de sentença condenatória, o juiz decidirá fundamentadamente se o réu poderá apelar em 
liberdade. (Redação dada pela Lei nº 11.464, de 2007) 
§ 4o A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei no 7.960, de 21 de dezembro de 1989, nos crimes previstos 
neste artigo, terá o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada 
necessidade. (Incluído pela Lei nº 11.464, de 2007) 
Art. 3º A União manterá estabelecimentos penais, de segurança máxima, destinados ao cumprimento de penas 
impostas a condenados de alta periculosidade, cuja permanência em presídios estaduais ponha em risco a ordem ou 
incolumidade pública. 
Art. 4º (Vetado). 
Art. 5º Ao art. 83 do Código Penal é acrescido o seguinte inciso: 
"Art. 83. 
V - cumprido mais de dois terços da pena, nos casos de condenação por crime hediondo, 
prática da tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, e terrorismo, se o 
apenado não for reincidente específico em crimes dessa natureza." 
Art. 6º Os arts. 157, § 3º; 159, caput e seus §§ 1º, 2º e 3º; 213; 214; 223, caput e seu parágrafo único; 267, caput 
e 270; caput, todos do Código Penal, passam a vigorar com a seguinte redação: 
"Art. 157. ............................................................. 
§ 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de cinco a quinze 
anos, além da multa; se resulta morte, a reclusão é de vinte a trinta anos, sem prejuízo da 
multa. 
........................................................................ 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8930.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12015.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12015.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8930.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9695.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9677.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9677.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9677.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9695.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9695.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12978.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L2889.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L2889.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L2889.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L2889.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L2889.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L2889.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L2889.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L2889.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L2889.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L2889.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L2889.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L2889.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L2889.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8930.htm#art1
http://www.stf.jus.br/arquivo/cms/jurisprudenciaSumulaVinculante/anexo/PSV_30.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11464.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11464.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11464.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11464.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11464.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7960.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7960.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7960.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11464.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/Mensagem_Veto/anterior_98/VEP-LEI-8072-1990.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art83v
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art157§3
Art. 159. ............................................................... 
Pena - reclusão, de oito a quinze anos. 
§ 1º ................................................................. 
Pena - reclusão, de doze a vinte anos. 
§ 2º ................................................................. 
Pena - reclusão, de dezesseis a vinte e quatro anos. 
§ 3º ................................................................. 
Pena - reclusão, de vinte e quatro a trinta anos. 
........................................................................ 
Art. 213. ............................................................... 
Pena - reclusão, de seis a dez anos. 
Art. 214. ............................................................... 
Pena - reclusão, de seis a dez anos. 
........................................................................Art. 223. ............................................................... 
Pena - reclusão, de oito a doze anos. 
Parágrafo único. ........................................................ 
Pena - reclusão, de doze a vinte e cinco anos. 
........................................................................ 
Art. 267. ............................................................... 
Pena - reclusão, de dez a quinze anos. 
........................................................................ 
Art. 270. ............................................................... 
Pena - reclusão, de dez a quinze anos. 
......................................................................." 
Art. 7º Ao art. 159 do Código Penal fica acrescido o seguinte parágrafo: 
"Art. 159. .............................................................. 
........................................................................ 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art159
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art213
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art214
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm
§ 4º Se o crime é cometido por quadrilha ou bando, o co-autor que denunciá-lo à 
autoridade, facilitando a libertação do seqüestrado, terá sua pena reduzida de um a dois 
terços." 
Art. 8º Será de três a seis anos de reclusão a pena prevista no art. 288 do Código Penal, quando se tratar de 
crimes hediondos, prática da tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins ou terrorismo. 
Parágrafo único. O participante e o associado que denunciar à autoridade o bando ou quadrilha, possibilitando 
seu desmantelamento, terá a pena reduzida de um a dois terços. 
Art. 9º As penas fixadas no art. 6º para os crimes capitulados nos arts. 157, § 3º, 158, § 2º, 159, caput e seus §§ 
1º, 2º e 3º, 213, caput e sua combinação com o art. 223, caput e parágrafo único, 214 e sua combinação com o art. 
223, caput e parágrafo único, todos do Código Penal, são acrescidas de metade, respeitado o limite superior de trinta 
anos de reclusão, estando a vítima em qualquer das hipóteses referidas no art. 224 também do Código Penal. 
Art. 10. O art. 35 da Lei nº 6.368, de 21 de outubro de 1976, passa a vigorar acrescido de parágrafo único, com 
a seguinte redação: 
"Art. 35. ................................................................ 
Parágrafo único. Os prazos procedimentais deste capítulo serão contados em dobro 
quando se tratar dos crimes previstos nos arts. 12, 13 e 14." 
Art. 11. (Vetado). 
Art. 12. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. 
Art. 13. Revogam-se as disposições em contrário. 
 
 Homicídio qualificado-privilegiado não é hediondo: por incompatibilidade axiológica e por falta de previsão legal, 
o homicídio qualificado-privilegiado não integra o rol dos denominados crimes hediondos (STJ HC 153728/SP). 
 
 Súmula 512 do STJ: A aplicação da causa de diminuição de pena prevista no art. 33, § 4º, da Lei n. 11.343/2006 não 
afasta a hediondez do crime de tráfico de drogas. 
 Súmula 471 do STJ: Os condenados por crimes hediondos ou assemelhados cometidos antes da vigência da Lei n. 
11.464/2007 sujeitam-se ao disposto no art. 112 da Lei n. 7.210/1984 (Lei de Execução Penal) para a progressão de 
regime prisional. 
 O Plenário do Supremo Tribunal Federal, em 27/7/2012, ao julgar o HC 111.840/ES, por maioria, declarou 
incidentalmente a inconstitucionalidade do art. 2º, § 1º, da Lei n. 8.072/1990, com a redação que lhe foi dada pela Lei 
n. 11.464/2007, afastando, dessa forma, a obrigatoriedade do regime inicial fechado para os condenados por crimes 
hediondos e equiparados. Para a imposição de regime prisional mais gravoso do que a pena comporta, é necessário 
fundamentação específica, com base em elementos concretos extraídos dos autos. Inteligência das Súmulas 440/STJ e 
718 e 719 do STF. 
 Os crimes de estupro e atentado violento ao pudor, ainda que em sua forma simples, configuram modalidades de 
crime hediondo porque o bem jurídico tutelado é a liberdade sexual e não a integridade física ou a vida da vítima, 
sendo irrelevante, para tanto, que a prática dos ilícitos tenha resultado lesões corporais de natureza grave ou morte. 
EDcl no HC 191405 / SP (03/03/2016). 
 Ao analisar o HC n. 97.256/RS, o Supremo Tribunal Federal passou a admitir a possibilidade de substituição da 
pena privativa de liberdade por restritiva de direitos, nos termos do art. 44 do Código Penal, reconhecendo a 
inconstitucionalidade da parte final do art. 33, § 4º, da Lei de Drogas, que posteriormente teve sua execução suspensa 
pelo Senado Federal, por meio da Resolução n. 5/2012. Assim, afastada a hediondez do crime como critério para obstar 
a substituição da pena e preenchidos os pressupostos previstos no art. 44 do Código Penal, resulta cabível a conversão 
da pena privativa de liberdade por medidas restritivas de direitos, a serem definidas pelo Juízo das Execuções Criminais, 
em virtude do trânsito em julgado da ação penal. 
 STF HC 129215/RN 26/02/2016: Extorsão mediante sequestro na forma qualificada (CP, art. 159, § 1º). Fixação da 
pena. Dosimetria. Incidência da causa de aumento de pena prevista no art. 9º da Lei nº 8.072/90. Existência de vítima 
menor de 14 (catorze) anos. Revogação posterior do art. 224 do Código Penal pela Lei nº 12.015/09. Novatio legis in 
mellius que deve retroagir para beneficiar o paciente. Precedente. Ordem concedida. 1. Na via do habeas corpus, o exame 
quanto à dosimetria da pena fica circunscrito à motivação [formalmente idônea] de mérito e à congruência lógico-
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art159§4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art288
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art157§3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art158§2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art159
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art159§1.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art159§1.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art213
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art223
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art223p
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art214
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art223
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art223
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art223p
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art224
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6368.htm#art35
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/Mensagem_Veto/anterior_98/VEP-LEI-8072-1990.pdf
jurídica entre os motivos declarados e a conclusão (HC nº 69.419/MS, Primeira Turma, da relatoria do Ministro Sepúlveda 
Pertence, DJ de 28/8/92). 2. Diante da revogação do art. 224 do Código Penal pela Lei nº 12.015/09, ainda que o fato 
delituoso seja anterior (27.7.05), por força do princípio da novatio legis in mellius (CP, art. 2º, parágrafo único), é o caso 
de se decotar da pena do paciente o acréscimo indevidamente levado a efeito em razão do disposto no art. 9º da Lei nº 
8.072/90, tendo em vista a existência de vítima menor de 14 (catorze) anos. 3. Habeas corpus concedido. 
 
 Art. 9: foi tacitamente revogado pela Lei n12.015/2009. Tendo em vista o art. 224, CP (violência presumida) ter sido 
revogado pela Lei 12.015/2009 (Lei dos Crimes contra a Dignidade Sexual), tacitamente está revogado o art. 9° da Lei 
8.072/1990. O que antes se chamava de violência presumida hoje equivale à vulnerabilidade do art. 217-A, caput e 
parágrafos, CP. A doutrina majoritária e oSTJ entendem que o art. 9° está revogado tacitamente pela já citada Lei 
12.015/2009. 
 
Promotor DF 2013 
E Em crimes hediondos ou a eles equiparados, segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal e do Superior 
Tribunal de Justiça, deverá ser fixado o regime fechado para início de cumprimento da pena, autorizada, porém, a 
progressão a regime mais brando. 
 
Promotor DF 2013 
B O condenado por crime de uso compartilhado de entorpecentes, se reincidente em crime hediondo, não poderá 
obter o livramento condicional. 
 
Defensor da União – DPU 2014 
59 Conforme entendimento dos tribunais superiores, tendo sido condenado pela prática de crime hediondo, Gerson 
deverá ser submetido ao exame criminológico para ter direito à progressão de regime. 
 
 
TJ RO Analista Judiciário 2012 
Questão 40 
D Os crimes hediondos não comportam fiança, liberdade provisória, relaxamento de prisão, graça ou indulto. 
Promotor MS 2013 
E) Em sede de crime hediondo ou a ele equiparado (Lei nº 8.072/90), o participante ou associado que denunciar a 
quadrilha ou bando para à autoridade poderá receber o perdão judicial, com a consequente extinção da punibilidade, 
ou terá a pena reduzida de um a dois terços. 
 
Analista Judiciário TJDFT 2014 
106 Considere que um indivíduo tenha sido condenado por crime hediondo. Nesse caso, para que possa requerer 
progressão de regime de pena, esse indivíduo deve cumprir dois quintos da pena que lhe foi imputada, se for primário, 
e três quintos dessa pena, se for reincidente. 
 
 
Lei 9.455/97 – TORTURA 
 
 LEI Nº 9.455, DE 7 DE ABRIL DE 1997. 
 Art. 1º Constitui crime de tortura: I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-
lhe sofrimento físico ou mental: a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira 
pessoa; b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa; c) em razão de discriminação racial ou religiosa; II - 
submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso 
sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo. Pena - reclusão, 
de dois a oito anos. § 1º Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou sujeita a medida de segurança a 
sofrimento físico ou mental, por intermédio da prática de ato não previsto em lei ou não resultante de medida legal. 
§ 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-las, incorre na pena 
de detenção de um a quatro anos. § 3º Se resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, a pena é de reclusão 
de quatro a dez anos; se resulta morte, a reclusão é de oito a dezesseis anos. § 4º Aumenta-se a pena de um sexto até 
um terço: I - se o crime é cometido por agente público; II – se o crime é cometido contra criança, gestante, portador 
de deficiência, adolescente ou maior de 60 (sessenta) anos; (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003)III - se o crime 
é cometido mediante seqüestro. § 5º A condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a 
interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada. § 6º O crime de tortura é inafiançável e 
http://legislacao.planalto.gov.br/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%209.455-1997?OpenDocument
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.741.htm#art112
insuscetível de graça ou anistia. § 7º O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo a hipótese do § 2º, iniciará o 
cumprimento da pena em regime fechado. 
 Art. 2º O disposto nesta Lei aplica-se ainda quando o crime não tenha sido cometido em território nacional, sendo a 
vítima brasileira ou encontrando-se o agente em local sob jurisdição brasileira. 
 STJ AgRg nos EDcl no AREsp 44396 / AP, 25/11/2015 Em se tratando do crime de tortura e sendo impingido à vítima 
sofrimento de ordem psicológica e agressões que não deixaram vestígios, é suficiente a sua comprovação por meio de 
prova testemunhal. 
 Apesar da lei não vedar o indulto à tortura, prevalece que não cabe. Em 2015, PGR ajuizou a ADI 5343 (pendente) 
contra trecho do Decreto 8.380/2014, da Presidência da República, que concede indulto natalino e comutação de penas. 
A ADI questiona a expressão “deste artigo e”, constante do artigo 9º (parágrafo único) do decreto que, segundo Janot, 
excluiria presos por crimes hediondos das restrições impostas pelo próprio decreto, desde que os condenados se 
encaixem nas hipóteses do artigo 1º, permitindo a concessão de indulto a pessoas condenadas por crimes de tortura, 
terrorismo, tráfico ilícito de drogas e crimes hediondos. 
 Vedação de fiança (inafiançável): embora não caiba LP com fiança, cabe LP sem, se não for o caso de preventiva. 
 
 
Defensor da União – DPU 2014 
61 Caracteriza uma das espécies do crime de tortura a conduta consistente em, com emprego de grave ameaça, 
constranger outrem em razão de discriminação racial, causando-lhe sofrimento mental. 
 
Juiz TJDFT 2014 
E O crime de tortura que resulta em lesão corporal de natureza grave ou gravíssima é punível conforme as penas 
previstas para esse delito, acrescidas das referentes ao delito de lesão corporal grave ou gravíssima. 
 
PROMOTOR PE 2014 FCC 
6. Quanto aos crimes de tortura, correto afirmar que 
(A) punível aquele que se omite em face da tortura, ainda que sem o dever legal de evitá-la ou apurá-la. 
(B) todos são classificados como próprios, segundo expressa disposição legal. 
(C) o condenado sempre iniciará o cumprimento da pena em regime fechado. 
(D) sujeito à jurisdição penal brasileira o estrangeiro que venha a torturar brasileiro fora do território nacional. 
(E) a condenação acarretará a interdição de cargo, função ou emprego público pelo triplo do prazo da pena 
aplicada. 
 
TJ AC 2012QUESTÃO 41 
C Aquele que, tendo o dever de evitar ou apurar condutas tipificadas como tortura, se omita diante da prática desse 
crime incorre nas mesmas penas cominadas ao torturador. 
 
TJ RO Analista Judiciário 2012 
Questão 38 
B A perda da função pública e a interdição de seu exercício pelo dobro do prazo da condenação decorrente da prática 
de crime de tortura previsto em lei especial são de imposição facultativa do julgador, tratando-se de efeito genérico 
da condenação. 
 
TRF 5 2009 
IV Tratando-se de crime de tortura praticado por servidor público, a perda do cargo público não é efeito automático 
e obrigatório da condenação, sendo necessária fundamentação específica para tal finalidade na sentença penal 
condenatória. 
 
TJDFT Oficial de Justiça 2013 CESPE 
90 O crime de tortura é considerado crime comum, uma vez que não se exige qualidade ou condição especial do 
agente que o pratica, ou seja, qualquer pessoa pode ser considerada sujeito ativo desse crime. 
Promotor de TO 2012 
D É imprescritível e insuscetível de graça a prática de tortura. 
Juiz DF 2006 
No crime de tortura, a condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público qualquer que seja a pena 
privativa de liberdade aplicada. 
 
Promotor PR 2008 
I. Constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental, em 
razão de discriminação racial ou religiosa, configura tortura, delito esse equiparado a hediondo. 
II. Submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a sofrimento 
físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo, configura tortura. 
III. Nos crimes de tortura incide causa de aumento de pena quando o crime é cometido por agente público. 
IV. Aquele que se omite em face das condutas de tortura, quando tinha o dever de evitá-la ou apurá-la, incide nas 
mesmas penas a ele cominadas. 
V. Nos crimes de tortura incide exceção ao princípio-regra da territorialidade, pois a Lei 9.455/97 expressamente 
determinou a aplicação de suas disposições mesmo quando o crime não tenha sido cometido em território nacional, 
sendo a vítima brasileiraou encontrando-se o agente em local sob jurisdição brasileira. 
 
MP SP 2006 
Nos termos da lei de tortura, é correto afirmar que: 
a) a prática de tortura mediante sequestro qualifica o crime; 
b) o homicídio praticado mediante tortura passou a ser disciplinado por esse estatuto legal; 
c) somente se caracteriza a tortura quando dela resultar lesão corporal; 
d) quando a lesão decorrente da tortura for de natureza leve, somente se procede mediante representação da vítima; 
e) o agente ativo do crime deve ser, obrigatoriamente, agente público. 
 
Delegado PB 2009 CESPE 
Marque a correta: 
a) A condenação por crime de tortura acarreta a perda do cargo, função ou emprego público, mas não a interdição do 
seu exercício. 
b) Não se aplica a lei de tortura se do fato definido como crime resultar a morte da vítima. 
d) Aquele que se omite em face da conduta tipificada como tortura, tendo o dever de apurá-la ou impedi-la, responde 
por tortura com as mesmas penas do autor. 
e) Pratica tortura a autoridade policial que constrange alguém, mediante grave ameaça e causando-lhe sofrimento 
mental, com o fim de obter informação ou confissão da vítima ou de terceira pessoa. 
 
 
 LEI 11.343/06 
 
 
 Art. 27. As penas previstas neste Capítulo poderão ser aplicadas isolada ou cumulativamente, bem como 
substituídas a qualquer tempo, ouvidos o Ministério Público e o defensor. 
Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, 
drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas: 
I - advertência sobre os efeitos das drogas; 
II - prestação de serviços à comunidade; 
III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. 
§ 1o Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas 
destinadas à preparação de pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência física ou 
psíquica. 
§ 2o Para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz atenderá à natureza e à quantidade da 
substância apreendida, ao local e às condições em que se desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais e pessoais, 
bem como à conduta e aos antecedentes do agente. 
§ 3o As penas previstas nos incisos II e III do caput deste artigo serão aplicadas pelo prazo máximo de 5 (cinco) 
meses. 
§ 4o Em caso de reincidência, as penas previstas nos incisos II e III do caput deste artigo serão aplicadas pelo 
prazo máximo de 10 (dez) meses. 
§ 5o A prestação de serviços à comunidade será cumprida em programas comunitários, entidades 
educacionais ou assistenciais, hospitais, estabelecimentos congêneres, públicos ou privados sem fins lucrativos, que 
se ocupem, preferencialmente, da prevenção do consumo ou da recuperação de usuários e dependentes de drogas. 
§ 6o Para garantia do cumprimento das medidas educativas a que se refere o caput, nos incisos I, II e III, a que 
injustificadamente se recuse o agente, poderá o juiz submetê-lo, sucessivamente a: 
I - admoestação verbal; 
II - multa. 
§ 7o O juiz determinará ao Poder Público que coloque à disposição do infrator, gratuitamente, estabelecimento 
de saúde, preferencialmente ambulatorial, para tratamento especializado. 
Art. 29. Na imposição da medida educativa a que se refere o inciso II do § 6o do art. 28, o juiz, atendendo à 
reprovabilidade da conduta, fixará o número de dias-multa, em quantidade nunca inferior a 40 (quarenta) nem 
superior a 100 (cem), atribuindo depois a cada um, segundo a capacidade econômica do agente, o valor de um trinta 
avos até 3 (três) vezes o valor do maior salário mínimo. 
Parágrafo único. Os valores decorrentes da imposição da multa a que se refere o § 6o do art. 28 serão 
creditados à conta do Fundo Nacional Antidrogas. 
Art. 30. Prescrevem em 2 (dois) anos a imposição e a execução das penas, observado, no tocante à interrupção 
do prazo, o disposto nos arts. 107 e seguintes do Código Penal. 
 Art. 31. É indispensável a licença prévia da autoridade competente para produzir, extrair, fabricar, transformar, 
preparar, possuir, manter em depósito, importar, exportar, reexportar, remeter, transportar, expor, oferecer, vender, 
comprar, trocar, ceder ou adquirir, para qualquer fim, drogas ou matéria-prima destinada à sua preparação, 
observadas as demais exigências legais. 
 Art. 32. As plantações ilícitas serão imediatamente destruídas pelo delegado de polícia na forma do art. 50-A, 
que recolherá quantidade suficiente para exame pericial, de tudo lavrando auto de levantamento das condições 
encontradas, com a delimitação do local, asseguradas as medidas necessárias para a preservação da prova. (Redação 
dada pela Lei nº 12.961, de 2014) 
§ 1o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 12.961, de 2014) 
§ 2o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 12.961, de 2014) 
 
Como está a situação da criminalização do porte? As açõe penais estão em curso (não houve suspensão das ações 
penais), mas apenas o sobrestamento dos recursos extraordinários pendentes de igual conteúdo, nos moldes do art. 
543-B do CPC, até o julgamento definitivo da matéria (reafirmação disso no RHC 41451/MG). O ministro Gilmar Mendes, 
do STF, relator do Recurso Extraordinário (RE) 635659, com repercussão geral reconhecida, votou pela 
inconstitucionalidade do artigo 28 da Lei de Drogas (Lei 11.343/2006). É um recurso da DPSP. PGR deu parecer pela 
constitucionalidade. Conselho Federal de Psicologia foi admitido em março de 2016 por GM como amicus curiae. 
Condenação pelo art. 28 gera reincidência para outros crimes: Revela-se adequada a incidência da agravante da 
reincidência em razão de condenação anterior por uso de droga, prevista no artigo 28 da Lei n. 11.343/2006, pois a 
jurisprudência deste Tribunal Superior, acompanhando o entendimento do col. Supremo Tribunal Federal, entende que 
não houve abolitio criminis com o advento da Lei n. 11.343/2006, mas mera "despenalização" da conduta de porte de 
drogas (precedentes). AgRg no REsp 1519540/SP, em 2016. 
STJ: não cabe insignificância no art. 28 (AgRg no AREsp 620033/MG, 2015): a jurisprudência desta Corte firmou 
entendimento de que o crime de posse de drogas para consumo pessoal (art. 28 da Lei n.11.343/06) é de perigo 
presumido ou abstrato e a pequena quantidade de droga faz parte da própria essência do delito em questão, não lhe 
sendo aplicável o princípio da insignificância. STJ RHC 37094 / MG, 17/11/2014: Independentemente da quantidade de 
drogas apreendidas, não se aplica o princípio da insignificância aos delitos de porte de substância entorpecente para 
consumo próprio e de tráfico de drogas, sob pena de se ter a própria revogação, contra legem, da norma penal 
incriminadora. Precedentes. 2. O objeto jurídico tutelado pela norma do artigo 28 da Lei n. 11.343/2006 é a saúde 
pública, e não apenas a do usuário, visto que sua conduta atinge não somente a sua esfera pessoal, mas toda a 
coletividade, diante da potencialidade ofensiva do delito de porte de entorpecentes. 3. Para a caracterização do delito 
descrito no artigo 28 da Lei n. 11.343/2006, não se faz necessária a ocorrência de efetiva lesão ao bem jurídico protegido, 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art107
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12961.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12961.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12961.htm#art6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12961.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12961.htm#art6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12961.htm#art2
bastando a realização da conduta proibida para que se presuma o perigo ao bem tutelado. Isso porque, ao adquirir droga 
para seu consumo, o usuário realimenta o comércio nefasto, pondo em risco a saúde pública e sendo fator decisivo na 
difusão dos tóxicos.4. A reduzida quantidade de drogas integra a própria essência do crime de porte de substância 
entorpecente para consumo próprio, visto que, do contrário, poder-se-ia estar diante da hipótese do delito de tráfico de 
drogas, previsto no artigo 33 da Lei n. 11.343/2006. 
 
 
Dos crimes de tráfico e formas equiparadas (art. 32 e seguintes): 
 
 Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter 
em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda 
que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena - reclusão de 
5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa. § 1o Nas 
mesmas penas incorre quem: I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expõe à venda, oferece, 
fornece, tem em depósito, transporta, traz consigo ou guarda, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em 
desacordo com determinação legal ou regulamentar, matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à 
preparação de drogas; II - semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em desacordo com determinação legal 
ou regulamentar, de plantas que se constituam em matéria-prima para a preparação de drogas. 
 III - utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a propriedade, posse, administração, guarda ou 
vigilância, ou consente que outrem dele se utilize, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com 
determinação legal ou regulamentar, para o tráfico ilícito de drogas. § 2o Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso 
indevido de droga: Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa de 100 (cem) a 300 (trezentos) dias-multa. § 
3o Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos a 
consumirem: Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.500 (mil e 
quinhentos) dias-multa, sem prejuízo das penas previstas no art. 28. § 4o Nos delitos definidos no caput e no § 
1o deste artigo, as penas poderão ser reduzidas de um sexto a dois terços, vedada a conversão em penas restritivas 
de direitos, desde que o agente seja primário, de bons antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem 
integre organização criminosa. (Vide Resolução nº 5, de 2012) 
A expropriação prevista na CF (art. 243) abarca toda a propriedade, e não apenas o local onde houve plantação. O 
conceito de gleba é extensivo. RE 543974/MG, rel. Min. Eros Grau, 26.3.2009. (RE-543974). 
Súmula n. 512 STJ: A aplicação da causa de diminuição de pena prevista no art. 33, § 4º, da Lei n. 11.343/2006 não 
afasta a hediondez do crime de tráfico de drogas. 
Súmula n. 492 STJ: O ato infracional análogo ao tráfico de drogas, por si só, não conduz obrigatoriamente à imposição 
de medida socioeducativa de internação do adolescente. 
Súmula 528 STJ: Compete ao juiz federal do local da apreensão da droga remetida do exterior pela via postal 
processar e julgar o crime de tráfico internacional. 
Semente de maconha (§1°: é crime de tráfico). Em maio de 2016, Dias Toffolli negou liminar no Habeas Corpus (HC) 
134443 e manteve acórdão do STJ e do TRF 4. No caso, foram 17 sementes importadas pelos Correios. É também o 
entendimento da 2a CCR (Voto: 3298/2014): Assim, a suposta conduta do investigado reveste-se de potencialidade lesiva 
e de tipicidade formal – seja em relação ao art. 33 da Lei nº 11.343/11, seja em relação ao art. 28 da Lei n. 11.343/11 
ou ao art. 334 do Código Penal. 
Cabe aplicação do art. 44 ao tráfico? Sim. O fato de o tráfico de drogas ser praticado com o intuito de introduzir 
substâncias ilícitas em estabelecimento prisional não impede, por si só, a substituição da pena privativa de liberdade 
por restritivas de direitos, devendo essa circunstância ser ponderada com os requisitos necessários para a concessão do 
benefício. Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 4/2/2014 (Informativo nº 536). 
Cabe liberdade provisória e restritivas de direito ao tráfico: STF declarou inconstitucional (incidentalmente) a 
vedação da conversão em restritiva de direito e também (maio de 2012) a vedação da liberdade provisória. HC 82959/SP 
(DJU de 1º.9.2006); HC 97256/RS (DJe de 16.12.2010). 
HC 105779/SP, rel. Min. Gilmar Mendes, 8.2.2011. (HC-105779). 
O art. 33, § 4 se aplica ao crime de associação ao tráfico (art. 35)? Não. "Não se aplica a causa especial de diminuição 
de pena do parágrafo 4º do artigo 33 da Lei n.º 11.343/2006 ao réu também condenado pelo crime de associação pra o 
tráfico de drogas, tipificado no artigo 35 da mesma lei. Precedentes." (HC 321.272/SP, DJe 01/02/2016). E, por óbvio, 
não cabe a aplicação retroativa ao antigo 14 (associação) da lei anterior: STJ HC 184497: não há ilegalidade na não 
incidência do redutor de pena previsto no artigo 33, § 4º, da Lei 11.343/2006 ao delito do artigo 14 da Lei 6.368/1976, 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Congresso/RSF-05-2012.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Congresso/RSF-05-2012.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Congresso/RSF-05-2012.htm
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=543974&classe=RE&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=M
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=105779&classe=HC&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=M
pois a nova norma mais benigna é aplicável somente ao crime do artigo 33 da referida legislação, e não ao artigo 35 da 
mesma lei, correspondente à infração em que condenados os pacientes. 
Critérios para avaliar a “dedicação às atividades criminosas): circunstância da prisão, quantidade e natureza da droga 
são suficientes: STJ AgRg no AREsp 608207 / MG , 2016: A quantidade e a natureza do entorpecente apreendido 
constituem elementos que denotam a dedicação do réu a atividades criminosas, podendo obstar a aplicação do § 4º do 
art. 33 da Lei n. 11.343/06. STJ (HC 309801 / SP, de 12/05/2016): O fato de que o paciente foi abordado em local 
conhecido como ponto de tráfico, trazendo consigo maconha, porém tinha em depósito variedade de drogas (maconha 
e crack), esta última considerada altamente nociva e causadora de efeitos drásticos a sociedade, além disso, dinheiro, o 
que demonstra fortes indícios de que se dedica à atividade criminosa, constitui fundamento idôneo não apenas para a 
diminuição da fração redutora, mas até mesmo para justificar o indeferimento do benefício, na medida em que evidencia 
dedicação à atividade criminosa, nos termos do § 4º do art. 33 da Lei n. 11.343/2006, inexistindo, portanto, 
constrangimento ilegal a ser sanado. 
Condenado por tráfico e associação no mesmo processo: não cabe a diminuição do § 4: Informativo 517 do STJ 2013: 
É inaplicável a causa especial de diminuição de pena prevista no § 4º do art. 33 da Lei n. 11.343/2006 na hipótese em 
que o réu tenha sido condenado, na mesma ocasião, por tráfico (art. 33) e pela associação para o tráfico (art. 35). Ora, 
a causa de diminuição prevista no § 4º do art. 33 pressupõe que o agente não se dedique às atividades criminosas. Se o 
réu foi condenado por associação para o tráfico é porque ficou reconhecido que ele se associou com outras pessoas 
para praticar crimes, tendo, portanto, seu comportamento voltado à prática de atividades criminosas. 
A redução no grau máximo não é direito subjetivo do réu. Juiz avalia com base na proporcionalidade e razoabilidade. 
TRF 1ª: 2011 (ACR 2009.36.00.016188-9/MT; Apelação Criminal, Rel. Des. Federal Carlos Olavo, 3ª Turma, Maioria, 
Publicação: e-DJF1 de 14/01/2011, p. 233.) 
 A quantidade da droga deve ser avaliada na 1ª fase da fixação da pena (art. 42 da 11.343) e também na causa de 
diminuição de pena do parágrafo 4o (STJ HC 253562 de 2013). 
Súmula 501 do STJ: é cabível a aplicação retroativa da Lei 11.343, desde que o resultado da incidênciadas suas 
disposições, na íntegra, seja mais favorável ao réu do que o advindo da aplicação da Lei 6.368, sendo vedada a 
combinação de leis. Logo, não pode reduzir em dois terços considerando a pena de 3 a 15 anos. Se for aplicar 
retroativamente o § 4 do 33, tem que ser sobre uma pena de 5 a 15 anos. 
Em março de 2016, Anvisa autorizou a prescrição e manipulação de medicamentos a base da planta Cannabis sp., 
incluindo o tetrahidrocannabinol (THC). A autorização vale tanto para medicamentos registrados na Anvisa que 
contenham as substâncias quanto para produtos que contenham as substâncias a serem importados em caráter de 
excepcionalidade para tratamento de pacientes brasileiros. O Conselho Federal de Medicina (CFM) também 
já tinha autorizado, em dezembro de 2014, o uso do canabidiol no tratamento de crianças e adolescentes com 
epilepsia ou que sofram de convulsões resistentes a tratamentos convencionais. A resolução da Anvisa, publicada nesta 
segunda-feira (21) no Diário Oficial da União, acrescenta uma exceção a um artigo que proíbe a prescrição e manipulação 
de medicamentos feitos com plantas que podem originar substâncias entorpecentes. A exceção acrescentada se refere 
a medicamentos que contenham em sua composição a planta Cannabis sp. Na prática, a importação de medicamentos 
a base de canabidiol e THC já acontece no Brasil, seguindo os requisitos estabelecidos pela RDC nº17, de maio de 2015, 
que incluem a exigência de "prescrição de profissional legalmente habilitado para tratamento de saúde". 
 Em ADPF, STF reconheceu que marchas da maconha são exercício do direito de associação e liberdade, não sendo 
crime. CF: competência para julgar o tráfico de drogas (art. 109, §§ 3º e 4º). Tráfico internacional: justiça federal. Tráfico 
local, estadual, interestadual: justiça estadual. Cocaína, ecstasy, ópio, heroína, e 60% da maconha consumida no Brasil 
são importados. Não é por isso que será justiça federal. Critério da “nacionalização da droga” no Brasil. Cloreto de etila 
(“lança-perfume”): competência da justiça estadual se oriundo da Argentina, pois lá não é substância proscrita. 
 
 Retirada da substância do rol da Portaria: abolitio criminis, mesmo que decorrente de erro material, com reinclusão 
depois, desde que não tenha havido ilegalidade, como houve com a retirada do cloreto de etila, em que a retirada do 
rol se deu à revelia do Conselho, sendo declarada ilegal e, portanto, não beneficiadora dos condenados por tráfico de 
lança-perfume ( HC 94397/BA, rel. Min. Cezar Peluso, 9.3.2010. HC-94397). Contudo, se a retirada, mesmo que por erro 
material, obedeceu ao trâmite de particpação do conselho, aí é o caso de "abolitio": 
 
 STF confirmou isso em 2015 ("dizem" que a retirada em 2000 foi para favorecer um parente então ministro da 
Saúde José Serra. 
 O ministro Celso de Mello concedeu habeas corpus para invalidar condenação criminal de pessoa condenada por 
tráfico de drogas por estar transportando frascos de “lança-perfume”. A substância ativa do “lança-perfume”, o cloreto 
de etila, foi excluída por um período de oito dias da lista de substâncias entorpecentes proibidas, editada pela Agência 
http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2014/12/conselho-federal-de-medicina-libera-uso-de-composto-da-maconha.html
http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2014/12/conselho-federal-de-medicina-libera-uso-de-composto-da-maconha.html
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=94397&classe=HC&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=M
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No entendimento do ministro, trata-se de caso de abolitio criminis temporária 
"pelo fato de referida exclusão, embora por um brevíssimo período, descaracterizar a própria tipicidade penal da conduta 
do agente". 
 No caso narrado no Habeas Corpus (HC) 120026, um homem foi preso em flagrante pela Polícia Rodoviária 
Federal com seis mil frascos de “lança-perfume”, no dia 12 de novembro de 2000, e condenado a três anos e nove 
meses de prisão pelo crime de tráfico de entorpecentes. Ocorre que, em 7 de dezembro de 2000, a Anvisa editou a 
Resolução 104/2000, que excluiu o cloreto de etila da relação constante na lista de substâncias psicotrópicas de uso 
proibido no Brasil (Portaria SVS/MS 334/98). Em 15 de dezembro do mesmo ano, a substância foi reincluída na lista por 
uma nova portaria. 
 O ministro Celso de Mello enfatizou em sua decisão que, “antes mesmo do advento da Resolução Anvisa nº 
104/2000, o Supremo Tribunal Federal já havia firmado entendimento no sentido de que a exclusão do cloreto de etila 
da lista de substâncias psicotrópicas vedadas editada pelo órgão competente do Poder Executivo da União Federal faz 
projetar, retroativamente, os efeitos da norma integradora mais benéfica, registrando-se a abolitio criminis em relação 
a fatos anteriores à sua vigência, relacionados ao comércio de referida substância, pois, em tal ocorrendo, restará 
descaracterizada a própria estrutura normativa do tipo penal em razão, precisamente, do desaparecimento da 
elementar típica “substância entorpecente ou que determina dependência física ou psíquica”. 
 O ministro menciona em sua decisão precedente da Segunda Turma do STF (HC 94397) segundo o qual os fatos 
ocorridos antes da primeira portaria da Anvisa "tornaram-se atípicos" (não configuram crime). Assim, a condenação 
decretada pela primeira instância, e mantida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), não observou os critérios firmados 
pela jurisprudência do STF. 
 A decisão do ministro Celso de Mello que concedeu o habeas corpus manteve, no entanto, a outra condenação do 
paciente (réu) a dois anos e oito meses por corrupção ativa. A condenação por corrupção ativa deveu-se ao 
oferecimento de vantagem indevida a policiais rodoviários federais responsáveis pela prisão em flagrante. 
 Ausência de apreensão física da droga: não impete o reconhecimento do tráfico (RHC 65205/RN, 20/04/2016): 
Conquanto existam precedentes em que, na hipótese de inexistência de apreensão da droga, dispensam laudo para 
comprovar a materialidade do delito de tráfico de entorpecentes, a melhor compreensão é a que defende a 
indispensabilidade da perícia no crime em questão. 
 
 
 STJ 2015: A conduta consistente em negociar por telefone a aquisição de droga e também disponibilizar o veículo 
que seria utilizado para o transporte do entorpecente configura o crime de tráfico de drogas em sua forma consumada 
- e não tentada -, ainda que a polícia, com base em indícios obtidos por interceptações telefônicas, tenha efetivado a 
apreensão do material entorpecente antes que o investigado efetivamente o recebesse. Inicialmente, registre-se que o 
tipo penal em análise é de ação múltipla ou conteúdo variado, pois apresenta várias formas de violação da mesma 
proibição, bastando, para a consumação do crime, a prática de uma das ações ali previstas. Nesse sentido, a Segunda 
Turma do STF (HC 71.853-RJ, DJ 19/5/1995) decidiu que a modalidade de tráfico "adquirir" completa-se no instante em 
que ocorre a avença entre comprador e vendedor. De igual forma, conforme entendimento do STJ, incide no tipo penal, 
na modalidade "adquirir", o agente que, embora sem receber a droga, concorda com o fornecedor quanto à coisa, não 
havendo necessidade, para a configuração do delito, de que se efetue a tradição da droga adquirida, pois que a compra 
e venda se realiza pelo consenso sobre a coisa e o preço (REsp 1.215-RJ, Sexta Turma, DJ 12/3/1990). Conclui-se, pois, 
que a negociação com aquisição da droga e colaboração para seu transporte constitui conduta típica, encontrando-se 
presente a materialidade do crime de tráfico de drogas. HC 212.528-SC, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 1º/9/2015, 
DJe 23/9/2015. 
 
 
Art. 34. Fabricar, adquirir, vender, fornecer ainda que gratuitamente, possuir ou guardar maquinismo, aparelho, 
instrumento ou qualquer objeto destinado à fabricação, preparação, produção ou transformação de substância 
entorpecente ouque determine dependência fícisa ou psíquica, sem autorização ou em desacordo com determinação 
legal ou regulamentar: Pena - Reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e pagamento de 1.200 a 2.000 dias-multa. 
Art. 35. Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar, reiteradamente ou não, qualquer dos crimes 
previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 desta Lei: Pena - reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e pagamento de 700 
(setecentos) a 1.200 (mil e duzentos) dias-multa. Parágrafo único. Nas mesmas penas do caput deste artigo incorre 
quem se associa para a prática reiterada do crime definido no art. 36 desta Lei. Como interpretar o art. 35? STJ HC 
208886/SP, em 2011: diante da expressão "reiteradamente ou não", contida no caput do artigo 35 da Lei 11.343/2006, 
há que se perquirir se para a configuração do delito de associação para o tráfico basta a convergência ocasional de 
vontades ou a eventual colaboração entre pessoas para a prática delituosa, ou se é necessário, tal como no crime de 
http://www.stj.jus.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?tipo=num_pro&valor=HC212528
quadrilha ou bando previsto no Código Penal, que a reunião se dê de forma estável. Para a caracterização do crime de 
associação para o tráfico, é imprescindível o dolo de se associar com estabilidade e permanência, sendo que a reunião 
ocasional de duas ou mais pessoas não se subsume ao tipo do artigo 35 da Lei 11.343/2006. 
 
Isso foi confirmado em 2015 (HC 264585/SP, 23/11/2015): A jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que, 
para "a caracterização do crime de associação para o tráfico, é imprescindível o dolo de se associar com estabilidade e 
permanência, sendo que a reunião ocasional de duas ou mais pessoas não se subsume ao tipo do artigo 35 da Lei n.º 
11.343/2006" 
 
 Requisitos para o livramento condicional: a Lei traz requisitos específicos: STJ 2015 Informativo 568: O condenado 
por associação para o tráfico (art. 35 da Lei 11.343/2006), caso não seja reincidente específico, deve cumprir 2/3 da 
pena para fazer jus ao livramento condicional. Isso porque a própria Lei 11.343/2006, no parágrafo único do art. 44, 
prevê requisito objetivo específico para a concessão do livramento condicional ao delito de associação para o tráfico: 
"Os crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 a 37 desta Lei são inafiançáveis e insuscetíveis de sursis, graça, 
indulto, anistia e liberdade provisória, vedada a conversão de suas penas em restritivas de direitos. Parágrafo único. Nos 
crimes previstos no caput deste artigo, dar-se-á o livramento condicional após o cumprimento de dois terços da pena, 
vedada sua concessão ao reincidente específico". Assim, em observância ao Princípio da Especialidade, aplica-se o 
disposto no art. 44, parágrafo único, da Lei 11.343/2006 em detrimento dos incisos I e II do art. 83 do CP. Ressalte-se 
que o lapso temporal de cumprimento de pena para obtenção do livramento condicional quanto ao delito do art. 35 da 
Lei 11.343/2006 independe da análise do caráter hediondo do crime. Precedentes citados: AgRg no REsp 1.484.138-MS, 
Sexta Turma, DJe de 15/6/2015; e HC 292.882-RJ, Sexta Turma, DJe de 18/8/2014. HC 311.656-RJ, Rel. Min. Felix Fischer, 
julgado em 25/8/2015, DJe 2/9/2015. 
 
 
 
 Art. 36. Financiar ou custear a prática de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 desta Lei: 
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 20 (vinte) anos, e pagamento de 1.500 (mil e quinhentos) a 4.000 (quatro mil) dias-
multa. 
 
 Info 534 STJ: Se o agente financia ou custeia o tráfico, mas não pratica nenhum verbo do art. 33: responderá apenas 
pelo art. 36 da Lei de Drogas. Se o agente, além de financiar ou custear o tráfico, também pratica algum verbo do art. 
33: responderá apenas pelo art. 33 c/c o art. 40, VII da Lei de Drogas (não será condenado pelo art. 36). STJ. 6ª Turma. 
REsp 1.290.296-PR, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 17/12/2013. O agente que atua diretamente na 
traficância, executando, pessoalmente, as condutas tipificadas no art. 33 e que também financia a aquisição das drogas, 
deve responder apenas pelo crime previsto no art. 33 com a causa de aumento prevista no art. 40, VII, sendo afastado o 
crime do art. 36. O financiamento ou custeio ao tráfico ilícito de drogas (art. 36) é delito autônomo aplicável somente ao 
agente que NÃO tem participação direta na execução do tráfico, limitando-se a fornecer os recursos necessários para 
subsidiar a mercancia. Ao prever como delito autônomo a atividade de financiar ou custear o tráfico (art. 36), o objetivo 
do legislador foi estabelecer uma exceção à teoria monista e punir o agente que não tem participação direta na execução 
no tráfico e que se limitada a fornecer dinheiro ou bens para subsidiar a mercancia, sem praticar qualquer conduta do 
art. 33. Assim, nas hipóteses em que ocorre o AUTOFINANCIAMENTO para o tráfico ilícito de drogas, como no caso 
concreto, não há que se falar em concurso material entre os crimes dos arts. 33 e 36, devendo o agente ser condenado 
pela pena do tráfico (art. 33), com a causa de aumento de pena do art. 40, VII, da Lei de Drogas. Se o agente que faz 
autofinanciamento fosse condenado pelos arts. 33 e 36, haveria bis in idem. Além disso, chegaríamos à conclusão de 
que o art. 40, VII nunca poderia ser aplicado em conjunto com o art. 33 (fonte: dizerodireito.com.br). 
 
Art. 37. Colaborar, como informante, com grupo, organização ou associação destinados à prática de qualquer dos 
crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 desta Lei: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e pagamento de 
300 (trezentos) a 700 (setecentos) dias-multa. Trata-se do colaborar. Caso haja reiteração nas colaborações, o STF 
entendeu que continuará a ser colaborador. Ex: fogueteiro que, condenado por associação, teve pena ajustada a 
colaborador, com a nova lei. HC 106155/RJ, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o acórdão Min. Luiz Fux, 4.10.2011. 
(HC-106155) 
 Informativo 527 do STJ de 2013: não cabe condenação pelo art. 35 e pelo art. 37 em concurso material sob o 
fundamento que era associado e também olheiro, no mesmo contexto. Será apenas associado (art. 35), pela 
subsidiariedade. 
 
http://www.stj.jus.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?tipo=num_pro&valor=HC311656
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=106155&classe=HC&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=M
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=106155&classe=HC&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=M
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=106155&classe=HC&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=M
Art. 38. Prescrever ou ministrar, culposamente, drogas, sem que delas necessite o paciente, ou fazê-lo em doses 
excessivas ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) 
anos, e pagamento de 50 (cinqüenta) a 200 (duzentos) dias-multa. Parágrafo único. O juiz comunicará a condenação 
ao Conselho Federal da categoria profissional a que pertença o agente. 
 
Art. 39. Conduzir embarcação ou aeronave após o consumo de drogas, expondo a dano potencial a incolumidade de 
outrem: Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, além da apreensão do veículo, cassação da habilitação 
respectiva ou proibição de obtê-la, pelo mesmo prazo da pena privativa de liberdade aplicada, e pagamento de 200 
(duzentos) a 400 (quatrocentos) dias-multa. Parágrafo único. As penas de prisão e multa, aplicadas cumulativamente 
com as demais, serão de 4 (quatro) a 6 (seis) anos e de 400 (quatrocentos) a 600 (seiscentos) dias-multa, se o veículo 
referido no caput deste artigo for de transporte coletivo de passageiros. 
 
Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são aumentadas de um sexto a dois terços, se: I - a natureza, a 
procedência da substância ou do produto apreendido e as circunstâncias do fato evidenciarem a transnacionalidade 
do delito;II - o agente praticar o crime prevalecendo-se de função pública ou no desempenho de missão de educação, 
poder familiar, guarda ou vigilância; III - a infração tiver sido cometida nas dependências ou imediações de 
estabelecimentos prisionais, de ensino ou hospitalares, de sedes de entidades estudantis, sociais, culturais, 
recreativas, esportivas, ou beneficentes, de locais de trabalho coletivo, de recintos onde se realizem espetáculos ou 
diversões de qualquer natureza, de serviços de tratamento de dependentes de drogas ou de reinserção social, de 
unidades militares ou policiais ou em transportes públicos; IV - o crime tiver sido praticado com violência, grave 
ameaça, emprego de arma de fogo, ou qualquer processo de intimidação difusa ou coletiva; V - caracterizado o tráfico 
entre Estados da Federação ou entre estes e o Distrito Federal; VI - sua prática envolver ou visar a atingir criança ou 
adolescente ou a quem tenha, por qualquer motivo, diminuída ou suprimida a capacidade de entendimento e 
determinação; VII - o agente financiar ou custear a prática do crime. 
 
Inciso III: STJ HC 351362/RS, em 10/05/2016: A circunstância de o delito ter ocorrido nas dependências ou imediações 
de estabelecimentos prisionais já configura causa de aumento do tipo penal, não podendo ser utilizada para aumentar 
a pena base, sob pena de configurar bis in idem. 
Inciso III (STJ HC 175808/MG): Incide a causa de aumento de pena relativa à traficância cometida nas dependências de 
estabelecimento prisional independentemente de o crime ter sido praticado por preso ou por terceiro que não se 
encontra encarcerado. 
Inciso III: STJ HC 310519 / SP, de 10/05/2016: A partir do julgamento do Recurso Especial 1.345.827/SC, de Relatoria do 
Min. Marco Aurélio Bellizze (DJe 27/3/2014), esta Corte Superior passou a acompanhar a jurisprudência firmada pelas 
Turmas pelo Supremo Tribunal Federal, no sentido de que a simples utilização de transporte público no tráfico de drogas 
não é suficiente para caracterizar a causa de aumento prevista no art. 40, inciso III, da Lei de Drogas, que somente deve 
ser aplicada quando comprovada a efetiva comercialização no interior do coletivo, fato que não ocorreu no caso em tela. 
Inciso IV: como aferir menoridade STJ 2016 - AgRg no HC 345519/MG: Julgados de ambas as Turmas que julgam matéria 
penal nesta Corte têm afirmado que a certidão de nascimento não é o único documento hábil para se aferir a 
menoridade, basta que haja nos autos qualquer elemento que demostre de alguma forma a idade do adolescente. 
Inciso IV (emprego de arma): O STJ, no julgamento do AgRg no AREsp 624608/AL, em 2015, reafirmou que, para incidir 
a causa de aumento de pena, é necessária a “unicidade de ação e de desígnios” entre traficar e portar arma, situação 
de alguns morros do Rio de Janeiro. Se não houver tal unidade, ou seja, se a arma tiver sido utilizada em contexto diverso 
do tráfico (exemplo: transportar droga no caminhão com arma no porta-luvas, tal como disse a assertiva, deve haver 
concurso material. 
 
Art. 41. O indiciado ou acusado que colaborar voluntariamente com a investigação policial e o processo criminal na 
identificação dos demais co-autores ou partícipes do crime e na recuperação total ou parcial do produto do crime, no 
caso de condenação, terá pena reduzida de um terço a dois terços. Pacelli: a recuperação do produto do crime há de 
ser exigida, também como condição, se houver efetiva possibilidade fática. 
Art. 42. O juiz, na fixação das penas, considerará, com preponderância sobre o previsto no art. 59 do Código Penal, a 
natureza e a quantidade da substância ou do produto, a personalidade e a conduta social do agente. 
Art. 43. Na fixação da multa a que se referem os arts. 33 a 39 desta Lei, o juiz, atendendo ao que dispõe o art. 42 
desta Lei, determinará o número de dias-multa, atribuindo a cada um, segundo as condições econômicas dos acusados, 
valor não inferior a um trinta avos nem superior a 5 (cinco) vezes o maior salário-mínimo. Parágrafo único. As multas, 
que em caso de concurso de crimes serão impostas sempre cumulativamente, podem ser aumentadas até o décuplo 
se, em virtude da situação econômica do acusado, considerá-las o juiz ineficazes, ainda que aplicadas no máximo. 
Art. 44. Os crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 a 37 desta Lei são inafiançáveis e insuscetíveis de sursis, 
graça, indulto, anistia e liberdade provisória, vedada a conversão de suas penas em restritivas de direitos. Parágrafo 
único. Nos crimes previstos no caput deste artigo, dar-se-á o livramento condicional após o cumprimento de dois 
terços da pena, vedada sua concessão ao reincidente específico. 
Cabe o art. 44 do CP ao tráfico. Não cabe sursis no tráfico. STJ REsp 1373032/DF (11/03/2016): Não tem direito à 
suspensão condicional da pena quem é condenado por crime de tráfico de drogas, positivado no art. 33, caput, da Lei . 
11.343/2006, por expressa vedação do art. 44, caput, dessa lei.2. O Supremo Tribunal Federal limitou-se a declarar 
a inconstitucionalidade das expressões "vedada a conversão em penas restritivas de direitos" e "vedada a conversão 
de suas penas em restritivas de direitos", constantes do § 4º do art. 33 da Lei n. 11.343/2006 e do art. 44 do mesmo 
diploma normativo, respectivamente. Foi afastada, assim, unicamente a vedação à conversão da pena privativa de 
liberdade por restritiva de direitos. 3. O entendimento de que seria possível a concessão de sursis aos condenados pela 
prática de tráfico de drogas viola a cláusula de reserva de plenário (cláusula do full bench), prevista no art. 97 da 
Constituição Federal. 
 
Art. 45. É isento de pena o agente que, em razão da dependência, ou sob o efeito, proveniente de caso fortuito 
ou força maior, de droga, era, ao tempo da ação ou da omissão, qualquer que tenha sido a infração penal praticada, 
inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. 
Parágrafo único. Quando absolver o agente, reconhecendo, por força pericial, que este apresentava, à época do fato 
previsto neste artigo, as condições referidas no caput deste artigo, poderá determinar o juiz, na sentença, o seu 
encaminhamento para tratamento médico adequado. 
Demonstração da dependência exige perícia: STJ RHC 65205/RN, 20/04/2016): A constatação da aptidão da 
substância entorpecente para produzir dependência, ou seja, para viciar alguém, só é possível mediante perícia, já 
que tal verificação depende de conhecimentos técnicos específicos. Doutrina. 
Art. 46. As penas podem ser reduzidas de um terço a dois terços se, por força das circunstâncias previstas no art. 45 
desta Lei, o agente não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do 
fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Art. 47. Na sentença condenatória, o juiz, com base em 
avaliação que ateste a necessidade de encaminhamento do agente para tratamento, realizada por profissional de 
saúde com competência específica na forma da lei, determinará que a tal se proceda, observado o disposto no art. 26 
desta Lei. DO PROCEDIMENTO PENAL: Art. 48. O procedimento relativo aos processos por crimes definidos neste 
Título rege-se pelo disposto neste Capítulo, aplicando-se, subsidiariamente, as disposições do Código de Processo 
Penal e da Lei de Execução Penal. 
 
§ 1o O agente de qualquer das condutas previstas no art. 28 desta Lei, salvo se houver concurso com os crimes 
previstos nos arts. 33 a 37 desta Lei, será processado e julgado na forma dos arts. 60 e seguintes da Lei nHYPERLINK 
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"https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9099.htm#art60" 9.099, de 26 de setembro de 1995, que dispõe sobre os 
Juizados Especiais Criminais. 
§ 2o Tratando-se da conduta prevista no art. 28 desta Lei, não se imporá prisão emflagrante, devendo o autor do 
fato ser imediatamente encaminhado ao juízo competente ou, na falta deste, assumir o compromisso de a ele 
comparecer, lavrando-se termo circunstanciado e providenciando-se as requisições dos exames e perícias necessários. 
§ 3o Se ausente a autoridade judicial, as providências previstas no § 2o deste artigo serão tomadas de imediato pela 
autoridade policial, no local em que se encontrar, vedada a detenção do agente. § 4o Concluídos os procedimentos 
de que trata o § 2o deste artigo, o agente será submetido a exame de corpo de delito, se o requerer ou se a autoridade 
de polícia judiciária entender conveniente, e em seguida liberado. § 5o Para os fins do disposto no, que dispõe sobre 
os Juizados Especiais Criminais, o Ministério Público poderá propor a aplicação imediata de pena prevista no art. 28 
desta Lei, a ser especificada na proposta. Art. 49. Tratando-se de condutas tipificadas nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 
a 37 desta Lei, o juiz, sempre que as circunstâncias o recomendem, empregará os instrumentos protetivos de 
colaboradores e testemunhas. 
 
Seção I 
Da Investigação 
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Art. 50. Ocorrendo prisão em flagrante, a autoridade de polícia judiciária fará, imediatamente, comunicação ao 
juiz competente, remetendo-lhe cópia do auto lavrado, do qual será dada vista ao órgão do Ministério Público, em 24 
(vinte e quatro) horas. § 1o Para efeito da lavratura do auto de prisão em flagrante e estabelecimento da 
materialidade do delito, é suficiente o laudo de constatação da natureza e quantidade da droga, firmado por perito 
oficial ou, na falta deste, por pessoa idônea. § 2o O perito que subscrever o laudo a que se refere o § 1o deste artigo 
não ficará impedido de participar da elaboração do laudo definitivo. 
§ 3o Recebida cópia do auto de prisão em flagrante, o juiz, no prazo de 10 (dez) dias, certificará a regularidade 
formal do laudo de constatação e determinará a destruição das drogas apreendidas, guardando-se amostra necessária 
à realização do laudo definitivo. (Incluído pela Lei nº 12.961, de 2014) 
§ 4o A destruição das drogas será executada pelo delegado de polícia competente no prazo de 15 (quinze) dias 
na presença do Ministério Público e da autoridade sanitária. (Incluído pela Lei nº 12.961, de 2014) 
§ 5o O local será vistoriado antes e depois de efetivada a destruição das drogas referida no § 3o, sendo lavrado 
auto circunstanciado pelo delegado de polícia, certificando-se neste a destruição total delas. (Incluído pela Lei nº 
12.961, de 2014) 
Art. 50-A. A destruição de drogas apreendidas sem a ocorrência de prisão em flagrante será feita por 
incineração, no prazo máximo de 30 (trinta) dias contado da data da apreensão, guardando-se amostra necessária à 
realização do laudo definitivo, aplicando-se, no que couber, o procedimento dos §§ 3o a 5o do art. 50. (Incluído pela 
Lei nº 12.961, de 2014) 
Laudo preliminar permite recebimento da denúncia: STJ RHC 65205/RN, 20/04/2016): O artigo 50, § 1º, da Lei 
11.343/06 não admite a prisão em flagrante e o recebimento da denúncia sem que seja demonstrada, ao menos em 
juízo inicial, a materialidade da conduta por meio de laudo de constatação preliminar da substância entorpecente, que 
configura condição de procedibilidade para a apuração do ilícito de tráfico.Precedentes. 
 
 Art. 51. O inquérito policial será concluído no prazo de 30 (trinta) dias, se o indiciado estiver preso, e de 90 
(noventa) dias, quando solto. Parágrafo único. Os prazos a que se refere este artigo podem ser duplicados pelo juiz, 
ouvido o Ministério Público, mediante pedido justificado da autoridade de polícia judiciária. Art. 52. Findos os prazos 
a que se refere o art. 51 desta Lei, a autoridade de polícia judiciária, remetendo os autos do inquérito ao juízo: I - 
relatará sumariamente as circunstâncias do fato, justificando as razões que a levaram à classificação do delito, 
indicando a quantidade e natureza da substância ou do produto apreendido, o local e as condições em que se 
desenvolveu a ação criminosa, as circunstâncias da prisão, a conduta, a qualificação e os antecedentes do agente; ou 
II - requererá sua devolução para a realização de diligências necessárias. Parágrafo único. A remessa dos autos far-
se-á sem prejuízo de diligências complementares: I - necessárias ou úteis à plena elucidação do fato, cujo resultado 
deverá ser encaminhado ao juízo competente até 3 (três) dias antes da audiência de instrução e julgamento; II - 
necessárias ou úteis à indicação dos bens, direitos e valores de que seja titular o agente, ou que figurem em seu nome, 
cujo resultado deverá ser encaminhado ao juízo competente até 3 (três) dias antes da audiência de instrução e 
julgamento. 
Art. 53. Em qualquer fase da persecução criminal relativa aos crimes previstos nesta Lei, são permitidos, além dos 
previstos em lei, mediante autorização judicial e ouvido o Ministério Público, os seguintes procedimentos 
investigatórios: I - a infiltração por agentes de polícia, em tarefas de investigação, constituída pelos órgãos 
especializados pertinentes; II - a não-atuação policial sobre os portadores de drogas, seus precursores químicos ou 
outros produtos utilizados em sua produção, que se encontrem no território brasileiro, com a finalidade de identificar 
e responsabilizar maior número de integrantes de operações de tráfico e distribuição, sem prejuízo da ação penal 
cabível. Parágrafo único. Na hipótese do inciso II deste artigo, a autorização será concedida desde que sejam 
conhecidos o itinerário provável e a identificação dos agentes do delito ou de colaboradores. 
Seção II 
Da Instrução Criminal 
Art. 54. Recebidos em juízo os autos do inquérito policial, de Comissão Parlamentar de Inquérito ou peças de 
informação, dar-se-á vista ao Ministério Público para, no prazo de 10 (dez) dias, adotar uma das seguintes 
providências: I - requerer o arquivamento; II - requisitar as diligências que entender necessárias; III - oferecer 
denúncia, arrolar até 5 (cinco) testemunhas e requerer as demais provas que entender pertinentes. 
Art. 55. Oferecida a denúncia, o juiz ordenará a notificação do acusado para oferecer defesa prévia, por escrito, 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12961.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12961.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12961.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12961.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12961.htm#art5
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12961.htm#art5
no prazo de 10 (dez) dias. É notificação (e não citação). STJ (HC 309801 / SP, de 12/05/2016): Não demonstrado prejuízo 
à defesa do acusado, não pode ser declarada a nulidade do feito, apenas porque não observado o rito disposto no art. 
55 da Lei 11.343/06. 
 
§ 1o Na resposta, consistente em defesa preliminar e exceções, o acusado poderá argüir preliminares e invocar 
todas as razões de defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas que pretende produzir e, até o 
número de 5 (cinco), arrolar testemunhas. § 2o As exceções serão processadas em apartado. § 3o Se a resposta não 
for apresentada no prazo, o juiz nomeará defensor para oferecê-la em 10 (dez) dias, concedendo-lhe vista dos autos 
no ato de nomeação. § 4o Apresentada a defesa, o juiz decidirá em 5 (cinco) dias. § 5o Se entender imprescindível, o 
juiz, no prazo máximo de 10 (dez) dias, determinará a apresentação do preso, realização de diligências, exames e 
perícias. 
QUE 
 
 
Art. 56. Recebida a denúncia, o juiz designará

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