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Direito Penal – Legislação Extravagante MPF/Juiz Federal Hebert Reis Mesquita MPF Como é a prova objetiva de Penal do MPF? De acordo com as quatro últimas provas objetivas do MPF (28° 27°, 26° e 25° Concursos), Penal e Processo Penal compõem o Grupo IV. Das 30 questões do G IV, 15 são de Penal. Das questões de Penal, 38,58% foram sobre Parte Geral (art. 1 ao 120 do CP); 38,57% foram sobre crimes da Parte Especial do Código Penal (art. 121 ao 359-H do CP); e 22,85% foram sobre legislação extragavante. No 28°, caíram três questões de crimes das leis extravagantes (20%). Como deve ser a prova de Penal do 29° Concurso? 15 questões, com marcação de letras a, b, c, d; 4 ou 5 questões de crimes da Parte Especial do CP (art. 121 a 359-H), o que dá 20 ou 25 assertivas. 3 a 4 questões sobre crimes da legislação extravagante, o que dá 12 ou 16 assertivas. Número de questões e respectivos temas de Parte Especial do CP e leis extravagantes que caíram sobre cada crime nos três últimos concursos: Estelionato previdenciário (art. 171, §3°): oito assertivas; Crimes contra as Finanças: seis assertivas; Lei 7492/86 (basicamente art. 4°): cinco assertivas; Peculato: quatro assertivas; Corrupção: quatro assertivas; Crimes de violação de segredos: quatro assertivas; Tráfico internacional de armas: quatro assertivas; Moeda falsa: quatro assertivas; Falsificações: quatro assertivas; Denunciação caluniosa: quatro assertivas; Supressão de documentos: quatro assertivas; Lei de licitações: quatro assertivas; Falsa identidade: quatro assertivas; Lavagem de dinheiro: quatro assertivas; Falso testemunho: quatro assertivas; Crimes tributários (sentido amplo): três assertivas; Demais crimes federais ou comuns na JF: uma assertiva. Como foi a prova do 27° Concurso? Grupo IV – 15 questões de penal com 60 assertivas no total. Parte especial do CP: 10 assertivas. Legislação extravagante: 12 assertivas. Questão 92 Lei 8137/90: jurisprudência. SV 24. Descaminho: jurisprudência de informativo. Insignificância. Lei 8137/90: jurisprudência de informativo. Pagamento parcial do tributo. Lei 8137/90 e Lei do Salário mínimo. Jurisprudência de informativo e lei seca. Questão 96 Lei de execução penal: lei seca mais súmula vinculante. Questão 98 Falso testemunho: jurisprudência e doutrina. Falso testemunho: jurisprudência e lei seca. Falso testemunho: jurisprudência. Falso testemunho: lei seca. Questão 99 Estelionato previdenciário: jurisprudência. Estelionato previdenciário: jurisprudência. Estelionato previdenciário: jurisprudência. Estelionato previdenciário: jurisprudência. Questão 100 Lei 7492/86: jurisprudência. Lei 7492/86: jurisprudência. Lei 7492/86: jurisprudência. Lei 7492/86: jurisprudência. Questão 101 Lei 7170/83: jurisprudência. Art. 231 (tráfico de pessoas) do CP: lei seca. 337-B e 337-C (corrupção internacional) do CP: lei seca. Art. 241-A e B do ECA (pornografia infantil por computador): lei seca. Questão 103 Lavagem de dinheiro: lei seca. Lavagem de dinheiro: lei seca. Lavagem de dinheiro: lei seca. Lavagem de dinheiro: lei seca. Como foi a prova do 26° Concurso? Grupo IV – Penal 15 questões com 60 assertivas, das quais 24 foram da Parte Especial do CP e 11 foram sobre legislação extravagante. Questão 94 Lei 7492/86, art. 4°: jurisprudência. Questão 96 Peculato (art. 312 do CP): lei seca. Peculato (art. 312 do CP): lei seca e doutrina. Peculato (art. 312 do CP): doutrina. Peculato (art. 312 do CP): doutrina. Questão 97: Corrupção: lei seca de Convenção. Corrupção: lei seca. Corrupção: doutrina. Corrupção: lei seca. Questão 98: Estelionato previdenciário: jurisprudência. Estelionato previdenciário: lei seca. Estelionato previdenciário: lei seca. Estelionato previdenciário: lei seca. Questão 99: Lei 10.826/2003 (tráfico internaciona): lei seca. Lei 10.826/2003 (tráfico internaciona): lei seca. Lei 10.826/2003 (tráfico internaciona): lei seca. Lei 10.826/2003 (tráfico internaciona): lei seca. Questão 100 Estelionato previdenciário: jurisprudência de informativo. 8072/90: lei seca. Questão 102: Art. 307 (falsa identidade): jurisprudência de informativo. Art. 307 (falsa identidade): jurisprudência de informativo. Art. 307 (falsa identidade): jurisprudência de informativo. Art. 307 (falsa identidade): jurisprudência de informativo. Questão 103: DL 201/67: lei seca. Crimes contra as finanças (tratamento unitário do título, sem especificar crime): lei seca. Crimes contra as finanças (tratamento unitário do título, sem especificar crime): lei seca. Lei 1079/50: lei seca. Questão 104: Moeda falsa: lei seca. Moeda falsa: doutrina. Moeda falsa: lei seca. Moeda falsa: lei seca. Questão 105: Lei 11.343/06: lei seca. Lei 8072/90: lei seca. Genocídio: lei seca. Quadrilha ou bando: lei seca. Como foi a prova do 25° Concurso? Grupo IV – Direito Penal: foram 10 questões, 40 assertivas. Dessas, 20 foram da parte especial do CP e 9 foram de legislação extragavante. Questão 101: Lei 8666/90: lei seca. Lei 8666/90: lei seca. Lei 8666/90: lei seca. Lei 8666/90: lei seca. Questão 102: Art. 296 do CP: lei seca. Art. 296 do CP: jurisprudência e súmula vinculante. Art. 296 do CP: doutrina. Art. 296 do CP: lei seca. Questão 103: Denunciação caluniosa: doutrina. Denunciação caluniosa: lei seca. Denunciação caluniosa: doutrina. Denunciação caluniosa: lei seca. Questão 104: Crimes contra as finanças: lei seca. Crimes contra as finanças: lei seca. Crimes contra as finanças: jurisprudência. Crimes contra as finanças: lei seca. Questão 105: Crime de perigo comum: lei seca. Crime de atentado contra segurança de serviço de utilidade pública: lei seca. Crime de interrupção ou perturbação de serviços de comunicação: lei seca. Questão 106: Crime de supressão de documento: doutrina. Crime de supressão de documento: doutrina. Crime de supressão de documento: doutrina. Crime de supressão de documento: lei seca. Questão 107: Crimes de violação de sigilo: lei seca. Crimes de violação de sigilo: doutrina. Crimes de violação de sigilo: lei seca. Crimes de violação de sigilo: lei seca. Questão 108: Lei de tortura: lei seca. Lei 11.343/06: lei seca. Art. 327 do CP: lei seca. JUIZ FEDERAL 1a Região (concurso XVI): das 100 questões da prova, 7 questões de Penal, sendo 4 de legislação extravagante 4a Região (concurso XVI): das 100 questões da prova, 7 questões de Penal, sendo 2 com itens envolvendo crime em legislação extravagante. 4a Região (concurso XV): das 100 questões da prova, 7 questões de Penal, sendo 4 cobrando legislação extravagante. 2a Região (concurso XV): das 100 questões da prova, foram 7 questões de Penal, sendo 3 cobrando legislação extravagante. 2a Região (concurso XIV): das 100 questões da prova, foram 7 questões de Penal, sendo 3 cobrando legislação extravagante. 5a Região (concurso XIII): das 100 questões da prova, foram 9 questões de Penal, sendo 7 cobrando legislação extravagante. LEI DOS CRIMES HEDIONDOS (8.072/90) Art. 1o São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, consumados ou tentados: (Redação dada pela Lei nº 8.930, de 1994) (Vide Lei nº 7.210, de 1984) I – homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente, e homicídio qualificado (art. 121, § 2o, incisos I, II, III, IV, V, VI e VII); (Redação dada pela Lei nº 13.142, de 2015) I-A – lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, § 2o) e lesão corporal seguida de morte (art. 129, § 3o), quando praticadas contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge,companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição; (Incluído pela Lei nº 13.142, de 2015) II - latrocínio (art. 157, § 3o, in fine); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 1994) III - extorsão qualificada pela morte (art. 158, § 2o); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 1994) IV - extorsão mediante seqüestro e na forma qualificada (art. 159, caput, e §§ lo, 2o e 3o); (Inciso incluído http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8930.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7210.htm#art9a http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7210.htm#art9a http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13142.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13142.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art142 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art144 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13142.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13142.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8930.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8930.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8930.htm#art1 pela Lei nº 8.930, de 1994) V - estupro (art. 213, caput e §§ 1o e 2o); (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) VI - estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1o, 2o, 3o e 4o); (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) VII - epidemia com resultado morte (art. 267, § 1o). (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 1994) VII-A – (VETADO) (Inciso incluído pela Lei nº 9.695, de 1998) VII-B - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais (art. 273, caput e § 1o, § 1o-A e § 1o-B, com a redação dada pela Lei no 9.677, de 2 de julho de 1998). (Inciso incluído pela Lei nº 9.695, de 1998) VIII - favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável (art. 218-B, caput, e §§ 1º e 2º). (Incluído pela Lei nº 12.978, de 2014) Parágrafo único. Considera-se também hediondo o crime de genocídio previsto nos arts. 1o, 2o e 3o da Lei no 2.889, de 1o de outubro de 1956, tentado ou consumado. (Parágrafo incluído pela Lei nº 8.930, de 1994) Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis de: (Vide Súmula Vinculante) I - anistia, graça e indulto; II - fiança. (Redação dada pela Lei nº 11.464, de 2007) § 1o A pena por crime previsto neste artigo será cumprida inicialmente em regime fechado. (Redação dada pela Lei nº 11.464, de 2007) DECLARADO INCONSTITUCIONAL. § 2o A progressão de regime, no caso dos condenados aos crimes previstos neste artigo, dar-se-á após o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se o apenado for primário, e de 3/5 (três quintos), se reincidente. (Redação dada pela Lei nº 11.464, de 2007) § 3o Em caso de sentença condenatória, o juiz decidirá fundamentadamente se o réu poderá apelar em liberdade. (Redação dada pela Lei nº 11.464, de 2007) § 4o A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei no 7.960, de 21 de dezembro de 1989, nos crimes previstos neste artigo, terá o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade. (Incluído pela Lei nº 11.464, de 2007) Art. 3º A União manterá estabelecimentos penais, de segurança máxima, destinados ao cumprimento de penas impostas a condenados de alta periculosidade, cuja permanência em presídios estaduais ponha em risco a ordem ou incolumidade pública. Art. 4º (Vetado). Art. 5º Ao art. 83 do Código Penal é acrescido o seguinte inciso: "Art. 83. V - cumprido mais de dois terços da pena, nos casos de condenação por crime hediondo, prática da tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, e terrorismo, se o apenado não for reincidente específico em crimes dessa natureza." Art. 6º Os arts. 157, § 3º; 159, caput e seus §§ 1º, 2º e 3º; 213; 214; 223, caput e seu parágrafo único; 267, caput e 270; caput, todos do Código Penal, passam a vigorar com a seguinte redação: "Art. 157. ............................................................. § 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de cinco a quinze anos, além da multa; se resulta morte, a reclusão é de vinte a trinta anos, sem prejuízo da multa. ........................................................................ http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8930.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12015.htm#art4 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12015.htm#art4 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8930.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9695.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9677.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9677.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9677.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9695.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9695.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12978.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L2889.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L2889.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L2889.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L2889.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L2889.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L2889.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L2889.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L2889.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L2889.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L2889.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L2889.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L2889.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L2889.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8930.htm#art1 http://www.stf.jus.br/arquivo/cms/jurisprudenciaSumulaVinculante/anexo/PSV_30.pdf http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11464.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11464.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11464.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11464.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11464.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7960.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7960.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7960.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11464.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/Mensagem_Veto/anterior_98/VEP-LEI-8072-1990.pdf http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art83v http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art157§3 Art. 159. ............................................................... Pena - reclusão, de oito a quinze anos. § 1º ................................................................. Pena - reclusão, de doze a vinte anos. § 2º ................................................................. Pena - reclusão, de dezesseis a vinte e quatro anos. § 3º ................................................................. Pena - reclusão, de vinte e quatro a trinta anos. ........................................................................ Art. 213. ............................................................... Pena - reclusão, de seis a dez anos. Art. 214. ............................................................... Pena - reclusão, de seis a dez anos. ........................................................................Art. 223. ............................................................... Pena - reclusão, de oito a doze anos. Parágrafo único. ........................................................ Pena - reclusão, de doze a vinte e cinco anos. ........................................................................ Art. 267. ............................................................... Pena - reclusão, de dez a quinze anos. ........................................................................ Art. 270. ............................................................... Pena - reclusão, de dez a quinze anos. ......................................................................." Art. 7º Ao art. 159 do Código Penal fica acrescido o seguinte parágrafo: "Art. 159. .............................................................. ........................................................................ http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art159 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art213 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art214 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm § 4º Se o crime é cometido por quadrilha ou bando, o co-autor que denunciá-lo à autoridade, facilitando a libertação do seqüestrado, terá sua pena reduzida de um a dois terços." Art. 8º Será de três a seis anos de reclusão a pena prevista no art. 288 do Código Penal, quando se tratar de crimes hediondos, prática da tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins ou terrorismo. Parágrafo único. O participante e o associado que denunciar à autoridade o bando ou quadrilha, possibilitando seu desmantelamento, terá a pena reduzida de um a dois terços. Art. 9º As penas fixadas no art. 6º para os crimes capitulados nos arts. 157, § 3º, 158, § 2º, 159, caput e seus §§ 1º, 2º e 3º, 213, caput e sua combinação com o art. 223, caput e parágrafo único, 214 e sua combinação com o art. 223, caput e parágrafo único, todos do Código Penal, são acrescidas de metade, respeitado o limite superior de trinta anos de reclusão, estando a vítima em qualquer das hipóteses referidas no art. 224 também do Código Penal. Art. 10. O art. 35 da Lei nº 6.368, de 21 de outubro de 1976, passa a vigorar acrescido de parágrafo único, com a seguinte redação: "Art. 35. ................................................................ Parágrafo único. Os prazos procedimentais deste capítulo serão contados em dobro quando se tratar dos crimes previstos nos arts. 12, 13 e 14." Art. 11. (Vetado). Art. 12. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 13. Revogam-se as disposições em contrário. Homicídio qualificado-privilegiado não é hediondo: por incompatibilidade axiológica e por falta de previsão legal, o homicídio qualificado-privilegiado não integra o rol dos denominados crimes hediondos (STJ HC 153728/SP). Súmula 512 do STJ: A aplicação da causa de diminuição de pena prevista no art. 33, § 4º, da Lei n. 11.343/2006 não afasta a hediondez do crime de tráfico de drogas. Súmula 471 do STJ: Os condenados por crimes hediondos ou assemelhados cometidos antes da vigência da Lei n. 11.464/2007 sujeitam-se ao disposto no art. 112 da Lei n. 7.210/1984 (Lei de Execução Penal) para a progressão de regime prisional. O Plenário do Supremo Tribunal Federal, em 27/7/2012, ao julgar o HC 111.840/ES, por maioria, declarou incidentalmente a inconstitucionalidade do art. 2º, § 1º, da Lei n. 8.072/1990, com a redação que lhe foi dada pela Lei n. 11.464/2007, afastando, dessa forma, a obrigatoriedade do regime inicial fechado para os condenados por crimes hediondos e equiparados. Para a imposição de regime prisional mais gravoso do que a pena comporta, é necessário fundamentação específica, com base em elementos concretos extraídos dos autos. Inteligência das Súmulas 440/STJ e 718 e 719 do STF. Os crimes de estupro e atentado violento ao pudor, ainda que em sua forma simples, configuram modalidades de crime hediondo porque o bem jurídico tutelado é a liberdade sexual e não a integridade física ou a vida da vítima, sendo irrelevante, para tanto, que a prática dos ilícitos tenha resultado lesões corporais de natureza grave ou morte. EDcl no HC 191405 / SP (03/03/2016). Ao analisar o HC n. 97.256/RS, o Supremo Tribunal Federal passou a admitir a possibilidade de substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos, nos termos do art. 44 do Código Penal, reconhecendo a inconstitucionalidade da parte final do art. 33, § 4º, da Lei de Drogas, que posteriormente teve sua execução suspensa pelo Senado Federal, por meio da Resolução n. 5/2012. Assim, afastada a hediondez do crime como critério para obstar a substituição da pena e preenchidos os pressupostos previstos no art. 44 do Código Penal, resulta cabível a conversão da pena privativa de liberdade por medidas restritivas de direitos, a serem definidas pelo Juízo das Execuções Criminais, em virtude do trânsito em julgado da ação penal. STF HC 129215/RN 26/02/2016: Extorsão mediante sequestro na forma qualificada (CP, art. 159, § 1º). Fixação da pena. Dosimetria. Incidência da causa de aumento de pena prevista no art. 9º da Lei nº 8.072/90. Existência de vítima menor de 14 (catorze) anos. Revogação posterior do art. 224 do Código Penal pela Lei nº 12.015/09. Novatio legis in mellius que deve retroagir para beneficiar o paciente. Precedente. Ordem concedida. 1. Na via do habeas corpus, o exame quanto à dosimetria da pena fica circunscrito à motivação [formalmente idônea] de mérito e à congruência lógico- http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art159§4 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art288 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art157§3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art158§2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art159 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art159§1. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art159§1. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art213 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art223 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art223p http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art214 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art223 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art223 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art223p http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art224 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6368.htm#art35 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/Mensagem_Veto/anterior_98/VEP-LEI-8072-1990.pdf jurídica entre os motivos declarados e a conclusão (HC nº 69.419/MS, Primeira Turma, da relatoria do Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 28/8/92). 2. Diante da revogação do art. 224 do Código Penal pela Lei nº 12.015/09, ainda que o fato delituoso seja anterior (27.7.05), por força do princípio da novatio legis in mellius (CP, art. 2º, parágrafo único), é o caso de se decotar da pena do paciente o acréscimo indevidamente levado a efeito em razão do disposto no art. 9º da Lei nº 8.072/90, tendo em vista a existência de vítima menor de 14 (catorze) anos. 3. Habeas corpus concedido. Art. 9: foi tacitamente revogado pela Lei n12.015/2009. Tendo em vista o art. 224, CP (violência presumida) ter sido revogado pela Lei 12.015/2009 (Lei dos Crimes contra a Dignidade Sexual), tacitamente está revogado o art. 9° da Lei 8.072/1990. O que antes se chamava de violência presumida hoje equivale à vulnerabilidade do art. 217-A, caput e parágrafos, CP. A doutrina majoritária e oSTJ entendem que o art. 9° está revogado tacitamente pela já citada Lei 12.015/2009. Promotor DF 2013 E Em crimes hediondos ou a eles equiparados, segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça, deverá ser fixado o regime fechado para início de cumprimento da pena, autorizada, porém, a progressão a regime mais brando. Promotor DF 2013 B O condenado por crime de uso compartilhado de entorpecentes, se reincidente em crime hediondo, não poderá obter o livramento condicional. Defensor da União – DPU 2014 59 Conforme entendimento dos tribunais superiores, tendo sido condenado pela prática de crime hediondo, Gerson deverá ser submetido ao exame criminológico para ter direito à progressão de regime. TJ RO Analista Judiciário 2012 Questão 40 D Os crimes hediondos não comportam fiança, liberdade provisória, relaxamento de prisão, graça ou indulto. Promotor MS 2013 E) Em sede de crime hediondo ou a ele equiparado (Lei nº 8.072/90), o participante ou associado que denunciar a quadrilha ou bando para à autoridade poderá receber o perdão judicial, com a consequente extinção da punibilidade, ou terá a pena reduzida de um a dois terços. Analista Judiciário TJDFT 2014 106 Considere que um indivíduo tenha sido condenado por crime hediondo. Nesse caso, para que possa requerer progressão de regime de pena, esse indivíduo deve cumprir dois quintos da pena que lhe foi imputada, se for primário, e três quintos dessa pena, se for reincidente. Lei 9.455/97 – TORTURA LEI Nº 9.455, DE 7 DE ABRIL DE 1997. Art. 1º Constitui crime de tortura: I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando- lhe sofrimento físico ou mental: a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa; b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa; c) em razão de discriminação racial ou religiosa; II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo. Pena - reclusão, de dois a oito anos. § 1º Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou sujeita a medida de segurança a sofrimento físico ou mental, por intermédio da prática de ato não previsto em lei ou não resultante de medida legal. § 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-las, incorre na pena de detenção de um a quatro anos. § 3º Se resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, a pena é de reclusão de quatro a dez anos; se resulta morte, a reclusão é de oito a dezesseis anos. § 4º Aumenta-se a pena de um sexto até um terço: I - se o crime é cometido por agente público; II – se o crime é cometido contra criança, gestante, portador de deficiência, adolescente ou maior de 60 (sessenta) anos; (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003)III - se o crime é cometido mediante seqüestro. § 5º A condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada. § 6º O crime de tortura é inafiançável e http://legislacao.planalto.gov.br/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%209.455-1997?OpenDocument https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.741.htm#art112 insuscetível de graça ou anistia. § 7º O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo a hipótese do § 2º, iniciará o cumprimento da pena em regime fechado. Art. 2º O disposto nesta Lei aplica-se ainda quando o crime não tenha sido cometido em território nacional, sendo a vítima brasileira ou encontrando-se o agente em local sob jurisdição brasileira. STJ AgRg nos EDcl no AREsp 44396 / AP, 25/11/2015 Em se tratando do crime de tortura e sendo impingido à vítima sofrimento de ordem psicológica e agressões que não deixaram vestígios, é suficiente a sua comprovação por meio de prova testemunhal. Apesar da lei não vedar o indulto à tortura, prevalece que não cabe. Em 2015, PGR ajuizou a ADI 5343 (pendente) contra trecho do Decreto 8.380/2014, da Presidência da República, que concede indulto natalino e comutação de penas. A ADI questiona a expressão “deste artigo e”, constante do artigo 9º (parágrafo único) do decreto que, segundo Janot, excluiria presos por crimes hediondos das restrições impostas pelo próprio decreto, desde que os condenados se encaixem nas hipóteses do artigo 1º, permitindo a concessão de indulto a pessoas condenadas por crimes de tortura, terrorismo, tráfico ilícito de drogas e crimes hediondos. Vedação de fiança (inafiançável): embora não caiba LP com fiança, cabe LP sem, se não for o caso de preventiva. Defensor da União – DPU 2014 61 Caracteriza uma das espécies do crime de tortura a conduta consistente em, com emprego de grave ameaça, constranger outrem em razão de discriminação racial, causando-lhe sofrimento mental. Juiz TJDFT 2014 E O crime de tortura que resulta em lesão corporal de natureza grave ou gravíssima é punível conforme as penas previstas para esse delito, acrescidas das referentes ao delito de lesão corporal grave ou gravíssima. PROMOTOR PE 2014 FCC 6. Quanto aos crimes de tortura, correto afirmar que (A) punível aquele que se omite em face da tortura, ainda que sem o dever legal de evitá-la ou apurá-la. (B) todos são classificados como próprios, segundo expressa disposição legal. (C) o condenado sempre iniciará o cumprimento da pena em regime fechado. (D) sujeito à jurisdição penal brasileira o estrangeiro que venha a torturar brasileiro fora do território nacional. (E) a condenação acarretará a interdição de cargo, função ou emprego público pelo triplo do prazo da pena aplicada. TJ AC 2012QUESTÃO 41 C Aquele que, tendo o dever de evitar ou apurar condutas tipificadas como tortura, se omita diante da prática desse crime incorre nas mesmas penas cominadas ao torturador. TJ RO Analista Judiciário 2012 Questão 38 B A perda da função pública e a interdição de seu exercício pelo dobro do prazo da condenação decorrente da prática de crime de tortura previsto em lei especial são de imposição facultativa do julgador, tratando-se de efeito genérico da condenação. TRF 5 2009 IV Tratando-se de crime de tortura praticado por servidor público, a perda do cargo público não é efeito automático e obrigatório da condenação, sendo necessária fundamentação específica para tal finalidade na sentença penal condenatória. TJDFT Oficial de Justiça 2013 CESPE 90 O crime de tortura é considerado crime comum, uma vez que não se exige qualidade ou condição especial do agente que o pratica, ou seja, qualquer pessoa pode ser considerada sujeito ativo desse crime. Promotor de TO 2012 D É imprescritível e insuscetível de graça a prática de tortura. Juiz DF 2006 No crime de tortura, a condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público qualquer que seja a pena privativa de liberdade aplicada. Promotor PR 2008 I. Constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental, em razão de discriminação racial ou religiosa, configura tortura, delito esse equiparado a hediondo. II. Submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo, configura tortura. III. Nos crimes de tortura incide causa de aumento de pena quando o crime é cometido por agente público. IV. Aquele que se omite em face das condutas de tortura, quando tinha o dever de evitá-la ou apurá-la, incide nas mesmas penas a ele cominadas. V. Nos crimes de tortura incide exceção ao princípio-regra da territorialidade, pois a Lei 9.455/97 expressamente determinou a aplicação de suas disposições mesmo quando o crime não tenha sido cometido em território nacional, sendo a vítima brasileiraou encontrando-se o agente em local sob jurisdição brasileira. MP SP 2006 Nos termos da lei de tortura, é correto afirmar que: a) a prática de tortura mediante sequestro qualifica o crime; b) o homicídio praticado mediante tortura passou a ser disciplinado por esse estatuto legal; c) somente se caracteriza a tortura quando dela resultar lesão corporal; d) quando a lesão decorrente da tortura for de natureza leve, somente se procede mediante representação da vítima; e) o agente ativo do crime deve ser, obrigatoriamente, agente público. Delegado PB 2009 CESPE Marque a correta: a) A condenação por crime de tortura acarreta a perda do cargo, função ou emprego público, mas não a interdição do seu exercício. b) Não se aplica a lei de tortura se do fato definido como crime resultar a morte da vítima. d) Aquele que se omite em face da conduta tipificada como tortura, tendo o dever de apurá-la ou impedi-la, responde por tortura com as mesmas penas do autor. e) Pratica tortura a autoridade policial que constrange alguém, mediante grave ameaça e causando-lhe sofrimento mental, com o fim de obter informação ou confissão da vítima ou de terceira pessoa. LEI 11.343/06 Art. 27. As penas previstas neste Capítulo poderão ser aplicadas isolada ou cumulativamente, bem como substituídas a qualquer tempo, ouvidos o Ministério Público e o defensor. Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas: I - advertência sobre os efeitos das drogas; II - prestação de serviços à comunidade; III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. § 1o Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência física ou psíquica. § 2o Para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz atenderá à natureza e à quantidade da substância apreendida, ao local e às condições em que se desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais e pessoais, bem como à conduta e aos antecedentes do agente. § 3o As penas previstas nos incisos II e III do caput deste artigo serão aplicadas pelo prazo máximo de 5 (cinco) meses. § 4o Em caso de reincidência, as penas previstas nos incisos II e III do caput deste artigo serão aplicadas pelo prazo máximo de 10 (dez) meses. § 5o A prestação de serviços à comunidade será cumprida em programas comunitários, entidades educacionais ou assistenciais, hospitais, estabelecimentos congêneres, públicos ou privados sem fins lucrativos, que se ocupem, preferencialmente, da prevenção do consumo ou da recuperação de usuários e dependentes de drogas. § 6o Para garantia do cumprimento das medidas educativas a que se refere o caput, nos incisos I, II e III, a que injustificadamente se recuse o agente, poderá o juiz submetê-lo, sucessivamente a: I - admoestação verbal; II - multa. § 7o O juiz determinará ao Poder Público que coloque à disposição do infrator, gratuitamente, estabelecimento de saúde, preferencialmente ambulatorial, para tratamento especializado. Art. 29. Na imposição da medida educativa a que se refere o inciso II do § 6o do art. 28, o juiz, atendendo à reprovabilidade da conduta, fixará o número de dias-multa, em quantidade nunca inferior a 40 (quarenta) nem superior a 100 (cem), atribuindo depois a cada um, segundo a capacidade econômica do agente, o valor de um trinta avos até 3 (três) vezes o valor do maior salário mínimo. Parágrafo único. Os valores decorrentes da imposição da multa a que se refere o § 6o do art. 28 serão creditados à conta do Fundo Nacional Antidrogas. Art. 30. Prescrevem em 2 (dois) anos a imposição e a execução das penas, observado, no tocante à interrupção do prazo, o disposto nos arts. 107 e seguintes do Código Penal. Art. 31. É indispensável a licença prévia da autoridade competente para produzir, extrair, fabricar, transformar, preparar, possuir, manter em depósito, importar, exportar, reexportar, remeter, transportar, expor, oferecer, vender, comprar, trocar, ceder ou adquirir, para qualquer fim, drogas ou matéria-prima destinada à sua preparação, observadas as demais exigências legais. Art. 32. As plantações ilícitas serão imediatamente destruídas pelo delegado de polícia na forma do art. 50-A, que recolherá quantidade suficiente para exame pericial, de tudo lavrando auto de levantamento das condições encontradas, com a delimitação do local, asseguradas as medidas necessárias para a preservação da prova. (Redação dada pela Lei nº 12.961, de 2014) § 1o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 12.961, de 2014) § 2o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 12.961, de 2014) Como está a situação da criminalização do porte? As açõe penais estão em curso (não houve suspensão das ações penais), mas apenas o sobrestamento dos recursos extraordinários pendentes de igual conteúdo, nos moldes do art. 543-B do CPC, até o julgamento definitivo da matéria (reafirmação disso no RHC 41451/MG). O ministro Gilmar Mendes, do STF, relator do Recurso Extraordinário (RE) 635659, com repercussão geral reconhecida, votou pela inconstitucionalidade do artigo 28 da Lei de Drogas (Lei 11.343/2006). É um recurso da DPSP. PGR deu parecer pela constitucionalidade. Conselho Federal de Psicologia foi admitido em março de 2016 por GM como amicus curiae. Condenação pelo art. 28 gera reincidência para outros crimes: Revela-se adequada a incidência da agravante da reincidência em razão de condenação anterior por uso de droga, prevista no artigo 28 da Lei n. 11.343/2006, pois a jurisprudência deste Tribunal Superior, acompanhando o entendimento do col. Supremo Tribunal Federal, entende que não houve abolitio criminis com o advento da Lei n. 11.343/2006, mas mera "despenalização" da conduta de porte de drogas (precedentes). AgRg no REsp 1519540/SP, em 2016. STJ: não cabe insignificância no art. 28 (AgRg no AREsp 620033/MG, 2015): a jurisprudência desta Corte firmou entendimento de que o crime de posse de drogas para consumo pessoal (art. 28 da Lei n.11.343/06) é de perigo presumido ou abstrato e a pequena quantidade de droga faz parte da própria essência do delito em questão, não lhe sendo aplicável o princípio da insignificância. STJ RHC 37094 / MG, 17/11/2014: Independentemente da quantidade de drogas apreendidas, não se aplica o princípio da insignificância aos delitos de porte de substância entorpecente para consumo próprio e de tráfico de drogas, sob pena de se ter a própria revogação, contra legem, da norma penal incriminadora. Precedentes. 2. O objeto jurídico tutelado pela norma do artigo 28 da Lei n. 11.343/2006 é a saúde pública, e não apenas a do usuário, visto que sua conduta atinge não somente a sua esfera pessoal, mas toda a coletividade, diante da potencialidade ofensiva do delito de porte de entorpecentes. 3. Para a caracterização do delito descrito no artigo 28 da Lei n. 11.343/2006, não se faz necessária a ocorrência de efetiva lesão ao bem jurídico protegido, http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art107 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12961.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12961.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12961.htm#art6 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12961.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12961.htm#art6 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12961.htm#art2 bastando a realização da conduta proibida para que se presuma o perigo ao bem tutelado. Isso porque, ao adquirir droga para seu consumo, o usuário realimenta o comércio nefasto, pondo em risco a saúde pública e sendo fator decisivo na difusão dos tóxicos.4. A reduzida quantidade de drogas integra a própria essência do crime de porte de substância entorpecente para consumo próprio, visto que, do contrário, poder-se-ia estar diante da hipótese do delito de tráfico de drogas, previsto no artigo 33 da Lei n. 11.343/2006. Dos crimes de tráfico e formas equiparadas (art. 32 e seguintes): Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa. § 1o Nas mesmas penas incorre quem: I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expõe à venda, oferece, fornece, tem em depósito, transporta, traz consigo ou guarda, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de drogas; II - semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, de plantas que se constituam em matéria-prima para a preparação de drogas. III - utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a propriedade, posse, administração, guarda ou vigilância, ou consente que outrem dele se utilize, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, para o tráfico ilícito de drogas. § 2o Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga: Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa de 100 (cem) a 300 (trezentos) dias-multa. § 3o Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem: Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa, sem prejuízo das penas previstas no art. 28. § 4o Nos delitos definidos no caput e no § 1o deste artigo, as penas poderão ser reduzidas de um sexto a dois terços, vedada a conversão em penas restritivas de direitos, desde que o agente seja primário, de bons antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem integre organização criminosa. (Vide Resolução nº 5, de 2012) A expropriação prevista na CF (art. 243) abarca toda a propriedade, e não apenas o local onde houve plantação. O conceito de gleba é extensivo. RE 543974/MG, rel. Min. Eros Grau, 26.3.2009. (RE-543974). Súmula n. 512 STJ: A aplicação da causa de diminuição de pena prevista no art. 33, § 4º, da Lei n. 11.343/2006 não afasta a hediondez do crime de tráfico de drogas. Súmula n. 492 STJ: O ato infracional análogo ao tráfico de drogas, por si só, não conduz obrigatoriamente à imposição de medida socioeducativa de internação do adolescente. Súmula 528 STJ: Compete ao juiz federal do local da apreensão da droga remetida do exterior pela via postal processar e julgar o crime de tráfico internacional. Semente de maconha (§1°: é crime de tráfico). Em maio de 2016, Dias Toffolli negou liminar no Habeas Corpus (HC) 134443 e manteve acórdão do STJ e do TRF 4. No caso, foram 17 sementes importadas pelos Correios. É também o entendimento da 2a CCR (Voto: 3298/2014): Assim, a suposta conduta do investigado reveste-se de potencialidade lesiva e de tipicidade formal – seja em relação ao art. 33 da Lei nº 11.343/11, seja em relação ao art. 28 da Lei n. 11.343/11 ou ao art. 334 do Código Penal. Cabe aplicação do art. 44 ao tráfico? Sim. O fato de o tráfico de drogas ser praticado com o intuito de introduzir substâncias ilícitas em estabelecimento prisional não impede, por si só, a substituição da pena privativa de liberdade por restritivas de direitos, devendo essa circunstância ser ponderada com os requisitos necessários para a concessão do benefício. Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 4/2/2014 (Informativo nº 536). Cabe liberdade provisória e restritivas de direito ao tráfico: STF declarou inconstitucional (incidentalmente) a vedação da conversão em restritiva de direito e também (maio de 2012) a vedação da liberdade provisória. HC 82959/SP (DJU de 1º.9.2006); HC 97256/RS (DJe de 16.12.2010). HC 105779/SP, rel. Min. Gilmar Mendes, 8.2.2011. (HC-105779). O art. 33, § 4 se aplica ao crime de associação ao tráfico (art. 35)? Não. "Não se aplica a causa especial de diminuição de pena do parágrafo 4º do artigo 33 da Lei n.º 11.343/2006 ao réu também condenado pelo crime de associação pra o tráfico de drogas, tipificado no artigo 35 da mesma lei. Precedentes." (HC 321.272/SP, DJe 01/02/2016). E, por óbvio, não cabe a aplicação retroativa ao antigo 14 (associação) da lei anterior: STJ HC 184497: não há ilegalidade na não incidência do redutor de pena previsto no artigo 33, § 4º, da Lei 11.343/2006 ao delito do artigo 14 da Lei 6.368/1976, http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Congresso/RSF-05-2012.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Congresso/RSF-05-2012.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Congresso/RSF-05-2012.htm http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=543974&classe=RE&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=M http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=105779&classe=HC&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=M pois a nova norma mais benigna é aplicável somente ao crime do artigo 33 da referida legislação, e não ao artigo 35 da mesma lei, correspondente à infração em que condenados os pacientes. Critérios para avaliar a “dedicação às atividades criminosas): circunstância da prisão, quantidade e natureza da droga são suficientes: STJ AgRg no AREsp 608207 / MG , 2016: A quantidade e a natureza do entorpecente apreendido constituem elementos que denotam a dedicação do réu a atividades criminosas, podendo obstar a aplicação do § 4º do art. 33 da Lei n. 11.343/06. STJ (HC 309801 / SP, de 12/05/2016): O fato de que o paciente foi abordado em local conhecido como ponto de tráfico, trazendo consigo maconha, porém tinha em depósito variedade de drogas (maconha e crack), esta última considerada altamente nociva e causadora de efeitos drásticos a sociedade, além disso, dinheiro, o que demonstra fortes indícios de que se dedica à atividade criminosa, constitui fundamento idôneo não apenas para a diminuição da fração redutora, mas até mesmo para justificar o indeferimento do benefício, na medida em que evidencia dedicação à atividade criminosa, nos termos do § 4º do art. 33 da Lei n. 11.343/2006, inexistindo, portanto, constrangimento ilegal a ser sanado. Condenado por tráfico e associação no mesmo processo: não cabe a diminuição do § 4: Informativo 517 do STJ 2013: É inaplicável a causa especial de diminuição de pena prevista no § 4º do art. 33 da Lei n. 11.343/2006 na hipótese em que o réu tenha sido condenado, na mesma ocasião, por tráfico (art. 33) e pela associação para o tráfico (art. 35). Ora, a causa de diminuição prevista no § 4º do art. 33 pressupõe que o agente não se dedique às atividades criminosas. Se o réu foi condenado por associação para o tráfico é porque ficou reconhecido que ele se associou com outras pessoas para praticar crimes, tendo, portanto, seu comportamento voltado à prática de atividades criminosas. A redução no grau máximo não é direito subjetivo do réu. Juiz avalia com base na proporcionalidade e razoabilidade. TRF 1ª: 2011 (ACR 2009.36.00.016188-9/MT; Apelação Criminal, Rel. Des. Federal Carlos Olavo, 3ª Turma, Maioria, Publicação: e-DJF1 de 14/01/2011, p. 233.) A quantidade da droga deve ser avaliada na 1ª fase da fixação da pena (art. 42 da 11.343) e também na causa de diminuição de pena do parágrafo 4o (STJ HC 253562 de 2013). Súmula 501 do STJ: é cabível a aplicação retroativa da Lei 11.343, desde que o resultado da incidênciadas suas disposições, na íntegra, seja mais favorável ao réu do que o advindo da aplicação da Lei 6.368, sendo vedada a combinação de leis. Logo, não pode reduzir em dois terços considerando a pena de 3 a 15 anos. Se for aplicar retroativamente o § 4 do 33, tem que ser sobre uma pena de 5 a 15 anos. Em março de 2016, Anvisa autorizou a prescrição e manipulação de medicamentos a base da planta Cannabis sp., incluindo o tetrahidrocannabinol (THC). A autorização vale tanto para medicamentos registrados na Anvisa que contenham as substâncias quanto para produtos que contenham as substâncias a serem importados em caráter de excepcionalidade para tratamento de pacientes brasileiros. O Conselho Federal de Medicina (CFM) também já tinha autorizado, em dezembro de 2014, o uso do canabidiol no tratamento de crianças e adolescentes com epilepsia ou que sofram de convulsões resistentes a tratamentos convencionais. A resolução da Anvisa, publicada nesta segunda-feira (21) no Diário Oficial da União, acrescenta uma exceção a um artigo que proíbe a prescrição e manipulação de medicamentos feitos com plantas que podem originar substâncias entorpecentes. A exceção acrescentada se refere a medicamentos que contenham em sua composição a planta Cannabis sp. Na prática, a importação de medicamentos a base de canabidiol e THC já acontece no Brasil, seguindo os requisitos estabelecidos pela RDC nº17, de maio de 2015, que incluem a exigência de "prescrição de profissional legalmente habilitado para tratamento de saúde". Em ADPF, STF reconheceu que marchas da maconha são exercício do direito de associação e liberdade, não sendo crime. CF: competência para julgar o tráfico de drogas (art. 109, §§ 3º e 4º). Tráfico internacional: justiça federal. Tráfico local, estadual, interestadual: justiça estadual. Cocaína, ecstasy, ópio, heroína, e 60% da maconha consumida no Brasil são importados. Não é por isso que será justiça federal. Critério da “nacionalização da droga” no Brasil. Cloreto de etila (“lança-perfume”): competência da justiça estadual se oriundo da Argentina, pois lá não é substância proscrita. Retirada da substância do rol da Portaria: abolitio criminis, mesmo que decorrente de erro material, com reinclusão depois, desde que não tenha havido ilegalidade, como houve com a retirada do cloreto de etila, em que a retirada do rol se deu à revelia do Conselho, sendo declarada ilegal e, portanto, não beneficiadora dos condenados por tráfico de lança-perfume ( HC 94397/BA, rel. Min. Cezar Peluso, 9.3.2010. HC-94397). Contudo, se a retirada, mesmo que por erro material, obedeceu ao trâmite de particpação do conselho, aí é o caso de "abolitio": STF confirmou isso em 2015 ("dizem" que a retirada em 2000 foi para favorecer um parente então ministro da Saúde José Serra. O ministro Celso de Mello concedeu habeas corpus para invalidar condenação criminal de pessoa condenada por tráfico de drogas por estar transportando frascos de “lança-perfume”. A substância ativa do “lança-perfume”, o cloreto de etila, foi excluída por um período de oito dias da lista de substâncias entorpecentes proibidas, editada pela Agência http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2014/12/conselho-federal-de-medicina-libera-uso-de-composto-da-maconha.html http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2014/12/conselho-federal-de-medicina-libera-uso-de-composto-da-maconha.html http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=94397&classe=HC&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=M Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No entendimento do ministro, trata-se de caso de abolitio criminis temporária "pelo fato de referida exclusão, embora por um brevíssimo período, descaracterizar a própria tipicidade penal da conduta do agente". No caso narrado no Habeas Corpus (HC) 120026, um homem foi preso em flagrante pela Polícia Rodoviária Federal com seis mil frascos de “lança-perfume”, no dia 12 de novembro de 2000, e condenado a três anos e nove meses de prisão pelo crime de tráfico de entorpecentes. Ocorre que, em 7 de dezembro de 2000, a Anvisa editou a Resolução 104/2000, que excluiu o cloreto de etila da relação constante na lista de substâncias psicotrópicas de uso proibido no Brasil (Portaria SVS/MS 334/98). Em 15 de dezembro do mesmo ano, a substância foi reincluída na lista por uma nova portaria. O ministro Celso de Mello enfatizou em sua decisão que, “antes mesmo do advento da Resolução Anvisa nº 104/2000, o Supremo Tribunal Federal já havia firmado entendimento no sentido de que a exclusão do cloreto de etila da lista de substâncias psicotrópicas vedadas editada pelo órgão competente do Poder Executivo da União Federal faz projetar, retroativamente, os efeitos da norma integradora mais benéfica, registrando-se a abolitio criminis em relação a fatos anteriores à sua vigência, relacionados ao comércio de referida substância, pois, em tal ocorrendo, restará descaracterizada a própria estrutura normativa do tipo penal em razão, precisamente, do desaparecimento da elementar típica “substância entorpecente ou que determina dependência física ou psíquica”. O ministro menciona em sua decisão precedente da Segunda Turma do STF (HC 94397) segundo o qual os fatos ocorridos antes da primeira portaria da Anvisa "tornaram-se atípicos" (não configuram crime). Assim, a condenação decretada pela primeira instância, e mantida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), não observou os critérios firmados pela jurisprudência do STF. A decisão do ministro Celso de Mello que concedeu o habeas corpus manteve, no entanto, a outra condenação do paciente (réu) a dois anos e oito meses por corrupção ativa. A condenação por corrupção ativa deveu-se ao oferecimento de vantagem indevida a policiais rodoviários federais responsáveis pela prisão em flagrante. Ausência de apreensão física da droga: não impete o reconhecimento do tráfico (RHC 65205/RN, 20/04/2016): Conquanto existam precedentes em que, na hipótese de inexistência de apreensão da droga, dispensam laudo para comprovar a materialidade do delito de tráfico de entorpecentes, a melhor compreensão é a que defende a indispensabilidade da perícia no crime em questão. STJ 2015: A conduta consistente em negociar por telefone a aquisição de droga e também disponibilizar o veículo que seria utilizado para o transporte do entorpecente configura o crime de tráfico de drogas em sua forma consumada - e não tentada -, ainda que a polícia, com base em indícios obtidos por interceptações telefônicas, tenha efetivado a apreensão do material entorpecente antes que o investigado efetivamente o recebesse. Inicialmente, registre-se que o tipo penal em análise é de ação múltipla ou conteúdo variado, pois apresenta várias formas de violação da mesma proibição, bastando, para a consumação do crime, a prática de uma das ações ali previstas. Nesse sentido, a Segunda Turma do STF (HC 71.853-RJ, DJ 19/5/1995) decidiu que a modalidade de tráfico "adquirir" completa-se no instante em que ocorre a avença entre comprador e vendedor. De igual forma, conforme entendimento do STJ, incide no tipo penal, na modalidade "adquirir", o agente que, embora sem receber a droga, concorda com o fornecedor quanto à coisa, não havendo necessidade, para a configuração do delito, de que se efetue a tradição da droga adquirida, pois que a compra e venda se realiza pelo consenso sobre a coisa e o preço (REsp 1.215-RJ, Sexta Turma, DJ 12/3/1990). Conclui-se, pois, que a negociação com aquisição da droga e colaboração para seu transporte constitui conduta típica, encontrando-se presente a materialidade do crime de tráfico de drogas. HC 212.528-SC, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 1º/9/2015, DJe 23/9/2015. Art. 34. Fabricar, adquirir, vender, fornecer ainda que gratuitamente, possuir ou guardar maquinismo, aparelho, instrumento ou qualquer objeto destinado à fabricação, preparação, produção ou transformação de substância entorpecente ouque determine dependência fícisa ou psíquica, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena - Reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e pagamento de 1.200 a 2.000 dias-multa. Art. 35. Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar, reiteradamente ou não, qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 desta Lei: Pena - reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.200 (mil e duzentos) dias-multa. Parágrafo único. Nas mesmas penas do caput deste artigo incorre quem se associa para a prática reiterada do crime definido no art. 36 desta Lei. Como interpretar o art. 35? STJ HC 208886/SP, em 2011: diante da expressão "reiteradamente ou não", contida no caput do artigo 35 da Lei 11.343/2006, há que se perquirir se para a configuração do delito de associação para o tráfico basta a convergência ocasional de vontades ou a eventual colaboração entre pessoas para a prática delituosa, ou se é necessário, tal como no crime de http://www.stj.jus.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?tipo=num_pro&valor=HC212528 quadrilha ou bando previsto no Código Penal, que a reunião se dê de forma estável. Para a caracterização do crime de associação para o tráfico, é imprescindível o dolo de se associar com estabilidade e permanência, sendo que a reunião ocasional de duas ou mais pessoas não se subsume ao tipo do artigo 35 da Lei 11.343/2006. Isso foi confirmado em 2015 (HC 264585/SP, 23/11/2015): A jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que, para "a caracterização do crime de associação para o tráfico, é imprescindível o dolo de se associar com estabilidade e permanência, sendo que a reunião ocasional de duas ou mais pessoas não se subsume ao tipo do artigo 35 da Lei n.º 11.343/2006" Requisitos para o livramento condicional: a Lei traz requisitos específicos: STJ 2015 Informativo 568: O condenado por associação para o tráfico (art. 35 da Lei 11.343/2006), caso não seja reincidente específico, deve cumprir 2/3 da pena para fazer jus ao livramento condicional. Isso porque a própria Lei 11.343/2006, no parágrafo único do art. 44, prevê requisito objetivo específico para a concessão do livramento condicional ao delito de associação para o tráfico: "Os crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 a 37 desta Lei são inafiançáveis e insuscetíveis de sursis, graça, indulto, anistia e liberdade provisória, vedada a conversão de suas penas em restritivas de direitos. Parágrafo único. Nos crimes previstos no caput deste artigo, dar-se-á o livramento condicional após o cumprimento de dois terços da pena, vedada sua concessão ao reincidente específico". Assim, em observância ao Princípio da Especialidade, aplica-se o disposto no art. 44, parágrafo único, da Lei 11.343/2006 em detrimento dos incisos I e II do art. 83 do CP. Ressalte-se que o lapso temporal de cumprimento de pena para obtenção do livramento condicional quanto ao delito do art. 35 da Lei 11.343/2006 independe da análise do caráter hediondo do crime. Precedentes citados: AgRg no REsp 1.484.138-MS, Sexta Turma, DJe de 15/6/2015; e HC 292.882-RJ, Sexta Turma, DJe de 18/8/2014. HC 311.656-RJ, Rel. Min. Felix Fischer, julgado em 25/8/2015, DJe 2/9/2015. Art. 36. Financiar ou custear a prática de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 desta Lei: Pena - reclusão, de 8 (oito) a 20 (vinte) anos, e pagamento de 1.500 (mil e quinhentos) a 4.000 (quatro mil) dias- multa. Info 534 STJ: Se o agente financia ou custeia o tráfico, mas não pratica nenhum verbo do art. 33: responderá apenas pelo art. 36 da Lei de Drogas. Se o agente, além de financiar ou custear o tráfico, também pratica algum verbo do art. 33: responderá apenas pelo art. 33 c/c o art. 40, VII da Lei de Drogas (não será condenado pelo art. 36). STJ. 6ª Turma. REsp 1.290.296-PR, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 17/12/2013. O agente que atua diretamente na traficância, executando, pessoalmente, as condutas tipificadas no art. 33 e que também financia a aquisição das drogas, deve responder apenas pelo crime previsto no art. 33 com a causa de aumento prevista no art. 40, VII, sendo afastado o crime do art. 36. O financiamento ou custeio ao tráfico ilícito de drogas (art. 36) é delito autônomo aplicável somente ao agente que NÃO tem participação direta na execução do tráfico, limitando-se a fornecer os recursos necessários para subsidiar a mercancia. Ao prever como delito autônomo a atividade de financiar ou custear o tráfico (art. 36), o objetivo do legislador foi estabelecer uma exceção à teoria monista e punir o agente que não tem participação direta na execução no tráfico e que se limitada a fornecer dinheiro ou bens para subsidiar a mercancia, sem praticar qualquer conduta do art. 33. Assim, nas hipóteses em que ocorre o AUTOFINANCIAMENTO para o tráfico ilícito de drogas, como no caso concreto, não há que se falar em concurso material entre os crimes dos arts. 33 e 36, devendo o agente ser condenado pela pena do tráfico (art. 33), com a causa de aumento de pena do art. 40, VII, da Lei de Drogas. Se o agente que faz autofinanciamento fosse condenado pelos arts. 33 e 36, haveria bis in idem. Além disso, chegaríamos à conclusão de que o art. 40, VII nunca poderia ser aplicado em conjunto com o art. 33 (fonte: dizerodireito.com.br). Art. 37. Colaborar, como informante, com grupo, organização ou associação destinados à prática de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 desta Lei: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e pagamento de 300 (trezentos) a 700 (setecentos) dias-multa. Trata-se do colaborar. Caso haja reiteração nas colaborações, o STF entendeu que continuará a ser colaborador. Ex: fogueteiro que, condenado por associação, teve pena ajustada a colaborador, com a nova lei. HC 106155/RJ, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o acórdão Min. Luiz Fux, 4.10.2011. (HC-106155) Informativo 527 do STJ de 2013: não cabe condenação pelo art. 35 e pelo art. 37 em concurso material sob o fundamento que era associado e também olheiro, no mesmo contexto. Será apenas associado (art. 35), pela subsidiariedade. http://www.stj.jus.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?tipo=num_pro&valor=HC311656 http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=106155&classe=HC&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=M http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=106155&classe=HC&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=M http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=106155&classe=HC&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=M Art. 38. Prescrever ou ministrar, culposamente, drogas, sem que delas necessite o paciente, ou fazê-lo em doses excessivas ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e pagamento de 50 (cinqüenta) a 200 (duzentos) dias-multa. Parágrafo único. O juiz comunicará a condenação ao Conselho Federal da categoria profissional a que pertença o agente. Art. 39. Conduzir embarcação ou aeronave após o consumo de drogas, expondo a dano potencial a incolumidade de outrem: Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, além da apreensão do veículo, cassação da habilitação respectiva ou proibição de obtê-la, pelo mesmo prazo da pena privativa de liberdade aplicada, e pagamento de 200 (duzentos) a 400 (quatrocentos) dias-multa. Parágrafo único. As penas de prisão e multa, aplicadas cumulativamente com as demais, serão de 4 (quatro) a 6 (seis) anos e de 400 (quatrocentos) a 600 (seiscentos) dias-multa, se o veículo referido no caput deste artigo for de transporte coletivo de passageiros. Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são aumentadas de um sexto a dois terços, se: I - a natureza, a procedência da substância ou do produto apreendido e as circunstâncias do fato evidenciarem a transnacionalidade do delito;II - o agente praticar o crime prevalecendo-se de função pública ou no desempenho de missão de educação, poder familiar, guarda ou vigilância; III - a infração tiver sido cometida nas dependências ou imediações de estabelecimentos prisionais, de ensino ou hospitalares, de sedes de entidades estudantis, sociais, culturais, recreativas, esportivas, ou beneficentes, de locais de trabalho coletivo, de recintos onde se realizem espetáculos ou diversões de qualquer natureza, de serviços de tratamento de dependentes de drogas ou de reinserção social, de unidades militares ou policiais ou em transportes públicos; IV - o crime tiver sido praticado com violência, grave ameaça, emprego de arma de fogo, ou qualquer processo de intimidação difusa ou coletiva; V - caracterizado o tráfico entre Estados da Federação ou entre estes e o Distrito Federal; VI - sua prática envolver ou visar a atingir criança ou adolescente ou a quem tenha, por qualquer motivo, diminuída ou suprimida a capacidade de entendimento e determinação; VII - o agente financiar ou custear a prática do crime. Inciso III: STJ HC 351362/RS, em 10/05/2016: A circunstância de o delito ter ocorrido nas dependências ou imediações de estabelecimentos prisionais já configura causa de aumento do tipo penal, não podendo ser utilizada para aumentar a pena base, sob pena de configurar bis in idem. Inciso III (STJ HC 175808/MG): Incide a causa de aumento de pena relativa à traficância cometida nas dependências de estabelecimento prisional independentemente de o crime ter sido praticado por preso ou por terceiro que não se encontra encarcerado. Inciso III: STJ HC 310519 / SP, de 10/05/2016: A partir do julgamento do Recurso Especial 1.345.827/SC, de Relatoria do Min. Marco Aurélio Bellizze (DJe 27/3/2014), esta Corte Superior passou a acompanhar a jurisprudência firmada pelas Turmas pelo Supremo Tribunal Federal, no sentido de que a simples utilização de transporte público no tráfico de drogas não é suficiente para caracterizar a causa de aumento prevista no art. 40, inciso III, da Lei de Drogas, que somente deve ser aplicada quando comprovada a efetiva comercialização no interior do coletivo, fato que não ocorreu no caso em tela. Inciso IV: como aferir menoridade STJ 2016 - AgRg no HC 345519/MG: Julgados de ambas as Turmas que julgam matéria penal nesta Corte têm afirmado que a certidão de nascimento não é o único documento hábil para se aferir a menoridade, basta que haja nos autos qualquer elemento que demostre de alguma forma a idade do adolescente. Inciso IV (emprego de arma): O STJ, no julgamento do AgRg no AREsp 624608/AL, em 2015, reafirmou que, para incidir a causa de aumento de pena, é necessária a “unicidade de ação e de desígnios” entre traficar e portar arma, situação de alguns morros do Rio de Janeiro. Se não houver tal unidade, ou seja, se a arma tiver sido utilizada em contexto diverso do tráfico (exemplo: transportar droga no caminhão com arma no porta-luvas, tal como disse a assertiva, deve haver concurso material. Art. 41. O indiciado ou acusado que colaborar voluntariamente com a investigação policial e o processo criminal na identificação dos demais co-autores ou partícipes do crime e na recuperação total ou parcial do produto do crime, no caso de condenação, terá pena reduzida de um terço a dois terços. Pacelli: a recuperação do produto do crime há de ser exigida, também como condição, se houver efetiva possibilidade fática. Art. 42. O juiz, na fixação das penas, considerará, com preponderância sobre o previsto no art. 59 do Código Penal, a natureza e a quantidade da substância ou do produto, a personalidade e a conduta social do agente. Art. 43. Na fixação da multa a que se referem os arts. 33 a 39 desta Lei, o juiz, atendendo ao que dispõe o art. 42 desta Lei, determinará o número de dias-multa, atribuindo a cada um, segundo as condições econômicas dos acusados, valor não inferior a um trinta avos nem superior a 5 (cinco) vezes o maior salário-mínimo. Parágrafo único. As multas, que em caso de concurso de crimes serão impostas sempre cumulativamente, podem ser aumentadas até o décuplo se, em virtude da situação econômica do acusado, considerá-las o juiz ineficazes, ainda que aplicadas no máximo. Art. 44. Os crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 a 37 desta Lei são inafiançáveis e insuscetíveis de sursis, graça, indulto, anistia e liberdade provisória, vedada a conversão de suas penas em restritivas de direitos. Parágrafo único. Nos crimes previstos no caput deste artigo, dar-se-á o livramento condicional após o cumprimento de dois terços da pena, vedada sua concessão ao reincidente específico. Cabe o art. 44 do CP ao tráfico. Não cabe sursis no tráfico. STJ REsp 1373032/DF (11/03/2016): Não tem direito à suspensão condicional da pena quem é condenado por crime de tráfico de drogas, positivado no art. 33, caput, da Lei . 11.343/2006, por expressa vedação do art. 44, caput, dessa lei.2. O Supremo Tribunal Federal limitou-se a declarar a inconstitucionalidade das expressões "vedada a conversão em penas restritivas de direitos" e "vedada a conversão de suas penas em restritivas de direitos", constantes do § 4º do art. 33 da Lei n. 11.343/2006 e do art. 44 do mesmo diploma normativo, respectivamente. Foi afastada, assim, unicamente a vedação à conversão da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos. 3. O entendimento de que seria possível a concessão de sursis aos condenados pela prática de tráfico de drogas viola a cláusula de reserva de plenário (cláusula do full bench), prevista no art. 97 da Constituição Federal. Art. 45. É isento de pena o agente que, em razão da dependência, ou sob o efeito, proveniente de caso fortuito ou força maior, de droga, era, ao tempo da ação ou da omissão, qualquer que tenha sido a infração penal praticada, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Parágrafo único. Quando absolver o agente, reconhecendo, por força pericial, que este apresentava, à época do fato previsto neste artigo, as condições referidas no caput deste artigo, poderá determinar o juiz, na sentença, o seu encaminhamento para tratamento médico adequado. Demonstração da dependência exige perícia: STJ RHC 65205/RN, 20/04/2016): A constatação da aptidão da substância entorpecente para produzir dependência, ou seja, para viciar alguém, só é possível mediante perícia, já que tal verificação depende de conhecimentos técnicos específicos. Doutrina. Art. 46. As penas podem ser reduzidas de um terço a dois terços se, por força das circunstâncias previstas no art. 45 desta Lei, o agente não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Art. 47. Na sentença condenatória, o juiz, com base em avaliação que ateste a necessidade de encaminhamento do agente para tratamento, realizada por profissional de saúde com competência específica na forma da lei, determinará que a tal se proceda, observado o disposto no art. 26 desta Lei. DO PROCEDIMENTO PENAL: Art. 48. O procedimento relativo aos processos por crimes definidos neste Título rege-se pelo disposto neste Capítulo, aplicando-se, subsidiariamente, as disposições do Código de Processo Penal e da Lei de Execução Penal. § 1o O agente de qualquer das condutas previstas no art. 28 desta Lei, salvo se houver concurso com os crimes previstos nos arts. 33 a 37 desta Lei, será processado e julgado na forma dos arts. 60 e seguintes da Lei nHYPERLINK "https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9099.htm#art60"oHYPERLINK "https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9099.htm#art60" 9.099, de 26 de setembro de 1995, que dispõe sobre os Juizados Especiais Criminais. § 2o Tratando-se da conduta prevista no art. 28 desta Lei, não se imporá prisão emflagrante, devendo o autor do fato ser imediatamente encaminhado ao juízo competente ou, na falta deste, assumir o compromisso de a ele comparecer, lavrando-se termo circunstanciado e providenciando-se as requisições dos exames e perícias necessários. § 3o Se ausente a autoridade judicial, as providências previstas no § 2o deste artigo serão tomadas de imediato pela autoridade policial, no local em que se encontrar, vedada a detenção do agente. § 4o Concluídos os procedimentos de que trata o § 2o deste artigo, o agente será submetido a exame de corpo de delito, se o requerer ou se a autoridade de polícia judiciária entender conveniente, e em seguida liberado. § 5o Para os fins do disposto no, que dispõe sobre os Juizados Especiais Criminais, o Ministério Público poderá propor a aplicação imediata de pena prevista no art. 28 desta Lei, a ser especificada na proposta. Art. 49. Tratando-se de condutas tipificadas nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 a 37 desta Lei, o juiz, sempre que as circunstâncias o recomendem, empregará os instrumentos protetivos de colaboradores e testemunhas. Seção I Da Investigação https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9099.htm#art60 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9099.htm#art60 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9099.htm#art60 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9099.htm#art60 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9099.htm#art60 Art. 50. Ocorrendo prisão em flagrante, a autoridade de polícia judiciária fará, imediatamente, comunicação ao juiz competente, remetendo-lhe cópia do auto lavrado, do qual será dada vista ao órgão do Ministério Público, em 24 (vinte e quatro) horas. § 1o Para efeito da lavratura do auto de prisão em flagrante e estabelecimento da materialidade do delito, é suficiente o laudo de constatação da natureza e quantidade da droga, firmado por perito oficial ou, na falta deste, por pessoa idônea. § 2o O perito que subscrever o laudo a que se refere o § 1o deste artigo não ficará impedido de participar da elaboração do laudo definitivo. § 3o Recebida cópia do auto de prisão em flagrante, o juiz, no prazo de 10 (dez) dias, certificará a regularidade formal do laudo de constatação e determinará a destruição das drogas apreendidas, guardando-se amostra necessária à realização do laudo definitivo. (Incluído pela Lei nº 12.961, de 2014) § 4o A destruição das drogas será executada pelo delegado de polícia competente no prazo de 15 (quinze) dias na presença do Ministério Público e da autoridade sanitária. (Incluído pela Lei nº 12.961, de 2014) § 5o O local será vistoriado antes e depois de efetivada a destruição das drogas referida no § 3o, sendo lavrado auto circunstanciado pelo delegado de polícia, certificando-se neste a destruição total delas. (Incluído pela Lei nº 12.961, de 2014) Art. 50-A. A destruição de drogas apreendidas sem a ocorrência de prisão em flagrante será feita por incineração, no prazo máximo de 30 (trinta) dias contado da data da apreensão, guardando-se amostra necessária à realização do laudo definitivo, aplicando-se, no que couber, o procedimento dos §§ 3o a 5o do art. 50. (Incluído pela Lei nº 12.961, de 2014) Laudo preliminar permite recebimento da denúncia: STJ RHC 65205/RN, 20/04/2016): O artigo 50, § 1º, da Lei 11.343/06 não admite a prisão em flagrante e o recebimento da denúncia sem que seja demonstrada, ao menos em juízo inicial, a materialidade da conduta por meio de laudo de constatação preliminar da substância entorpecente, que configura condição de procedibilidade para a apuração do ilícito de tráfico.Precedentes. Art. 51. O inquérito policial será concluído no prazo de 30 (trinta) dias, se o indiciado estiver preso, e de 90 (noventa) dias, quando solto. Parágrafo único. Os prazos a que se refere este artigo podem ser duplicados pelo juiz, ouvido o Ministério Público, mediante pedido justificado da autoridade de polícia judiciária. Art. 52. Findos os prazos a que se refere o art. 51 desta Lei, a autoridade de polícia judiciária, remetendo os autos do inquérito ao juízo: I - relatará sumariamente as circunstâncias do fato, justificando as razões que a levaram à classificação do delito, indicando a quantidade e natureza da substância ou do produto apreendido, o local e as condições em que se desenvolveu a ação criminosa, as circunstâncias da prisão, a conduta, a qualificação e os antecedentes do agente; ou II - requererá sua devolução para a realização de diligências necessárias. Parágrafo único. A remessa dos autos far- se-á sem prejuízo de diligências complementares: I - necessárias ou úteis à plena elucidação do fato, cujo resultado deverá ser encaminhado ao juízo competente até 3 (três) dias antes da audiência de instrução e julgamento; II - necessárias ou úteis à indicação dos bens, direitos e valores de que seja titular o agente, ou que figurem em seu nome, cujo resultado deverá ser encaminhado ao juízo competente até 3 (três) dias antes da audiência de instrução e julgamento. Art. 53. Em qualquer fase da persecução criminal relativa aos crimes previstos nesta Lei, são permitidos, além dos previstos em lei, mediante autorização judicial e ouvido o Ministério Público, os seguintes procedimentos investigatórios: I - a infiltração por agentes de polícia, em tarefas de investigação, constituída pelos órgãos especializados pertinentes; II - a não-atuação policial sobre os portadores de drogas, seus precursores químicos ou outros produtos utilizados em sua produção, que se encontrem no território brasileiro, com a finalidade de identificar e responsabilizar maior número de integrantes de operações de tráfico e distribuição, sem prejuízo da ação penal cabível. Parágrafo único. Na hipótese do inciso II deste artigo, a autorização será concedida desde que sejam conhecidos o itinerário provável e a identificação dos agentes do delito ou de colaboradores. Seção II Da Instrução Criminal Art. 54. Recebidos em juízo os autos do inquérito policial, de Comissão Parlamentar de Inquérito ou peças de informação, dar-se-á vista ao Ministério Público para, no prazo de 10 (dez) dias, adotar uma das seguintes providências: I - requerer o arquivamento; II - requisitar as diligências que entender necessárias; III - oferecer denúncia, arrolar até 5 (cinco) testemunhas e requerer as demais provas que entender pertinentes. Art. 55. Oferecida a denúncia, o juiz ordenará a notificação do acusado para oferecer defesa prévia, por escrito, http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12961.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12961.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12961.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12961.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12961.htm#art5 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12961.htm#art5 no prazo de 10 (dez) dias. É notificação (e não citação). STJ (HC 309801 / SP, de 12/05/2016): Não demonstrado prejuízo à defesa do acusado, não pode ser declarada a nulidade do feito, apenas porque não observado o rito disposto no art. 55 da Lei 11.343/06. § 1o Na resposta, consistente em defesa preliminar e exceções, o acusado poderá argüir preliminares e invocar todas as razões de defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas que pretende produzir e, até o número de 5 (cinco), arrolar testemunhas. § 2o As exceções serão processadas em apartado. § 3o Se a resposta não for apresentada no prazo, o juiz nomeará defensor para oferecê-la em 10 (dez) dias, concedendo-lhe vista dos autos no ato de nomeação. § 4o Apresentada a defesa, o juiz decidirá em 5 (cinco) dias. § 5o Se entender imprescindível, o juiz, no prazo máximo de 10 (dez) dias, determinará a apresentação do preso, realização de diligências, exames e perícias. QUE Art. 56. Recebida a denúncia, o juiz designará
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