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Critérios de classificação das constituições

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Quanto à relação entre as normas constitucionais e a realidade política (positividade – real aplicação ): 
a) normativa: a dinâmica do poder se submete efetivamente à regulamentação normativa. Nesta modalidade a constituição é obedecida na íntegra, como ocorre com a constituição americana;
 
b) nominalista: esta modalidade fica entre a constituição normativa que é seguida na íntegra e a semântica que não passa de mero disfarce de um estado autoritário. 
Esta constituição aparece quando um Estado passa de um Estado autoritário para um Estado de direito, é o caso da nossa constituição de 1988. 
A Constituição de 1988 nasceu normativa, havia uma expectativa de que passássemos da constituição nominalista para uma constituição normativa. Na realidade isto não está ocorrendo, pelo contrário, a classe política, em especial, vem descumprindo absurdamente a constituição. 
 
c) semântica: mero disfarce de um Estado autoritário.
3.1.8. QUANTO À DOGMÁTICA
ORTODOXA OU SIMPLES: influenciadas por uma só ideologia - ex.: Constituição soviética. 
ECLÉTICAS, COMPLEXAS OU COMPROMISSÓRIAS: influenciadas por ideologias de tendências diversas, resultando de uma fórmula de compromisso entre as forças políticas existentes em um determinado momento histórico.
QUANTO À SISTEMÁTICA:
1) Reduzida à um único código. Sistematizado.
2) Variada à diversos diplomas legais
PODER CONSTITUINTE DIFUSO
Conceito:
É um poder de fato que se manifesta através das mutações constitucionais.
Não está vinculado a uma previsão constitucional;
Decorre de novos fatores sociais, políticos e econômicos;
Alteração informal de uma norma da Constituição
mudança da norma
mantido o texto
O Poder Constituinte Difuso se manifesta por meio das mutações constitucionais. Isto é, busca-se a interpretação do texto constitucional de acordo com a realidade social vivida no momento. Sendo o verdadeiro poder de fato, trata-se de um processo informal de mudança da Constituição; da qual, obviamente, deve-se sempre respeitar os princípios estruturantes.
Limites: princípios constitucionais
PODER CONSTITUINTE SUPRANACIONAL
Busca estabelecer uma Constituição supranacional legítima;
Fundamentos:
Cidadania universal;
Pluralismo de ordenamentos jurídicos;
Vontade de integração;
Soberania remodelada
PODER CONSTITUINTE SUPRANACIONAL (P.C.S.)
Segundo Maurício Andreiuolo Rodrigues o P.C.S. busca estabelecer uma Constituição supranacional legítima: “faz as vezes do poder constituinte porque cria uma ordem jurídica de cunho constitucional, na medida em que reorganiza a estrutura de cada um dos Estados ou adere ao direito comunitário de víeis supranacional por excelência, com capacidade, inclusive, para submeter as diversas constituições nacionais ao seu poder supremo. Da mesma forma, e em segundo lugar, é supranacional, porque se distingue do ordenamento positivo interno assim como do direito internacional”.

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